Dia desses, inspirado pela ida da Ari pra Londres, fui reler o que escrevia nos meus primeiros meses de Alemanha. Uma certa nostalgia de outras épocas, mas também senti falta de alguns detalhes que até hoje, dois anos depois, ficaram na memória. Vou só listar aqui pra, quando for reler isso daqui a cinco anos ou mais, essas coisas não terem sumido.
- Caminhar pelo outro lado da Elba, perto da Universidade e dos prédios residenciais comunas, em busca de uma caneta de aerógrafo. Voltar pela beira do rio, aquele monte de capim alto, bicicletas, cachorros. Um encontro de escultores, todos com marretas e formões e blocos de pedra. Pedir cerveja preta e não ser entendido (o certo era escura , apesar do menu atrás do balcão dizer preta ). Em outra ocasião parecida, atravessar o rio de balsa por um euro.
- A lojinha de equipamentos esportivos na Königstr. Muitas coisas de acampamento e bicicleta. Barracas, botas, tapetes de piquenique.
- Na Alaunstr.: suco de maçã em garrafa de vidro retornável, coisas de casa na... esqueci o nome (máquina de cortar cabelo por EUR 5,99), cerveja no Spar do outro lado (Franziskaner Weiss, Beck's, Budvar ou Staropramen por 69 centavos). O chinês quitandeiro que tinha limões e cará. Virando à direita lá no meio do bairro, o curry & co. (salsicha, batata, etc.). Mais pra frente, bares de Shishas (narguilas) e no fim da rua, virando à esquerda, um boteco subterrâneo, bom.
- Fugir da aula de alemão pra correr de bicicleta pela beirada do rio. Um bar com cancha de vôlei de praia, com areia e tudo.
- Tombo de bicicleta no túnel em dia de chuva.
- Loja de bikes perto de Mitte.
- Na frente da estátua do Augustus a cavalo. Sorvete italiano, colorido. Mercado. Bicicleta, a milhão. A fonte no meio da rua, que saía direto do chão com pressão variável, sincronizada. Em dias quentes, as crianças brincando em cima dos jatos d'água.
Tem mais, vou editando enquanto lembro.
