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From: juliana schuch
Date: 2008/12/10
Subject: MAIS BRASILEIROS DEPORTADOS EM MADRID!
OI povo,
Repassando o email de uma amiga. Se conhecerem gente da imprensa, por favor, encaminhem.
Valeu
Beijo juli
“Pessoal,
Uma amiga veio passar férias em Lisboa ontem e chegou através de Madrid. Ao chegar no aeroporto foi passar pela imigração e, apos mais de 10 horas de espera, foi deportada. A Leticia estava com todos os documentos necessários para passar férias na Europa, com 1400 euros em espécie, dois cartões internacionais e uma carta de um cidadão portugues que é nosso amigo se RESPONSABILIZANDO pela estada dela no país. A justificativa da imigração foi que o documento do sponsor poderia ser falso – porém ninguém ligou para este amigo a fim de verificar a informação informada na carta.
Em contato com o Consulado do Brasil em Madrid fui instruída a informar a imprensa e preparar um dossiê com as matérias publicadas sobre o assunto para, então, encaminhar ao Palácio do Itamaraty. Infelizmente não há o que um cidadão possa fazer individualmente no sentido de ‘processar um Estado por danos morais’ e a única forma de algo ser feito é obter cobertura da imprensa para estes casos e, então, solicitar providências dos órgãos competentes. Assim, peço-lhes que encarem esse e-mail como um pedido de ajuda, pois os veículos de comunicação parecem ser os únicos com poder para auxiliar através da difusão de casos como estes no desenvolvimento de medidas mais humanas e LEGAIS para que situações como esta possam ser evitadas. Nem que seja informando às pessoas para NÃO ENTRAREM NA EUROPA POR MADRID SOB HIPÓTESE ALGUMA, atitude que deveria ser responsabilidade das agências de viagem, porém muitas sequer mencionam os problemas que têm ocorrido ou oferecem opções de vôos que não passem por Madrid aos seus clientes. O exemplo destas pessoas que estou contando é apenas um, certamente outras notícias como esta chegam até vocês freqüentemente. Moro na Europa há 3 anos, onde estudo, pago taxas, vistos e sigo todas as regras para continuar por aqui tranquilamente. Felizmente nunca estive numa situação assim, mas já vi muitas pessoas serem humilhadas e ultrajadas ao serem retiradas de um país. Qualquer um de nós pode ser vítima de injustiças como esta, pois os critérios de imigração tornam-se cada vez menos claros a quem pretende viajar.
Outros 10 ou 12 brasileiros foram deportados ontem. Alguns passaram a noite toda na sala de imigração, inclusive uma senhora com uma criança de 3 anos q estava com febre. De acordo com os relatos, os oficiais levaram bastante tempo para trazer-lhes um analgesico. Mas a hostilidade com a qual turistas são tratados em zonas de imigração não é novidade e, muito menos, notícia. Ainda assim é uma humilhação entrar num vôo lotado escoltados como se fossem criminosos. Três números de telefone (abaixo) foram disponibilizados para que as pessoas pudessem ligar a amigos e parentes. Este número também recebe ligações e seria muito interessante se alguns de vocês pudessem ligar e tentar falar com brasileiros que estejam CONFINADOS nessa sala, pois casos assim te acontecido as dezenas diariamente.
Enviaremos nos próximos dias uma carta ao Itamaraty solicitando que novas medidas sejam tomadas. Quanto mais matérias conseguirmos reunir sobre o assunto, mais voz teremos. Felizmente não fui vítima direta dessa situação, mas me solidarizo com as pessoas que estiveram nessa leva de brasileiros deportados por entender o quão complexo se tornou viajar para a Europa mesmo que a turismo. Diplomaticamente os brasileiros continuam sendo barrados e alguma coisa precisa ser feita. Ainda sou uma daquelas pessoas que, por conhecer o poder da imprensa como profissional de comunicação, acredita que com o suporte de vocês poderemos fazer algo que gere alguma ação no sentido de promover mudanças nos processos imigratórios. Espero poder contar com o apoio de vocês.
Contatos da sala de imigração no aeroporto de Barajas, em Madrid, onde as pessoas ficam a espera de entrevistas de imigração:
+34 913 337 738
+34 913 337 739
+34 913 337 740
Obrigada pela atenção!
Ari Feijó
Relações Públicas”
