Archive - Nov 2007 - Blog entry

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November 14th

Continuando IGF.

Tava seguindo no twitter o painel sobre "openness" no IGF mas atingi o limite de posts por hora. Continuo aqui.

Katoh - me distraí por causa do sotaque

Mark Kelly, Dublin. Internet has become an integral part of people's lives. Resulting and legitimate expectation by individuals that internet will be accessible and reliable. Public service value. A voz dele varia, parece um  toca-fita portátil com pilhas velhas.

Ficou chato. Achei mesmo que não ia aqüentar muito tempo de painel e essas coisas. Nada contra a voz de gravador com pilha velha, eu que tenho problemas de atenção.

Paragraph 4 of Tunis commitment. Conversas interessantes virando dogma? 

Stakeholders, decision-making, access. Jargão auto-referente, meta-conversa circular. O papo de Angel_f, apesar de meio bobo e um certo narcisismo no final, faz sentido. Lembro também do post de anteontem do Joi Ito falando por que ele tá saindo da Icann.

Thank you. Palmas.

Alexandre Jobim, International Association of Broadcasters.

Radiodifusão pública e privada contribuiu muito. Voz de buldogue. Distribuição de conteúdo. Radiodifusores são os maiores produtores de conteúdo???? Quê??? Onde? Abre o youtube pra ele aí!!!  "deixou ao relento os radiodifusores"? Não bato palmas. leia mais >>

November 12th

Segue

Mais uma queda da Aletta, mais uns dias fora do ar. Vale.

Barcelona tem sido uma cidade generosa. Pessoas interessantes, lugares vivos, idéias flutuando por aí. Ainda não tenho um cartão do bicing, mas já tô conseguindo me mover por aí. Aparecendo uns bicos na hora certa - arrumar drupal, dar aulas de blog -, mas ainda com tempo pra sentar na praça e rabiscar sinapses. Coisa doida de uma sociedade de consumo sem tantas regras é que a cada par de dias a gente encontra na rua alguma coisa pra casa. Estamos vivendo com um amigo que antes estava sozinho em casa, não tinha mais móveis do que precisava. Já encontramos uma mesa, uma cadeira e um berço que virou suporte pra escrivaninha. Vi no centro comunitário aqui do lado um anúncio de uma mulher oferecendo de presente uma mesa de desenho que parece ideal pra Carol, devo buscá-la no fim da semana.

Sim, tô mais feliz do que na Alemanha. Só o que falta aqui é aquecimento na casa, porque apesar de a temperatura ser uns dez graus mais alta do que em Dresden, lá as janelas eram vedadas e tudo era quentinho. Mas tá valendo, minha infância em Porto Alegre foi também bem fria.

November 7th

Não-modismo: itinerância

E essa onda de residência? Engraçado é que parece propor uma coisa de movimento, mas sem deixar de lado um lastro local. Des-loca, mas continua se relacionando com um lugar só, acreditando no poder da fixação, da mera troca. Eu curto mais a onda de itinerância. De incentivar as pessoas a passarem pelos lugares sem a pretensão de apreendê-los ou esgotá-los ou mesmo de ter alguma produção obrigatoriamente ligada a um lugar específico.

A pesquisar

Daqui a pouco: servidor de irc, chatterbots e comandos shell. Ativar e desativar sensores com base em rotinas pré-estabelecidas ou IA. Servidores de arquivos. FTP anônimo. Stream local de áudio. Chaves randômicas. Essa mensagem se apagará em 5 segundos. Registro de MAC Address.

Coisas ocupando-me a mente agora

  • Descolar uns trocados. Quer um site em drupal aí?
  • Fazer rolar o Mutirão da Gambiarra. Ainda não tem link, porque tô pra armar ele direitinho. Em resumo, é um esforço pra organizar uma comunidade editorial metarecicleira pra:
    • Coletar e organizar a documentação gerada desde 2002;
    • Traçar ecos conceituais, sistêmicos, metodológicos e políticos relacionados à MetaReciclagem;
    • Brotar ficção metarecicleira.
  • Escrever a história aquela do mano aquele, primo do Vitorio, que tropeça num totem tecnomágico (e esse nome é bem ruim) e umas outras coisas acontecem.
  • Fazer um totem tecnomágico e chamar de arte pra descolar uns trocados.
  • Rabiscar o projeto que diz que residência é besta, que o esquema é itinerância, e pedir um carro pra dar um rolê pra metareciclar os transportes.
  • Começar a planejar a volta pra montar uma escola de inventores em Ubatuba.
  • Escrever listas e listas porque o tinymce tá funcionando.

CGI:IRC

Testando um barato aqui.

Link direto

Notas sobre Barcelona

  • Ser consciente politicamente e ansiar por mudanças é motivo de orgulho.
  • Tem alguma coisa no ritmo da fala catalã que me lembra o português de portugal. Uma coisa de falar com a boca fechada, não sei.
  • Sair na rua é tropeçar em coisas interessantes acontecendo.
  • Barri Gótic é sim uma coleção de buracos de minhoca, mas tem turistas demais, mesmo em novembro.
  • Mediterrâneo. Fazem 13 anos que eu não moro perto do mar. O ar é outro.
  • As pessoas usam as ruas como sala de estar. Eu também.
  • Lá vem cliché, mas e daí? - Gaudí é de cair o queixo.
  • Preciso de um trampo leve, que pague razoavelmente e não exija muitas horas. E o doido é ter a impressão de que vai rolar.
  • Muitos espaços e muitas pessoas interessantes a conhecer.
  • Vou pra rua de novo.

November 6th

Jornada

E foi só eu querer escrever que o blog saiu do ar de novo. Agora por um bom motivo, a reinstalação da Aletta, que tava merecendo um trampo mesmo. Mas aí que perdi um pouco do impulso inicial de contar, vou aqui meio forçado.

Rolou a jornada. Cinco pessoas, uma cocker spaniel, dois violões, um monte de malas e uns 2500 km. Saímos de Dresden, passamos por Mannheim e Füssen na Alemanha; Berna, Lausanne e Genebra na Suíça, Chambéry e Carcassonne na França e chegamos em Barcelona, Catalunya. Eu e Carol ainda voltamos à última cidade da França pra devolver o carro alugado. No caminho, um monte de histórias.

Tomamos carona, vimos cores de outono, viajamos em direção ao inverno. Andamos à beira do Rhein en Mannheim, visitamos o castelo de Heidelberg. Alta simbologia maçônica por todo lado, meio bizarro. TInha um barato meio Rohan por lá. Seguimos e pegamos três dias de neve em Füssen, e a zero grau eu lembrei de Porto Alegre, e consegui também entender o silêncio, a solidão e essa vontade maluca do ser humano querer vencer a natureza. Tudo em uma fração de segundo, pisando na neve fofa e vendo flocos brancos caírem do céu.

Na última cidade da Alemanha, compramos um saco grandão de maçãs por 1 euro. Cruzamos uns 50km de Áustria e chegamos na Suíça. Ali entendi outras coisas. Dinheiro por todo lado. Berna é uma cidade antiga, numa localidade privilegiada. O lago Le Mans é uma visão fantástica. Genebra me impressionou. Senti a cidade mais aberta que as outras na Suíça e que muitas cidades alemãs, mas tive uma sensação de incômodo quase físico por não vestir roupas alinhadas e na moda. Difícil de explicar, uma sensação de inadequação. leia mais >>