Ativistas canadenses criticam lei antiterror e prendem Papai Noel

da Reuters, em Ottawa (Canadá)

A polícia do Canadá "prendeu" Papai Noel com base nas novas leis antiterrorismo do país, já que ele usa barba, tem comportamento suspeito e provavelmente pertence a uma célula ilegal. A "prisão" foi encenada por um grupo de ativistas que acusam a legislação canadense, que está sendo debatida no Senado, de destruir muitas liberdades civis.

A lei acaba com o financiamento de grupos terroristas, aumenta a permissão para escutas telefônicas e permite à polícia realizar prisões preventivas de suspeitos de atividades terroristas.

"Lamentamos que o Papai Noel tenha sido colocado na lista de terroristas, e ele está sendo preso hoje por causa das preocupação de Anne McLellan de que ele possa não ser tão bom assim", disse a ativista Betty-Anne Daviss, em relação à ministra da Justiça, autora da lei.

Na irônica encenação, o ativista disfarçado de Papai Noel foi algemado.

O manifestante Ken Johnson disse que não estava claro se o "suspeito" fazia parte de uma organização maior.

"Eles estão claramente associados pelo do país, todas essas pessoas fazendo coisas estranhas, gastando tempo em shoppings e acenando em paradas. Tenho certeza de que esses sinais de mão indicam algo para outros membros da célula", disse.

Devido às críticas, o governo canadense já relaxou partes da lei. Permite o fim das prisões preventivas após cinco anos.