efeefe - porto alegre http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/288/0 pt-br WSL - Workshop de Software Livre no FISL http://efeefe.no-ip.org/agregando/wsl-workshop-de-software-livre-no-fisl <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Repercutindo por aqui... foi estendido o prazo para envio de trabalhos do Workshop de Software Livre, evento "científico" que vai acontecer durante o FISL. Eu vou enviar um trabalho, e acho que seria uma boa oportunidade para fazer uma reunião do grupo AcademiaLivre da MetaReciclagem. Bora?</p> <p>Mais info <a href="http://softwarelivre.org/wsl" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a>. Envio abaixo também a descrição e chamada de trabalhos.</p> <h2>Apresentação</h2> <p>Para além das pioneiras comunidades de compartilhamento de software criadas em torno do Unix e da comunidade de hackers do Emacs, o desenvolvimento de Software Livre e de fonte aberta (FOSS) tem crescido exponencialmente, seguindo a popularização e ampla disseminação do uso de computadores pessoais e da Internet. Não apenas as comunidades FOSS se expandiram globalmente, mas também o corpo de literatura a seu respeito, tornando-se extremamente relevante para cientistas e engenheiros da computação, bem como para pesquisadores das ciências humanas. Na última década, a pesquisa em FOSS consolidou-se em torno de questões como motivações individuais, práticas colaborativas, questões de escala, governança e coordenação de esforços de desenvolvimento, assim como em torno de problemas de economia política envolvendo o estudo de modelos econômicos e formas de mobilização política em torno do Software Livre.<br /> <br /> Nosso principal objetivo nesse workshop é avaliar o estado da arte da pesquisa interdisciplinar, explorando aspectos técnicos, legais, socioeconômicos e culturais do FOSS. Deteremo-nos sobre os tópicos de pesquisa mencionados, discutindo contribuições recentes à literatura. Convidamos pesquisadores de qualquer disciplina acadêmica nos tópicos seguintes e assemelhados a submeterem seus artigos:<br /> <br /> - Licenciamento e aspectos legais relacionados, disputas de direito autoral, patentes de software, adequação à GPL, propriedade individual ou coletiva de código;<br /> <br /> - Engenharia de Software Livre, desenvolvimento de metodologias, métricas de código-fonte e avaliação da qualidade de software;<br /> <br /> - Estudos culturais, sociais e econômicos envolvendo abordagens qualitativas e quantitativas de comunidades ativistas e de desenvolvimento;<br /> <br /> - Estudos de caso: análise aprofundada de casos de implementação, migração, sucesso ou fracasso de projetos de FOSS em várias partes do mundo;<br /> <br /> - Expansão e transformação do Software Livre em curso: para além do desenvolvimento de software e em direção à Cultura Livre, Hardware Aberto, Open Access, jornalismo online independente e projetos colaborativos baseados na Internet.<br /> Sobre o FISL e o WSL<br /> <br /> O Workshop Internacional de Software Livre (WSL) é um evento científico que acontece no âmbito do Fórum Internacional Software Livre (FISL). Desde 2000, o FISL é organizado por ativistas do software livre em Porto Alegre, Brasil, e representa uma das maiores e mais importantes conferências de FOSS do mundo.<br /> <br /> O WSL aceita papers advindos de diferentes tradições disciplinares, oferecendo oportunidade para professores, pesquisadores, estudantes e outros profissionais de apresentarem e discutirem pesquisas originais desenvolvidas em centros de pesquisas, empresas e universidades que usam, disseminam e/ou refletem criticamente sobre FOSS em seus aspectos técnicos, legais, socioeconômicos e culturais.<br /> Informações para os Autores<br /> <br />    - Os papers devem ser escritos em Inglês, Português ou Espanhol<br />    - Os papers devem conter no máximo 20 páginas impressas, incluindo resumo, figuras e referências<br />    - As submissões devem ser feitas em PDF (utilizando o template da SBC: <a href="http://tux.gseis.ucla.edu/template_SBC/" target="_blank" rel="nofollow" rel="nofollow">http://tux.gseis.ucla.edu/template_SBC/</a>)<br />    - Os papers devem ser enviados por email a luisfelipe/*/arroba/*/<a href="http://ucla.edu" target="_blank" rel="nofollow" rel="nofollow">ucla.edu</a><br /> <br /> Os papers serão avaliados por pareceristas acadêmicos com experiência de pesquisa em FOSS, considerando seu conteúdo técnico e relevância para o workshop. Todos os papers aceitos serão publicados nos anais do WSL e estarão disponíveis em um repositório aberto contido na página da comunidade WSL (<a href="http://softwarelivre.org/wsl" target="_blank" rel="nofollow" rel="nofollow">http://softwarelivre.org/wsl</a>) sob a licença Creative Commons Attribution 3.0 unported (CC-BY-3.0).<br /> <br /> Para os papers redigidos em co-autoria, os autores deverão definir um apresentador para o WSL. O apresentador receberá um código promocional para registrar-se gratuitamente no FISL. Despesas de hospedagem e acomodação não serão pagas pelo FISL ou pelo WSL.<br /> Datas Importantes<br /> <br />    - Prazo para submissão dos textos:<br />      Dia 20 de fevereiro de 2013 15 de março de 2013<br /> <br />    - Divulgação dos papers aceitos:<br />      Dia 29 de abril de 2013<br /> <br />    - Fórum Internacional Software Livre (FISL), Porto Alegre, Brasil<br />      De 3 a 6 de julho de 2013<br /> <br />    - Workshop Software Livre (WSL), Porto Alegre, Brasil<br />      De 4 a 5 de julho de 2013<br />  </p> <h2>Comitê Organizador</h2> <p>Coordenador Geral<br />    Carlos D. Santos (Universidade de Brasilia, Brazil)<br /> Coordenador de Programa<br />    Luis Felipe R. Murillo (University of California, Los Angeles, USA)<br /> Coordenador de Publicações e Organização Local<br />    Paulo Meirelles (Universidade de Sao Paulo, Brazil)<br /> Coordenadores de Publicidade<br />    Imed Hammouda (Tampere University of Technology, Finland)<br />    Gregorio Robles (Universidad Rey Juan Carlos, Spain)<br />    Rafael Evangelista (Universidade Estadual de Campinas, Brazil)<br />    Veronica Xhardez (Flacso/CONICET - SoLAr, Argentina)<br />    Yuri Takhteyev  (University of Toronto, Canada)</p> <h2>Comitê de Programa</h2> <p>   Ana Cristina Matte (Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil)<br />    Andre Leme Fleury (Universidade de Sao Paulo)<br />    Anthony Wasserman (Carnegie Mellon University, USA)<br />    Antonio Terceiro (Universidade Federal da Bahia, Brazil)<br />    Célia Ralha (Universidade de Brasilia, Brazil)<br />    Christiana Freitas (Universidade de Brasilia, Brazil)<br />    Christopher Kelty (University of California, Los Angeles, USA)<br />    Daniel Batista (Universidade de Sao Paulo, Brazil)<br />    Fabio Kon (Universidade de Sao Paulo, Brazil)<br />    Gabriella Coleman (McGill University, Canada)<br />    Islena Garcia (Universidade Estadual de Campinas, Brazil)<br />    Jelena Karanovic (New York University, USA)<br />    Lilly Nguyen (University of California, Los Angeles, USA)<br />    Masayuki Hatta (Surugadai University, Japan)<br />    Tim Davies (University of Southampton, UK)<br />    Stefan Koch (Bogazici University, Turkey)</p> academialivre eventos fisl metareciclagem porto alegre Fri, 01 Mar 2013 04:52:43 +0000 felipefonseca 12940 at http://efeefe.no-ip.org Bienal do Mercosul http://efeefe.no-ip.org/agregando/bienal-do-mercosul <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Aproveitei uma viagem à família em Porto Alegre para fazer uma visita rápida aos galpões do Cais do Porto, onde rola um pedaço da <a href="http://www.bienalmercosul.art.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">Bienal de Artes do Mercosul</a>. Eu não tinha lido nada sobre essa edição da Bienal, e foi uma boa surpresa travar contato com o eixo <a href="http://www.bienalmercosul.art.br/componentes/6" rel="nofollow" rel="nofollow">Geopoéticas</a>. Algumas brincadeiras interessantes por ali. Destaco "<a href="http://www.aliciaherrero.com.ar/espaniol/elviajerevolucionario2.htm" rel="nofollow" rel="nofollow">El Viaje Revolucionario</a>", da argentina Alicia Herrero.</p> <p><img alt="" src="http://www.bienalmercosul.art.br/uploads/artistas/full_213.jpg" width="500" /></p> <p>Do <a href="http://www.bienalmercosul.art.br/artista/213" rel="nofollow" rel="nofollow">site da Bienal</a>:</p> <blockquote> <p>Herrero apresenta um projeto multidisciplinar que consiste em uma série de viagens através dos diversos rios da América do Sul. A artista considera esse projeto um “romance navegado”, no qual se equipara o processo do transcurso do rio com o próprio processo da escrita. O título do projeto inspira-se nos lendários diários de viagem de Ernesto Guevara, antes de converter-se no “Che”, que transitou pelos diversos cantos da América do Sul e descreveu, segundo Herrero, “o fictício das incertas e ilusórias nacionalidades da América”. No transcurso dessas viagens, realizadas de barco, lancha, ou barcaça, Herrero convida ao diálogo vários protagonistas, que, através de diferentes estruturas, compartilham suas reflexões em torno da cultura local. Nesse projeto, Herrero combina o rigor estrutural do romance, os elementos imprevisíveis dos rios e as conversas com os membros de comunidades que vão emergindo no seu caminho.</p></blockquote><p><a href="http://ubalab.org/blog/bienal-do-mercosul" target="_blank" rel="nofollow">leia mais</a></p> arte blogs feeds geo porto alegre projetos ubalab ubatuba Sat, 29 Oct 2011 20:57:02 +0000 felipefonseca 11658 at http://efeefe.no-ip.org Porto Alegre http://efeefe.no-ip.org/agregando/porto-alegre <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Fui semana passada a Porto Alegre, minha terra natal, a convite do GT de Cultura do <a href="http://softwarelivre.org/fisl12" rel="nofollow" rel="nofollow">FISL</a>, o Fórum Internacional de Software Livre. Fazia muito tempo que eu não participava do fórum. A última foi em 2004, quando fui de carro com <a href="/pessoa/dmartins" rel="nofollow" rel="nofollow">Dalton</a> e Fejuada. Naquela vez conhecemos o <a href="http://ianlawrence.info" rel="nofollow" rel="nofollow">Ian</a>, junto com um monte de hackers do mundo todo que se reuniam na <a href="http://debconf4.debconf.org" rel="nofollow" rel="nofollow">Debconf</a>, visitamos o embrionário projeto dos Maristas que se tornaria o CRC de Porto Alegre e encontramos um monte de gente e projetos interessantes. Era o auge da época em que as redes ativistas de mídia, os produtores culturais, o software livre e pessoas envolvidas com políticas públicas se aproximavam, em uma efervescência de ideias e ideais que posteriormente se mostrou muito produtiva (e problemática, por certo).</p> <p>Hoje os tempos são outros. O impacto inicial passou, a inovação foi assimilada e em alguns sentidos acomodada nas possibilidades da realpolitik. Um movimento forte de reação àquele potencial libertário está avançando a passos largos em quase todas as <a href="http://desvio.cc/blog/inovacao-e-tecnologias-livres-parte-1-decada-que-foi" rel="nofollow" rel="nofollow">conquistas da última década</a>. Pairam sobre nós as ameaças à privacidade, à neutralidade da rede, ao livre compartilhamento de conhecimento. O Ministério da Cultura, mais do que desacelerar, engatou marcha à ré, relegando à precariedade dezenas de projetos importantes de todo o país.</p> <p>Perdi o primeiro dia de programação. Estava em trânsito desde Ubatuba: carona até Caraguatatuba, ônibus com escala em São José rumo ao aeroporto de Guarulhos, voo tranquilo até Porto Alegre. Nos dias seguintes fiquei flanando pela programação, feliz de reencontrar e conversar de novo com um monte de gente boa. <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> está sempre nesses eventos, mesmo que implícita (talvez naturalmente implícita). Antes de tudo as redes de afetos, como profetizam <a href="http://culturadigital.br/ruiz" rel="nofollow" rel="nofollow">Ruiz</a> & <a href="http://bailux.wordpress.com" rel="nofollow" rel="nofollow">Bailux</a>.</p> <p>Participei meio na diagonal do debate sobre Recursos Educacionais Abertos, organizado pela Bianca Santana. Estava ali feliz assistindo às apresentações de <a href="http://softwarelivre.org/samadeu/blog" rel="nofollow" rel="nofollow">Sergio Amadeu</a>, <a href="void(0);/*1310071544863*/" rel="nofollow" rel="nofollow">Nelson Pretto</a> e <a href="http://rejon.org/ " rel="nofollow" rel="nofollow">Rejon</a> quando fui convidado a falar. Não tinha preparado nada, mas tentei comentar que mais importante do que disponibilizar material com licenças livres é incentivar a sensibilidade de compartilhar, estimular que as pessoas percam o medo de "mexer" nas "criações" alheias, percam o medo de apropriar-se efetivamente não só dos objetos educacionais mas também dos processos que eles supõem e engendram.</p> <p>A <a href="http://thacker.com.br" rel="nofollow" rel="nofollow">Transparência Hacker</a> estava trabalhando em uma sala da PUC, e abriu espaço para metarecicleirxs que quisessem mesas, cadeiras e um wifi não tão ruim quanto nos auditórios. Aproveitamos para começar a debater por lá alguns planos que a <a href="http://elenaralelex.wordpress.com/" rel="nofollow" rel="nofollow">Lelex</a> está começando a desenvolver junto ao Memorial do Fórum Social Mundial que vai ser criado no centro de Porto Alegre.</p> <h1>MCT Livre?</h1> <p>A sexta-feira começou com boas perspectivas: Sergio Amadeu organizou uma <a href="http://www.trezentos.blog.br/?p=6116" rel="nofollow" rel="nofollow">conversa</a> de integrantes de diversos grupos, redes e coletivos presentes no FISL com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Alguns dias antes, o ministro já tinha dado uma declaração importante em relação à reação da imprensa depois dos supostos ataques a sites do governo: diferenciando hackers de crackers, defendendo a transparência e indicando que o MCT ia adotar medidas de transparência total nesse sentido. A conversa no FISL vinha embalada nessa perspectiva. Foi também na sala da Transparência Hacker - que ficou lotada de gente - que encontramos o ministro para sugerir caminhos e possibilidades de apoio ao campo mais amplo do conhecimento livre no Brasil.<br /> Eu fui um dos primeiros a falar, e tentei trazer a perspectiva na qual tenho insistido, da <a href="http://efeefe.no-ip.org/livro/laboratorios-pos-digital" rel="nofollow" rel="nofollow">inovação baseada em tecnologias livres</a>. Comentei rapidamente sobre as pesquisas do projeto <a href="http://redelabs.org" rel="nofollow" rel="nofollow">redelabs</a>, buscando estruturas e modelos para operar na fronteira entre arte, ciência, tecnologia e educação. Chamei a atenção para um aspecto específico: o modelo de inovação. Enquanto ficarmos presos à inovação industrial, que é orientada somente por critérios de geração de patentes para exploração comercial, estamos desperdiçando um potencial criativo enorme. É importante estimular também inovação que tenha relevância social e educacional. Que trabalhe conhecimento de fronteira (o que eu comentei outro dia como "fazer o amanhã, pensando o depois de amanhã"). Comentei que existem iniciativas pequenas, granulares, que têm um papel fundamental nos tempos atuais. E que na política de inovação falta geralmente o aspecto de experimentação: de agentes criativos travarem contato com tecnologias, mas também de incorporarem as possibilidades de deriva, descoberta, do erro como matéria prima. Questionei a necessidade de ter objetivos fechados antes mesmo de começar a pesquisar. Sugeri que alguns caminhos estão sendo sugeridos no mundo todo com os hackerspaces, hacklabs, fablabs - que não desenvolvem somente hardware e software mas também maneiras de entender as tecnologias e seu papel na sociedade. Também propus políticas que tratem de tecnologia livre, em sentido amplo: não somente computadores e software como também linguagem, metodologias de aplicação de conhecimento. Que incentivem a deriva, a descoberta, o erro. Que estabeleçam meios de financiar projetos de fronteira, de maneira descentralizada e integrada.</p> <p>Bastante gente falou naquela manhã - eu destaco a contribuição da Dani da Thacker, provocando uma reflexão sobre o projeto Cultura Viva que culminou com a ideia de "Pontos de C & T". Vi Mercadante fazendo anotações em seu caderno nesse momento, e me pareceu uma semente bem plantada. Houve também contribuições sobre dezenas de assuntos: hardware livre, fabricação, formalização de atividades, o engessamento dos fundos de inovação, e por aí vai.</p> <p>Ao fim, o ministro tomou de volta a palavra e comentou alguns pontos que tinham chamado a atenção dele no discurso do pessoal. Em seguida, deu algumas sugestões de encaminhamento: apoio do CTI, medidas para desonerar a produção de hardware e software, para desburocratizar pequenos empreendimentos, para adequar os sistemas do ministério aos princípios de abertura e transparência. Comentou sobre a realização de uma olimpíada de tecnologia, análoga às olimpíadas de matemática. Por fim, pediu que todas as nossas contribuições fossem compiladas em uma proposta e apresentadas formalmente ao Ministério.</p> <p>Eu confesso que me surpreendi com o nível de compreensão e abertura que Mercadante demonstrou ter sobre os temas. Até então eu tinha a impressão, principalmente por conta do episódio da Foxconn, de que ele estava totalmente alinhado com a posição que no limite submete o Brasil aos fundamentos da geopolítica atual - em que Europa e Estados Unidos projetam tecnologias e os BRICs fabricam coisas. Pela conversa, percebi que existe a possibilidade de criar estratégias mais inteligentes e dinâmicas. Resta saber se a burocracia vai potencializar essa visão ou tornar-se obstáculo.</p> <p>A íntegra da conversa com Mercadante está disponível <a href="http://adrianomelo.com/arquivos/thackday.ogg " rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a> (audio/ogg).</p> <h1>Centro, FSM, fim de FISL</h1> <p>À tarde, parti para o centro de Porto Alegre. Encontrei Lelex, Ruiz, Fernanda Scur e Adriano Belisário no subsolo do Memorial do Rio Grande do Sul. Conhecemos o espaço que vai sediar o Memorial do FSM, e ficamos algum tempo devaneando sobre possibilidades de ocupações metarecicleiras. O prédio era a antiga sede dos Correios, e isso pode ser um elemento forte - comunicação, circulação de conhecimento, aproximação de distâncias. Em momento oportuno a gente publiciza as ideias que surgiram, mas já adianto que são joinha ;).</p> <p>Na saída, <a href="http://barraponto.blog.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">Capi Etheriel</a> se juntou a nós. Ainda andamos um pouco pelo centro de Porto Alegre, em meio às minhas lembranças de infância e adolescência. Acabamos caindo na CCMQ para bebidas quentes. Saí de lá para visitas de família.</p> <p>À noite, encontrinho espontâneo no Café Bonobo, no Bom Fim. Ambiente agradável, cervejas artesanais, comida vegetariana criativa. Micronação metarecicleira se aproximando. Ficamos um bom tempo por lá. Fê Scur levou o pequeno Léo, com seus onze meses recém completos. Eu e Capi aproveitamos a chance para matar a saudade de bebês de colo... conversas boas pela noite toda e a tradicional saideira na Lancheria do Parque.</p> <p>Sábado voltei ao FISL para circular um pouco e encontrar mais algumas pessoas. Assisti à apresentação do Jon Philips sobre o <a href="http://milkymist.org" rel="nofollow" rel="nofollow">Milkymist</a>: um dispositivo para fazer efeitos de vídeo em tempo real, baseado totalmente em software livre e cujos esquemas de fabricação são também livres. O Milkymist é um projeto interessante em si, mas ainda mais importante é o que ele representa: uma solução de hardware desenhada por uma equipe pequena e coesa, que pode ser fabricado em qualquer lugar do mundo. E baseado em conhecimento livre.</p> <p>Saí do FISL com a impressão de que o fórum está mais sério e objetivo. Em termos práticos isso pode ser positivo, mas sinto que aquele clima de fantasia, de invenção de novos tempos, de áreas nebulosas entre realidade e desejo, definitivamente se foi. Ressalvo somente a exceção do improvável canto cyberpunk dos <a href="http://www.maristas.org.br/portal/pagina.asp?IDPag=68" rel="nofollow" rel="nofollow">maristas</a>, que mantém viva a chama da gambiarra. No geral, entretanto, resta a fria eficácia da tecnologia como ferramenta. Espero que as próximas edições reativem a dimensão <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com" rel="nofollow" rel="nofollow">tecnomágica</a> que tanto nos seduz & inspira.</p> <p>A caminho da porta, ainda vi uma multidão de adolescentes com máscaras de V e assinaturas improvisadas de grupos de "segurança". Saí sorrindo.</p> <h1>A(á)gora</h1> <p>Para encerrar a tarde de sábado, voltei ao centro de Porto Alegre. Há alguns meses, circulou nas redes uma <a href="http://mutgamb.org/blog/Chamada-para-projetos-Agora-Criacoes-em-Rede" rel="nofollow" rel="nofollow">chamada</a> por projetos de "tecnologias sociais" para a exposição do projeto <a href="http://agora.art.br" rel="nofollow" rel="nofollow">Agora/Ágora</a>, curado por <a href="http://nomada.blogs.com/" rel="nofollow" rel="nofollow">Juan Freire</a> com o apoio da <a href="http://karlabru.net/" rel="nofollow" rel="nofollow">Karla Brunet</a>. Mandei um textinho sobre a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, que acabou entrando. Não tivemos mais muito feedback sobre o evento. De qualquer forma, naquele sábado à tarde, último dia do FISL, ia rolar um debate sobre "Estratégias para Autonomia: Tecnologia e Inovação Social” com Juan e Karla, mais algumas pessoas de lá. Uns dias antes, avisei que estava na cidade e me convidaram a participar.</p> <p>Fiquei sabendo que eles chamaram um pessoal de Porto Alegre para criar uma instalação sobre "<a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>". Cheguei lá e tinha uns três computadores velhos rodando linux. Não foi tão ruim assim, mas pra chamar de <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> faltou informar na rede. De todo modo, topei o debate. Eu não conhecia o Santander Cultural, uma dessas megainstituições culturais ligadas a bancos que estão ficando comuns nos anos recentes. Dei uma volta pelo lugar, saquei a exposição do Agora/Ágora, desci ao café no subsolo para um chocolate quente (inverno gaúcho é frio).</p> <p>Encontrei Karla no corredor e logo subi. Conheci finalmente Juan Freire, cujos textos eu leio e admiro desde que morei em Barcelona. O debate começou com Juan conceituando um pouco as "tecnologias sociais", falando sobre a primavera árabe e os 15M espanhol. Karla contou um pouco sobre os projetos que foram selecionados para a mostra online. Tinha também uma menina designer ou arquiteta, acho que da Unisinos, que mostrou um vídeo sobre "tecnologias sociais" com musiquinha de elevador que quase me derrubou de sono. Não consegui prestar atenção à apresentação dela, de tão entediante.</p> <p>Em seguida, tomou a palavra um professor da ESPM, Felipe Scherer. Falou tanta baboseira corporativa que eu fiquei me coçando pra comentar. Usou como exemplo de inovação a campanha para criar um sabor novo de Ruffles. E ele parecia falar sério, como convém a esse tipo de gente. Incorreu um monte de vezes em metáforas militares ou da época da revolução industrial (impacto, atingir, concorrer). Falou que para obter impacto na sociedade são necessárias um monte de coisas (um daqueles slides de professor da ESPM). Entre elas, propriedade intelectual.</p> <p>Aí chegou minha vez. Era tanta merda que meu xará tinha falado que decidi nem tentar rebater. Mais complicado do que o texto dele era todo o subtexto que ele implica, de legitimação de um estilo de vida consumista, alienado, distanciado, desumano, materialista, individualista e mesquinho. Mas deixei pra lá.</p> <p>Acabei dando aquela geral sobre a história da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>. Uma história que eu repeti vezes sem conta, então não preciso contar outra vez aqui. Mas fazia tempo que eu não exercitava essa narrativa, e isso acabou trazendo alguns insights que vou explorar em outros posts no site da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> assim que der tempo.</p> <p>O debate depois foi meio surreal, com um careca afirmando que Steve Jobs é o rei da inovação e besteiras parecidas. No fim, um garoto comentou que minha fala tinha deixado ele inquieto. Ele falou que não tinha entendido se a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> era "uma ONG, um coletivo, uma empresa, uma ação entre amigos...". Comentei que se ele fez essa pergunta é porque não tinha entendido mesmo. Que a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> não é nada disso. E não quer ser.</p> <p>Gostei também dos projetos que os dois organizadores do Agora/Ágora, Aron e Daniel, estão começando a desenvolver, que têm a ver com a valorização do espaço público, fazer as pessoas repensarem a relação que têm com os espaços e a cidade. Eles chamam isso de <a href="http://estudionomade.wordpress.com/2011/05/04/manifesto-da-transvencao/" rel="nofollow" rel="nofollow">Transvenção</a>.</p> <p>Semana corrida, muita coisa pra digerir. No fim das contas, apesar das críticas pontuais que eu faço aos dois eventos, eles deram motivo pra pensar. Voltei querendo agitar umas coisas da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> que estão meio paradas.</p> <p>Vamo que vamo!</p><a href="/conectaz/Mutir%C3%A3o-da-Gambiarra" rel="nofollow">Mutirão da Gambiarra</a> agora agora fisl MCT metareciclagem política pública porto alegre Thu, 07 Jul 2011 20:47:01 +0000 felipefonseca 11049 at http://efeefe.no-ip.org Fôlegos http://efeefe.no-ip.org/blog/f%C3%B4legos <p>Fui no fim de semana a Porto Alegre para uma festa de fam&iacute;lia. A volta pra S&atilde;o Paulo &eacute; sempre um choque, e dessa vez, jogado no banco de tr&aacute;s do carro de uma amiga que foi gentil de nos buscar, fiquei pensando que uma das principais caracter&iacute;sticas de sampa &eacute; o anonimato. E ele tem consequ&ecirc;ncias boas e ruins: de um lado a sensa&ccedil;&atilde;o de inseguran&ccedil;a total em qualquer lugar al&eacute;m da pr&oacute;pria rua (e tamb&eacute;m nela)&nbsp;e uma ignor&acirc;ncia inevit&aacute;vel a respeito dos mais de 80% da cidade que qualquer pessoa deixa de conhecer. Por outro lado, a sensa&ccedil;&atilde;o de liberdade, de possibilidade de reiniciar a vida, de oportunidades escorrendo pelos bueiros malcheirosos, de que sempre &eacute; poss&iacute;vel conhecer uma nova pessoa interessante na padaria da esquina.</p> <p>S&atilde;o Paulo me cansa. Faz mal mesmo. Uma semana em sampa e j&aacute; preciso de f&eacute;rias. Mas eu sempre volto. Nas palavras de VS, &eacute; &quot;uma porra de um &iacute;m&atilde;&quot;. Dif&iacute;cil deixar de orbitar em torno dela, e essa rela&ccedil;&atilde;o chega a ser um pouco doentia, viciante. Mas a gente segue. S&atilde;o Paulo tamb&eacute;m &eacute; uma cidade muito interessante, cheia de hist&oacute;ria recente amontoada em camadas, transforma&ccedil;&otilde;es mais r&aacute;pidas do que as pessoas podem acompanhar, ciclos de expans&atilde;o e decad&ecirc;ncia acontecendo simultaneamente, &agrave;s vezes &agrave; dist&acirc;ncia de uma caminhada curta. Novos horizontes de desenvolvimento, antigas promessas abandonadas (e depois retomadas, e ent&atilde;o abandonadas mais uma vez). A pujan&ccedil;a e a precariedade, o potencial e a desconfian&ccedil;a. Terra de cren&ccedil;as, loucuras, individualismo compartilhado, ignor&acirc;ncias m&uacute;tuas, muito medo e muita boa vontade.</p> <p>E a gente segue. Nem moro mais, mas n&atilde;o abandono. N&atilde;o vejo outra maneira.</p> porto alegre sampa urbe Tue, 21 Jul 2009 00:59:31 +0000 felipefonseca 5135 at http://efeefe.no-ip.org Expatriado http://efeefe.no-ip.org/blog/expatriado <p>Ser ga&uacute;cho expatriado &eacute; voltar de 10 dias em Porto Alegre pensando &quot;n&atilde;o tenho mais nada em comum com aquele povo l&aacute;&quot;. E depois pensar &quot;n&atilde;o tenho nada em comum com mais ningu&eacute;m&quot;.</p> <p>Mas n&atilde;o deixar de tomar um mate quente a cada dois dias.</p> <p>E reclamar da superficialidade, da falta de consci&ecirc;ncia pol&iacute;tica, do comodismo, do consumismo, da ignor&acirc;ncia e muitas coisas mais de todo mundo que n&atilde;o &eacute; ga&uacute;chx.</p> <p>Ser ga&uacute;cho &eacute; reclamar.</p> <p>?</p> gauchismo lifelog porto alegre Mon, 08 Sep 2008 20:15:49 +0000 felipefonseca 3272 at http://efeefe.no-ip.org Estado das coisas http://efeefe.no-ip.org/blog/estado-das-coisas Estou morando em Ubatuba, na costa norte de São Paulo. Menos por algum delirio cyberhippie de viver perto da natureza do que por uma necessidade de encontrar um lugar pra me estabelecer um pouco, parar de circular, e ter contato mais direto entre as coisas que eu faço e o resultado que elas dão no mundo. Em São Paulo tudo se aliena e se distancia. Em Porto Alegre, o tédio vem logo. Na Europa, bom... não me sinto em casa. Além de tudo isso, tenho também a intenção de aprofundar minha vivência cotidiana em grupo. Mas ao contrário de muitxs amigxs, não preciso criar esse tipo de experiência do zero: através da minha cúmplice, eu faço parte já há alguns anos da segunda geração de um grupo de pessoas que vive junto há mais de três décadas. Minha mudança pra Ubatuba é só uma explicitação desse lado. Fora que vou conhecer melhor os buracos e cantos escuros dessa cidade aqui, que eu freqüento há oito anos mas na qual nunca passei mais de 10 dias ininterruptos. Meus primeiros dias aqui, logo que chegamos de Barcelona, foram de pura crise orgânica: rinite, zumbido no ouvido, repouso forçado. Só agora chego de verdade à cidade. Tenho meus planos de médio e longo prazo aqui, mas até o fim do ano pretendo ficar só observando, pra entender melhor os ritmos. Mas certo que a <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> vai chegar a Ubatuba.<br /><br />***<br /><br />Passei quase duas semanas em Porto Alegre. O suficiente pra encontrar alguns fios perdidos da minha formação, mas sem dar tempo suficiente para sentir o tédio que me fez correr de lá.<br /><br />Descobri que meu bairrismo nem é com Porto Alegre, é de bairro mesmo. Por mais que eu tenha morado em um monte de lugares, minha referência de vida urbana é o Bom Fim de 15 anos atrás. Muito da minha idéia de convivência urbana tem uma grande influência dessa coisa de encontrar as pessoas nas ruas, de ir à feira no sábado à tarde, de ver que a maioria dos prédios só são fronteados por grades, ao invés dos altos e fechados muros dos bairros residenciais paulistanos. Em um ou outro lugar, senti uma paulistização de Porto Alegre, e isso me incomodou, mas continuei ali no meu delírio esquizo-nostálgico, que é só meu.<br /><br />Do Bom Fim de hoje, fiquei feliz em finalmente ter tempo de conhecer mais a fundo a <a href="http://www.overmundo.com.br/guia/palavraria-livraria-cafe" rel="nofollow">Palavraria</a> da Dra. Carla Osório, que me deu meu primeiro CD de Blues (um dos poucos objetos que me acompanham há mais de 15 anos), de ganhar um corte de cabelo da Su na Dança das Cabeças ali na Vasco, de comer o habitual Xis Coração acompanhado de <i>umas Polar</i> na <a href="http://www.pontodevista.jor.br/fotojornalismo/lancheria.htm" rel="nofollow">Lancheras</a>, de conhecer o <a href="http://gibibar.blogspot.com/" rel="nofollow">Gibi</a> (e descobrir que o dono é o Appio, meu diretor de criação na época da Estagio 21).<br /><br />Gostei da terceira perimetral porque facilitou o acesso à Zona Sul. Não gostei ali da passagem por cima da Assis Brasil, que me fez lembrar do viaduto da nove de julho em sampa e o quanto isso atrapalhou o entorno.<br /><br />Eleições em Porto Alegre definitivamente perderam a graça na rua. Mas ainda dão motivo a risadas: Onyx e Mano Changes é de rolar no chão. A Maria do Rosário é uma decepção. Fez até chapinha - demorei pra reconhecer a foto no primeiro cartaz que vi -, e tá no horário político com um discursinho Duda Mendonça que dá até nojo, sem rompimento, sem garra, sem graça. Manoela transformou a cor do PC do B em roxo, e isso me incomodou mais do que deveria. Acho que o Fogaça fica. Dos males o menor, pelo menos ele vai ter menos tempo pra "compor".<br /><br /><br />***<br /><br />Ganhei 11 livros de aniversário. Amo mis amigxs. Preciso de outra prateleira.<br /><br />*** <br /><br />Pensando em propor de falar sobre a MetaReciclagem como ficção científica não-textual na <a href="http://www.verbeat.org/blogs/posestranho/2008/08/pecha-kucha-night---sao-paulo.html" rel="nofollow">Pecha Kucha Night</a>.<br /><br />***<br /><br />Preparando aqui um curso online sobre pesquisa na internet. E um monte de assuntos esperando blogagem: metalearning e aprendizado distribuído, drupal e a rede humaniza sus, andamento do mutirão da gambiarra, e outras coisas. <br /><br />***<br /><br />Eu volto.<br /> aprendizado distribuído barcelona ego egotrip escrevendo lifelog metareciclagem mutirão porto alegre ubatuba Tue, 02 Sep 2008 00:19:57 +0000 felipefonseca 3243 at http://efeefe.no-ip.org Change mode http://efeefe.no-ip.org/blog/change-mode <p>Fico em Porto Alegre durante as pr&oacute;ximas duas semanas. Dedicando bastante tempo a trampo e fam&iacute;lia, mas tenho um monte de anota&ccedil;&otilde;es espalhadas que devem virar textos, assim que tiver tempo.</p><p>---</p><p>Essa cidade me deixa silencioso.</p><p>---</p><p>Daqui a duas semanas eu fa&ccedil;o 30 anos.</p><p>---</p><p>Meu ouvido melhorou, mas ainda apita o dia inteiro. Um chamado ao transe.</p> lifelog porto alegre Mon, 11 Aug 2008 23:16:48 +0000 felipefonseca 3222 at http://efeefe.no-ip.org Brasilizando http://efeefe.no-ip.org/blog/brasilizando <p>Ontem e hoje eu e minha c&uacute;mplice levamos duas caixas, uma com 20kg e outra com 26kg, na ag&ecirc;ncia dos correos. Tudo porque descobrimos, n&atilde;o sem alguma surpresa, que nossa passagem de volta pro Brasil s&oacute; permite levar UMA mala de 20kg cada um. Pra quem passou um ano (shhh, n&atilde;o conte pros agentes de alf&acirc;ndega aqui...) longe de casa, vintequilos &eacute; rid&iacute;culo. Da&iacute; que nos dispusemos hoje a levar os paquetes no correo. Dif&iacute;cil, debaixo do sol de Bar&ccedil;a logo antes da siesta. Mas enfim, mandamos, e j&aacute; t&ocirc; me sentindo mais leve.</p><p>Na real n&atilde;o, t&ocirc; me sentindo meio mal, por muito calor e pouco sono.</p><p>&Eacute;, eu ando com ins&ocirc;nia de novo.</p><p>&Eacute;, t&ocirc; voltando mesmo. Chego em sampa no feriado de 9 de julho (que segundo a tradi&ccedil;&atilde;o gaud&eacute;ria &eacute; &quot;quando a gente amarrou os cavalo no obelisco&quot;), fico alguns dias, depois deixo minhas coisas em Ubatuba e logo mais parto rumo al Sur. Devo passar um m&ecirc;s em Porto Alegre, uma cidade que nem conhe&ccedil;o mais (em outros termos, n&atilde;o sei mais onde beber).</p><p>&Eacute;, t&ocirc; trocando o auge do ver&atilde;o em Barcelona pelo inverno de Porto Alegre. Tamb&eacute;m acho. Mas &eacute; a vida, &eacute; bonita e &eacute; bonita.</p> barcelona lifelog porto alegre sampa trip Thu, 26 Jun 2008 21:02:14 +0000 felipefonseca 3205 at http://efeefe.no-ip.org Gauchismo http://efeefe.no-ip.org/blog/gauchismo Nessas últimas semanas um monte de gente me faz lembrar do Rio Grande do Sul. Por exemplo:<br /><br />* Um trecho de e-mail da <a href="http://elenara.com.br" rel="nofollow">lelex</a> pra uma lista na semana passada:<br /><blockquote> tem um folclore no fsm que as edições realizadas em poa sempre atingiram seus objetivos por ser o Rio Grande do Sul um estado brasileiro onde o mundo se encontra, vive, produz, enfim, coisas do imaginário social mundial, mas de certa forma impressiona, quem já foi a suiça qdo chega em gramado tem a sensação de estar nos alpes, não só pela paisagem como pela gastronomia, clima, hábitos, costumes, assim como tbém na serra pode-se sentir na italia, ou alemanha, enfim... em nossas fronteiras estão os povos árabes, descendentes do mesmo povo que está sendo reprimido e expulso de suas terras na faixa de gaza... por aí já dá prá perceber que o povo gaucho vive da diversidade... nada de bairrismo, constatação... mas, como disse Oiticica "no brasil há fios soltos de possibilidades: por que não explorá-los?"</blockquote> * Uma tuitagem seguida de post do <a href="http://luli.com.br/admin/2008/03/17/despeito-vs-defensividade/" rel="nofollow">Luli</a>.<br />* A mudança do <a href="http://eduf.net/" rel="nofollow">Eduf</a> pra Três Coroas.<br />* Um post do <a href="http://www.idelberavelar.com/archives/2008/03/em_porto_alegre.php" rel="nofollow">Idelber</a>.<br />* A volta à blogagem do <a href="http://qualquer.org/bugio/" rel="nofollow">Cardoso</a>.<br />* Há um pouco mais de tempo, o <a href="http://marceloestraviz.org/" rel="nofollow">Estraviz</a> foi pra tal conferência mundial de cidades em Porto Alegre e voltou elogiando os textos do <a href="http://augustodefranco.locaweb.com.br/" rel="nofollow">Augusto de Franco</a>.<br /> <br />Eu eu aqui pensando... o Luli falou em uma suposta maior civilidade gaúcha. Depende, tem várias perspectivas sobre isso. Porto Alegre é uma cidade pequena, com população relativamente estável - se não me falha a memória, o censo de 1980 indicava uma população de um milhão e pouco, e hoje em dia não passa de um milhão e meio (não acho que a população não cresça, mas tem esse fluxo constante de gaúchxs para o mundo). Gaúchxs têm (e cultivam) uma reputação de trabalhadorxs, competentes, aguerridxs, arrogantes e politizados. Também misto de fato e mito é a tal diversidade. Reza a lenda que uma das conseqüências da libertação de escravxs que lutaram na guerra dos farrapos, algumas décadas antes da abolição, é uma mais numerosa (mesmo que ainda pequena) classe média negra do que em outras capitais. Minha experiência confirma isso, mas de qualquer forma, minha amostragem pode ser viciada - eu cresci em escolas públicas em Porto Alegre. Outra história que li em algum lugar foi que o Rio Grande do Sul foi um dos pólos de desenvolvimento de religiões afro-brasileiras.<br /><br />Mas acho que não dá pra exagerar. Eu lembro de bastante preconceito com sotaques de fora, com gente do interior, com gente de outros bairros, com gente de outros times, com pessoas de outras orientações sexuais. Porto Alegre tem bastante de europa sim, inclusive essa mistura de preconceito com disciplina e auto-elogio - "gaúcho é trabalhador, carioca é malandro, baiano é vagabundo, catarinense é burro, paulista é consumista, paranaense é indeciso, mineiro é preguiçoso" e por aí vai. Isso me incomoda, e bastante. A tal civilidade também não resiste muito pra quem tenta caminhar pelo bom fim à noite (no começo da minha adolescência eu fui assaltado algumas vezes por ali). E, como diz um comentário em algum desses posts, gaúchxs são bons de debate, mas na hora de fazer... tem um ceticismo ferrenho, ou outras prioridades, ou algum tipo de sabotagem, que inviabilizam muita coisa.<br /><br />Na real, nem sei mais. Saí de lá ainda no milênio passado. Quero ver se passo um mês na província no segundo semestre, pra tentar entender de novo como anda aquela terra. Enquanto não rola, vou ouvindo o Vitor Ramil de novo.<br /> gauchismo porto alegre Sun, 16 Mar 2008 16:48:54 +0000 felipefonseca 3029 at http://efeefe.no-ip.org