Doze

Mais um ano começando, com um mês de janeiro que passou bem devagar (em contraste com 2011, um ano acelerado). Nos primeiros dias de janeiro fiquei praticamente desconectado, em um sítio em Cunha: sem celular, sem TV, internet só uma vez por semana no centro da cidade. Bom pra estudar, passear com a bebê, cozinhar e relaxar. Em particular ler, e muito, aproveitando o Kindle que um amigo-irmão me deu de natal. Bem bom o aparelhinho - consigo ler páginas a fio, coisa que a tela de computador nunca me atraiu a fazer. Comecei a tirar o atraso da coleção de centenas de ebooks e artigos que se acumula no meu desktop. A maior parte deles eu consegui converter com o Calibre, mas alguns são mais problemáticos - em geral arquivos com duas colunas, ou muitas imagens. De todo modo já consegui aumentar meu ritmo de leitura.

Novas fronteiras pela frente: em consequência de uma conversa na lista metareciclagem, me inscrevi no processo de seleção do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural, no Labjor da Unicamp. E passei. Vou ficar pelo menos os próximos dois semestres entre Ubatuba e Campinas, procurando elementos de relação entre "ciência" e todo aquele tipo de coisa que a gente gosta de fazer com tecnologias, conhecimentos e cultura livre. Tenho que me reacostumar com a linguagem acadêmica e reaprender uma série de rituais. Mas vamos lá, no ritmo. Até junho, vou continuar escrevendo um artigo por mês na seção Rede//Labs da plataforma Arquivo Vivo. Depois estou pensando em fazer a partir desses artigos um segundo livro. Laboratórios do pós-digital continua por aí - hoje mesmo estou colocando uma versão à venda na Kindle Store.

MutGamb está andando bem. Nos próximos meses vai rolar uma rotina de documentação no blog sobre os cotidianos metarecicleiros. Saem também um livro de artista, uma nova maneira de produzir o MutSaz, versões ebook de tudo que já produzimos e alguns projetos novos. MetaReciclagem continua viva daquele jeito afetivo e despretensioso. Em maio deve rolar o Encontrão HiperTropical aqui em Ubatuba. Com isso Ubalab vai tomando corpo, articulando encontros e parcerias, fazendo experiências. Outros projetos estão no forno, ou esperando ingredientes. Esse ano também devo fazer mais algumas viagens curtas: em junho tem o LabSurLab em Quito e depois o CIGAC em Sousa, na Paraíba. Em algum mês ainda a definir, vou participar da Occa Digital, no sul da Bahia. E provavelmente mais eventos. Prometo relatos de todos...