Conversando com a Fabi Borges

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Agora há pouco no chate:

(20:17:26) fabi borges: fiz uma em sampa (…) com galera de aids e moradores de rua, pedi que colocassem num papel uma situação de vulnerabilidade (risco) pra eles, depois de ler alguns, entrei na sala com todas as vulnerabilidades numa bacia de alumínio olhei pra eles e coloquei fogo, o fogo foi tomando o projetor, e as vulnerabilidades queimando, um mal estar, uma dúvida, operei com os códigos de cada um sem assinatura e depois a terra encima e as velas verdes e vermelhas de exu, o orixá sem teto…
(20:18:04) fff: xamanizou o tabu
(20:18:09) fabi borges: os símbolos são muito importantes, mas não podemos ser fiéis demais
(20:18:11) fabi borges: é
(20:18:13) fabi borges: ahaha
(20:19:04) fabi borges: minha pesquisa “pedagógica” pra trampar com grupos tenta isso, e o metareciclagem assim como outros grupos, é fonte de inspiração/açào/pensamento
(20:19:04) fff: tem essa onda na metareciclagem
(20:19:08) fff: de uma desconstrução
(20:19:11) fff: mas que perde um pouco o sentido
(20:19:20) fff: ou o porquê
(20:19:24) fff: fica a desconstrução em si
(20:19:57) fabi borges: pois é, a plantação das ruínas é uma saída…
(20:21:21) fff: outra é estetizar a desconstrução
(20:21:28) fff: pensando no papel do mito
(20:21:39) fff: transcendência, permanência de culturas, etc.
(20:21:47) fff: e criar ficção multidimensional
(20:22:08) fff: com aqueles valores que a gente defende racionalmente entremeados em universos ficcionais
(20:22:23) fff: humanismo
(20:22:26) fff: colaboração
(20:22:35) fabi borges: pois é…
(20:22:42) fff: desconstrução da caixa preta e da linguagem e dos préconceitos
(20:23:22) fabi borges: a ficção como um fino ar que aguça o faro e coloca a criatividade pra funcionar…
(20:24:25) fabi borges: o que a gente quer afinal é que se amplie as linhas conectivas tanto com o universo criativo quanto aquele outro, que a religião por tanto tempo controla mas que é uma capacidade humana, a do estado ampliado de consiexistencia