Mapas

Sempre gostei muito de mapas. Andava com aqueles guias de impressos de cidades. Cada vez que vou conhecer uma cidade nova, dou uma sapeada nos mapas disponíveis, anoto lugares interessantes, e procuro me orientar em relação aos mapas. Uma certa sensação de reduzir a complexidade do ambiente, e poder ir direto ao que interessa. Mas até há alguns anos, mapas eram uma coisa inacessível e meio chata de manusear. A internet já prometia algumas coisas - a primeira vez que vi o mapa do metrô de londres ficou marcada, pela mistura maluca entre o online e o concreto. Lembro também quando o pádua criou o blogchalking, e depois quando piramos no blogchalking reverse . Aí veio o google maps, que realmente mudou o jogo. A primeira vez que procurei a rua em que eu morava também ficou marcada, assim como depois, quando comecei a explorar endereços do passado ou até partes das cidades em que morei que havia deixado de conhecer. Sensação doida.

E aí tudo começou a ficar mais à mão. Cheguei a testar o maemo mapper quando usei o tablet 770, mas ainda não era prático. Na mesma época, comecei a brincar com o gmaps pra celular, e há uns meses, quando conheci o symbian, o nokia maps. Descolei um GPS Bluetooth na minha última viagem, e o lance ficou bem mais útil. Há poucas semanas recebi meu tablet n800 (é, eu também caí na promoção) e comecei a brincar de novo. Depois de experimentar com alguns softwares, fui cair de novo no maemo mapper. Há poucos minutos, tive outro daqueles momentos que marcam: baixando pro cartão de memória do aparelho o mapa detalhado de São Paulo, e arrastando com os dedos as ruas pra lá e pra cá. Uma sensação de complexidade reduzida, de outro tipo de relação com uma cidade que, por inapreensível, nunca foi minha. Que novo tipo de relação com o ambiente a gente constrói com essas tecnologias?