efeefe - redes http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/308/0 pt-br Redes fora das redes http://efeefe.no-ip.org/blog/redes-fora-das-redes <p>C&aacute; estou naquele per&iacute;odo anual semi-afastado do mundo cotidiano. N&atilde;o tanto quanto das outras vezes, porque tamb&eacute;m aqui na ro&ccedil;a &agrave;s margens da mata atl&acirc;ntica as coisas mudam. H&aacute; dez anos vieram os rel&oacute;gios, depois as TVs (que felizmente hoje andam mais silenciosas). Depois os smartphones com cache que eram levados &agrave; cidade para sincronizar. E desde o come&ccedil;o de 2014, sim, o wifi est&aacute; na &aacute;rea. Lento, inst&aacute;vel, mas suficiente para me permitir publicar este texto (ser&aacute; que vai cair a conex&atilde;o quando eu apertar &quot;publicar&quot;?).</p> <p>Decidi, entretanto, que tentaria manter este per&iacute;odo mais voltado a din&acirc;micas outras. Estou, naturalmente, avan&ccedil;ando para reduzir minha pilha de coisas para ler (tanto os livros de papel quanto a intermin&aacute;vel lista de links guardados no pocket ou a imensur&aacute;vel pasta com PDFs). Ler, andar, escutar e fazer m&uacute;sica, brincar com crian&ccedil;as e adultes, olhar nos olhos, ceder espa&ccedil;o para outres, ocupar espa&ccedil;o de outres. Ver crescer e mexer a barriga que carrega mais um dos nossos. Acender fogueiras, velas, ideias.</p> <p>&Uacute;nica regra para meu uso pessoal da internet nestes dias: facebook, s&oacute; quando estiver no centro na cidade. Quando muito. As coisas v&atilde;o continuar autom&aacute;ticas indo daqui pra l&aacute;, mas n&atilde;o quero ver aquela p&aacute;gina azul aqui no ref&uacute;gio.</p> <p>Escreveria mais sobre isso e outras coisas. Escreverei. Mas agora t&ocirc; indo ali que tem vida me esperando.</p> lifelog redes Wed, 24 Dec 2014 00:54:58 +0000 felipefonseca 13284 at http://efeefe.no-ip.org Blog hibernando http://efeefe.no-ip.org/agregando/blog-hibernando <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- lixo eletrônico lixoeletronico redes Mon, 18 Mar 2013 21:11:49 +0000 felipefonseca 12945 at http://efeefe.no-ip.org Educarede - Lixo Eletrônico http://efeefe.no-ip.org/agregando/educarede-lixo-eletronico <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Participei semana passada, com <a href="http://bikini.veredas.net" rel="nofollow">Maira Begalli</a> e <a href="http://twitter.com/marcbraz" rel="nofollow">Marcelo Braz</a>, do debate "<a href="http://encuentro2011.educared.org/group/lixo-eletronico" rel="nofollow">Lixo Eletrônico - Desafios do Século XXI</a>", organizado pelo projeto Educarede e transmitido pela web. O vídeo (em três partes) pode ser assistido <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Jg84cxb7QlI&feature=youtu.be" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p></p> <p></p> <p></p> brasil debate educarede iniciativas lixo eletrônico redes stream Wed, 05 Oct 2011 00:51:28 +0000 felipefonseca 11520 at http://efeefe.no-ip.org Anilla Cultural - CCSP http://efeefe.no-ip.org/agregando/anilla-cultural-ccsp <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Em 24 de novembro, o <a href="http://ww2.ccebrasil.org.br/" rel="nofollow">Centro Cultural da Espanha</a> e o <a href="http://centrocultural.sp.gov.br" rel="nofollow">Centro Cultural Vergueiro</a> organizaram um debate sobre "Possibilidades criativas na internet de segunda geração", como parte do projeto <a href="http://anillacultural.net/" rel="nofollow">Anilla Cultural</a> - que está integrando instituições culturais da América Latina e Espanha através de internet (muito) rápida. Os convidados eram <a href="http://desvirtual.com" rel="nofollow">Giselle Beiguelman</a>, <a href="http://radiorizoma.blogspot.com/" rel="nofollow">Janete El Haouli</a>, <a href="http://lalik.net/" rel="nofollow">Lali Krotoszynski</a> e <a href="http://lucasbambozzi.net" rel="nofollow">Lucas Bambozzi</a>, moderados por <a href="http://escapeserralheria.org" rel="nofollow">Miguel Gondim de Castro</a>.</p> <p>Giselle trouxe o referencial da tecnofagia. Falou sobre o <a href="http://www.google.com.br/search?sourceid=chrome&client=ubuntu&channel=cs&ie=UTF-8&q=greg%C3%B3rio+praia+ipanema" rel="nofollow">Gregório Praia Ipanema</a>, sobre o <a href="http://projetoeitaporra.wordpress.com/" rel="nofollow">Eita, Porra</a> e mais algumas coisas. Janete compartilhou experiências com rádio experimental. Lali contou de suas experiências com dança, rolando simultaneamente em lugares diferentes. Lucas Bambozzi mencionou diversas ações de arte em rede que realizou desde os anos noventa, sugerindo que estamos em um momento de descoberta e invenção - não temos referências sobre o que vem por aí, é necessário testar diversas possibilidades.</p> <p>Possibilidades com internet via fibra ótica foi um dos assuntos que possibilitou a aproximação do eixo <a href="http://redelabs.org" rel="nofollow">Rede//Labs</a> com a Cultura Digital do Minc. Eu sou bastante cético quanto ao fetiche da velocidade, mas me interesso pelo debate. Pedi o microfone ao fim das apresentações para fazer alguns comentários. Falei sobre a importância de desenvolver alternativas livres para telepresença e videoconferência via internet rápida, como o <a href="http://scenic.sat.qc.ca/en/Scenic" rel="nofollow">Scenic</a> do SAT (que o <a href="http://root.ps" rel="nofollow">Pedro Soler</a> está querendo utilizar para conectar o <a href="http://sat.qc.ca/" rel="nofollow">SAT</a>, o <a href="http://laboralcentrodearte.org" rel="nofollow">Laboral</a>, o <a href="http://hangar.org" rel="nofollow">Hangar</a> e outras instituições - temos uma boa porta de entrada aí). Repeti o que o pessoal do <a href="http://www.fablabmanchester.org/" rel="nofollow">Fablab de Manchester</a> me relatou, que utilizava videoconferência para propiciar um cotidiano compartilhado entre os diferentes laboratórios - alguém tentando resolver um problema podia em um instante pedir uma dica para alguém nos EUA ou na Índia, mostrar o que tinha feito, compartilhar arquivos, etc. Também concordei com o Lucas - a gente nunca usou rede tão rápida, e justamente por isso é importante criar espaços abertos para que artistas e pesquisadores tenham esse novo tipo de vivência em rede, no dia a dia.</p> <p>O debate seguiu, bem interessante. Gostei da posição da CCSP, que falou sobre residências artísticas, uso público e agenciamento. Parece ter um caminho bem interessante aparecendo por ali.</p> <p>Ainda encontrei por lá <a href="http://giselad.com" rel="nofollow">Gisela Domschke</a> (que organizou o debate), <a href="http://www.showskills.com/pedrozaz/" rel="nofollow">Pedro Zaz</a>, <a href="http://twitter.com/vj_varga" rel="nofollow">VJ Varga</a> (que fez <a href="http://vjvarga.tumblr.com/" rel="nofollow">fotos</a>) e mais algumas pessoas.</p> <p>Mais sobre a Anilla Cultural no site do <a href="http://ww2.ccebrasil.org.br/projeto/anilla-cultural-nueva-agora" rel="nofollow">CCE</a> e do <a href="http://www.centrocultural.sp.gov.br/saiba_mais_anilla_cultural.asp" rel="nofollow">CCSP</a>.</p> aecid anilla cce desvio espanha redes sampa Mon, 06 Dec 2010 16:23:00 +0000 felipefonseca 9515 at http://efeefe.no-ip.org CPOV - Wikipédia e Políticas de Conhecimento Livre http://efeefe.no-ip.org/agregando/cpov-wikipedia-e-politicas-de-conhecimento-livre <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Recebi do pessoal do Institute of Network Cultures essa chamada (já traduzida para português!) para algumas ações que buscam trazer uma perspectiva crítica para a Wikipedia. Mais informações <a href="http://networkcultures.org/wpmu/cpov/" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p>---</p> <p> </p> <p align="justify">Wikipédia e Políticas de Conhecimento Livre1 </p> <p align="justify">Proposta para uma rede de pesquisa, duas conferências e um reader2 </p> <p align="justify">Organizado pelo Center for Internet & Society (Bangalore, Índia) e o Institute of Network Culutres (Amsterdam, Holanda) </p> <p align="justify">Não seria exagero dizer que a Wikipédia está prestes a se tornar, de fato, a referência mundial do conhecimento dinâmico. As visíveis desavenças entre líderes de opinião, professores de universidade, ‘evangelistas’ da Web 2.0 e editores com relação a exatidão, anonimidade, confiança, vandalismo e perícia parecem apenas alimentar o crescimento da Wikipédia e sua base de usuários. Com respeito a isto, o que significa hoje em dia dizer que a Wikipédia virou mainstream3?  </p> <p align="justify">O crescimento acelerado e o raio de ação da Wikipédia, como referência de conhecimento  de abrangência global, não tem precedentes. O mecanismo de busca do Google dá tratamento preferencial à Wikipédia, no intuito de superar otimizadores desses mecanismos e providenciar uma experiência mais proveitosa para seus usuários. Além de deixar seus análogos/similares  Britannica e Encarta para trás, a Wikipédia, por seu tamanho e extensão. se mantém par e passo com alguns marcos históricos como Naturalis Historia de Pliny the Elder, Wenhsien ta-ch’eng da Dinastia Ming e o trabalho principal do Iluminismo francês, a Encyclopédie.  </p> <p align="justify">A Wikipédia multilingüe como plataforma de produção de conhecimento digital, colaborativa e flexível, pode ser vista como o exemplo mais visível e bem sucedido da migração dos princípios do FLOSS (Free/Libre/Open Source Software) para a cultura predominante (mainstream culture). Para aqueles de nós que acreditam em pluralismo e a possibilidade de um outro universo, existem motivos para celebrar e defender a Wikipédia contra os maximalistas que promovem o direito de propriedade intelectual, dos que promovem modelos de propriedade de produção de conhecimento e sua disseminação. Tal celebração e defesa devem conter, todavia, discernimento crítico, informados pelas alterações em realidades na Internet como um todo e no projeto Wikipédia em particular. </p> <p align="justify">A fundação Wikimedia empregou recentemente seu primeiro analista de pesquisa e agora abre um espaço para a “Wikipediologia”, incluindo projetos como o Wiki Project, que lida com estudos sobre vandalismo. Em todo caso, pesquisa crítica sobre a Wikipédia deve ser conduzida também fora da Fundação Wikimedia e sua reflexão sobre si mesma e sua comunidade. Existe uma necessidade urgente de pesquisa quantitativa e qualitativa sob a perspectiva das humanidades e das artes, que pode vir a beneficiar tanto a grande base de usuários quanto a própria comunidade ativa da Wikipédia.</p> <p align="justify">Mais do que isto, como uma das maiores, se não a maior de todas, fontes de conhecimento geral independente dos nossos tempos, a Wikipédia oferece uma percepção crítica em relação ao estado do conhecimento contemporâneo, seus princípios de organização, função e impacto; seus estilos de produção, mecanismos para resolver conflitos e (re-) constituição de poder. Novas estratégias e operações táticas de conhecimento/poder estão claramente em ação. O conceito de ‘livre’ (open) continua ambíguo nesta concepção, servindo tanto como conceito comum quanto mascarando novos encontros polêmicos. </p> <p align="justify">Reformular permanentemente o ‘livre’ e o ‘inclusivo’ como princípio-guia da Wikipédia, formulados pela própria comunidade, é possível considerar esta norma como  descritiva ou mesmo chamá-la de mito de fundação (founding myth). Por exemplo, o perfil demográfico do editor da Wikipédia como sendo um geek4 da raça branca e sexo masculino, com uma visão de mundo limitada e monocultural baseada na racionalidade ocidental, continua sendo preocupante. No entanto, a questão da (não)diversidade que está sendo formulada em discussões na Wikipédia precisa também ser imposta além dos estereótipos existentes e ao nível geral de discussão. A questão da (pós)identidade e representação não é necessariamente resolvida via construção discursiva de ‘inclusão’, caso tal inclusão exija  deixar passar histórias e práticas de conhecimento adversárias e se a cultura de editar não estiver lado a  lado com uma cultura de escutar/ouvir.</p> <p align="justify">Da maneira mais material e perceptiva, toda tecnologia nova modifica as condições e possibilidades com relação ao conhecimento. A lógica das tecnologias vaza para o interior das próprias estruturas e princípios de organização. Hoje, tanto o meio (como em mídia) quanto a mensagem podem refletir as idéias da rede (organizada), da multidão ou da máquina Deleuziana. É  através de uma mistura selecionada de condições tecnológicas e normativas – a arquitetura distribuída da net, o software da plataforma Wiki, as licenças de propriedade baseadas no commons5 e o espírito da época (zeitgeist) do FLOSS – que a Wikipédia surge como enciclopédia da era da informação, continuando  e transformando o impulso enciclopédico do Iluminismo ou o desejo de saber.</p> <p align="justify">A agenda de pesquisa abrange investigações filosóficas, epistemológicas e teóricas de objetos de conhecimento, produção cultural e relações sociais, além de uma investigação empírica do fenômeno específico da Wikipédia.</p> <p align="justify">Isto foi feito intencionalmente, para que estudos advindos da pesquisa teórica possam informar pesquisas orientadas a prática e vice-versa. </p> <p align="justify">Um reader e duas conferências propostas, em Amsterdam e Bangalore (início de 2010) serão organizadas em paralelo. Portanto, os eventos de Amsterdam e Bangalore acontecerão em datas próximas e irão se concentrar em diferentes aspectos ou seria a lista abaixo. Com exceção de algumas poucas pessoas, os organizadores acreditam que as conferências atrairão um público heterogêneo. O reader (planejado temporariamente para ser o sexto de uma séries de readers publicados pelo Institute of Network Cultures) será produzido no período entre abril e setembro de 2010. A convocação para redações e artigos será lançada bem mais cedo (junho-julho de 2009), junto com a convocação para participação nas duas conferências. No momento é nossa intenção lançar o reader durante a conferência da Wikimania 2010 em Danzig, Polônia (julho 9-11). </p> <p align="justify">As conferências e o reader poderão incluir as seguintes áreas, convidando contribuições teóricas, empíricas, práticas e artísticas: </p> WikiTeoria(abertura) Wikipédia e Análise Crítica sobre a Produção de Conhecimento Ocidental Modelos de Enciclopédias – Séculos 18 até os dias de hoje WikiArte Debate sobre o Design Análise Crítica do ‘Open’ e do ‘Free’ (Livre) Políticas Globais de Exclusão Wikipédia e o Lugar da Resistência(poderia ser simplesmente Resistência, sem o lugar?) Conhecimentos sobre Mídia e Educação Wiki-analítica, Wikipedia como plataforma e estudos de softwares <p align="justify">Descrição das Sessões/Áreas de Interesse</p> WikiTeoria <p align="justify">Além de providenciar uma visão geral dos próximos tópicos e enfatizar diversas abordagens globais, o objetivo aqui é desenvolver os conceitos que poderiam ser usados em outras pesquisas e que se ajustem a projetos maiores ligados com a cultura da Internet e a crítica do ‘livre’ (Open/Free). Será possível desenvolver uma contra-hegemonia de práticas críticas que está situada no meio de culturas tecnológicas? Que tipo de lições críticas a Wikipédia providencia em face do sucesso impressionante sucesso da Web 2.0 e da utopia do P2P? Como pode ser desenvolvida uma crítica radical da Wikipédia que não se apresente como o cínico “eu te disse” de quem está de fora, ou que não seja uma imitação da posição neoconservadora de Andrew Keen? Que tipo de percepção a Wikipédia pode oferecer em relação à tensão contínua entre conhecimento e informação? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table01" rel="nofollow"></a></p> Shunling Chen Escola de Lei de Harvard, EUA <p align="justify">(Harvard Law School)</p> Wikipédia – Uma república de ciência democratizada? Stuart Geiger Universidade de Georgtown, EUA <p align="justify">(GeorgeTown University)</p> A sabedoria dos bots: uma análise crítica sobre a auto-organização na Wikipédia Beatriz Martins Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil Wikipédia: Autoria através da rede Dipti Kulkarni Instituto Indiano de Tecnologia, Delhi <p align="justify">(Indian Institute of Technology)</p> Wikipédia: uma perspectiva semiótica social Geert Lovink Instituto de Culturas de Rede, Amsterdam <p align="justify">(Insitute of Network Cultures)</p> Moderador <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table02" rel="nofollow"></a></p> Ramón Reichert (Austria)  <br /> Universidade de Viena Repensando a Wikipédia: poder, conhecimento e as tecnologias do Self Jeanette Hofmann(Alemanha) <br /> Escola de Economia de Londres/Centro de Pesquisas em Ciências Sociais, Berlim <p align="justify">(London School of Economics/Social Science Research Centre Berlin)</p> Wikipédia entre emancipação e auto-regulação  Mathieu O’Neil (Áustria) <br /> Universidade de Paris Sorbonne Análise crítica de leis em projetos livres online Gérard Wormser (França) Maison des sciences de l'homme Paris-Nord A advocacia de conhecimento Geert Lovink (Holanda) Instituto de Culturas de Rede <p align="justify">Faculdade de Amsterdam</p> <p align="justify">(Institute of Network Cultures</p> <p align="justify">Hogenschool van Amsterdam)</p> Moderator  <p> </p> Wikipédia e Análise Crítica sobre a Produção de Conhecimento Ocidental <p align="justify">  Wikipedia and the Critique of Western Knowledge Production </p> <p align="justify">A persistência de narrativas-mestras quase enterradas: a tradição ocidental do Iluminismo tende a permear tanto o entendimento comum quanto o oficial em relação ao conhecimento sobre a Wikipédia. Refletindo o próprio Iluminismo, a Wikipédia oferece um tipo bem particular de conhecimento  e, ao mesmo tempo, demanda conhecimento universal – por exemplo, na formulação de metas visionárias, na estrutura dos artigos, na posição dos autores, no estilo de escrita, na classificação das entradas, nos modelos de resolução de conflitos, etc. A maneira como  estes ideais persistem e continuam a sustentar sua marca nos dias presentes, de um modo muitas vezes sutil, requer maior atenção. Aliás, as ‘grandes narrativas’ do Iluminismo, que Jean-Francis Lyotard alegou que haviam recuado com o surgimento de ‘sociedades computadorizadas’, continuam a informar o imaginário popular, de maneiras predominantemente intocadas pelo momento de desconstrução. Frederic Jameson se referiu a isto como ‘persistência de narrativas-mestras enterradas’, um inconsciente político que guia decisões desprezando o estado filosófico. De maneira semelhante, isto faz eco com o apelo de Foucault para ‘revelar uma inconsciência positiva sobre o conhecimento’, como aquele que faz uma tarefa de submissão/conquista (subjugation) mas que opera além da competição. O que importa aqui não é a verdade ou a crença, mas sim a ação.  </p> <p align="justify">A predominância de culturas textuais ou até mesmo lingüísticas: o sistema atual de citação da Wikipédia prejudica sistemas de conhecimento orais e visuais em favor do textuais. Isto desvaloriza não somente os sistemas de conhecimento sobre a memória cultural e técnicas relacionadas, como as técnicas mnemônicas ou a poesia oral; como também desvaloriza as populações analfabetas.  </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table03" rel="nofollow"></a></p> Johanna Niesyto Universidade de Siegen, Alemanha <p align="justify">(Universität Siegen)</p> Wikipédia como um espaço translinguístico Eric Zimmerman IDC, Israel Wikipédia e o sistema de pesquisa de informação atual Stian Haklev Universidade de Toronto, Canada <p align="justify">(University of Toronto)</p> Governacia justa na Wikipédia multi-linguística HanTeng Liao   Enciclopédia gerada por usuários como caso crítico de economia de palavra chave Zainab Bawa Centro para Internet e Sociedade <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderador Histórias Enciclopédicas  <p align="justify">Tornar o mundo durável: nesta sessão queremos dar uma visão ampla  das várias tentativas para criar uma coleção sobre conhecimento global. Para melhor entendimento da cultura específica do código que fundamenta a Wikipédia, este tópico procura se aprofundar mais nas histórias sobre a enciclopédia. D' Alembert's Preliminary Discourse para a Encyclopedie é citado freqüentemente como sendo o enunciado mais sucinto do Iluminismo europeu. “É através da Encyclopedie que o Iluminismos se torna durável, tangível e disseminado.” O que pode ser aprendido ao se examinar tais precedentes históricos? </p> <p align="justify">As enciclopédias têm sido consideradas a origem de imagens nacionais e estereótipos de si próprias e do outro (poderia ser: “de outras/das demais”?) dentro da Europa. Na Wikipédia a construção da imagem tende a ser desembocada (disembogue) e mascarada a favor de um próprio entendimento cosmopolita e global. Esta sessão questiona em que medida a construção da produção de conhecimento sobre imagens nacionais é transferida de um sistema de construção discursivo para um georeferencial automático. </p> <p align="justify">Além do sistema de fichas de arquivo: esta sessão também trata de tentativas históricas de revolucionar o conhecimento através da criação de novas tecnologias e em que medida estas alternativas históricas fazem eco com a Wikipédia, especificamente, e as tecnologias da Net, como que direcionadas por imperativos de conhecimento,  em geral. Exemplos incluem o Mundaneum, o Memex, a Rede Galática (Galactic Network) e o projeto Xanadu.  </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table04" rel="nofollow"></a></p> Joseph Reagle (USA) Universidade de Nova York <p align="justify">(New York University)</p> Wikipédia e a ansiedade enciclopédica Charles van den Heuvel (Holanda) Academia Real dos Países Baixos de Artes e Ciências Anotações autoritárias, Encyclopedia Universalis Mundaneum, Wikipédia e a Stanford Encyclopedia de Filosofia Dan O’Sullivan (Reino Unido) Escritor e historiador freelancer Uma encyclopedia para a atualidade: pensamentos sobre a Wikipédia, de uma perspectiva histórica. Alan Shapiro (EUA/Alemanha) MIT e Universidade de Cornell <p align="justify">(MIT and Cornell University)</p> Gustave Flaubert rí  da Wikipédia Nathaniel Tkacz (Austrália) Universidade de Melbourne <p align="justify">(University of Melbourne)</p> Moderator  WikiArte <p align="justify">WikiArte pode ser entendida como trabalho artístico e como intervenção.</p> <p align="justify">Ocorrendo principalmente na própria Wikipédia, o projeto Wikipédia Art foi considerado controverso e foi rapidamente retirado (veja o debate recente no nettime-1). O que o projeto revela sobre este tipo de produção de conhecimento? Qual é o  limiar de legitimação para este tipo de conhecimento e como os limites são policiados? O que está em jogo quando se rejeita a arte? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table05" rel="nofollow"></a></p> Isaac Mao Ativista de internet e curador, China Curando a Wikipédia: O que constitui a WikiArt? Scott Kildall e Nathaniel Stern Wikipedia Arte, EUA Wikipedia Arte: Citação como ato performático Rut Jesus e Anne Goldenberg Artistas do Canada e Denmark Nossa mente col(n)ectiva: Críticas e o jeito Wiki de ser Namita Malhotra Forum alternativo de lei <p align="justify">(Alternative Law Forum)</p> Moderadora <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table06" rel="nofollow"></a></p> Scott Kildall (EUA) Artista multi-disciplinar Wikipédia Arte: Citação como ato performático Patrick Lichty (EUA) Designer digital, artista, escritor e curador autônomo Mídia social, suporte cultural e hegemonias moleculares, contemplações sobre mídia anárquica, WIKIs e arte desterritorializada Hendrik-Jan Grievink (Holanda)   Projeto WikiLovesArt Josephine Bosma (Holanda) Escritora e crítica Moderatora Debate sobre o Design <p align="justify">O paradoxo da imparcialidade: O princípio da imparcialidade da Wikipédia nem sempre descreve com exatidão a situação dos debates sobre os tópicos: A opinião controlada pelo lobby de uma corporação, que usa pesquisa financiada, terá  o mesmo acesso e espaço que as opiniões de milhares de pessoas em desvantagem, que podem sofrer o impacto das ações do lobby corporativo. Faria sentido substituir o princípio da imparcialidade e pensar na Wikipédia como um espaço aberto para agonalidade (agonality) política (Agonalidade deve ser entendida como o vício inato de querer ser o primeiro); como uma batalha por significado sustentada pelo desejo de ter razão? </p> <p align="justify">Novas crises de autenticidade: Com a Wikipédia ganhando o status de referênciapara outros instrumentos de conhecimento impressos e textuais, há desafios emergentes de representação; referências digitais de vida longa; manipulação digital das fontes; referência circular. Shuddhabrata Sengupta do CSDS/Sarai explica: “A Wikipédia encorajou na sua comunidade o exercício ativo de uma atitude crítica e cética em relação a qualquer forma de conhecimento recebido”. Neste contexto, as noções de autenticidade que estão se desenvolvendo devem ser também questionadas, devido ao aumento de conhecimento produzido por colegas (peers) e a diminuição do culto ao especialista (expert).  </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table07" rel="nofollow"></a></p> Andrew Famiglietti (Reino Unido) Instituto de Tecnologia da Geórgia <p align="justify">(Georgia Institute of Technology)</p> Negociando a imparcialidade: política e a economia moral da  Wikipédia Teemu Mikkonen (Finlandia) Universidade de Tampere A Guerra de Kosovo na Wikipédia: investigando o conflito e o consenso na página de discussões da Wikipédia Florian Cramer (Alemanha/Holanda) Universidade de Rotterdam <p align="justify">(Universiteit Rotterdam)</p>   Sunil Abraham (Índia) Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderator Análise Crítica do ‘Open’ e do ‘Free’  (Livre) <p align="justify">Colaboração sem significado:  Conceitos mestres como liberdade (freedom/openness) sempre correm o  risco de continuar a constituir um indicativo vazio (empty signifier). O fracasso de dar significado a estes conceitos fez com que muitos descrevessem a Wikipédia como ‘colaborações’ ou até mesmo ‘ad hoc meritocracia’ (Alex Bruns). Ambas noções de segunda linha também tendem a mascarar a reconfiguração da política e das novas formas de terminar discussões através do voto. </p> <p align="justify">Manipulação de comunidades pagas e voluntárias: Muitos wikipedianos tem opiniões rígidas abrangendo áreas delicadas como identidade, religião, ciência, política, cultura e o uso de técnicas sofisticadas como astro-turfing6 na Wikipédia. Além disso, alguns estados, corporações e grupos religiosos organizados às vezes pagam especialistas para se empenhar em astro-turfing, de maneira a remover opiniões críticas e reescrever informações na Wikipédia.</p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table08" rel="nofollow"></a></p> Linda Gross Universidade de Bielefeld, Alemanha <p align="justify">Universität Bielefeld</p> Wikipédia: Liberdade, igualidade e o surgimento de estruturas Heather Ford UC Berkeley, EUA Wikipédia e o Digital Commons: uma perspectiva africana Elad Wieder Creative Commons, Israel Comunidades versus mercados – a dissonância dentro de projetos livres crescentes Nathaniel Tkacz Universidade de Melbourne, Australia <p align="justify">(University of Melbourne)</p> Força não  é binária – as implicações da política do livre Sunil Abraham Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">Centre for Internet and Society</p> Moderador Políticas Globais de Exclusão <p align="justify">A tirania dos ‘conectados’: em sociedades compostas por uma disparidade digital e participativa, os ‘conectados’ irão normalmente vencer os que não têm acesso ou tempo livre.</p> <p align="justify">Conhecimento e gênero sexual: Enquanto as mulheres são bem representadas entre os leitores, elas quase não são representadas entre os colaboradores. Em offlist chats as mulheres dizem que não se sentem confortáveis ao contribuir para as conversas da Wikipédia. Elas até se sentem silenciadas porque percebem  que a Wikipédia é uma cultura tech masculina.  Algumas mulheres já criaram um espaço alternativo para discussão, o <a target="_blank" href="http://wikichix.org" rel="nofollow">wikichix.org</a>. Será que a separação dos espaços para discussão e a marginalização de assuntos domésticos e impactos sociais na Wikipédia voltaram para o passado?</p> <p align="justify">Lavagem de moralidade: os padrões morais vigentes em um país estão sendo exportados para outros países via Wikipédia. Por exemplo, fotos realistas de imagens do corpo humano em páginas que lidam com a sexualidade e anatomia estão sendo substituídas por desenhos. Será que este tipo de abordagem de denominador comum questiona o pluralismo da sexualidade global? A convocação e futura recusa de censura de imagem para uma entrada sobre Mohammad representa um cenário similar.</p> <p align="justify">Diversidade lingüística: Apesar do normativo imposto a si mesmo demandar a diversidade lingüística e a descrição de si própria da Wikipédia como um projeto verdadeiramente multi-lingüístico, inglês é a língua franca em meta-projetos transligüísticos e discussões políticas (policy). Além disso, ao nível de conteúdo, é a Wikipédia em inglês que serve de Leitmedium (meio – como em mídia – dominante) em termos de sincronização (de conteúdo). De que outras maneiras a disparidade lingüística se dá na Wikipédia?</p> <p align="justify">Governança global: A governança da Wikipédia se desenvolveu e veio se tornando progressivamente mais sofisticado para se adaptar ao seu crescimento fenomenal e à atenção ganha. Enquanto estas mudanças na governança conseguiram manter o crescimento da Wikipédia e prevenir que sua credibilidade fosse enfraquecida, existe a necessidade de entender os impactos que vários mecanismos de governança têm em diferentes encarnações da Wikipédia no mundo. Tal análise deve considerar separadamente (e comparar) diferentes capítulos nacionais, além de se estender para além dos projetos da Wikipédia para o governança da Fundação Wikimedia.</p> <p align="justify">Bangalore</p> <p><a name="0.1_table09" rel="nofollow"></a></p> Mark Graham Faculdade de Trinity, Dublin <p align="justify">(Trinity College)</p> WikiSpace (WikiEspaço) – a construção e a visibilidade de espaços híbridos Alok Nandi Architempo, Bélgica Construindo WikiHeróis – Um caso de estudo de um escritor indiano e seu legado à Wikipédia Dror Kamir Wikipediano de Israel Meu lado, seu lado e a Wikipédia – tensão entre informação imparcial e narrativa de conhecimento na Wikipédia, demostrado através de artigos sobre o conflito no Meio Oriente Asha Achuthan Centro para estudos contemporaneos <p align="justify">(Centre for Contemporary Studies)</p> Moderadora <p align="justify">Amsterdam</p> <p><a name="0.1_table0A" rel="nofollow"></a></p> Mayo Fuster Morell (Itália) Instituto Universidade Européia <p align="justify">(European University Institute)</p> Governança da Wikimedia: a função da Fundação Wikimedia, sua  forma e geopolítica de internacionalização Amit Basole (Índia) Universidade de Massachusetts <p align="justify">(University of Massachusetts)</p> Conhecimento de Satyagraha: A caminho de um movimento de conhecimento popular Maja van der Velden (Holanda/Noruega) Universidade de Oslo Quando conhecimentos se encontram: designde base de dados e desempenho do conhecimento Athina Karatzogianni (Reino Unido) Universidade de Hull <p align="justify">(University of Hull)</p> O impacto da Wikipédia sobre as hierarquias globais de poder-conhecimento Johanna Niesyto (Alemanha) Universidade de Siegen <p align="justify">(Universität Siegen)</p> Moderatora Wikipédia e o Lugar da Resistência <p align="justify">Será que a Wikipédia pode ser vista como um movimento social propriamente dito e/ou os atores (sociologia) apropriam-se da Wikipédia para construir alternativas? Por que algumas pessoas desistem da Wikipédia? Será que as vozes críticas são silenciadas pelo maior parte do público? Será  que a exclusão do projeto Wikipédia Arte revela que dentro da Wikipédia não há espaço para contestações, repertórios, estilos que vão além da abordagem lingüística? Rituais e mecanismos de exclusão oferecem percepções para com a contemporaneidade da resistência em uma era paradigmática de diversidade e inclusão. Ampliando  o pensamento sobre movimentos sociais, de acadêmicos como Touraine ou Melucci, o estudo da Wikipédia poderá informar abordagens culturais e de identidade dos estudos sobre movimentos sociais e vice versa.</p> <p align="justify">Bangalore</p> <p><a name="0.1_table0B" rel="nofollow"></a></p> William Buetler Analista de Internet, EUA A porta aberta (livre) e a janela fechada da Wikipédia Eric Ilya Lee Academia Sinica, Taiwan Re-apropriando a Wikipédia: Arquivos de pessoas preguiçosas Yi-Ping Tsou Universidade do Centro Nacional, Taiwan Resistência, relutância e reticência: por que Taiwam nao gosta da Wikipédia Amie Parry Universidade do Centro Nacional, Taiwan Moderadora Conhecimentos sobre Mídia  e Educação <p align="justify">Saber sobre o saber: Enquanto tecnologias como jornais, televisão, rádio e cinema deram origem às instituições educacionais que lidam com os estudos sobre mídia, deste modo providenciando ferramentas para discernir entre o cidadão-consumidor e o futuro profissional, há ainda muito trabalho pela frente para que se desenvolvam modelos críticos similares sobre projetos emergentes como a Wikipédia. A (não)resposta das instituições comuns de prevenir contra os ‘perigos’ de projetos como os da Wikipédia e desencorajar ou banir o uso deles, aparentam ser totalmente inadequados. O aumento dos ‘pró-sumidores’ indica uma necessidade de novas ‘produções de conhecimento’, em adição ao tradicional ‘consumo de conhecimento’. Além do mais, há um crescente número de meta-projetos na Wikipédia que procuram a cooperação com escolas e academias. Porém serão a Fundação Wikimedia e uma seleção de corporações nacionais os atores legítimos para ensinar o conhecimento sobre mídia ou será melhor um empenho de relações públicas? O que transferiria o conhecimento sobre a Wikipédia? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table0C" rel="nofollow"></a></p> Usha Raman Teacher-Plus, India Referências definitivas e lugares contestadores?  Wikipédia como um recurso escolar de ensinar-aprender Nupoor Rawal & Srikiet Tadepalli Universidade Cristã, India <p align="justify">(Christ University)</p> Problems of authenticity in experiential information on the English Wikipedia Nishant Shah Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderadora Wiki-analítica <p align="justify">Conhecimento no ambiente do software: Será que podemos começar a pensar na Wikipédia como uma forma de influência mútua entre editores e tecnologia, já  que software e sistemas de notificação são uma parte tão importante do projeto Wikipédia? Realmente, enquanto os humanos discutem sobre afirmações sobre conhecimento, bots7 fazem a maior parte do trabalho sujo e a manutenção de conhecimento geral – um tipo de trabalho “morto(-vivo)”. A presunção aqui, tanto de códigos como de políticas, é a de que os princípios wiki precisam ser debatidos de uma perspectiva dos estudos de software. Em qual medida as políticas de bots triunfaram em relação à perícia vernacular ou conduziram a uma outorga de poder aos e-tech geeks sobre projetos de conhecimento? Relacionado a isto se encontra a questão da história cultural da Wikipédia como uma plataforma. Qual é a relação entre política de formação e os protocolos técnicos? Será o conhecimento da Wikipédia cibernético? </p> <p align="justify">Wikipédia como conjunto de dados: Além da participação da automação na forma do bot, Wikipédia é inteiramente um instrumento de informação. Que tipo de técnica de análise de dados poderá contribuir para uma crítica radical ou esclarecer/inspirar métodos de rede de comunicações que vão além da interpretação humana? Quais outros conjuntos de dados de edição e história de uso tornados anônimos poderiam ser liberados pela Fundação Wikimedia para promover conhecimentos de mídia e educação? </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table0D" rel="nofollow"></a></p> Felipe Ortega (Espanha) Universidade Rey Juan Carlos, Madrid Novas tendências na evolução da Wikipédia Stuart Geiger (EUA) Universidade Georgetown (Georgetown University Washington, D.C) Política do Bot: A dominação, subversão e negociação do código na Wikipédia Richard Rogers (EUA/Holanda) Universidade de Amsterdam <p align="justify">(Universiteit van Amsterdam)</p> Ramificações famosas e outros objetos para análise da Wikipédia Hans Varghese Mathews (Índia) Jornal Online Phalanx Agrupando os colaboradores de uma página da Wikipédia Nishant Shah (Índia) Centro para Internet e Sociedade <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderatora <p align="justify">Detalhes de Produção </p> <p align="justify">Além de montar uma rede para pesquisa crítica da Wikipedia, com sua própria lista de e-mail, e de organizar dois eventos no início de 2010 em Bangalore e Amsterdam (só para começar), o objetivo é de juntar material para um Reader de Pesquisa sobre a Wikipédia, que será publicado como parte da série de Readers do INC, entre setembro e outubro de 2010. </p> <p align="justify">Grupo de pesquisa e de edição: Geert Lovink and Sabine Niederer (Amsterdam), Nathaniel Tkacz (Melbourne), Sunil Abraham (Bangalore), Johanna Niesyto (Siegen). </p> <p align="justify">Informação para contato::</p> <p align="justify">Sunil Abraham: <a target="_blank" href="mailto:sunil@cis-india.org" rel="nofollow">sunil@cis-india.org</a></p> <p align="justify">Planejamento proposto: (Programação/agenda proposta?)</p> <p align="justify">Junho 2009: enviar a convocação para participação/contribuições (conferências e reader)</p> <p align="justify">Fim de junho 2009: solicitar fundos para os eventos e o reader</p> <p align="justify">22 de agosto de 2009: prazo final</p> <p align="justify">Setembro: seleção das contribuições para o reader e os eventos</p> <p align="justify">12-13 de janeiro de 2010: Evento em Bangalore</p> <p align="justify">19-20 de março de 2010: Evento em Amsterdam</p> <p align="justify">Fevereiro a maio de 2010: Produção do reader</p> <p align="justify">Maio de 2010: Copy Editing (editar para publicação)</p> <p align="justify">Junho de 2010: Design e impressão</p> <p> </p> <p>Julho de 2010: Lançamento do reader na Wikimedia 2010 em Danzig, Polônia </p> <p> </p> desvio redes wiki Thu, 18 Feb 2010 20:13:16 +0000 felipefonseca 7138 at http://efeefe.no-ip.org CPOV - Wikipédia e Políticas de Conhecimento Livre http://efeefe.no-ip.org/agregando/cpov-wikipedia-e-politicas-de-conhecimento-livre-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'CPOV - Wikipédia e Políticas de Conhecimento Livre'; var flattr_dsc = '<p>Recebi do pessoal do Institute of Network Cultures essa chamada&nbsp;(j&aacute; traduzida para portugu&ecirc;s!) para algumas a&ccedil;&otilde;es que buscam trazer uma perspectiva cr&iacute;tica para a Wikipedia. Mais informa&ccedil;&otilde;es <a href="http://networkcultures.org/wpmu/cpov/" rel="nofollow">aqui</a>.</p><p>---</p><p><meta http-equiv="content-type" content="text/html; charset=utf-8" /> </p><p align="justify"><font size="2" face="Verdana"><b>Wikip&eacute;dia e Pol&iacute;ticas de Conhecimento Livre</b><sup><b>1</b></sup></font>&nbsp;</p><p align="justify"><font size="2" face="Verdana">Proposta para uma rede de pesquisa, duas confer&ecirc;ncias e um&nbsp;<i>reader</i><sup><i>2</i></sup></font>&nbsp;</p><p align="justify"><font size="2" face="Verdana">Organizado pelo&nbsp;<i>Center for Internet &amp; Society</i>&nbsp;(Bangalore, &Iacute;ndia) e o&nbsp;<i>Institute of Network Culutres</i>&nbsp;(Amsterdam, Holanda)</font>&nbsp;</p><p align="justify"><font size="2" face="Verdana">N&atilde;o seria exagero dizer que a Wikip&eacute;dia est&aacute;&nbsp;prestes a se tornar, de fato, a refer&ecirc;ncia mundial do conhecimento din&acirc;mico. As vis&iacute;veis desaven&ccedil;as entre l&iacute;deres de opini&atilde;o, professores de universidade, &lsquo;evangelistas&rsquo;&nbsp;da Web 2.0 e editores com rela&ccedil;&atilde;o a exatid&atilde;o, anonimidade, confian&ccedil;a, vandalismo e per&iacute;cia parecem apenas alimentar o crescimento da Wikip&eacute;dia e sua base de usu&aacute;rios. Com respeito a isto, o que significa hoje em dia dizer que a Wikip&eacute;dia virou&nbsp;<i>mainstream</i><sup><i>3</i></sup>?&nbsp;</font>&nbsp;</p>'; var flattr_tag = 'redes,wiki'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://desvio.cc/blog/cpov-wikip%C3%A9dia-e-pol%C3%ADticas-de-conhecimento-livre'; var flattr_lng = 'en_GB' <p>Recebi do pessoal do Institute of Network Cultures essa chamada (já traduzida para português!) para algumas ações que buscam trazer uma perspectiva crítica para a Wikipedia. Mais informações <a href="http://networkcultures.org/wpmu/cpov/" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p>---</p> <p> </p> <p align="justify">Wikipédia e Políticas de Conhecimento Livre1 </p> <p align="justify">Proposta para uma rede de pesquisa, duas conferências e um reader2 </p> <p align="justify">Organizado pelo Center for Internet & Society (Bangalore, Índia) e o Institute of Network Culutres (Amsterdam, Holanda) </p> <p align="justify">Não seria exagero dizer que a Wikipédia está prestes a se tornar, de fato, a referência mundial do conhecimento dinâmico. As visíveis desavenças entre líderes de opinião, professores de universidade, ‘evangelistas’ da Web 2.0 e editores com relação a exatidão, anonimidade, confiança, vandalismo e perícia parecem apenas alimentar o crescimento da Wikipédia e sua base de usuários. Com respeito a isto, o que significa hoje em dia dizer que a Wikipédia virou mainstream3?  </p> <p align="justify">O crescimento acelerado e o raio de ação da Wikipédia, como referência de conhecimento  de abrangência global, não tem precedentes. O mecanismo de busca do Google dá tratamento preferencial à Wikipédia, no intuito de superar otimizadores desses mecanismos e providenciar uma experiência mais proveitosa para seus usuários. Além de deixar seus análogos/similares  Britannica e Encarta para trás, a Wikipédia, por seu tamanho e extensão. se mantém par e passo com alguns marcos históricos como Naturalis Historia de Pliny the Elder, Wenhsien ta-ch’eng da Dinastia Ming e o trabalho principal do Iluminismo francês, a Encyclopédie.  </p> <p align="justify">A Wikipédia multilingüe como plataforma de produção de conhecimento digital, colaborativa e flexível, pode ser vista como o exemplo mais visível e bem sucedido da migração dos princípios do FLOSS (Free/Libre/Open Source Software) para a cultura predominante (mainstream culture). Para aqueles de nós que acreditam em pluralismo e a possibilidade de um outro universo, existem motivos para celebrar e defender a Wikipédia contra os maximalistas que promovem o direito de propriedade intelectual, dos que promovem modelos de propriedade de produção de conhecimento e sua disseminação. Tal celebração e defesa devem conter, todavia, discernimento crítico, informados pelas alterações em realidades na Internet como um todo e no projeto Wikipédia em particular. </p> <p align="justify">A fundação Wikimedia empregou recentemente seu primeiro analista de pesquisa e agora abre um espaço para a “Wikipediologia”, incluindo projetos como o Wiki Project, que lida com estudos sobre vandalismo. Em todo caso, pesquisa crítica sobre a Wikipédia deve ser conduzida também fora da Fundação Wikimedia e sua reflexão sobre si mesma e sua comunidade. Existe uma necessidade urgente de pesquisa quantitativa e qualitativa sob a perspectiva das humanidades e das artes, que pode vir a beneficiar tanto a grande base de usuários quanto a própria comunidade ativa da Wikipédia.</p> <p align="justify">Mais do que isto, como uma das maiores, se não a maior de todas, fontes de conhecimento geral independente dos nossos tempos, a Wikipédia oferece uma percepção crítica em relação ao estado do conhecimento contemporâneo, seus princípios de organização, função e impacto; seus estilos de produção, mecanismos para resolver conflitos e (re-) constituição de poder. Novas estratégias e operações táticas de conhecimento/poder estão claramente em ação. O conceito de ‘livre’ (open) continua ambíguo nesta concepção, servindo tanto como conceito comum quanto mascarando novos encontros polêmicos. </p> <p align="justify">Reformular permanentemente o ‘livre’ e o ‘inclusivo’ como princípio-guia da Wikipédia, formulados pela própria comunidade, é possível considerar esta norma como  descritiva ou mesmo chamá-la de mito de fundação (founding myth). Por exemplo, o perfil demográfico do editor da Wikipédia como sendo um geek4 da raça branca e sexo masculino, com uma visão de mundo limitada e monocultural baseada na racionalidade ocidental, continua sendo preocupante. No entanto, a questão da (não)diversidade que está sendo formulada em discussões na Wikipédia precisa também ser imposta além dos estereótipos existentes e ao nível geral de discussão. A questão da (pós)identidade e representação não é necessariamente resolvida via construção discursiva de ‘inclusão’, caso tal inclusão exija  deixar passar histórias e práticas de conhecimento adversárias e se a cultura de editar não estiver lado a  lado com uma cultura de escutar/ouvir.</p> <p align="justify">Da maneira mais material e perceptiva, toda tecnologia nova modifica as condições e possibilidades com relação ao conhecimento. A lógica das tecnologias vaza para o interior das próprias estruturas e princípios de organização. Hoje, tanto o meio (como em mídia) quanto a mensagem podem refletir as idéias da rede (organizada), da multidão ou da máquina Deleuziana. É  através de uma mistura selecionada de condições tecnológicas e normativas – a arquitetura distribuída da net, o software da plataforma Wiki, as licenças de propriedade baseadas no commons5 e o espírito da época (zeitgeist) do FLOSS – que a Wikipédia surge como enciclopédia da era da informação, continuando  e transformando o impulso enciclopédico do Iluminismo ou o desejo de saber.</p> <p align="justify">A agenda de pesquisa abrange investigações filosóficas, epistemológicas e teóricas de objetos de conhecimento, produção cultural e relações sociais, além de uma investigação empírica do fenômeno específico da Wikipédia.</p> <p align="justify">Isto foi feito intencionalmente, para que estudos advindos da pesquisa teórica possam informar pesquisas orientadas a prática e vice-versa. </p> <p align="justify">Um reader e duas conferências propostas, em Amsterdam e Bangalore (início de 2010) serão organizadas em paralelo. Portanto, os eventos de Amsterdam e Bangalore acontecerão em datas próximas e irão se concentrar em diferentes aspectos ou seria a lista abaixo. Com exceção de algumas poucas pessoas, os organizadores acreditam que as conferências atrairão um público heterogêneo. O reader (planejado temporariamente para ser o sexto de uma séries de readers publicados pelo Institute of Network Cultures) será produzido no período entre abril e setembro de 2010. A convocação para redações e artigos será lançada bem mais cedo (junho-julho de 2009), junto com a convocação para participação nas duas conferências. No momento é nossa intenção lançar o reader durante a conferência da Wikimania 2010 em Danzig, Polônia (julho 9-11). </p> <p align="justify">As conferências e o reader poderão incluir as seguintes áreas, convidando contribuições teóricas, empíricas, práticas e artísticas: </p> WikiTeoria(abertura) Wikipédia e Análise Crítica sobre a Produção de Conhecimento Ocidental Modelos de Enciclopédias – Séculos 18 até os dias de hoje WikiArte Debate sobre o Design Análise Crítica do ‘Open’ e do ‘Free’ (Livre) Políticas Globais de Exclusão Wikipédia e o Lugar da Resistência(poderia ser simplesmente Resistência, sem o lugar?) Conhecimentos sobre Mídia e Educação Wiki-analítica, Wikipedia como plataforma e estudos de softwares <p align="justify">Descrição das Sessões/Áreas de Interesse</p> WikiTeoria <p align="justify">Além de providenciar uma visão geral dos próximos tópicos e enfatizar diversas abordagens globais, o objetivo aqui é desenvolver os conceitos que poderiam ser usados em outras pesquisas e que se ajustem a projetos maiores ligados com a cultura da Internet e a crítica do ‘livre’ (Open/Free). Será possível desenvolver uma contra-hegemonia de práticas críticas que está situada no meio de culturas tecnológicas? Que tipo de lições críticas a Wikipédia providencia em face do sucesso impressionante sucesso da Web 2.0 e da utopia do P2P? Como pode ser desenvolvida uma crítica radical da Wikipédia que não se apresente como o cínico “eu te disse” de quem está de fora, ou que não seja uma imitação da posição neoconservadora de Andrew Keen? Que tipo de percepção a Wikipédia pode oferecer em relação à tensão contínua entre conhecimento e informação? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table01" rel="nofollow"></a></p> Shunling Chen Escola de Lei de Harvard, EUA <p align="justify">(Harvard Law School)</p> Wikipédia – Uma república de ciência democratizada? Stuart Geiger Universidade de Georgtown, EUA <p align="justify">(GeorgeTown University)</p> A sabedoria dos bots: uma análise crítica sobre a auto-organização na Wikipédia Beatriz Martins Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil Wikipédia: Autoria através da rede Dipti Kulkarni Instituto Indiano de Tecnologia, Delhi <p align="justify">(Indian Institute of Technology)</p> Wikipédia: uma perspectiva semiótica social Geert Lovink Instituto de Culturas de Rede, Amsterdam <p align="justify">(Insitute of Network Cultures)</p> Moderador <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table02" rel="nofollow"></a></p> Ramón Reichert (Austria)  <br /> Universidade de Viena Repensando a Wikipédia: poder, conhecimento e as tecnologias do Self Jeanette Hofmann(Alemanha) <br /> Escola de Economia de Londres/Centro de Pesquisas em Ciências Sociais, Berlim <p align="justify">(London School of Economics/Social Science Research Centre Berlin)</p> Wikipédia entre emancipação e auto-regulação  Mathieu O’Neil (Áustria) <br /> Universidade de Paris Sorbonne Análise crítica de leis em projetos livres online Gérard Wormser (França) Maison des sciences de l'homme Paris-Nord A advocacia de conhecimento Geert Lovink (Holanda) Instituto de Culturas de Rede <p align="justify">Faculdade de Amsterdam</p> <p align="justify">(Institute of Network Cultures</p> <p align="justify">Hogenschool van Amsterdam)</p> Moderator  <p> </p> Wikipédia e Análise Crítica sobre a Produção de Conhecimento Ocidental <p align="justify">  Wikipedia and the Critique of Western Knowledge Production </p> <p align="justify">A persistência de narrativas-mestras quase enterradas: a tradição ocidental do Iluminismo tende a permear tanto o entendimento comum quanto o oficial em relação ao conhecimento sobre a Wikipédia. Refletindo o próprio Iluminismo, a Wikipédia oferece um tipo bem particular de conhecimento  e, ao mesmo tempo, demanda conhecimento universal – por exemplo, na formulação de metas visionárias, na estrutura dos artigos, na posição dos autores, no estilo de escrita, na classificação das entradas, nos modelos de resolução de conflitos, etc. A maneira como  estes ideais persistem e continuam a sustentar sua marca nos dias presentes, de um modo muitas vezes sutil, requer maior atenção. Aliás, as ‘grandes narrativas’ do Iluminismo, que Jean-Francis Lyotard alegou que haviam recuado com o surgimento de ‘sociedades computadorizadas’, continuam a informar o imaginário popular, de maneiras predominantemente intocadas pelo momento de desconstrução. Frederic Jameson se referiu a isto como ‘persistência de narrativas-mestras enterradas’, um inconsciente político que guia decisões desprezando o estado filosófico. De maneira semelhante, isto faz eco com o apelo de Foucault para ‘revelar uma inconsciência positiva sobre o conhecimento’, como aquele que faz uma tarefa de submissão/conquista (subjugation) mas que opera além da competição. O que importa aqui não é a verdade ou a crença, mas sim a ação.  </p> <p align="justify">A predominância de culturas textuais ou até mesmo lingüísticas: o sistema atual de citação da Wikipédia prejudica sistemas de conhecimento orais e visuais em favor do textuais. Isto desvaloriza não somente os sistemas de conhecimento sobre a memória cultural e técnicas relacionadas, como as técnicas mnemônicas ou a poesia oral; como também desvaloriza as populações analfabetas.  </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table03" rel="nofollow"></a></p> Johanna Niesyto Universidade de Siegen, Alemanha <p align="justify">(Universität Siegen)</p> Wikipédia como um espaço translinguístico Eric Zimmerman IDC, Israel Wikipédia e o sistema de pesquisa de informação atual Stian Haklev Universidade de Toronto, Canada <p align="justify">(University of Toronto)</p> Governacia justa na Wikipédia multi-linguística HanTeng Liao   Enciclopédia gerada por usuários como caso crítico de economia de palavra chave Zainab Bawa Centro para Internet e Sociedade <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderador Histórias Enciclopédicas  <p align="justify">Tornar o mundo durável: nesta sessão queremos dar uma visão ampla  das várias tentativas para criar uma coleção sobre conhecimento global. Para melhor entendimento da cultura específica do código que fundamenta a Wikipédia, este tópico procura se aprofundar mais nas histórias sobre a enciclopédia. D' Alembert's Preliminary Discourse para a Encyclopedie é citado freqüentemente como sendo o enunciado mais sucinto do Iluminismo europeu. “É através da Encyclopedie que o Iluminismos se torna durável, tangível e disseminado.” O que pode ser aprendido ao se examinar tais precedentes históricos? </p> <p align="justify">As enciclopédias têm sido consideradas a origem de imagens nacionais e estereótipos de si próprias e do outro (poderia ser: “de outras/das demais”?) dentro da Europa. Na Wikipédia a construção da imagem tende a ser desembocada (disembogue) e mascarada a favor de um próprio entendimento cosmopolita e global. Esta sessão questiona em que medida a construção da produção de conhecimento sobre imagens nacionais é transferida de um sistema de construção discursivo para um georeferencial automático. </p> <p align="justify">Além do sistema de fichas de arquivo: esta sessão também trata de tentativas históricas de revolucionar o conhecimento através da criação de novas tecnologias e em que medida estas alternativas históricas fazem eco com a Wikipédia, especificamente, e as tecnologias da Net, como que direcionadas por imperativos de conhecimento,  em geral. Exemplos incluem o Mundaneum, o Memex, a Rede Galática (Galactic Network) e o projeto Xanadu.  </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table04" rel="nofollow"></a></p> Joseph Reagle (USA) Universidade de Nova York <p align="justify">(New York University)</p> Wikipédia e a ansiedade enciclopédica Charles van den Heuvel (Holanda) Academia Real dos Países Baixos de Artes e Ciências Anotações autoritárias, Encyclopedia Universalis Mundaneum, Wikipédia e a Stanford Encyclopedia de Filosofia Dan O’Sullivan (Reino Unido) Escritor e historiador freelancer Uma encyclopedia para a atualidade: pensamentos sobre a Wikipédia, de uma perspectiva histórica. Alan Shapiro (EUA/Alemanha) MIT e Universidade de Cornell <p align="justify">(MIT and Cornell University)</p> Gustave Flaubert rí  da Wikipédia Nathaniel Tkacz (Austrália) Universidade de Melbourne <p align="justify">(University of Melbourne)</p> Moderator  WikiArte <p align="justify">WikiArte pode ser entendida como trabalho artístico e como intervenção.</p> <p align="justify">Ocorrendo principalmente na própria Wikipédia, o projeto Wikipédia Art foi considerado controverso e foi rapidamente retirado (veja o debate recente no nettime-1). O que o projeto revela sobre este tipo de produção de conhecimento? Qual é o  limiar de legitimação para este tipo de conhecimento e como os limites são policiados? O que está em jogo quando se rejeita a arte? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table05" rel="nofollow"></a></p> Isaac Mao Ativista de internet e curador, China Curando a Wikipédia: O que constitui a WikiArt? Scott Kildall e Nathaniel Stern Wikipedia Arte, EUA Wikipedia Arte: Citação como ato performático Rut Jesus e Anne Goldenberg Artistas do Canada e Denmark Nossa mente col(n)ectiva: Críticas e o jeito Wiki de ser Namita Malhotra Forum alternativo de lei <p align="justify">(Alternative Law Forum)</p> Moderadora <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table06" rel="nofollow"></a></p> Scott Kildall (EUA) Artista multi-disciplinar Wikipédia Arte: Citação como ato performático Patrick Lichty (EUA) Designer digital, artista, escritor e curador autônomo Mídia social, suporte cultural e hegemonias moleculares, contemplações sobre mídia anárquica, WIKIs e arte desterritorializada Hendrik-Jan Grievink (Holanda)   Projeto WikiLovesArt Josephine Bosma (Holanda) Escritora e crítica Moderatora Debate sobre o Design <p align="justify">O paradoxo da imparcialidade: O princípio da imparcialidade da Wikipédia nem sempre descreve com exatidão a situação dos debates sobre os tópicos: A opinião controlada pelo lobby de uma corporação, que usa pesquisa financiada, terá  o mesmo acesso e espaço que as opiniões de milhares de pessoas em desvantagem, que podem sofrer o impacto das ações do lobby corporativo. Faria sentido substituir o princípio da imparcialidade e pensar na Wikipédia como um espaço aberto para agonalidade (agonality) política (Agonalidade deve ser entendida como o vício inato de querer ser o primeiro); como uma batalha por significado sustentada pelo desejo de ter razão? </p> <p align="justify">Novas crises de autenticidade: Com a Wikipédia ganhando o status de referênciapara outros instrumentos de conhecimento impressos e textuais, há desafios emergentes de representação; referências digitais de vida longa; manipulação digital das fontes; referência circular. Shuddhabrata Sengupta do CSDS/Sarai explica: “A Wikipédia encorajou na sua comunidade o exercício ativo de uma atitude crítica e cética em relação a qualquer forma de conhecimento recebido”. Neste contexto, as noções de autenticidade que estão se desenvolvendo devem ser também questionadas, devido ao aumento de conhecimento produzido por colegas (peers) e a diminuição do culto ao especialista (expert).  </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table07" rel="nofollow"></a></p> Andrew Famiglietti (Reino Unido) Instituto de Tecnologia da Geórgia <p align="justify">(Georgia Institute of Technology)</p> Negociando a imparcialidade: política e a economia moral da  Wikipédia Teemu Mikkonen (Finlandia) Universidade de Tampere A Guerra de Kosovo na Wikipédia: investigando o conflito e o consenso na página de discussões da Wikipédia Florian Cramer (Alemanha/Holanda) Universidade de Rotterdam <p align="justify">(Universiteit Rotterdam)</p>   Sunil Abraham (Índia) Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderator Análise Crítica do ‘Open’ e do ‘Free’  (Livre) <p align="justify">Colaboração sem significado:  Conceitos mestres como liberdade (freedom/openness) sempre correm o  risco de continuar a constituir um indicativo vazio (empty signifier). O fracasso de dar significado a estes conceitos fez com que muitos descrevessem a Wikipédia como ‘colaborações’ ou até mesmo ‘ad hoc meritocracia’ (Alex Bruns). Ambas noções de segunda linha também tendem a mascarar a reconfiguração da política e das novas formas de terminar discussões através do voto. </p> <p align="justify">Manipulação de comunidades pagas e voluntárias: Muitos wikipedianos tem opiniões rígidas abrangendo áreas delicadas como identidade, religião, ciência, política, cultura e o uso de técnicas sofisticadas como astro-turfing6 na Wikipédia. Além disso, alguns estados, corporações e grupos religiosos organizados às vezes pagam especialistas para se empenhar em astro-turfing, de maneira a remover opiniões críticas e reescrever informações na Wikipédia.</p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table08" rel="nofollow"></a></p> Linda Gross Universidade de Bielefeld, Alemanha <p align="justify">Universität Bielefeld</p> Wikipédia: Liberdade, igualidade e o surgimento de estruturas Heather Ford UC Berkeley, EUA Wikipédia e o Digital Commons: uma perspectiva africana Elad Wieder Creative Commons, Israel Comunidades versus mercados – a dissonância dentro de projetos livres crescentes Nathaniel Tkacz Universidade de Melbourne, Australia <p align="justify">(University of Melbourne)</p> Força não  é binária – as implicações da política do livre Sunil Abraham Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">Centre for Internet and Society</p> Moderador Políticas Globais de Exclusão <p align="justify">A tirania dos ‘conectados’: em sociedades compostas por uma disparidade digital e participativa, os ‘conectados’ irão normalmente vencer os que não têm acesso ou tempo livre.</p> <p align="justify">Conhecimento e gênero sexual: Enquanto as mulheres são bem representadas entre os leitores, elas quase não são representadas entre os colaboradores. Em offlist chats as mulheres dizem que não se sentem confortáveis ao contribuir para as conversas da Wikipédia. Elas até se sentem silenciadas porque percebem  que a Wikipédia é uma cultura tech masculina.  Algumas mulheres já criaram um espaço alternativo para discussão, o <a target="_blank" href="http://wikichix.org" rel="nofollow">wikichix.org</a>. Será que a separação dos espaços para discussão e a marginalização de assuntos domésticos e impactos sociais na Wikipédia voltaram para o passado?</p> <p align="justify">Lavagem de moralidade: os padrões morais vigentes em um país estão sendo exportados para outros países via Wikipédia. Por exemplo, fotos realistas de imagens do corpo humano em páginas que lidam com a sexualidade e anatomia estão sendo substituídas por desenhos. Será que este tipo de abordagem de denominador comum questiona o pluralismo da sexualidade global? A convocação e futura recusa de censura de imagem para uma entrada sobre Mohammad representa um cenário similar.</p> <p align="justify">Diversidade lingüística: Apesar do normativo imposto a si mesmo demandar a diversidade lingüística e a descrição de si própria da Wikipédia como um projeto verdadeiramente multi-lingüístico, inglês é a língua franca em meta-projetos transligüísticos e discussões políticas (policy). Além disso, ao nível de conteúdo, é a Wikipédia em inglês que serve de Leitmedium (meio – como em mídia – dominante) em termos de sincronização (de conteúdo). De que outras maneiras a disparidade lingüística se dá na Wikipédia?</p> <p align="justify">Governança global: A governança da Wikipédia se desenvolveu e veio se tornando progressivamente mais sofisticado para se adaptar ao seu crescimento fenomenal e à atenção ganha. Enquanto estas mudanças na governança conseguiram manter o crescimento da Wikipédia e prevenir que sua credibilidade fosse enfraquecida, existe a necessidade de entender os impactos que vários mecanismos de governança têm em diferentes encarnações da Wikipédia no mundo. Tal análise deve considerar separadamente (e comparar) diferentes capítulos nacionais, além de se estender para além dos projetos da Wikipédia para o governança da Fundação Wikimedia.</p> <p align="justify">Bangalore</p> <p><a name="0.1_table09" rel="nofollow"></a></p> Mark Graham Faculdade de Trinity, Dublin <p align="justify">(Trinity College)</p> WikiSpace (WikiEspaço) – a construção e a visibilidade de espaços híbridos Alok Nandi Architempo, Bélgica Construindo WikiHeróis – Um caso de estudo de um escritor indiano e seu legado à Wikipédia Dror Kamir Wikipediano de Israel Meu lado, seu lado e a Wikipédia – tensão entre informação imparcial e narrativa de conhecimento na Wikipédia, demostrado através de artigos sobre o conflito no Meio Oriente Asha Achuthan Centro para estudos contemporaneos <p align="justify">(Centre for Contemporary Studies)</p> Moderadora <p align="justify">Amsterdam</p> <p><a name="0.1_table0A" rel="nofollow"></a></p> Mayo Fuster Morell (Itália) Instituto Universidade Européia <p align="justify">(European University Institute)</p> Governança da Wikimedia: a função da Fundação Wikimedia, sua  forma e geopolítica de internacionalização Amit Basole (Índia) Universidade de Massachusetts <p align="justify">(University of Massachusetts)</p> Conhecimento de Satyagraha: A caminho de um movimento de conhecimento popular Maja van der Velden (Holanda/Noruega) Universidade de Oslo Quando conhecimentos se encontram: designde base de dados e desempenho do conhecimento Athina Karatzogianni (Reino Unido) Universidade de Hull <p align="justify">(University of Hull)</p> O impacto da Wikipédia sobre as hierarquias globais de poder-conhecimento Johanna Niesyto (Alemanha) Universidade de Siegen <p align="justify">(Universität Siegen)</p> Moderatora Wikipédia e o Lugar da Resistência <p align="justify">Será que a Wikipédia pode ser vista como um movimento social propriamente dito e/ou os atores (sociologia) apropriam-se da Wikipédia para construir alternativas? Por que algumas pessoas desistem da Wikipédia? Será que as vozes críticas são silenciadas pelo maior parte do público? Será  que a exclusão do projeto Wikipédia Arte revela que dentro da Wikipédia não há espaço para contestações, repertórios, estilos que vão além da abordagem lingüística? Rituais e mecanismos de exclusão oferecem percepções para com a contemporaneidade da resistência em uma era paradigmática de diversidade e inclusão. Ampliando  o pensamento sobre movimentos sociais, de acadêmicos como Touraine ou Melucci, o estudo da Wikipédia poderá informar abordagens culturais e de identidade dos estudos sobre movimentos sociais e vice versa.</p> <p align="justify">Bangalore</p> <p><a name="0.1_table0B" rel="nofollow"></a></p> William Buetler Analista de Internet, EUA A porta aberta (livre) e a janela fechada da Wikipédia Eric Ilya Lee Academia Sinica, Taiwan Re-apropriando a Wikipédia: Arquivos de pessoas preguiçosas Yi-Ping Tsou Universidade do Centro Nacional, Taiwan Resistência, relutância e reticência: por que Taiwam nao gosta da Wikipédia Amie Parry Universidade do Centro Nacional, Taiwan Moderadora Conhecimentos sobre Mídia  e Educação <p align="justify">Saber sobre o saber: Enquanto tecnologias como jornais, televisão, rádio e cinema deram origem às instituições educacionais que lidam com os estudos sobre mídia, deste modo providenciando ferramentas para discernir entre o cidadão-consumidor e o futuro profissional, há ainda muito trabalho pela frente para que se desenvolvam modelos críticos similares sobre projetos emergentes como a Wikipédia. A (não)resposta das instituições comuns de prevenir contra os ‘perigos’ de projetos como os da Wikipédia e desencorajar ou banir o uso deles, aparentam ser totalmente inadequados. O aumento dos ‘pró-sumidores’ indica uma necessidade de novas ‘produções de conhecimento’, em adição ao tradicional ‘consumo de conhecimento’. Além do mais, há um crescente número de meta-projetos na Wikipédia que procuram a cooperação com escolas e academias. Porém serão a Fundação Wikimedia e uma seleção de corporações nacionais os atores legítimos para ensinar o conhecimento sobre mídia ou será melhor um empenho de relações públicas? O que transferiria o conhecimento sobre a Wikipédia? </p> <p align="justify">Bangalore </p> <p><a name="0.1_table0C" rel="nofollow"></a></p> Usha Raman Teacher-Plus, India Referências definitivas e lugares contestadores?  Wikipédia como um recurso escolar de ensinar-aprender Nupoor Rawal & Srikiet Tadepalli Universidade Cristã, India <p align="justify">(Christ University)</p> Problems of authenticity in experiential information on the English Wikipedia Nishant Shah Centro para Internet e Sociedade, Bangalore <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderadora Wiki-analítica <p align="justify">Conhecimento no ambiente do software: Será que podemos começar a pensar na Wikipédia como uma forma de influência mútua entre editores e tecnologia, já  que software e sistemas de notificação são uma parte tão importante do projeto Wikipédia? Realmente, enquanto os humanos discutem sobre afirmações sobre conhecimento, bots7 fazem a maior parte do trabalho sujo e a manutenção de conhecimento geral – um tipo de trabalho “morto(-vivo)”. A presunção aqui, tanto de códigos como de políticas, é a de que os princípios wiki precisam ser debatidos de uma perspectiva dos estudos de software. Em qual medida as políticas de bots triunfaram em relação à perícia vernacular ou conduziram a uma outorga de poder aos e-tech geeks sobre projetos de conhecimento? Relacionado a isto se encontra a questão da história cultural da Wikipédia como uma plataforma. Qual é a relação entre política de formação e os protocolos técnicos? Será o conhecimento da Wikipédia cibernético? </p> <p align="justify">Wikipédia como conjunto de dados: Além da participação da automação na forma do bot, Wikipédia é inteiramente um instrumento de informação. Que tipo de técnica de análise de dados poderá contribuir para uma crítica radical ou esclarecer/inspirar métodos de rede de comunicações que vão além da interpretação humana? Quais outros conjuntos de dados de edição e história de uso tornados anônimos poderiam ser liberados pela Fundação Wikimedia para promover conhecimentos de mídia e educação? </p> <p align="justify">Amsterdam </p> <p><a name="0.1_table0D" rel="nofollow"></a></p> Felipe Ortega (Espanha) Universidade Rey Juan Carlos, Madrid Novas tendências na evolução da Wikipédia Stuart Geiger (EUA) Universidade Georgetown (Georgetown University Washington, D.C) Política do Bot: A dominação, subversão e negociação do código na Wikipédia Richard Rogers (EUA/Holanda) Universidade de Amsterdam <p align="justify">(Universiteit van Amsterdam)</p> Ramificações famosas e outros objetos para análise da Wikipédia Hans Varghese Mathews (Índia) Jornal Online Phalanx Agrupando os colaboradores de uma página da Wikipédia Nishant Shah (Índia) Centro para Internet e Sociedade <p align="justify">(Centre for Internet and Society)</p> Moderatora <p align="justify">Detalhes de Produção </p> <p align="justify">Além de montar uma rede para pesquisa crítica da Wikipedia, com sua própria lista de e-mail, e de organizar dois eventos no início de 2010 em Bangalore e Amsterdam (só para começar), o objetivo é de juntar material para um Reader de Pesquisa sobre a Wikipédia, que será publicado como parte da série de Readers do INC, entre setembro e outubro de 2010. </p> <p align="justify">Grupo de pesquisa e de edição: Geert Lovink and Sabine Niederer (Amsterdam), Nathaniel Tkacz (Melbourne), Sunil Abraham (Bangalore), Johanna Niesyto (Siegen). </p> <p align="justify">Informação para contato::</p> <p align="justify">Sunil Abraham: <a target="_blank" href="mailto:sunil@cis-india.org" rel="nofollow">sunil@cis-india.org</a></p> <p align="justify">Planejamento proposto: (Programação/agenda proposta?)</p> <p align="justify">Junho 2009: enviar a convocação para participação/contribuições (conferências e reader)</p> <p align="justify">Fim de junho 2009: solicitar fundos para os eventos e o reader</p> <p align="justify">22 de agosto de 2009: prazo final</p> <p align="justify">Setembro: seleção das contribuições para o reader e os eventos</p> <p align="justify">12-13 de janeiro de 2010: Evento em Bangalore</p> <p align="justify">19-20 de março de 2010: Evento em Amsterdam</p> <p align="justify">Fevereiro a maio de 2010: Produção do reader</p> <p align="justify">Maio de 2010: Copy Editing (editar para publicação)</p> <p align="justify">Junho de 2010: Design e impressão</p> <p> </p> <p>Julho de 2010: Lançamento do reader na Wikimedia 2010 em Danzig, Polônia </p> <p> </p> desvio redes wiki Thu, 18 Feb 2010 20:13:16 +0000 felipefonseca 9539 at http://efeefe.no-ip.org Medialabs - pra quê mesmo? (2) http://efeefe.no-ip.org/agregando/medialabs-pra-que-mesmo-2 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Continuando um <a href="/tag/medialab" rel="nofollow">assunto</a> dos últimos dois posts: há uns meses fui convidado para uma conversa em sampa sobre medialabs. Não pude estar presente, mas mandei umas considerações por email. Alguns argumentos são os mesmos do <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/medialabs-pra-qu%C3%AA-mesmo-1" rel="nofollow">último post</a>, mas aqui eu dissertei mais sobre eles:</p> <blockquote><p> Quero primeiro me apresentar: sou Felipe Fonseca, um dos fundadores da rede MetaReciclagem, que conta com algumas centenas de pessoas em todo o Brasil atuando na apropriação crítica de tecnologias da informação para finalidades diversas: arte, educação, transformação social, etc. Trabalhei nos primeiros anos da ação Cultura Digital no projeto Cultura Viva do Minc, e hoje sou um dos articuladores do núcleo Desvio do Weblab.tk, que atua principalmente com experimentação em novas mídias. Também sou um dos criadores da rede internacional Bricolabs, que conta com integrantes em todo o mundo.<br /> Nos últimos anos, tive um contato bastante grande com projetos de laboratórios de mídia. Após ter participado do festival Mídia Tática Brasil, em São Paulo, fui convidado a falar no Next 5 Minutes (Amsterdam, 2003), quando conheci os integrantes plataforma Waag-Sarai. Waag é um dos laboratórios de novas mídias que emergiu em Amsterdam e dialogou bastante com o universo conceitual de mídia tática (representado, entre outros, por teóricos como Geert Lovink e David Garcia). Sarai é uma organização de Nova Déli, na Índia, que recebeu apoio do Waag para estabelecer-se como laboratório de novas mídias. Em 2004, inseri nesse contexto a MetaReciclagem, respondendo a uma chamada aberta da plataforma Waag-Sarai que buscava projetos de medialabs em países em desenvolvimento.<br /> Na época, estávamos atuando diretamente com a rede de telecentros de São Paulo e começando a implementação dos Pontos de Cultura. Nossa proposta foi, a partir dessa potencial multiplicidade de espaços, dissolver a própria ideia de laboratórios de mídia: queríamos investir esforços não em estabelecer (mais) um laboratório de mídia, mas sim desenvolver uma metodologia descentralizada, em rede, que ocupasse os espaços que continuariam se multiplicando. Assim fizemos, e a rede MetaReciclagem se espalhou por todo o Brasil (e recentemente ganhou o prêmio de mídias livres do minc). Ainda dentro do escopo da plataforma Waag-Sarai, participei ativamente do desenvolvimento do descentro (que também conta com tatiana wells e ricardo ruiz, que fizeram um centro de mídia na lapa, rio de janeiro, antes de isso ser moda no brasil), uma organização sem fins lucrativos registrada com integrantes e subsedes em diferentes regiões do país, e que também adota princípios efetivos de descentralização e articulação em rede.<br /> Nos anos seguintes, participei de uma série de eventos ligados de uma forma ou outra a diferentes medialabs em Amsterdam, Berlim, Barcelona, Madrid, Londres, Paris e outros. Junto com um holandês e uma britânica, criei a rede Bricolabs, que conta com mais de uma centena de integrantes, muitos deles ligados a projetos ou centros de mídia em algum lugar do mundo: waag e minilab (amsterdam), free space (manchester), london media lab, hangar (barcelona), eyebeam (nova york), medialab prado (madrid), fo-am (bruxelas), tesla e c-base (berlim), honf (jacarta), tmplab (paris), v2 (rotterdam), freaknet (sicília/amsterdam), uke (croácia), e outros.<br /> Nos tempos atuais, qualquer esforço relacionado a medialabs precisa ser muito bem pensado. Se o medialab do MIT era emblemático de uma maneira de viabilizar ações, a tentativa do MIT de criar uma réplica na Irlanda foi um fracasso. O modelo norte-americano tem uma ênfase em estrutura, centralização e articulação com a indústria (inclusive a indústria bélica, é bom lembrar) que pode não funcionar em outros lugares. Por outro lado, os projetos que têm atraído atenção e dinamizado produção efetiva atualmente têm uma ênfase muito maior em se configurarem como espaços de contato, troca e articulação do que necessariamente proporcionarem acesso a infra-estrutura. Ainda mais em tempos de abundância de recursos. Há alguns meses escrevemos uma provocação para uma instituição artística comentando isso:<br /> "Em março passado, durante uma das sessões do Paralelo (<a href="http://paralelo.wikidot.com" title="http://paralelo.wikidot.com" rel="nofollow">http://paralelo.wikidot.com</a>), o inglês Mike Stubbs questionou qual era o papel de um centro de artes nos dias de hoje. A pergunta pode ser estendida para o contexto dos medialabs: em um cenário no qual o acesso a tecnologias de produção e publicação de mídias está cada vez mais facilitado, um cenário em que as redes abertas fazem a informação circular diretamente entre as pessoas, qual a razão de existir um laboratório de mídia? A dinâmica do trabalho criativo tem se transformado de forma cada vez mais rápida, e a estratégia "build it and they'll come" não faz mais sentido. Para incentivar a produção criativa, é necessária uma sensação de liberdade de apropriação e de gestão compartilhada, no sentido da reconstrução da própria idéia de espaço público. Mais do que oferecer simplesmente uma estrutura, os medialabs mais interessantes de hoje em dia - hangar, medialab prado, eyebeam, entre outros - engajam-se em diálogo cada vez mais aberto e crítico com o meio com o qual se relacionam, e tornam-se espaços de referência e intercâmbio, cabeças de rede, muito mais agenciando conversas do que expressando sua própria perspectiva.<br /> Esse diálogo reside potencialmente em qualquer espaço, desde que se baseie em uma posição de abertura autêntica. Em um primeiro momento, toda conversa nesse sentido vai parecer a reafirmação de posições já existentes: as pessoas vão reclamar da mesma coisa que já reclamaram, colocar demandas que já sabem que têm. Mas trabalhando alguns fatores-chave é possível ir além e construir uma conversa propositiva de ocupação e apropriação coletivas de espaços simbólicos."<br /> PS.: o núcleo desvio está começando a elaborar um plano de intercâmbio com organizações como o medialab prado, a tesla de berlim e o access space de sheffield para construir uma rede de pesquisa em tecnologias de prototipagem - fablabs, repraps e outras maneiras de transformar bits em átomos. estamos disponíveis para conversar sobre possíveis ações no âmbito dos medialabs, se for levado em conta esse aspecto importante da criação de redes e de dinamização de processos criativos, mais do que a mera cessão de estruturas.</p> <p>Links</p> <a href="http://rede.metareciclagem.org" title="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">http://rede.metareciclagem.org</a> <a href="http://desvio.weblab.tk" title="http://desvio.weblab.tk" rel="nofollow">http://desvio.weblab.tk</a> <a href="http://pub.descentro.org" title="http://pub.descentro.org" rel="nofollow">http://pub.descentro.org</a> <a href="http://bricolabs.net" title="http://bricolabs.net" rel="nofollow">http://bricolabs.net</a> </blockquote> <p>Rodrigo Savazoni respondeu:</p> <blockquote><p> Felipe,</p> <p>Obrigado. Fundamental a tua contribuição.</p> <p>Eu te questionaria sobre duas coisas, apenas, em relação às tuas experiências dos últimos anos:</p> <p>1. Você acha que seria válido termos no Brasil uma rede de espaços com o que há de "mais avançado" em tecnologias digitais? Por exemplo, espaço de exposições preparado com um hiperwall, uma cave, ou seja, infra para visualização de ponta? Além disso, nesse mesmo sentido, seria interessante um equipamento dotado de tecnologias que os artistas digitais não acessam, e por isso não podem com eles experimentar: isso faz sentido?</p> <p>2. Você acha que, nesse mesmo sentido, um espaço público ser responsável por investigar e produzir a infra-estrutura ideal para a criação em rede é algo válido? Por exemplo, a Funarte São Paulo será uma das instituições a receberem a conexão multigigabit da RNP. Com isso, com a possibilidade de oferecer conexões de 1 a 10 gigabit, será um espaço privilegiado para a criação em rede. Há esse desejo de experimentar com bandas muito largas entre os artistas e realizadores multimídia? </p></blockquote> <p>E eu voltei:</p> <blockquote><p> 1) minha dúvida é se isso pode ser considerado o "mais avançado". de certa forma, os artistas que querem trabalhar com essas coisas acabam prevendo orçamento pra isso e constróem a estrutura exata que precisam (como a rejane cantoni e o leonardo crescenti fizeram no MIS pra peça "Solar"). acho que se um lab for investir em uma estrutura assim, vai ter que escolher duas ou três possibilidades, e isso também constitui uma limitação. De certa forma fetichiza a relação: vou criar uma obra para aquela tecnologia. Hoje em dia, com dois projetores e um controle de Wii dá pra fazer miséria. Outro problema de ter uma estrutura específica é como escolher os projetos que vão usar. Sou mais partir pra multiplicidade, com encontros periódicos de troca de conhecimento (como fazem o Hangar em Barça e o NYC Resistor). Acho que investir em alta tecnologia é potencializar essa multiplicidade. Por exemplo: esses encontros podem ser transmitidos pela web, se pans com meia dúzia de câmeras simultâneas, e o cara que tá assistindo tem o suíte na hora, pode escolher interativamente qual câmera quer assistir. Dá pra pensar em mecanismos de controle de direcionamento de câmeras também, que dê pra controlar pela rede motores que apontam a câmera para algum lugar (ou automatizar isso com sensores de movimento ou coisa assim). Mas tudo isso pra abrir potencial de indeterminação, e as pessoas que ocupam o espaço que decidam como usar tecnologia. A gente tá em pleno momento de paradoxo de nível de desenvolvimento nesse mundo de arte eletrônica. O que mais tá crescendo - diy, arduino, software livre - vai na direção oposta da "alta tecnologia". Como construir um caminho equilibrado ali, que dê estrutura mas seja vivo, em vez de grandes monumentos vazios? </p></blockquote> <blockquote><p>2) Na real a questão da banda larga, se for no sentido de distribuição, já tem soluções alternativas: o streaming por icecast usa pouca banda do cliente até o servidor, e só depois se espalha. Bit torrent também. Posso estar enganado, mas acho que largura de banda não é essencial para o tipo de criação que tá rolando hoje em dia. Um uso potencial que nunca andou é sincronização imediata: uma banda poder tocar junta em diferentes lugares. Mas todos os lugares precisariam estar na mesma rede, e mesmo assim haveria um delay (acho que dá pra pensar em alternativas pra isso também, criando buffers locais, mas preciso de alguém mais racional pra pensar direito nisso). </p></blockquote> <blockquote><p>Daí que insisto: a superbanda da RNP é importante, mas não acho essencial. A mera disponibilização de banda não vai fazer o pessoal sair de seus estúdios na vila madalena e ir até a Funarte. Precisa mais do que isso: frequência/periodicidade, autonomia/indeterminação, pessoas/temas relevantes. </p></blockquote> <blockquote><p>Pra mim, pessoalmente, um medialab na funarte seria um bom espaço pra levar meus amigos gringos pra visitar. E pra fazer um debate por mês sobre gambiarra e apropriação. </p></blockquote> arte desvio medialab redes Sat, 05 Dec 2009 20:33:07 +0000 felipefonseca 6644 at http://efeefe.no-ip.org Medialabs - pra quê mesmo? (1) http://efeefe.no-ip.org/agregando/medialabs-pra-qu%C3%AA-mesmo-1 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Do texto para um projeto que não saiu, há uns meses:</p> <blockquote><p> Em março passado, durante uma das sessões do Paralelo, o inglês Mike Stubbs questionou qual era o papel de um centro de artes nos dias de hoje. A pergunta pode ser estendida para o contexto dos medialabs: em um cenário no qual o acesso a tecnologias de produção e publicação de mídias está cada vez mais facilitado, um cenário em que as redes abertas fazem a informação circular diretamente entre as pessoas, qual a razão de existir um laboratório de mídia? A dinâmica do trabalho criativo tem se transformado de forma cada vez mais rápida, e a estratégia "build it and they'll come" não faz mais sentido. Para incentivar a produção criativa, é necessária uma sensação de liberdade de apropriação e de gestão compartilhada, no sentido da reconstrução da própria idéia de espaço público.<br /> Mais do que oferecer simplesmente uma estrutura, os medialabs mais interessantes de hoje em dia - hangar, medialab prado, eyebeam, entre outros - engajam-se em diálogo cada vez mais aberto e crítico com o meio com o qual se relacionam, e tornam-se espaços de referência e intercâmbio, cabeças de rede, muito mais agenciando conversas do que expressando sua própria perspectiva.<br /> Esse diálogo reside potencialmente em qualquer espaço, desde que se baseie em uma posição de abertura autêntica. Em um primeiro momento, toda conversa nesse sentido vai parecer a reafirmação de posições já existentes: as pessoas vão reclamar da mesma coisa que já reclamaram, colocar demandas que já sabem que têm. Mas trabalhando alguns fatores-chave é possível ir além e construir uma conversa propositiva de ocupação e apropriação coletivas de espaços simbólicos.</p> <h2>Apropriação de redes</h2> <p>Da mesma forma que com os medialabs, a criação e dinamização de redes não pode se limitar à estrutura. Um traço característico das culturas brasileiras é justamente a força que as redes adquirem no cotidiano. Chama a atenção em todo o mundo o nosso nível profundo de apropriação de ambientes sociais online, o recorde mundial de horas conectados, a naturalidade da gramática da rede. Algumas das iniciativas brasileiras mais relevantes no cenário da mídia eletrônica são exatamente aquelas que se configuram como redes abertas (por exemplo, projetos que venceram ou levaram menção honrosa no Prix Ars Electronica - Overmundo, MetaReciclagem, Mídia Tática). Queremos tratar essa perspectiva não só como ferramenta ou estrutura, mas como eixo conceitual, a construção de novos horizontes sobre espaços experimentais e de produção artística, e entender como isso dialoga com nossa maneira única de negociar os espaços cotidianos. Em outras palavras, não só usar uma rede para falar sobre arte, mas essencialmente tratar a própria rede como um projeto experimental. </p></blockquote> arte desvio medialab redes Sat, 05 Dec 2009 20:16:34 +0000 felipefonseca 6645 at http://efeefe.no-ip.org Interdependência enredada http://efeefe.no-ip.org/agregando/interdepend%C3%AAncia-enredada <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Mandando minha colaboração para a blogagem coletiva do <a href="http://tinyurl.com/interdependencia" rel="nofollow">Dia da In(ter)dependência</a>.<br /> <a href="http://tinyurl.com/interdependencia" rel="nofollow"><img border="0" align="right" src="http://mutirao.metareciclagem.org/sites/mutirao.metareciclagem.org/files/interdependencia.png" alt="" /></a>Por conta de alguns movimentos recentes, mas ainda seguindo uma obsessão que já dura sete anos, tenho conversado bastante sobre a <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> nas últimas semanas. Orlando trouxe uma imagem interessante - o <a href="http://reacesso.webnos.org/2009/09/07/rede-em-reacesso-em-rede/" rel="nofollow">reacesso</a> - que com certeza faz bastante sentido para mim. No processo de coleta e compilação do <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/livro/Hist%C3%B3ria-da-MetaReciclagem-Hist%C3%B3rias-de-MetaReciclagem" rel="nofollow">História da / Histórias de MetaReciclagem</a>, uma das coisas mais importantes para mim foi poder revisitar hoje - com um pouquinho mais de experiência - as ações, ideias e insights do passado, minhas e nossas.<br /> Tem um aspecto obviamente constrangedor: eu certamente não escreveria algumas coisas, não tomaria algumas decisões, e colocaria algumas coisas de modo diferente hoje em dia. Mas também traz a possibilidade de aplicar uma perspectiva histórica - afinal sete anos não são tão pouco tempo - e entender como as ideias se desenrolam e desenvolvem com o tempo. Essa dobra ajuda a trazer novas possibilidades para o futuro, ao passo que também segura um pouco a megalomania (hm, ok, não segura muito não).<br /> Certamente, todo o processo de coleta de material para aquela compilação histórica da MetaReciclagem foi influenciada pelos projetos, ações e leituras com os quais me envolvi nos últimos anos, e também certamente o reacesso de todo esse material influencia o que eu vou pensar, escrever e articular hoje em dia sobre <a href="http://desvio.weblab.tk/tag/redes" rel="nofollow">redes</a>. Nesse sentido, o processo de desenvolvimento da <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Infra-L%C3%83%C2%B3gica" rel="nofollow">infralógica da MetaReciclagem</a> é totalmente influenciado pelo reacesso. Mas acho interessante ir além disso: não só o reacesso, mas também a reiteração e reforço de imaginário.<br /> Ontem, às vésperas do Dia da In(ter)dependência, uma tuitada minha foi parar na rede MetaReciclagem. Eu duvidava um pouco dos resultados efetivos da blogagem coletiva de hoje. Orlando, Mariel, Dani e Teia comentaram. Em especial me provocou o que a Dani falou: "'rede' é uma coisa que se sustenta muito além daquilo que as pessoas tentam escrever sobre rede". Tenho certeza absoluta disso, mas existe também uma contra-influência: aquilo que as pessoas tentam escrever sobre redes não serve apenas para dissecar e analisar as redes, mas também influencia decisivamente seu desenvolvimento, em especial no caso de tentativas situadas de conceituação, o que é frequente na MetaReciclagem.<br /> Nas últimas semanas, comentei algumas vezes com diferentes pessoas que metade da MetaReciclagem é ficção. Não que seja mentira, mas certamente o discurso que foi construído em torno da rede tem muito de recorte esperançoso, interpretação otimista e, obviamente, um aspecto de criação de mitos (que ecoa à exploração sobre <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/MutiraoHeroiCultural" rel="nofollow">Metamitogênese</a>, nunca tão explicitamente articulada mas ainda assim bastante presente), e isso acaba mexendo com o modo com que as ações se desenvolvem. Paradoxo do real e agenciamento coletivo, diriam <a href="http://diplo.uol.com.br/imprima2318" rel="nofollow">Hernani e Dalton</a>. Nada de inesperado.<br /> Ainda assim, a satisfação ao ver que esse tipo de construção de discurso acaba por influenciar positivamente a compreensão e a consequente vivência de rede que acaba sendo possível é difícil de explicar. Raquear a realidade - fazer as pessoas acreditarem na construção colaborativa e por causa disso começarem a agir de forma mais colaborativa.<br /> É aí que aparece mais uma dobra: no <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Campus-Party-2009" rel="nofollow">último encontrão de MetaReciclagem</a>, eu comentei que para que a rede existisse era necessário que as pessoas conversassem mais, cotidianamente, sobre tudo o que fazem. Essa opinião não é totalmente sincera: tenho certeza de que se as conversas forem intermitentes e incompletas, ainda assim a rede continua se formando potencialmente a cada instante. Mas é meu papel (ficcional? dramático? <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/MutiraoRegrasdoJogo" rel="nofollow">regra do jogo</a>?) pregar a documentação, a conexão e a construção em rede, e influenciar mais pessoas a agirem dessa forma.<br /> Isso acaba me dando uma visibilidade desproporcional. O efetivo desenvolvimento da MetaReciclagem como rede também requer a influência de alguns profetas silenciosos e <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com/2009/07/13/147/" rel="nofollow">feiticeiros na fronteira</a>, mas por conta da própria natureza do papel que assumem, eu apareço mais. Somos - documentadorxs, praticantes, articuladorxs, técnicxs - interdependentes, em um nível de complexidade que evita que as coisas percam a graça tão rápido. Talvez seja possível uma redação alternativa à <a href="http://efeefe.no-ip.org/node/2817" rel="nofollow">definição mais recente</a> da MetaReciclagem: um jogo de interdependência. Bom para me lembrar que a rede é muito maior do que aquilo que nós - <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">documentadorx, comunicômanos e remitificadores</a> - conseguimos apreender, e para dar uma certa tranquilidade de que o futuro ainda reserva muitos assuntos para a gente entender, relatar e reinventar. Espero que os outros papéis do jogo ainda tenham desafios como a gente. O caminho é longo e muito divertido. Vamos?</p> desvio metareciclagem redes Tue, 08 Sep 2009 01:24:14 +0000 felipefonseca 5795 at http://efeefe.no-ip.org Sem fio - plataforma etérea http://efeefe.no-ip.org/agregando/sem-fio-plataforma-et%C3%A9rea <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Como comentei no <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/sem-fio-contexto-caminhos-e-bases" rel="nofollow">post anterior</a>, já há algum tempo temos articulado referências sobre possibilidades relacionadas a redes sem fio. No começo era uma curiosidade técnica, mais uma potencial expansão de horizontes do eterno jogo de descoberta que é brincar com tecnologia livre (o que faz com que muita gente - eu incluído - acabe se dedicando a projetos que não dizem nada para outras pessoas, justamente porque não conseguem explicar essa dimensão do fascínio da descoberta, mas isso é outro assunto). Com o tempo, acabei misturando a pesquisa de redes sem fio com a exploração conceitual de paralelos entre magia e tecnologia (mais sobre isso no meu <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com/" rel="nofollow">blog de tecnomagia</a>). Também começava a formular uma questão: como pode se articular a perspectiva da <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e das várias <a href="http://mimosa.metareciclagem.org" rel="nofollow">mimoSas</a> que rolaram por aí - que demonstram de maneira muito concreta o potencial da apropriação crítica de tecnologias - com esse universo mais etéreo das redes sem fio.<br /> Coletei por alguns anos um monte de <a href="http://metareciclagem.ourproject.org/link/bookmarks.php/felipefonseca/wireless" rel="nofollow">links</a> e <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wireless" rel="nofollow">anotações</a> até conseguir pensar em uma plataforma viável para isso. Queria algo na linha das <a href="http://www.noemalab.org/sections/ideas/ideas_articles/kranenburg_infracstructure/kranenburg_infrastructure2.html" rel="nofollow">infra-estruturas genéricas</a>, com base em software livre. Brinquei um pouco com o <a href="http://openwrt.org/" rel="nofollow">OpenWRT</a>, mas acabei ficando com o <a href="http://dd-wrt.com/" rel="nofollow">DD-WRT</a> por um tempo. Ambos são sistemas baseados em GNU/Linux para ser instalados em roteadores wi-fi como o WRT54G. Fiz algumas experiências com eles, mas o armazenamento e a memória RAM desses roteadores são extremamente limitados para possibilitar muita coisa. Foi útil para expandir a rede aqui de casa com uma <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/FoneraLiberta" rel="nofollow">Fonera Liberta</a>, mas pra criar redes locais mais versáteis precisava de algo mais.<br /> Em março deste ano, durante o <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/wintercamp" rel="nofollow">Wintercamp</a>, conheci nas mãos do broda <a href="http://projects.dorkbot.org/dorkbot-wiki/alejo" rel="nofollow">Alejo Duque</a> uma <a href="http://pcengines.ch/alix3d3.htm" rel="nofollow">Alix 3d3</a>: um SOC (sistema em um chip) baseado no <a href="http://www.amd.com/us-en/ConnectivitySolutions/ProductInformation/0,,50_2330_9863,00.html" rel="nofollow">AMD Geode</a> que para o tamanho, preço e consumo de energia é bem forte: 500Mhz e 256Mb de RAM, com vídeo VGA, duas portas USB e duas portas Mini PCI, além de placas de rede e som. Alejo usa o sistema para montar as <a href="http://locusonus.org/wkdl/?page=StreamBox+Alix+v.0.1" rel="nofollow">Streambox</a>, máquinas prontas para ligar na rede e começar a estrimar o que estiver entrando pela placa de som. Na Suíça, onde ele vive, custava o equivalente a cerca de trezentos reais. Ele fez a mão de encomendar uma e me mandar por correio.<br /> Durante alguns meses, realizei alguns testes, descolei acessórios (um cartão sem fio e outro cartão CF) e aprendi um monte de coisas (tudo documentado <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/Alix3d3" rel="nofollow">aqui</a>). A estação sem fio roda em uma rede mesh autônoma, oferece IP via dhcp, roda um servidor web, um servidor de chat. Cheguei a fazer testes com uma webcam, mas não tenho uma disponível por aqui. Fico pensando ainda em outras possibilidades de entrada e saída de dados (bluetooth, placa de som, sensores de presença, luminosidade, proximidade) detonando processos no totem. Fiz um vídeo mostrando o que acontece quando um cliente encontra e se conecta a essa rede:</p> <p>Estabelecida a base tecnológica, acabei elaborando três vertentes potenciais (entre diversas possíveis) para o uso dessas caixas autônomas sem fio: máquinas trocadoras de mídias, inseridas em eventos e espaços públicos - culturais, turísticos, rurais, florestais -, recebendo e disponibilizando conteúdo na área circundante; máquinas móveis, embutidas em automóveis ou transporte público, que levem uma rede wi-fi carregada de conteúdo e serviços para qualquer lugar (que dialoga com as pesquisas sobre <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Itiner%C3%83%C2%A2ncias" rel="nofollow">itinerâncias</a>); e uma terceira linha que eu venho chamando <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Oraculismo" rel="nofollow">Oraculismo</a> - dialogando com a <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com" rel="nofollow">tecnomagia</a> - que trata essas redes como espaços mágicos, em que o conteúdo só é revelado após negociação, troca ou descoberta.<br /> <img src="http://farm4.static.flickr.com/3593/3885804090_e1173e115e.jpg" alt="" /><br /> O Oraculismo surgiu como ficção, um conto tecnomágico que nunca terminei de escrever. Mas foi se desdobrando como investigação estética e, possivelmente, jogo. Um elemento importante é contrapor-se a um tipo de alienação da localidade que o acesso ubíquo à internet pode favorecer, e possibilitar a criação de espaços informacionais - totens - totalmente contextuais, modificados e realimentados pelas pessoas que circularam por ali, onde ainda existem segredos. O desvelar de mistérios é um importante tipo de aprendizado. E ainda tem mais um desdobramento possível: a sincronização de dois totens precisa de deslocamento físico de pessoas que tenham consciência dos segredos, e as trocas diretas entre essas pessoas podem acontecer nos cantos do sistema: notas deixadas em espaços a que ninguém tem acesso, exceto o guardião que identifica os agentes que aprenderam a executar rituais pré-determinados. O guardião é um bot - um daemon - que fica esperando em um canal de chat. De acordo com os rumos que a conversa toma, ele começa a dar acesso a diferentes áreas de conteúdo e serviços disponíveis na rede local. <br /> Próximos passos, pesquisa pros próximos meses: dar vida ao guardião do Oraculismo, para gerenciar os diversos tipos de interação possíveis. Prometo que conto mais assim que houver.<br />  </p> <img src="http://img.zemanta.com/pixy.gif?x-id=6e66467f-cf96-8806-a7d6-559d89ebb8c2" alt="" class="zemanta-pixie-img" /> arte caixa-preta desvio espaço público metareciclagem redes software livre wireless Sat, 05 Sep 2009 06:00:06 +0000 felipefonseca 5796 at http://efeefe.no-ip.org