Faz tempo que eu não escrevo direto aqui. Troquei um pouco pelo twitter (e identi.ca), um pouco pelo meu caderno de papel. Também andei lendo bastante, refletindo sobre a vida. E articulando coisas. Mas hoje deu vontade de escrever aqui, dando uma geral - mesmo sem saber muito bem pra quê serve essa coisa de blogar. Talvez pra marcar o momento e as mudanças. Vamos lá.
Tenho ficado mais em Ubatuba. Escrevi dois projetos pra tentar agitar aqui pelo litoral (mais nesse post), com base em algumas ideias que eu joguei no wiki da MetaReciclagem. Refiz o site da Rádio Gaivota (agora baseado em drupal). Também entrei para a diretoria da Associação Gaivota, que mantém a rádio.
Aproveitei o verão, peguei praia sempre que possível, cozinhei, andei de bicicleta, toquei violão e um roquenrou bissexto na guitarra com a galera. Recebi visitas: primeiro meu irmão veio passar uns dias. No mês passado meu pai. Aprendi algumas receitas novas com ele, e ganhei uma panela de ferro fantástica.
Demos entrada com o projeto para construir nosso quarto aqui nos fundos da casa. Nos próximos meses vamos dar início à obra, e acho que vou documentar como fizeram o Alê e o Nano em Ilhabela.
Não estou mais trabalhando fixo no Weblab, mas vamos continuar colaborando pontualmente - e mantendo o Desvio, que deve sofrer algumas transformações em breve. Por outro lado, dediquei algum tempo a escrever novos projetos para a MetaReciclagem (com especial atenção à MicroReciclagem). Trabalhei na Infralógica (o site da MetaReciclagem deve ter cara nova até o fim do mês) e um pouco no Mutirão da Gambiarra (que tá criando pernas longas e fortes). Também estou começando um projeto novo, de pesquisa sobre espaços de produção de cultura digital, chamado RedeLabs.
Também li nos últimos tempos. Bastante ficção. Reli o Neuromancer, mas dessa vez na edição comemorativa de 25 anos, traduzida pelo Fábio Fernandes. Muito melhor que a edição anterior, que desviava minha atenção com algumas coisas estranhas (pô, blusão de couro?). Cheguei até a comentar em algum lugar que a única coisa que me incomodou foi quando ele traduz nodded por fez que sim com a cabeça. Mas isso é frescura minha. Também dei uma pinçada em pedaços do Reconhecimento de Padrões. Li a Icon 80, um par de contos do Magos, e mais alguns dos volume 2 e 3 do Ficção de Polpa. Também dei uma passada de olhos no Futuros Imaginários.
Perdi tempo lendo páginas e páginas de jornal. A campanha eleitoral começou com muito mais sujeira do que deveria. A geral continua pensando que democracia é futebol de resultados - dá mais importância a torcer pela bandeira e secar x adversárix do que efetivamente chegar a algum lugar. Mais fácil é fechar os olhos ou reclamar. Eu tô sem paciência de conversar com essas pessoas, e ainda menos pra ler as bravatas de qualquer lado.
Assisti a um monte de episódios de House, um filme chamado Stranger than Fiction e outro chamado Primer (depois de ler esse post). Também assisti a um monte de filmes irrelevantes. Descobrimos que uma locadora no centro de Ubatuba vai fechar e estava vendendo filmes a R$ 9,90. Eu comprei oito.
Fiquei triste com a morte do Glauco. Fiquei triste com um monte de mortes em terremotos, chuvas e enchentes. Comecei ficando triste todas as vezes (várias por semana) em que tive saudades do irmão dpadua (mas sempre lembro que o que ele deixou foi alegria, e não tristeza, e tudo fica melhor depois).
Estou há dois meses e pouco, com um grupo de amigxs próximxs, participando de um ciclo profundo de trabalho baseado na mandala Ararêtama. Nesse processo estou descobrindo coisas, reencontrando vocações, trabalhando aspectos específicos da vida. Decidindo coisas importantes.
Semana passada foi acelerada. Comemorei com a Carol os dez anos desde que começamos a namorar (e ainda parece só o começo do caminho). Conheci a Biblioteca de São Paulo (legal, mas precisa de carteirinha pra entrar? e pra ter a carteirinha precisa de comprovante de residência?)
Eu estava cansado do meu cabelo havia algum tempo - não ia mais mudar, só crescer e crescer. Sabadão, aproveitei que estava em sampa e fui lá fazer um moicano. Não durou nem dois dias: de volta a Uba, peguei a máquina e passei a um em tudo. Recomeçar, página em branco. Me sentindo mais prático, rápido. Aerodinâmico ;).
Em um domingo qualquer do mês passado, abri o computador de manhã e tinha um email me convidando a participar da Lift Conference, em Genebra. Eu, que já estava tentando atravessar o Atlântico em maio para participar do Future Everything, topei. Carol conseguiu umas boiadas e vai comigo. Embarcamos dia 3 para Genebra, depois vamos passar um par de dias em Dresden. De lá embarcamos para Manchester e depois passamos alguns dias em Londres (pra, entre outras coisas, visitar Ari e Marcão, que estão passando alguns meses estudando, trampando e pagando mico). Vou aproveitar o rolê de pouco mais de duas semanas pra conversar, articular e agitar, como sempre.
Que mais? Comprei uma impressora laser PB. Funcionou tranquila no Ubuntu. Não mexi muito com ZASF. Aprendi como integrar o Open Street Map com o Drupal.
Tem mais, mas esqueci. Desculpem a textorragia.
