gauchismo

Expatriado

Ser gaúcho expatriado é voltar de 10 dias em Porto Alegre pensando "não tenho mais nada em comum com aquele povo lá". E depois pensar "não tenho nada em comum com mais ninguém".

Mas não deixar de tomar um mate quente a cada dois dias.

E reclamar da superficialidade, da falta de consciência política, do comodismo, do consumismo, da ignorância e muitas coisas mais de todo mundo que não é gaúchx.

Ser gaúcho é reclamar.

?

Mais gauchismo

E uns dias depois de escrever um pouco sobre o gauchismo, acabei caindo nesse manifesto contra o tradicionalismo sul-riograndense, no blog do Pilger. Algumas coisas ali fazem muito sentido.
1.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, especialmente porque, em sua cruzada unificadora, construiu uma idéia vitoriosa de “rio-grandense autêntico”, pilchado e tradicionalista, criando uma espécie de discriminação, como se a maioria da população tivesse uma cidadania de segunda ordem, como “estrangeira” no “estado templário” produzido fantasiosamente pela ideologia tradicionalista.

2.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, por identificá-lo como um movimento ideológico-cultural, com uma visão conservadora e ilusória sobre o Rio Grande, cujo sucesso se deve, em especial, à manipulação e ressignificação de patrimônios genuínos do povo, pertencentes aos seus hábitos e costumes.

3.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é a Tradição, mas se arrogou de seu representante e a transformou em elemento de sua construção simbólica, distorcendo-a, manipulando-a, inserindo-a em uma rede gauchesca aculturadora, sem respeito às tradições genuinamente representativas das diversidades dos grupos sociais.

4.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é Folclore, mas o caducou dentro de invernadas artísticas e retirou dele seus aspectos dinâmicos e pedagógicos; o seu apresilhamento ao espírito e ao sentido do pilchamento do estado está destruindo o Folclore do Rio Grande do Sul.leia mais >>

Gauchismo

Nessas últimas semanas um monte de gente me faz lembrar do Rio Grande do Sul. Por exemplo:

* Um trecho de e-mail da lelex pra uma lista na semana passada:
tem um folclore no fsm que as edições realizadas em poa sempre atingiram seus objetivos por ser o Rio Grande do Sul um estado brasileiro onde o mundo se encontra, vive, produz, enfim, coisas do imaginário social mundial, mas de certa forma impressiona, quem já foi a suiça qdo chega em gramado tem a sensação de estar nos alpes, não só pela paisagem como pela gastronomia, clima, hábitos, costumes, assim como tbém na serra pode-se sentir na italia, ou alemanha, enfim... em nossas fronteiras estão os povos árabes, descendentes do mesmo povo que está sendo reprimido e expulso de suas terras na faixa de gaza... por aí já dá prá perceber que o povo gaucho vive da diversidade... nada de bairrismo, constatação... mas, como disse Oiticica "no brasil há fios soltos de possibilidades: por que não explorá-los?"
* Uma tuitagem seguida de post do Luli.
* A mudança do Eduf pra Três Coroas.
* Um post do Idelber.
* A volta à blogagem do Cardoso.
* Há um pouco mais de tempo, o Estraviz foi pra tal conferência mundial de cidades em Porto Alegre e voltou elogiando os textos do Augusto de Franco.
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