mdcc

Etapa

Dissertação homologada. Vamos em frente.

Virtual como abertura à invenção e flutuação

O que está além do possível e do real é assim a abertura do virtual, da invenção e da flutuação, do que não pode ser planejado ou mesmo pensado previamente, de que não existe permanência real mas apenas reverberações. Ao contrário do provável, o real pode apenas irromper e então retroceder, deixando apenas traços atrás de si, mas traços que podem virtualmente regenerar uma realidade gangrenada por sua redução a um conjunto fechado de possibilidades. Seja sobre a aparição e desaparição instantânea do commons eletrônico (como nos primórdios da Internet), ou a irrupção em determinado setor econômico de uma tecnologia capaz de desenrolar e dirromper sua organização de produção estabelecida (como na atual explosão de sistemas de compartilhamento de arquivos), ou seja a virtualidade de outro mundo percebida em uma demonstração em massa ou em uma oficina ou em um acampamento, a política cultural da informação envolve uma punhalada no tecido da possibilidade, um desfazer da coincidência entre o real e o dado. Neste sentido, se podemos chegar a falar em uma política cultural da informação isso não acontece por causa das novas tecnologias, mas porque é a redução do espaço de comunicação para um espaço de alternativas limitadas e dificilmente efetivas (como no signo pósmoderno) que apresenta o problema do improvável e do impensável como tais. A política cultural da informação não é uma alternativa radical que salta de uma negatividade para confrontar uma tecnologia social de poder monolítica.leia mais >>

Silêncio

Eni Orlandi – O silêncio não fala, ele significa. Se você fizer o silêncio falar, ele vai significar diferente. Ele significa por ele mesmo, ele faz sentido, e isto é muito importante. Às vezes mais importante que as palavras. Significar com palavras é diferente de significar com silêncio. Há o silêncio que é a própria respiração do sentido. A gente pode estar em silêncio e estar significando. E também, muitas vezes, você fala certas coisas para que outros sentidos não apareçam. Isso é o silenciamento. Mas o sentido silenciado não desaparece. Porque o homem tem necessidade vital de significação. Onde ele não pode significar, migra para outros objetos simbólicos.

Aqui.

Experimentação Transdisciplinar na Cigac

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Daqui a pouco menos de dois meses, vou descer no meio do semiárido nordestino- mais precisamente em Sousa, interior da Paraíba - para participar da Cigac - Conferência Internacional em Gestão Ambiental Colaborativa. A localização dessa primeira edição não é casual: um dos objetivos é justamente entender como o sertão pode se beneficiar da reflexão, das práticas e das metodologias que a conferência vai agregar.

Estarei muito bem acompanhado, a começar pela equipe de organização. Concebida de forma aberta e enredada, a Cigac foi desde o início articulada em diálogo com a rede MetaReciclagem. Professores no campus Sousa da Universidade Federal de Campina Grande, o broda Orlando da Silva e Allan Sarmento propuseram a construção de um evento que explorasse pontos de convergência entre as práticas das ciências (e suas narrativas) e aquilo que no Brasil vem sendo chamado de "Tecnologia Social", dinamizado por práticas colaborativas em rede. Através da MetaReciclagem, um grupo de pessoas começou a orbitar em torno dessa construção e levou a ideia adiante.leia mais >>

Ritmo acelerado

Motores acelerados nos últimos tempos. Comecei o mestrado no Labjor, que tem me dado a oportunidade de ler coisas que eu desejava mas sempre deixava para mais tarde, e descobrir outras que eu desconhecia. Por exemplo, essa semana estou lendo Levi-Strauss, Robert Pirsig, Adam Kuper e Eric Wolf. O tempo é curto, tenho que aprender a disciplinar o momento da leitura e manter a concentração. Tudo deve ficar mais fácil quando terminar a mudança - pegamos um apartamento em Campinas, em São Quirino. Nas últimas semanas, rodei um monte pelas estradas de São Paulo - indo e voltando entre Campinas, São Paulo, Ubatuba e Cunha. Muita gasolina e pedágio, muito tempo atrás do volante, sem poder ler nem escrever. Mas acho que depois da Páscoa as coisas acalmam (um pouco). Estou também preparando o ninho - nesse fim de semana vou a Ubatuba buscar minhas companheiras de vida pra começar esse período.

Meu foco de pesquisa ainda está se definindo. Continuo interessado na emergência de práticas experimentais que flertam com a ideia de "conhecimento científico", mas aparentemente se posicionam fora do circuito acadêmico-industrial. Uma possibilidade é trabalhar em cima de espaços que se posicionam nessa fronteira arte-ciência-sociedade, e acho que isso tem uma relação forte com a perspectiva Rede//Labs.

Ainda entre as novidades: comprei uma televisão (talvez pela primeira vez na vida). Tenho canais a cabo, mas passo mais tempo usando as funções espertinhas do aparelho: entrada USB, cartão SD, cliente DLNA, etc.). No momento, ela toca música enquanto tento ler os textos da semana.

Câmbio e publico.