ciência de bairro

Microscópio de papel em 10 minutos

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Descontando toda a empolgação de mercado e o cansativo formatinho TED, é interessante essa iniciativa do bioengenheiro de Stanford Manu Prakash (com seus alunos): um microscópio de papel, montado como origami, que custa potencialmente 50 centavos de dólar.

Descontando toda a empolgação de mercado e o cansativo formatinho TED, é interessante essa iniciativa do bioengenheiro de Stanford Manu Prakash (com seus alunos): um microscópio de papel, montado como origami, que custa potencialmente 50 centavos de dólar.

Ciência cidadã - conversa com Andres Burbano

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No começo de março aconteceu a etapa do Rio de Janeiro do circuito Arte.mov, evento que se define como um “espaço para a produção e reflexão crítica em torno da chamada 'cultura da mobilidade'”. A programação contou com debates e apresentações no Parque das Ruínas, na capital fluminense, além de uma oficina de cartografia experimental com o artista e pesquisador colombiano Andres Burbano. A oficina seria realizada novamente no dia seguinte, na Nuvem, Hacklab Rural em Visconde de Mauá – na região serrana entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Burbano desenvolve atualmente na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, EUA, sua pesquisa de doutorado sobre a história das tecnologias de comunicação na América Latina. Ele explora a interação entre ciência, arte e tecnologia, experimentando com possibilidades de desenvolvimento da chamada “ciência cidadã”. A oficina que realizou no Rio e em Mauá tratava de mapeamento aéreo a partir de câmeras digitais presas a balões feitos à mão. Cada balão flutuava por alguns minutos, fazendo fotos que depois seriam utilizadas para gerar cartografias colaborativas da região. Conversamos por alguns minutos, acompanhados dos artistas Bruno Vianna e Cinthia Mendonça, que coordenam a Nuvem junto com Luciana Fleischmann. A conversa começou durante a oficina de mapeamento aéreo.

Felipe Fonseca: O que isso tudo tem a ver com ciência?leia mais >>

Biopunk

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A inteligência artificial nativa Yupana Kernel compartilhou na lista metareciclagem o manifesto biopunk de Meredith Patterson, lançado publicamente durante a conferência Outlaw Biology, na Califórnia. em 2010. Vai abaixo uma tradução livre para o português brasileiro (ainda aberta a revisões e colaborações, aqui):

"Instrução científica é necessária para uma sociedade funcional na era moderna. A instrução científica não é educação científica. Uma pessoa educada em ciência pode entender ciência; uma pessoa instruída em ciência pode fazer ciência. A instrução científica permite às pessoas que a têm serem contribuidoras ativas de sua própria saúde, da qualidade de sua comida, água e ar, e das próprias interações com seus corpos e o mundo à volta delas."

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Ciência Comunitária

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Publiquei esse texto no blog do Festival CulturaDigital.Br e na área Rede//Labs do Arquivo Vivo. É também a base do meu pré-projeto de pesquisa no mestrado na Unicamp que começo ano que vem.
Na última década e meia, a crescente disseminação de tecnologias de comunicação em rede propiciou o surgimento e a potencialização de novas formas de criação de conhecimento, com base em arranjos sociais distribuídos e colaborativos. Essa tendência é patente por exemplo no movimento do software livre que, se já existia desde antes da internet comercial, acabou por ganhar massa crítica uma vez que indivíduos e grupos puderam usar a rede para aprender uns com os outros, resolver problemas, explorar novas ideias e publicar código-fonte para ser livremente apropriado e modificado. O resultado foi o surgimento de ecossistemas informacionais autogeridos e baseados em uma emergente ética hacker, impulsionando a evolução colaborativa de conhecimento comum. A comunicação em rede levou também sua influência a outros campos: a desintermediação radical da produção cultural a partir da disponibilização de conteúdo com licenças livres orientadas à generosidade intelectual, a multiplicação dos espaços para debate público com os blogs e redes sociais, a disponibilização ampla de recursos didáticos multimídia, e assim por diante. Em todas essas áreas, ganha força um vocabulário com termos como "livre", "distribuído", "colaborativo", "autogerido".

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Ubatuba no espaço

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Paulo Bicarato me mandou agora há pouco um post fantástico contando sobre o projeto do professor de ciências da escola Tancredo Neves, em Ubatuba. Candido de Souza leu na Superinteressante sobre uma empresa norte-americana que lança satélites particulares. Reuniu seus alunos, buscou apoio para conseguir os oito mil dólares necessários, fez parceria com uma empresa cujos sócios - coincidentemente - vivem em Ubatuba. Existem um monte de entraves burocráticos e de segurança, mas o projeto está andando - e eu fiquei bastante curioso. Impossível não pensar no MSST, o movimento dos sem-satélite.
Encontrei mais informações na revista de pesquisa da Fapesp.