Apanhado

Esse blog anda silencioso, sim. Um monte de coisas passando. Desde há algumas semanas, estou trabalhando, junto com os antigos comparsas hdhd e Daltão, os comparsas recentes Wundo e Zé, e mais um monte de gente boa do Weblab do Lidec em alguns projetos de comunidades colaborativas online. Estou aprendendo um monte de coisas sobre o Drupal, que nos últimos anos ganhou tantos recursos que eu não tinha conseguido acompanhar. Isso me dá a oportunidade de retomar idéias antigas, como os dashboards e o tagging de usuárixs, que eu tinha imaginado em 2002 no meio das conversas do projeto Metá:Fora. Assim que tiver algo, comento aqui.

Outra coisa me aquietando é que há um par de semanas voltei a ter a combinação de dor no maxilar e de ouvido que me incomodou em janeiro. Fui no médico, que me encaminhou pro dentista, que me encaminhou pro Raio X, que me levou de volta ao dentista, que constatou que a chapa tinha deixado de fora exatamente meu maxilar direito. Ainda não sei o que é, embora haja uma suspeita bastante provável de que meu bruxismo tenha extrapolado dessa vez. Enquanto não tenho certeza, vou tomando três anti-inflamatórios por dia, e tem vezes que o estômago reclama.

Continuo, no ritmo possível, pesquisando tecnomagia e rabiscando historinhas por aqui. Publico quando estiverem consistentes. Têm a ver com o conto que o Sapo publicou há uns dias. Uma das histórias que tô tentando montar tem catalisadores tecnomágicos, espaços de intervenção eletromagnética que oferecem informação pra quem se propõe a desvendar seu funcionamento. Ainda não cheguei a um nome pra eles, mas embutem a idéia do totem, do menir, do enigma, das artimanhas de criptografia, do jogo, da descoberta. Pensar mais a respeito.

Essa semana, como bloguei antes, eu consegui terminar o artigo que tanto enrolei pro livro da submidialogia que vai sair em Salvador, e acabei transformando ele no sétimo caderno submidiático: Em busca do Brasil profundo. Faltou escrever umas coisas, vez que outra desviei demais de onde queria chegar, mas não quero mais mexer nele. Tem uma ou outra provocação no meio, vamos ver se resultam em boas discussões. Também quero trabalhar mais um pouco no sexto caderno submidiático (números ordinais não precisam ser tomados de forma linear), sobre o Ciclo Gambiarra. Comecei a transcrever o diálogo com o Novaes um dia desses, um dia sai. Em paralelo, ando ensaiando os primeiros passos do Mutirão da Gambiarra, que por sua vez já veio me trazer novas idéias sobre o site principal da MetaReciclagem. Muita coisa pela frente, e mais pro fim do ano quero tentar algumas grandes transformações, retomar a idéia de projetos de MetaReciclagem (sem me estender muito, voltar a pensar em termos de "vou metareciclar X", ao invés de "vou fazer metareciclagem", uma coisa que tanto se expandiu que se esvaziou).

Ainda nos planos para futuros, articular através de DesCentro e Bricolabs a idéia de intercâmbio através de "itinerâncias" (e não "residências"). E aí mandar ver em pesquisa aprofundada pra metareciclar o transporte.

Onde é uma boa pergunta. Barcelona é uma delícia, e daqui pra frente é primavera e depois verão. Mas o plano atual é voltar pro Brasil em julho, passar agosto em Porto Alegre, e depois nem sei. Ainda pensando a respeito.