E uns dias depois de escrever um pouco sobre o
gauchismo, acabei caindo nesse
manifesto contra o tradicionalismo sul-riograndense, no blog do Pilger. Algumas coisas ali fazem muito sentido.
1.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, especialmente
porque, em sua cruzada unificadora, construiu uma idéia vitoriosa de
“rio-grandense autêntico”, pilchado e tradicionalista, criando uma
espécie de discriminação, como se a maioria da população tivesse uma
cidadania de segunda ordem, como “estrangeira” no “estado templário”
produzido fantasiosamente pela ideologia tradicionalista.
2.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, por
identificá-lo como um movimento ideológico-cultural, com uma visão
conservadora e ilusória sobre o Rio Grande, cujo sucesso se deve, em
especial, à manipulação e ressignificação de patrimônios genuínos do
povo, pertencentes aos seus hábitos e costumes.
3.. Somos
contra o Tradicionalismo, porque ele não é a Tradição, mas se arrogou
de seu representante e a transformou em elemento de sua construção
simbólica, distorcendo-a, manipulando-a, inserindo-a em uma rede
gauchesca aculturadora, sem respeito às tradições genuinamente
representativas das diversidades dos grupos sociais.
4.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é Folclore, mas
o caducou dentro de invernadas artísticas e retirou dele seus aspectos
dinâmicos e pedagógicos; o seu apresilhamento ao espírito e ao sentido
do pilchamento do estado está destruindo o Folclore do Rio Grande do
Sul.leia mais >>