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Anotações do Ciclo Gambiarra com Stalker, quinta-feira, 12 de abril de 2007.
Arquivo de áudio (formato OGG) com a íntegra da conversa no
Acervo Livre.
- numa semiótica pouco antropocêntrica - mente difundida na realidade - máquinas têm uma mente própria - propósito dos equipamentos - disponíveis pra apropriações imprevisíveis - acaso da apropriação que vem da autonomia que a gente não dá muito pros objetos. isso deixou de ser estranho pras humanidades, principalmente depois da onda pop do pierre levy. mas ele é deslumbrado. como se pensa complementarmente com os equipamentos que a gente usa. não se assiste mais a uma aula sem uma caneta. eu não consigo ler um livro sem um lápis sem anotar nas bordas, sem balizar a minha leitura. não leio o livro dos outros por isso, acabo xerocando. manuscrito - máquina - processador de texto, difícil voltar a escrever linearmente.
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Temos que pensar de maneira ativa o desenvolvimento dessas tralhas. elas envolvem práticas políticas o tempo todo.
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Primeiras referências ao termo "máquina" no teatro grego: dispositivo cenográfico que fazia coisas "impossíveis" de trazer pra percepção coletiva. deusas voando, guindastes, cintos. outro conceito de máquina que aparece, no liceu de aristóteles - um cara introduz a "máquina". um arranjo que se faz para que aquilo que demoraria muito tempo pra ser visto ou percebido ou se tornar compreensível seja acelerado por determinado arranjo técnico e social.
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Máquina tem primeiro a maneira de encenar alguma coisa, depois a maneira de fazer com que a natureza se manifeste. Em terceiro tem a máquina de guerra, que envolve ao mesmo tempo a ampliação de força e ocultação da própria intencionalidade.
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