criatividade

Janxs na área

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Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

Saiba mais, baixe e navegue por essa edição aqui. Se gostar, aproveite para dar alguma ajuda pro mutgamb.

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Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

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Tanda

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Tanda foundationGeraldine Juarez, que eu conheci ano passado durante o Futuresonic, não está mais em Nova Iorque mas continua envolvida com projetos bem interessantes.
Um deles é a tanda foundation, uma rede de financiamento para projetos artísticos e experimentais baseada em uma ferramenta online, onde as pessoas podem enviar pedidos de bolsas projetos para os quais pedem apoio (em "cash" ou "fame").  Idealmente todxs doam, todxs enviam projetos, e votam 1s nos projetos de outrxs. Cada pedido de bolsa vale por três meses, e todo mês é dada uma bolsa em cash e em fama. Ela conta que o sistema está lento, mas está lá. Mais do que um modelo definitivo, a tanda parece uma boa referência ao propor uma maneira participativa e colaborativa para gestão de recursos. Mistura uma lógica de leilão (oferta vs. lances) com a idéia de decisão coletiva e distribuição de pontos limitados de karma que organiza sites como o slashdot. Eles também adotam a postura de ser uma organização "ilegal" sem fins lucrativos no sentido de que decidem não incorporar a rede em uma instituição legal, o que tem um pouco a ver com a maneira como a MetaReciclagem evoluiu e se manteve,
O rodapé do site incentiva a criação de projetos inspirados na idéia da tanda. Vou perguntar para ela se o sistema também é replicável.

Direto do Innovacamp

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Dani refletindo sobre o Innovacamp em Barcelona:

InnovaCamp Mediterranea - Citilab Cornella - Barcelona Para dar uma situada, a proposta do InnovaCamp é, em uma linha, oferecer um espaço para compartilhar projetos que estão rolando sobre tecnologia. Ou, em outras palavras, para publicitar, angariar seguidores e se pans conseguir finaciamento. Alguns dos projetos que foram apresentados, como o SeniorLab e o Atenea Tech, estão "incubados" no próprio Citilab, ou seja, usam a infra do lugar como ponto de partida pra buscar a vida.
Essa, na verdade, é a proposta mesmo dos "living labs", que eu acho muito interessante, dentro do contexto de inclusão digital: não é só uma sala de informática onde as pessoas podem vir e aprender a usar o computador, mas como um grande espaço com diferentes tecnologias, banda larga, onde pessoas que tem projetos que envolvam o uso dessas tecnologias podem, efetivamente, fazer com que eles aconteçam. Empreendedorismo, comunidades e TICs no dia a dia.

(...) Outro ponto que também foi marcante para mim foi: usar as tecnologias dentro, antes de usá-las fora. Acho que isso também é uma mudança de paradigma, e pra ser sincera, ainda estamos engatinhando nesse sentido: empresas que pregam o uso da tecnologia, pessoas que fazem discursos sobre como elas são relevantes e úteis, não as utilizam de fato em suas vidas. A rede não se realiza, não acontece. leia mais >>

Construção da inovação

No Mais da FSP domingo passado, Peter Burke fala (fechado pra assinantes, vacilo da fôia) sobre como a inovação não se limita à figura do gênio isolado que tem um ímpeto de inspiração:

Mas o que exatamente é inovação? Suspeito que a visão da era do romantismo sobre a inovação continue a prevalecer ainda hoje.
De acordo com ela, a inovação é trabalho de um gênio solitário, muitas vezes um professor distraído que carrega uma ideia brilhante na cabeça -aquilo que meu tio, um físico que trabalhava no setor industrial, costumava chamar de "onda cerebral".

(...)

No entanto existe uma visão alternativa sobre a inovação, da qual eu por acaso compartilho.
De acordo com essa segunda visão, a inovação é gradual em lugar de súbita e coletiva em vez de individual.
Não existe uma oposição acentuada entre tradição e inovação. É possível até mesmo identificar tradições de inovação, sustentadas ao longo de décadas, como no caso do Vale do Silício, ou de séculos, como nos campos da pintura e da escultura durante a Renascença florentina.

Novos usos
Por isso, em lugar da metáfora da "onda cerebral", talvez fosse mais esclarecedor usar como metáfora a reciclagem, o reaproveitamento ou o uso improvisado de materiais.
O caso da tecnologia serve como exemplo.
Na metade do século 15, Johannes Gutenberg inventou as máquinas de impressão. No entanto, prensas estavam em uso na produção de vinho havia muito tempo na Renânia natal de Gutenberg e em muitos outros lugares. Sua brilhante ideia não surgiu do nada; na verdade, representou uma adaptação da prensa de vinho a uma nova função.

(...)

Analogias e metáforas parecem desempenhar papel essencial no pensamento, da física (vide a ideia de "ondas", por exemplo) à antropologia, na qual culturas estrangeiras são muitas vezes comparadas a livros que precisam ser lidos.

Metáforas, reciclagem, remix. Nada de novo, mas é mais um reforçando...

Processos criativos

Há algumas semanas a revista Época publicou uma entrevista com o Geert Lovink. Ele fala algumas coisas que fazem sentido, mas tem uma frase que não desceu redondo:

ÉPOCA – Por que o senhor critica os defensores da liberdade de cópia na rede?
Lovink – Acho que devemos fornecer meios para que a próxima geração da web ganhe dinheiro com ela, possa viver de seu trabalho e de sua criação. O problema é que o pessoal do software livre só pensa em trocar livremente seus programas. Nunca imaginaram como profissionais criativos poderão sobreviver quando nos movermos para uma economia baseada na internet.

Conversei com algumas pessoas e percebi que não fui o único que não gostou dessa frase, de alguma forma. Até faz algum sentido, mas não deixa de denotar uma falta de sensibilidade com o contexto: um comentário como esse publicado em algum ambiente onde haja familiaridade com o software livre, copyleft ou até creative commons poderia cumprir bem a função de crítica, mas numa revista como a Época (mesmo que ela não seja das piores no que se refere a tecnologias) pode ser um tiro pela culatra, matando debates antes de eles chegarem a nascer. Troquei uma idéia por email com o Geert, falando da possibilidade de coexistência de vários modelos econômicos. Falei do tecnobrega no Pará, perguntei se ele assistiu ao Good Copy Bad Copy. Ele publicou a resposta no blog dele. Traduzindo:leia mais >>