Mais bases teóricas:
Lévy, O que é o virtual?, p. 101
A noção de inteligência coletiva não é uma simples metáfora, uma analogia mais ou menos esclarecedora, mas de fato um conceito coerente. Vamos agora tentar reconstruir tal conceito. Precisamos encontrar uma definição de um “espÃrito” que seja inteiramente compatÃvel com um sujeito coletivo, isto é, com uma inteligência cujo sujeito seja ao mesmo tempo múltiplo, heterogêneo, distribuÃdo, cooperativo/competitivo e que esteja constantemente engajado num processo auto-organizador ou autopoiético.
p.102
(...) modelos inspirados na biologia (...) melhores candidatos (...) princÃpios darwinianos (...) fazem atuar um gerador de variabilidade [em nosso caso, as diferentes opiniões dos neurônios sobre cada assunto] (...). Acoplada a seu ambiente, a máquina darwiniana [os usuários avaliando os comentários uns dos outros] seleciona entre as novidades injetadas pelo gerador. (...) Os sistemas darwinianos apresentam uma capacidade de aprendizagem não dirigida ou (que dá no mesmo do ponto de vista de uma teoria do espÃrito) de uma capacidade de autocriação contÃnua. (...) As máquinas darwinianas carregam a seu modo a memória de uma história irreversÃvel.