Ubatuba, 2013. Não só um lugar, também um tempo. Por uma série de motivos nossa cidade costuma ser descrita ou como anacrônica ou como atemporal. Em outras palavras: algumas pessoas acreditam que Ubatuba parou no tempo, está atrasada em relação ao ritmo que se esperava dela. Já outras imaginam que ela vive em uma dimensão na qual o tempo não corre, impassível ao que acontece no restante do mundo. Essas duas interpretações têm um sério efeito paralisante. Se o caminho está traçado mas a cidade está atrasada, de onde viria a energia extra para impulsioná-la a recuperar o tempo perdido? Por outro lado, se ela vive fora do tempo, como é que a crença na mudança pode sequer existir?
A boa notícia é que essas duas visões estão obviamente equivocadas. Ubatuba é mais uma cidade contemporânea, que vivencia contradições e dificuldades como tantos outros lugares do Brasil e do mundo. Uma cidade que fez escolhas que tiveram consequências. É definitivamente contemporânea, e tem certamente a possibilidade de transformar-se. A questão é: mudar para onde? O que queremos? Quais os caminhos possíveis?
É com o objetivo de afirmar a contemporaneidade da cidade que o núcleo Ubalab propõe o desenvolvimento do Ciclo Ubalab, focado na fronteira entre Arte, Ciência, Tecnologia e Sociedade. Estamos convidando pessoas do Brasil e de outros países, com experiências variadas em diversos campos do conhecimento, para conversar e trabalhar. Mais do que encontrar respostas concretas e imediatas (aquelas que sempre parecem insuficientes ou inexequíveis), queremos exercitar a imaginação, sincronizando passado e presente para buscar futuros melhores para a cidade.leia mais >>