Tentando organizar memória do que rolou na última semana. Certamente falta muita coisa.
Saímos domingo pela manhã de Sampa. Eu, Dalton e Willians, vulgo Feijoada. Estávamos há 190 km de Curitiba quando passamos em uma cratera e furamos os dois pneus do lado direito. Tenho foto disso, está na máquina do Dalton. Perdemos uns quarenta minutos na função. Fomos até Floripa. Tentei ligar pra um aliado que mora lá, o Dalton fez o mesmo. Nada. Alugamos um apê no Camping da Lagoa. Jantamos no Gigante Lanches.
Segunda de manhã, não tão cedo, estrada de novo. A 101, depois de Palhoça, continua o mesmo lixo que eu lembrava. Chegamos a Porto Alegre por volta das 16hs. Direto pro Bom Fim.

Terça, fomos ao SESC Campestre, onde rolava a DebConf, para procurar o pessoal do
Tactical Tech. Difícil de achar, esquema meio zoneado. Bando de gringo andando de bermuda e chinelo de um lado pro outro, hotspots wi-fi por todo lado, um hacklab com umas vinte máquinas, a meia-luz e um bando de doido com laptop. Um cara descreveu o Wojtek como um "alemão bem alemão assim, loiro e tal, com um iBook branco". Encontramos um desses dentro do auditório. Depois percebemos que Ian estava atrás da gente. Combinamos algumas coisas para o dia seguinte. Voltamos ao Bonfa, apresentei a Lancheras pros dois. Voltamos pra casa, fiquei até às três e pouco jogando cartas, bebendo conhaque e fumando charutos com meu pai.
Quarta. Meio lesado. Pela manhã, pré-eventos na Puc para o FISLi. Credenciamento, encontrar os aliados do gobiernoletronicosampa, Minc, Rádio Muda, e outros 0samas. Alguns pré-eventos chatos, com cara de palestra. Juntou todo mundo no pré sobre rádios comunitárias e livres. O organizador da mesa, cara da Abraço, demorou e pessoal da Muda dominou o pico. Gente legal, pepo bom. Não ficamos até o final. Catamos o Léo e o Pietro e fomos pro Sesc. Debian-NP. Chegamos no fim da apresentação do Thomas sobre os camps na Africa. Note do Dalton não falava com o datashow, tivemos o help do
Enrico Zini e outros pra levar a apresentação pra uma máquina emprestada, via USBkey. Começamos patinando forte no english. O clima era meio opressivo, bando de gringo f0dalhão e a gente ali, falando. Mas depois de um tempo começou a engatar, e eles entraram no clima e perguntaram coisa pra caramba. As fotos ajudaram bastante. No fim, a troca foi boa. Contatos a vir. Depois, Polar a R$ 2,70 no Tchê Bauru. Brasil e Argentina. Deixamos Pietro no hotel, e voltamos pra casa. Feijoada e Picanha, rango light. Eu saí pra dar uma volta com uns aliados de porto depois, os paulistas ficaram descansando.

Quinta de manhã, meio de ressaca. Chego atrasado e sem café da manhã pra Mapping Session do pessoal do Tactical Tech. A idéia era um mapeamento de projetos latino-americanos que trabalhassem com software livre para projetos sociais. Meio zonzo, saí pra comer e articular. Falei que não voltava, mas voltei. Desenvolvemos uma boa metodologia de mapeamento, que acredito que vai virar pública, vou falar com os caras. Boas possibilidades de colaboração. Falei um pouco sobre o
MetaReciclagem, cada uma das bases. O Pietro chegou à tarde e falou do
radiolivre e do espaço do
CMI na Ação Educativa. Não fiquei até o final. Ganhei um NGO-in-a-box, que tá com o Dalton agora. Minc tava uma zona, do bem. Thiago Novaes, José Murilo, Juba, Chico, Alê, Léo, Uirá e outros aliados no papo forte. Dalton e Etienne armando intervenção durante o fórum cultural mundial, junto com o Sesc.
Ainda dei uma passada na palestra do Ziller. Engraçado como o perfil do público mudou. Ali tinha uma meia dúzia de abutres engravatados que não se via no resto da programação. Dei mais umas voltas por lá. Depois, Xis Galinha Bacon e Polar geladinha na Lancheria.

Sexta começou mais calma. Alexandre Mesquita, que toca os telecentros de Porto Alegre, nos levou pra conhecer a Timbaúva, um telecentro dentro de um projeto social dos Irmãos Maristas. Confesso que fui meio ressabiado, papo de congregações cristãs e o caramba. Me impressionei. O projeto é lindo, tudo organizadinho e tal, mas a piazada faz o barato ser um esquema muito vivo. Energia forte rolando lá. E o irmão Miguel tem jeitão de guerreiro visigodo. O espaço é perto de um centro de coleta pra reciclagem, perto do Jari, Safira, umas regiões de IDH muito baixo por lá. Conhecemos tambpem a Dona Maria, que é do conselho gestor do telecentro e representante no OP, mulher guerreira. Apresentamos o metareciclagem, umas correrias da Epac, fotinhos, etc. Rolou bem o papo. Pensando em esporo Porto Alegre do Metareciclagem. Sim, pensando em esporo Rio também.
Na volta, a mesa Creative Commons. Impressionante. Fischer, Lessig, Hermano, Tas, Maddog, Ronaldo, Joaquim Falcão, e um Gil atrasado. Lawrence Lessig, em especial, foi de arrepiar. De dar nó na garganta. O Maddog estava começando a falar, pegou a época da analogia que o Falcão fez com os relatos de Américo Vespúcio, ia começar a falar sobre Pianolas, mas GIl chegou. Uma pena, até porque a participação do Gil na mesa foi fraca, basicamente um texto do Barlow. Um bom texto, mas lido sem inspiração. O ministro do Axé estava cansado. Sua participação mais profunda seria mais tarde. Pegamos o Etienne e saímos correndo da PUC em direção ao centro. Paramos em um estacionamento suspeitíssimo, no terceiro andar de um prédio na Mauá. Descemos pelo elevador velho, passamos por dentro de um Bingo e saímos em direção ao Santander. Subimos. O lugar é péssimo para o que viria. Não tem bar, o palco fica no meio de um corredor. Chegamos ao fim de um show de hip hop. Começamos a encontrar os aliados. Em determinada hora, começa o show. Aí sim. Gil mais descansado, no ambiente que tanto conhece. Acompanhado de um batera (Marcos Suzano?) e de um violonista violeiro bandolineiro, os três e mais um monte de efeitos e brincadeiras eletroacústicas em cima do som ao vivo recriaram um monte de músicas de outros. Dilíça. Depois do show, pessoal preparando o palco pra apresentação do Xerxes, Cláudio nos chama. Uma galera foi com ele pro camarote do Gil. O ministro estava dando entrevistas. Ficamos conversando no sossego por ali. De repente, Gil sai da salinha, já pra ir embora. Ainda houve tempo de o Cláudio apresentar a mim, Dalton e Thiago Novaes para o ministro. Presença. Não sei como ele estava em pé depois de reunião ministerial, vôo em jatinho, declaração na mesa redonda, show e um tempão de entrevistas. Mas tava, e emanando uma paz que vou te contar...

Sábado. Pela manhã, aeroporto, buscar a Solange, para a palestra que daria com o Dalton, sobre Epac Digital. Assisti um pouco, mas conheço a história. Passei pelas palestras do Etienne. Comecei a pirar na maneira como ele naveha pelas fotos no script de navegação dele. Conversei com o dalton sobre a possibilidade de um programinha gráfico que pegue os arquivos dentro de uma subpasta no /home/usuário/ e possibilite ao usuário selecionar quais arquivos são públicos, e sob que tipo de licença, gravar um .xml oculto na pasta com essa metainfo e disponibilizar os arquivos públicos em um CMS e uma rede p2p.
Livenodes? Sei lá, ja conversando aqui com o
sapo. Depois do almoço, demos uma passada no Museu da Ciência e Tecnologia. Interessante. Quero ver as fotos da Solange, boas idéias para a Epac. Voltamos para o FISLI, mas já tava um clima de fim de evento no ar. Todos cansados. Nem ficamos para o encerramento. Levamos a Solange de volta ao aeroporto e fomos descansar.
Gripe me pegou. Acordei no domingo com uma dor nas costas desgraçada. Partimos com a intenção de ficar em Blumenau, mas não consegui falar com a Cris ou o Maneco, e acabamos tocando até Curitiba. Aliás, acabamos é exagero. A gripe não me deixou dirigir muito mais de três horas, Dalton segurou a onda legal. Na segunda, direto pra sampa. Na estrada, começamos a viajar na hipótese de juntar ParqueEscola, Etienne Delacroix e Tom Zé. Segura, malandro!
Putz, nem assisti ao Vitrine. Alguém viu? Parece que eles vão disponibilizar
aqui.