MetaReciclagem: Incertezas, Reacesso, Redes

Este post foi agregado pelo meu lifelog. É possível que eu não seja o autor.

to much informationOntem eu publiquei um post sobre um insight que tive entre um contexto na universidade e MetaReciclagem.  Resolvi externar uma percepção de que eu estava fugindo do assunto redes. E aí questionei ao final: MetaReciclagem é rede? Hoje já me arrependi de ter escrito, porque os reacessos me deram uma lição da própria necessidade dos reacessos. Mas mesmo assim deixei lá e fiz apenas uma retificação, por questão de honestidade. Deixei porque acho que tudo é aprendizado. E deve haver algo aí nesta questão de certezas em um dia e todas- as-incertezas do-mundo em outro.

Sobre certezas e incertezas

Quando falei de certezas e incertezas imediatamente me veio à cabeça um texto que estamos lendo esta semana:  4 capítulos de Ensaio sobre o conhecimento aproximado, do Gaston Bachelard.  E então pensei em ilustrar algo com as partes do texto que já li.  É extremamente “pertinente”, mas  este post não vai comportar. Tô sentindo ele noutra sintonia.

No mesmo instante que escrevo isto também lembrei de uma conversa aqui em casa ontem, em que eu disse que tudo é uma questão de construir uma teoria, a partir de várias outras teorias,  e olhar com ela para dar conta de uma realidade.

É, este parece ser o caminho acadêmico na minha área. Mas aí aparece uma grande tensão. Não estou só no acadêmico, não posso ficar só no acadêmico. Sei que se me limitar ao acadêmico não chegarei a nada além de um trabalho acadêmico. E não é isso que eu quero. E nisto se vão todas as certezas. Logo, estou plenamente no terreno de todas as incertezas.

Teorias e MetaReciclagem: reacesso

Não é a primeira vez que isto acontece. Já dá para dizer que  está ficando comun. Ao ponto de ter me deixado assustado e retraído para escrever mais alguma coisa com o nome “MetaReciclagem”. Mas aí insisto, escrevo , tento (des)organizar, ainda que amanhã já não seja a mesma coisa, que bom que não seja a coisa mesma. Por isso reacesso, recursividade, retorno, reaprendizado, re, re, re, re.

Voltamos sempre a um ponto que já foi visitado. Quer dizer, agora acho que preciso dizer: Volto sempre a um ponto que já foi visitado. Mas não é visitado. É discutido. Mas não é só discutido. É o ponto. Mas não é só o ponto. São as essencialidades. Será que isto tem a ver com o que o hd disse lá na Campus Party? Algo mais ou menos assim: “Pô, cês tão com uns papos de 2002, pra mim isso é papo de 2002″.

Pois é.  Certificação, por exemplo, ou  a mesma essência com outro nome, também não é papo novo. E se eu me apropriar do Bachelard vou dizer que só está sendo retificado. Daí o que será que é ou não é quando um cara como eu entra na conversa como se isso fosse um papo novo? Não deixa de ser novo de alguma forma. O olhar pode até ser “novo”. Mas, em que medida interessa o novo? Para quem interessa o novo? Há um ponto, uma essencialidade, com esse lance do novo? Certamente. Porque apropriação tecnológica para tranformação social pode inaugurar algo essencialmente novo. Ainda que esse novo não queira dizer inédito, ou jamais praticado. Não é isso. E é preciso  reacesso.

Redes

Fico até envergonhado. Mas, ao mesmo tempo pensando  agora em memória, reacesso, retificações, me tranquilizo e aproveito para retificar, dizendo que o papo de redes do Felipe me levou a muitos reacessos. E um destes reacessos tocou em certificação. Mas este é só um exemplo. A impressão que tenho é que quase tudo que falei ou ousei pensar em termos de MetaReciclagem, no momento seguinte, me vem em reacessos numa amplitude de discussões, posições, pensamentos já em andamentos metarecicleiros. E aí cabe o questionamento do novo novamente?

Links, links, links. Texto, texto, texto. Tem hora que simplesmente não dá para organizar. Tem hora (e são muitas) que simplesmente não dá para acessar.  Dá uma angústia, uma sensação de que você nunca vai chegar junto. Ainda que a lógica não seja acadêmica, parece. Ou eu que estou vendo assim? Esse lance de sempre ter um texto, uma referência que precisa ser lida, que precisa ser interiorizada, refletida, para só  então poder falar com propriedade.  Acho que isto não é coisa só minha.

Porque é preciso fechar

É preciso fechar um post, senão ele nunca vai ao ar. Sem conclusões, sem sínteses. Mas, achei interessante mencionar que há menos de 5 minutos atrás, por acaso,   Maíra e hd falaram ao mesmo tempo comigo pelo Gtalk. Com Maíra tô botando muita fé neste andamento de formalização do Mutirão da Gambiarra. Já o Hernani me fez a gentileza de gastar um tantinho do seu tempo para dar um alô e,  durante a conversa,  me dizer que é preciso de alguma forma hackear  a estética acadêmica. É interessante, porque na mesma hora tive a sensação: “poxa, é exatamente nisto que venho pensando já tem um tempo”.  E de repente também acho que isto pode estar no mesmo plano da estranheza na conexão metautopia Dalton. Mas, como é preciso fechar, fecho com incertezas e volto ao reacesso.