Palavras de “mais” um revoltado. Uma preparação para o FISL!!!!

Este post foi agregado pelo meu lifelog. É possível que eu não seja o autor.

kropotkin_machadoMeu prefácio pro Hacklab na Lelex, o paralelo do FISL.

“Não é, em absoluto, na escolha de novos senhores que está a salvação. É preciso que nós, anarquistas, os inimigos do Cristianismo, lembremos a toda sociedade que se diz cristã, estas palavras de um homem do qual ela fez um deus: “Não digais a ninguém: Senhor, Senhor!” Que cada um permaneça o senhor de si mesmo. Não vos volteis para os púlpitos oficiais, nem para esta ruidos tribuna, na vã espera de uma palavra de liberdade. Escutai, antes, as vozes que vêm de baixo, ainda que elas tenham de passar pelas grades de uma cela.”

Elisée Reclus Clarens (Suiça), 1 de outubro de 1885.

Por uma vida digital libertária

<:::Remixando>Piotr Kropotkin<:::Texto_Re:combinante:::>

Surtado? Muito! O início do processo caótico é entender que várias ações da chamada “cultura digital” devem ser abolidas a fim de que a generosidade intelectual, a produção colaborativa e as tecnologias livres não sejam mais vãs palavras e tornem-se realidades vivas; que todas as formas de ações governamentais devem ser substituídas por uma nova forma de agrupamento, realmente colaborativo e livre da batalha entre o egoísmo neoliberal versus a pseudo-coletividade comunista que tanto impregna, de forma contundente, as relações governamentais. Com relação a isso, todos aqueles que não acreditam em verdades absolutas e possuem um temperamento ainda que um pouco revolucionário, estão perfeitamente de acordo.

Não devemos nos enganar, também hoje na era da cultura digital criam-se exércitos de empregados, aranhas ávidas, que só conhecem o universo através das salas envidraçadas de seus escritórios, ou por suas papeladas inúteis e indecifravelmente absurdas: um bando sórdido, que possui apenas uma religião, a do dinheiro e apenas uma preocupação, a de agarrar-se a um Partido qualquer, negro, violeta ou branco, a fim de garantir o salário mais elevado possível, por um mínimo de trabalho descomprometido, ou pior, aparentemente comprometido.

“Tudo o que afirmas está correto!” – dizem-nos, com frequencia, nossos contraditores. “Vosso ideal de uma cultura digital, realmente libertária, é excelente, e sua realização traria, com efeito, melhores condições para uma vida digna; mas quão poucos os compreendem, e quão poucos possuem a dedicação necessária para trabalhar por sua realização! Sois apenas uma minoria, fracos grupos disseminados aqui e ali, perdidos em meio a uma massa indiferente, e tendes diante de vós um terrível inimigo, bem organizado, possuindo exércitos, capitais, instrução. A luta que empreendestes está acima de vossas forças”- insistem.

Who cares? Pouco importa que, como número, sejamos minoria, a questão não é esta! O que importa é saber se as idéias de uma verdadeira “cultura digital, livre!!” estão conformes com a revolução que, através do digital, produz-se no espírito humano atual, e, sobretudo, nos indivíduos que carregam a antiga e atualizada fome de uma vida além das amarras neocapitalistasliberais.

Hack3rs e nerds culturais, acadêmicos negros, nordestinos que rejeitam a riqueza do sudeste, ministros macumbeiros…estas palavras, dizem-nos, despertam no espírito a negação da ordem, portanto, a idéia de desordem, caos. Mas que ordem? A ordem, hoje, - o que eles entendem por ordem-, são os nove décimos da humanidade que trabalham para proporcionar luxo, gozos, satisfação das paixões mais execráveis, para apenas um punhado de privilegiados que cultivam a cegueira, a real (des)ordem pulsante que insistem em ignorar: a ordem da miséria, da fome, hoje tornadas estados normal da sociedade.

O sonho não acabou, até pq sonhos não acabam é vc que acorda.

as coisas mudaram, agora devemos voltar a fazer com que todos possam viver produzindo livremente, sem serem forçados a vender seu trabalho e sua liberdade a outros, que acumulam as riquezas pelo trabalho de seus servos, oficineiros, designers, codeiros, músicos, artistas em geral.

Os escroques continuma a explorar a cultura digital, como várias outras culturas tb, claro. Mutiralam-na, encheram-na de frazes vazias, não para agradar os trabalhadores culturais, mas apenas para agradar a burguesia política, para obter um lugar em suas fileiras. Portanto, é só aos ativistas que incube a imensa tarefa de propagar, até os recantos mais inacessíveis, estas idéias de GENEROSIDADE INTELECTUAL, PRODUÇÃO COLABORATIVA E TECNOLOGIAS LIVRES.

Remixado Felipe Machado, escrito por mais de 50 mil manos….