Desde a virada de 2000 pra 2001, essa é a época do ano em que eu me junto com um grupo de pessoas que a vida me ensinou a chamar de família e vou pro meio do mato, ficar uns dias sem comunicação com o mundo exterior (ok, de uns tempos pra cá passaram a fazer funcionar a parabólica, mas lá tem espaço suficiente pra se esconder também disso). E sempre tem aquela função, cozinhar pra três dezenas de pessoas, tocar violão e beber conhaque barato até não agüentar mais o frio à medida que a lenha queima na fogueira, fazer mutirão pra construir a mesa ou a churrasqueira, catar lenha ou o que mais precisar. E tocar tambor pra harmonizar com os santos todos que acompanham na vida. Nesse ano, tô a alguns milhares de quilômetros de distância. Bate, claro, a saudade. Mas sei que ano que vem a gente tá lá outra vez. E apesar do mundo (sempre) virando de cabeça pra baixo, algumas coisas vão continuar sendo o que deveriam.
Meu axé pra essa tribo bonita!