Archive - 2002

June 27th

Estética na Era das Conversações

A estética na chamada Era das Conversações. Como o indivíduo de um mundo interconectado relaciona-se com o complexo repertório estético que o cerca? Novas posibilidades surgem para esses tempos. Temos um cenário em que é iminente a emergência de uma inteligência coletiva, que entretanto não pode mais ser definida como uma cultura de massa, à medida em que, como pretendia Enzensberger, todo indivíduo é simultaneamente emissor e receptor de mensagens. Mais do que simplesmente enviar e receber, cada um pode também publicar suas idéias, de maneira que os outros podem ver uma evolução histórica de seu trabalho. Além disso, as ferramentas para a produção de signos que podem ser reconhecidos como informação estética estão praticamente à disposição de qualquer um que tenha acesso à Internet e disposição em aprender (tutoriais online já ensinam de tudo). E, deve-se acrescentar, os weblogs acrescentam à fórmula uma usabilidade enorme, uma vez que são acessíveis através da mesma interface que o usuário costuma utilizar para navegar na Internet.

Paralelamente, a reflexão crítica vai ganhando espaço, à medida em que as comunidades online e a linkania dos bloggers permitem que vários indivíduos interessados em temas relacionados tenham canais diretos de comunicação, de maneira desterritorializada e assíncrona e, melhor ainda, sem depender de um editor. Evolui uma adaptação da filosofia open source (cessão das limitações dos direitos autorais em prol do coletivo) também à produção científica e criativa.

No McGee

Ideas are free. Meaningful implementation is rare. This puts the patent dispute in perspective (courtesy, Julio Gomez).
Kramer: What are you guys talking about?
Seinfeld: They're re-opening the Rainbow Room at Rockefeller Center.
Kramer: What? That was MY idea!
Seinfeld: Which part of the idea was yours? The million dollars you don't
HAVE, or the building you don't OWN?

Bom esse portfolio

E os Cols assumiram a blogadagem.

June 26th

�. poesia, mesmo que n�o seja macia.

xemel�s

tecnologia � uma caixinha de surpresas...

esse xemel� e esse xemel� funcionam novamente

Ainda no debate sobre k-logs

Jayme Troiano:
>Eu ainda estou na dúvida se realmente tem alguma coisa diferente, ou se é só o efeito multiplicador gerado pela possibilidade de
> edição de conteúdo a baixo custo.


Eu
Tua resposta já diz tudo. Se há um efeito multiplicador em decorrência da facilidade de uso, a assimilação e o uso crescem exponencialmente. Se as pessoas vão se tornando acostumadas a um determinado uso da tecnologia, o papel de quem quer prestar um serviço eficiente é dizer "não, isso aí é só moda" ou facilitar a vida dos usuários? Se é moda ou não, pouco importa. Interessa que a experiência estética do ser humano comum está a ponto de se transformar. E essa transformação é mais simples e assimilável do que parece, mas suas conseqüências são imensas.

Complementando a opinião do Ricardo Bernardes na competitive-knowledge,

>Como publisher, mesmo que
> uma pessoa faca um BLOG que publique apenas "Alo mundo!" ,
> ela estah colocando algum conhecimento tacito nele.


Ricardo, quero estender um pouco a questão.

Para a organização, o primeiro grande diferencial advindo da utilização de k-logs é justamente a possibilidade de um mapeamento dinâmico do conhecimento tácito. Como sei que alguns ainda terão dúvidas a respeito, vou exemplificar: imaginem um usuário que publica, diariamente, links para sites que ele considera úteis ao seu trabalho. Cada link é categorizado e muitos têm um comentário. Se considerarmos um único post, é possível que o consideremos uma unidade de conhecimento explícito: um link para uma página de internet, categorizada e com uma breve explicação. Entretanto, se visualizarmos a navegação desse usuário ao longo de uma semana, começamos a perceber, até mesmo de maneira implícita, quais são os critérios que ele utiliza para a seleção desses links.

Além disso, uma vez que o usuário obtém controle da publicação de seu conhecimento e a liberdade de alterar templates, inserir links para onde (ou quem) quiser, ou seja, personalizar a forma como esse conhecimento será publicado, ele tem uma motivação maior a competilhar seu conhecimento. Afinal, não é um site de terceiros ou de uma empresa com o qual ele contribuiu: é a sua publicação. É nesse sentido que podemos visualizar nos blogs a voz pessoal comentada no manifesto cluetrain (cujos autores têm excelentes weblogs).
leia mais >>

tu j� viu os meus bookmarks?

t� bom, t� bom, t� bom.

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