E olha que é só uma fração do que pode ser feito:
Grupos virtuais ajudam a fazer bons contatos
http://www.valor.com.br/valoreconomico/materia.asp?id=1169226
Além dos "happy hours", reuniões de associações e de câmaras de comércio e
encontros de ex-alunos, uma das formas que muitos profissionais brasileiros
têm encontrado para fazer "networking" é a participação em grupos virtuais
de discussão, os chamados "e-groups". São grupos, genéricos ou especÃficos,
fechados ou ilimitados, que têm uma finalidade comum: a troca de informações.
O engenheiro Daniel Geiger Rocha Campos, gerente de marketing de uma divisão da Procter & Gamble, vive hoje nos Estados Unidos e usa o "To The Top", um grupo de discussão da área de administração, para se manter atualizado com o que acontece no mercado brasileiro e para conhecer as dúvidas de seus colegas. "As discussões que emergem daà ajudam você a raciocinar sobre seus próprios desafios e de certa forma receber uma consultoria gratuita de outros profissionais competentes", diz ele.
O "To The Top" é formado por jovens executivos brasileiros da área de administração e que trabalham em grandes empresas. O grupo surgiu em fevereiro de 2001, com 50 pessoas, e hoje conta com a participação de 580 membros. Idealizado pelo analista-econômico financeiro da farmacêutica Novartis, João Marcos Vicente Branco, aluno do 5º ano de administração da Universidade de São Paulo, o "To The Top" trata de temas genéricos da administração e economia.
Os jovens profissionais, que trabalham em empresas como Citibank, Volkswagen, Procter & Gamble, BankBoston, Unilever, Philips e AT & T discutem artigos de jornais e revistas, trocam informações sobre temas atuais e até mesmo ajudam na recolocação de alguns participantes e colegas do grupo.
Para manter a qualidade das discussões, a entrada de novos membros é selecionada e todas as informações e e-mails enviados pelos participantes são filtrados por Branco, o moderador do "e-group". Graças a esse controle, os participantes recebem em média apenas um ou dois e-mails por dia. "Eu participei anteriormente de um grupo virtual e recebia um número muito grande de mensagens, o que acabava congestionando a minha caixa postal", conta Branco. O filtro também é importante para barrar propagandas. Denys Monteiro, sócio da empresa de recrutamento de executivos Fesa/Asap, que também participa do grupo, diz que a troca de experiências realmente agrega. Por ocupar uma posição mais sênior que a média do grupo, ele às vezes faz o papel de "guru" do grupo, orientando alguns participantes que estão em dúvida sobre a própria carreira.
A consultora Ana Luiza Loureiro Segall, da Asap, participa de dois grupos diferentes de discussão, bastante especÃficos. Um deles é focado em tecnologia, e o outro é um grupo do Yahoo sobre mercado financeiro, especificamente de gestão de risco. "Nesses grupos há muita troca de informação, vejo que as pessoas aprendem muito", diz Ana Luiza. Esse grupo tem 2,8 mil participantes, que recebem entre 350 e 600 e-mails por mês.