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Hipercortex

Peço desculpas aos meus cinco leitores (sim, isso inclui vocês que entraram por engano), mas tô meio ausente, desenvolvendo um modelo viável de hipercortex. Se quiserem dar uma olhada no que eu já fiz até agora, e mandar críticas ferrenhas, ofensas pessoais e demais impropérios, dêem uma olhada aqui e depois mandem um emêiu.

Hipercortex

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Fogo amigo

O Charles mandou pra lista o artigo do Carlos Alberto Teixeira. Alguém tinha mencionado essa possibilidade por aí antes, mas, que eu me lembre, foi ridicularizado. Eu acho bastante possível.

Como se sabe, de tempos em tempos a CIA libera documentos anteriormente secretos e oferece-os de mão beijada, até mesmo via web, graças ao "Freedom of Information Act". Aparentemente, um macaco velho lá de dentro encontrou (ou lembrou-se de) umas pérolas e decidiu compartilhá-las com o mundo. Incognitamente, começou a divulgar pelos newsgroups da Usenet uma mensagem bastante inquietante. Ela menciona certos documentos que fazem parte de um plano engendrado no início da década de 60 para explodir aeronaves e navios americanos, incriminando Cuba, como pretexto para uma ação militar unilateral.

Artigo completo Documento da Cia (PDF).

O outro

Vou de Borges outra vez. "O outro", que eu tenho dentro do "livro de areia", em algumas de suas infinitas páginas. Essa cena é do Borges falando com o Borges (quem leu entende, quem não leu que leia)

"Sem me fazer caso, esclareceu que seu livro contaria a fraternidade entre todos os homens. O poeta do nosso tempo não pode voltar as costas a sua época.

Fiquei pensando e perguntei-lhe se verdadeiramente se sentia irmão de todos. Por exemplo, de todos os empresários de pompas fúnebres, de todos os carteiros, de todos os escafandristas, de todos de todos os que vivem nas casas de números pares, de todos os afônicos etc. Disse-me que seu livro se referia à grande massa dos oprimidos e dos párias.

- Tua massa de oprimidos e párias - respondi - não é mais que uma abstração. Só os indivíduos existem, se é que existe alguém. O homem de ontem não é o homem de hoje, sentenciou algum grego. Nós dois, neste banco de Genebra ou de Cambridge, somos talvez a prova."