Paradoxo puro nao é mais que o próprio alimento do feiticeiro à beira da vila. Entre a obediência cega e a negação pela negação, ele prefere os caminhos tortuosos da margem. Submeter-se não é possível, destruir é... só destruir.
Eu já nasci filho da geração que veio contestar. Conseguiram muito, aquelxs heróisnas. Mas decidi que não preciso entrar em parafuso tentando encontrar qual seria a contestação da contestação. Posso até desconstruir tudo que está ao redor, mas como como autêntico antropófago pós-moderno, posso brincar de remixar mitos e tradições pra a) me divertir, b) ao mesmo tempo satisfazer e questionar entes queridxs. Dou-me ao luxo de, mais do que buscar um sentido em tudo, simplesmente viver. Sem deixar de lado a ironia, mas também sem descambar pro sarcasmo. No fim das contas, eu sou da terra, e gosto mais de construir (mesmo que do meu próprio jeito) do que desmontar.