efeefe - paralelo http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/417/0 pt-br Reader do Paralelo http://efeefe.no-ip.org/agregando/reader-do-paralelo <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Depois de insistir algumas vezes, chegou aqui há um par de semanas um envelope com duas cópias do reader do <a href="http://paralelo.wikidot.com/" rel="nofollow">Paralelo</a>. <a href="/desviantes/hernani-dimantas" rel="nofollow">Hernani</a> me falou que não recebeu. Nosso artigo <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/gambiarra-criatividade-tatica" rel="nofollow">Gambiarra e Criatividade Tática</a> foi publicado lá, mas não gostei muito da tradução (que tá <a href="http://wiki.bricolabs.net/index.php/Low_Tech#Gambiarra" rel="nofollow">aqui</a> e foi também publicada na ônzima edição da revista colombiana <a href="http://www.elniuton.com/" rel="nofollow">El Niuton</a>).<br /> Fiz algumas anotações de pé de página enquanto lia o reader. Agora de cabeça, lembro do artigo de <a href="http://karlabrunet.com/" rel="nofollow">Karla Brunet</a> e <a href="http://nomada.blogs.com/" rel="nofollow">Juan Freire</a>, que estão tocando o projeto <a href="http://ecoarte.info/narrativas/" rel="nofollow">Narrativas Digitais</a> (que tem bastante a ver com umas coisas que um dia quero fazer aqui em <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/UbaTuba" rel="nofollow">Ubatuba</a>).<br /> Outra hora comento mais sobre os textos e minhas anotações.</p> desvio mis paralelo sampa uk Fri, 23 Apr 2010 05:48:02 +0000 felipefonseca 7460 at http://efeefe.no-ip.org Reader do Paralelo http://efeefe.no-ip.org/agregando/reader-do-paralelo-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Depois de insistir algumas vezes, chegou aqui há um par de semanas um envelope com duas cópias do reader do <a href="http://paralelo.wikidot.com/" rel="nofollow">Paralelo</a>. <a href="/desviantes/hernani-dimantas" rel="nofollow">Hernani</a> me falou que não recebeu. Nosso artigo <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/gambiarra-criatividade-tatica" rel="nofollow">Gambiarra e Criatividade Tática</a> foi publicado lá, mas não gostei muito da tradução (que tá <a href="http://wiki.bricolabs.net/index.php/Low_Tech#Gambiarra" rel="nofollow">aqui</a> e foi também publicada na ônzima edição da revista colombiana <a href="http://www.elniuton.com/" rel="nofollow">El Niuton</a>).</p> <p>Fiz algumas anotações de pé de página enquanto lia o reader. Agora de cabeça, lembro do artigo de <a href="http://karlabrunet.com/" rel="nofollow">Karla Brunet</a> e <a href="http://nomada.blogs.com/" rel="nofollow">Juan Freire</a>, que estão tocando o projeto <a href="http://ecoarte.info/narrativas/" rel="nofollow">Narrativas Digitais</a> (que tem bastante a ver com umas coisas que um dia quero fazer aqui em <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/UbaTuba" rel="nofollow">Ubatuba</a>).</p> <p>Outra hora comento mais sobre os textos e minhas anotações.</p> desvio mis paralelo sampa uk Fri, 23 Apr 2010 05:48:02 +0000 felipefonseca 9528 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 3 - Sessões http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-3-sess%C3%B5es <p>Tentando concatenar minhas anota&ccedil;&otilde;es do <a href="http://paralelo.wikidot.com" rel="nofollow">Paralelo</a>. Tomei notas no caderno e no computador, ent&atilde;o pode ser que algumas coisas estejam fora da ordem. Outro risco que corro aqui &eacute; de escrever alguma besteira porque anotei porcamente, e esse post muitas vezes se trata de tentar interpretar o que rabisquei. Mas l&aacute; vai:</p> <p>Domingo, cheguei pro brunch, participei do sociograma-no-papel, mas precisei fazer uma reuni&atilde;o r&aacute;pida com <a href="http://comunix.org" rel="nofollow">Hernani</a> e <a href="http://vjpixel.net" rel="nofollow">pixel</a>, e acabei perdendo a sess&atilde;o de abertura. Entrei no meio do primeiro painel, Reflexive energies, acho que na apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.cicero.st/" rel="nofollow">C&iacute;cero Silva</a>, do <a href="http://www.softwarestudies.com.br/" rel="nofollow">software studies</a>, que parece t&atilde;o institucional que n&atilde;o me atraiu muito.</p> <p>Marcus Bastos trouxe a refer&ecirc;ncia do livro <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cradle_to_Cradle:_Remaking_the_Way_We_Make_Things" rel="nofollow">Cradle to Cradle: remaking the way we make tools</a> (McDonough e Braungart), que define o conceito de upcycle: usar material descartado para produzir novos produtos. A partir da&iacute;, tem uma pira&ccedil;&atilde;o de fazer produtos com pol&iacute;meros que depois podem servir de mat&eacute;ria-prima para outros produtos. Lembrei da pira de possibilidades das <a href="http://reprap.org/" rel="nofollow">reprap</a>: impressoras 3d de baixo custo que trabalhem com esse tipo de pol&iacute;mero, &quot;democratizando a fabrica&ccedil;&atilde;o de coisas&quot;. Segundo o Marcus, o pr&oacute;prio livro &eacute; feito com esse material. M&ecirc;s passado, o Ivo do <a href="http://www.waste.nl/" rel="nofollow">Waste.nl</a>, tinha mencionado esse livro em uma conversa que tivemos em um intervalo de <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wintercamp" rel="nofollow">wintercamp</a>. Vou atr&aacute;s do livro.</p> <p><a href="http://karlabrunet.com" rel="nofollow">Karla Brunet</a> falou sobre algumas redes brasileiras, e deu exemplos de trabalhos delas. Contou da <a href="http://submidialogia.descentro.org" rel="nofollow">submidialogia</a> e de como &eacute; organizada (ou n&atilde;o ;)).</p> <p>Laymert Garcia dos Santos tentou inverter a perspectiva da arte, a partir da especificidade do Brasil. Para ele, &eacute; necess&aacute;rio criar uma rela&ccedil;&atilde;o nova: n&atilde;o mais arte contempor&acirc;nea vs. arte &eacute;tnica. Para o mundo da arte euroamericana, &quot;os outros&quot; s&atilde;o arte &eacute;tnica, apesar de alguns desses outros se tratarem de culturas que n&atilde;o nasceram ontem. &Iacute;ndia e China s&atilde;o os exemplos &oacute;bvios, mas tamb&eacute;m a Am&eacute;rica do Sul e a &Aacute;frica tinham suas tradi&ccedil;&otilde;es culturais que foram sistematicamente exclu&iacute;das do circuito da arte.</p> <p>O Brasil &eacute; um ambiente privilegiado. Tem dimens&otilde;es continentais e uma grande diversidade de flora e fauna. &Eacute; um pa&iacute;s ocidental e tamb&eacute;m outro pa&iacute;s, com culturas que produzem tecnologias sofisticadas. Ele falou um pouco sobre xamanismo e uso de Ayahuasca como uma tecnologia de resolu&ccedil;&atilde;o audiovisual, desenvolvida por 3000 anos. Comentou que a tend&ecirc;ncia que a gente tem &eacute; achar que precisa matar esse tipo de cultura para enfim nos tornarmos contempor&acirc;neos.</p> <p>Laymert falou ainda sobre estabelecer outro tipo de articula&ccedil;&atilde;o com nossas culturas milenares. Explorar a alta tecnologia e a tecnologia dos xam&atilde;s para lidar com o futuro da Amaz&ocirc;nia.</p> <p>Mais tarde, no debate, Laymert falou sobre a &oacute;pera da Amaz&ocirc;nia, sendo desenvolvida em parceria com institui&ccedil;&otilde;es europ&eacute;ias. Rolou uma certa tens&atilde;o (oba, debate de verdade, finalmente!) com a Anal&iacute;via Cordeiro, que deu a entender que ele n&atilde;o tinha no&ccedil;&atilde;o do que estava falando, que estava se apropriando de culturas tradicionais para bancar seu pr&oacute;prio projetinho. O atrito pegou meio mal, dois gringos mais tarde vieram me perguntar se era normal esse tipo de &quot;apropria&ccedil;&atilde;o&quot; (no mau sentido). Argumentei que eu tinha excelentes refer&ecirc;ncias do Laymert, que acho que a inten&ccedil;&atilde;o dele n&atilde;o era s&oacute; se apropriar, mas trabalhar essa quest&atilde;o simb&oacute;lica da articula&ccedil;&atilde;o das culturas tradicionais com o mundo contempor&acirc;neo mesmo.</p> <p>De minha parte, peguei o microfone rapidamente pra tentar chamar a aten&ccedil;&atilde;o para o fato de que falar s&oacute; em Amaz&ocirc;nia &eacute; cair no mundo reducionista da propaganda. &Eacute; hip&oacute;crita quando a gente tenta contrapor o que ainda temos de Amaz&ocirc;nia &agrave; Europa, que &quot;j&aacute; desmatou tudo o que tinha&quot;, principalmente se se leva a s&eacute;rio a quest&atilde;o da Mata Atl&acirc;ntica brasileira, que tem quase o dobro de esp&eacute;cies vegetais de toda a Europa, mais de 500 esp&eacute;cies animais que s&oacute; existem aqui, e j&aacute; foi desmatada em mais de 93%! N&atilde;o podemos fazer de conta que temos qualquer coisa de mais ecol&oacute;gicos que o resto do mundo: s&oacute; chegamos mais tarde na festa (e j&aacute; destru&iacute;mos bastante nesses poucos s&eacute;culos).</p> <p>Mais tarde, come&ccedil;ou o painel de Case Studies, moderado por <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob la Frenais</a> que come&ccedil;ou falando do encontro ali como &quot;largura de banda humana&quot; (human bandwidth), imagem que eu gostei. Ele tamb&eacute;m trouxe o referencial de Donna Haraway - <a href="http://artscatalyst.typepad.com/the_arts_catalyst/2009/02/staying-with-the-trouble-donna-haraway-in-london.html" rel="nofollow">trigger data x black-box data</a> (dados &quot;de gatilho&quot; e dados &quot;caixa preta&quot;).</p> <p><a href="http://www.janeprophet.com/" rel="nofollow">Jane Prophet</a> falou sobre alguns de seus projetos (foderosos)&nbsp;como o <a href="http://www.janeprophet.com/cell.html" rel="nofollow">cell</a>, sobre desdobramentos de trabalhar com c&eacute;lulas-tronco (a ponto de chegar hip&oacute;teses &uacute;teis para a pr&oacute;pria ci&ecirc;ncia, como a quest&atilde;o se existem objetivamente c&eacute;lulas-tronco ou se s&oacute; existe comportamento de c&eacute;lulas-tronco) e contou bastante sobre o processo de colabora&ccedil;&atilde;o entre cientistas e artistas.</p> <p><a href="http://www.koert.com/" rel="nofollow">Koert van Mensvort</a>, da Holanda, apresentou o que ele chama de &quot;<a href="http://faq.nextnature.net/" rel="nofollow">Next Nature</a>&quot;: natureza e cultura se fundiram, n&atilde;o existe mais a separa&ccedil;&atilde;o clara que havia h&aacute; alguns anos entre as duas &aacute;reas. Falou sobre simula&ccedil;&atilde;o, sobre jogo de mem&oacute;ria <em>fake</em>. Olhando da perspectiva de um holand&ecirc;s, at&eacute; consigo ver sentido: achei bem bizarro o exemplo que ele deu, do governo holand&ecirc;s comprando pequenos peda&ccedil;os de terra de camponeses para regenerar a natureza que existia h&aacute; alguns s&eacute;culos (e se aquela ra&ccedil;a de vacas n&atilde;o existe mais, importam da Esc&oacute;cia uma esp&eacute;cie parecida). Mas claramente ele n&atilde;o tem no&ccedil;&atilde;o do tipo de natureza que a gente ainda tem. Um brasileiro falou: manda ele uma semana no mato e pergunta depois se natureza e cultura s&atilde;o a mesma coisa.</p> <p>Mais tarde, <a href="http://flaviavivacqua.wordpress.com/" rel="nofollow">Flavia Vivacqua</a> fez uma apresenta&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida sobre o <a href="http://www.corocoletivo.org" rel="nofollow">Coro Coletivo</a> e sobre o <a href="http://terrauna.org.br/" rel="nofollow">Intera&ccedil;&otilde;es Florestais</a>. Eu achei pouco tempo pras duas apresenta&ccedil;&otilde;es, mas j&aacute; foi um al&iacute;vio ver que tem mais gente querendo sair do mundinho falso da urbanidade moderninha e procurando alternativas reais. Fora que o mecanismo que eles encontraram, de ganhar um edital e depois redistribuir os recursos com uma chamada aberta, &eacute; um bom exemplo de como raquear a burocracia.</p> <p>Broda Al&ecirc; Freire fez uma boa apresenta&ccedil;&atilde;o que falou rapidamente de <a href="http://pub.descentro.org" rel="nofollow">DesCentro</a>, da op&ccedil;&atilde;o pela desurbanidade e contou o desenvolvimento (ainda em processo) do laborat&oacute;rio <a href="http://obra.100linhas.net/" rel="nofollow">100 linhas</a>. Ele falou da hist&oacute;ria l&aacute; do chefe &iacute;ndio de fazer as coisas pra s&eacute;tima gera&ccedil;&atilde;o, que fez todo mundo pensar.</p> <p>Ainda rolou a apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.show2008.rca.ac.uk/Default.aspx?ContentID=501743&amp;GroupID=501089&amp;Other%20items%20in%20Industrial%20Design%20Engineering" rel="nofollow">Rombout Frieling</a>, que falou principalmente de seu projeto de desenvolver uma alternativa &agrave;s escadas e elevadores:&nbsp;uma estrutura vertical bem interessante como experimento.</p> <p>Na segunda-feira, tive uma reuni&atilde;o pela manh&atilde; e s&oacute; cheguei no paralelo no come&ccedil;o da tarde. Aparentemente, j&aacute; tinha rolado uma organiza&ccedil;&atilde;o coletiva da programa&ccedil;&atilde;o do Open Space para os dias seguintes. Pessoal estava reclamando, mas n&atilde;o parei pra perguntar por qu&ecirc;. &Agrave; tarde, do lado de fora do MIS, sentados no ch&atilde;o, tivemos uma das conversas que eu achei mais interessantes do Paralelo: auto-organiza&ccedil;&atilde;o, gang power, identidade, auto-sabotagem ativa, limites e articula&ccedil;&atilde;o de redes, orkut, e por a&iacute; vai. Tapio, Flavia, Annette, Ivan, Roberta, James, Karla e outras pessoas estiveram bem ativas no papo. Acho (porque talvez tenha sido em outro momento) que cheguei a me repetir dizendo que no Brasil as redes est&atilde;o presentes em toda parte e funcionam tamb&eacute;m como recursos para o dia a dia, e tamb&eacute;m que essa natureza nos traz possibilidades mas tamb&eacute;m muita instabilidade. Devo tamb&eacute;m ter falado do profundo n&iacute;vel de apropria&ccedil;&atilde;o de tecnologias da informa&ccedil;&atilde;o dentro do crime organizado no Brasil: rola at&eacute; central telef&ocirc;nica e equipe de telemarketing. Na quarta, o Bambozzi tamb&eacute;m tocou nesse assunto em sua apresenta&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Mais para o fim da tarde, apresenta&ccedil;&otilde;es l&aacute; em cima. Potira Preiss falou sobre a <a href="http://gaiabrasil.net/" rel="nofollow">Gaia Education</a>. Contou um pouco da hist&oacute;ria, falou do projeto Geese, comentou sobre o curso na <a href="http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/umapaz" rel="nofollow">Umapaz</a> em Sampa, que tamb&eacute;m aborda um pouco da aplica&ccedil;&atilde;o urbana das id&eacute;ias de sustentabilidade, e sobre o curso que estava come&ccedil;ando em Porto Alegre.</p> <p>Ivan falou do <a href="http://gemaproject.blogspot.com/" rel="nofollow">projeto Gema</a>, de Niter&oacute;i, e sobre o laborat&oacute;rio m&oacute;vel experimental. Fiquei pensando bastante nas <a href="http://mimosa.metareciclagem.org" rel="nofollow">mimoSas</a> e em v&aacute;rias quest&otilde;es que eram importantes pra gente h&aacute; uns cinco anos.</p> <p>A sess&atilde;o da noite era sobre pesquisa e pr&aacute;tica transdisciplinares e estruturas de suporte, moderada por Bronac Ferran. Ela prop&ocirc;s a quest&atilde;o de como desenhar estruturas que ap&oacute;iem pr&aacute;tica, pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e pesquisa realmente interculturais.</p> <p>Annette contou um pouco da cena em Amsterdam. Falou sobre o <a href="http://www.virtueelplatform.nl/en/" rel="nofollow">Virtueel Platform</a>, uma institui&ccedil;&atilde;o independente que trabalha com &quot;eculture&quot; (que n&atilde;o &eacute; digitaliza&ccedil;&atilde;o, &eacute; cultura online) fundada em 1997. A VIrtueel Platform lobiava para os laborat&oacute;rios de m&iacute;dia. Em 2009 ele vira um instituto de setor. Comentou sobre o (un)common ground. Depois ainda contou um pouco sobre modelos de financiamento na Holanda: ciclos de financiamento de 4 anos, ligados ao minist&eacute;rio da Cultura, e arbitrados por comiss&otilde;es de experts independentes. Ela tamb&eacute;m falou sobre alguns projetos: <a href="http://www.killertv.nl/" rel="nofollow">killer.tv</a> e <a href="http://www.couscousglobal.com" rel="nofollow">couscous global</a>. Deu a dica&nbsp; da funda&ccedil;&atilde;o Mondriaan como possibilidade de financiar interc&acirc;mbios.</p> <p>Susan Amor fez uma apresenta&ccedil;&atilde;o meio sem brilho sobre o <a href="http://www.ahrc.ac.uk/" rel="nofollow">AHRC</a> - Arts and Humanities Research Council, organiza&ccedil;&atilde;o brit&acirc;nica que banca projetos de pesquisa. Falou sobre colabora&ccedil;&atilde;o internacional e comunidade acad&ecirc;mica. Quase dormi.</p> <p>O&nbsp;professor Jos&eacute; Geraldo veio para apresentar o caso do Vale do Sapuca&iacute;, que segundo ele &eacute; chamado de &quot;vale da eletr&ocirc;nica&quot;, e uma prova de que investimento em educa&ccedil;&atilde;o d&aacute; resultados. Eu n&atilde;o conhecia, gostei de saber. Ele quase chegou no ponto de falar sobre apropria&ccedil;&atilde;o simb&oacute;lica, e quase falou em inclus&atilde;o digital, mas o jarg&atilde;o dele &eacute; bem outro. No contexto do painel, entretando, n&atilde;o acrescentou muito.</p> <p>Eu n&atilde;o prestei muita aten&ccedil;&atilde;o &agrave; apresenta&ccedil;&atilde;o do Afonso Luz, mas do pouco que consegui apreender tive que concordar com os coment&aacute;rios de todo mundo: ele estava perdido ali, n&atilde;o tinha nenhum argumento pra apresentar. Falou sobre a cultura se bancar sozinha, mas patinou por algum tempo. No fim, rolou algum atrito da plat&eacute;ia, em especial quando <a href="http://www.lucasbambozzi.net/" rel="nofollow">Lucas Bambozzi</a> perguntou o que o Minc tem <em>contra</em> pesquisa. Ele respondeu dizendo que o trabalho do Lucas era importante, e citou tamb&eacute;m alguns videoartistas. N&atilde;o fez muito sentido. Me bateu rabiscar que &quot;pol&iacute;ticas p&uacute;blicas&quot; no Brasil s&atilde;o outra coisa:&nbsp;n&atilde;o um fluxo objetivo, mas um campo de possibilidades operando totalmente na l&oacute;gica de redes (com todas as suas conseq&uuml;&ecirc;ncias, para o bem e o mal).</p> <p>O professor <a href="http://www.leeds.ac.uk/paci/staff/staff_ctaylor.html" rel="nofollow">Calvin Taylor</a>, da Universidade de Leeds, fechou a noite, com alguns insights interessantes e uma dose maci&ccedil;a de jarg&atilde;o de ind&uacute;strias criativas. Disse, em outras palavras, que as redes est&atilde;o fora da vida cotidiana, mas usou bastante a ret&oacute;rica enredada. Falou sobre a crise, bancos falindo. Comentou sobre a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Let%C3%B3nia" rel="nofollow">Let&ocirc;nia</a> e a nova gera&ccedil;&atilde;o da Europa. Confian&ccedil;a social. Citou algu&eacute;m (n&atilde;o peguei quem):&nbsp;&quot;A arte n&atilde;o &eacute; sobre ela mesma. Ela &eacute; sobre todo o resto&quot;. Perguntou: financiamento? tecnologia (brinquedos para meninos)? internacionalismo? Retomou o papo de destrui&ccedil;&atilde;o criativa:&nbsp;n&atilde;o h&aacute; um retorno simples para o estado centralizado. Disse que as redes est&atilde;o ligadas ao pensamento ut&oacute;pico (o que etimologicamente at&eacute; faria sentido, mas acho que melhor ainda seria pensar em ext&oacute;pico, heterot&oacute;pico, ou talvez telet&oacute;pico, n&eacute;?). Disse que as redes, na verdade, baseiam-se no fechamento, exclus&atilde;o e restri&ccedil;&atilde;o. Que elas n&atilde;o codificam o conhecimento, porque s&atilde;o baseadas na confian&ccedil;a, n&atilde;o em accountability (n&atilde;o lembro como traduzir isso, talvez &quot;responsabiliza&ccedil;&atilde;o&quot;). Perguntou:&nbsp;como as redes podem se tornar accountable (&quot;responsabiliz&aacute;veis&quot;?)?</p> <p>Muitos coment&aacute;rios na plat&eacute;ia, alguns totalmente sem no&ccedil;&atilde;o. At&eacute; o microfone chegar &agrave; minha m&atilde;o, eu j&aacute; estava cansado e quase sem voz. Fui o &uacute;ltimo, todo mundo queria j&aacute; ir embora. Mas tentei dar uma cutucada no professor Taylor sobre a ret&oacute;rica das redes, usando um argumento parecido com o que eu usei no wintercamp: o mundo ocidental t&aacute; ferrado, n&atilde;o s&atilde;o as redes que v&atilde;o salvar. Por outro lado, a gente aqui n&atilde;o pode acreditar que vamos chegar a constituir uma sociedade ocidental nos moldes europeus (o que tamb&eacute;m esbarra na quest&atilde;o das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas pra cultura). J&aacute; perdemos essa &eacute;poca. O&nbsp;mundo mudou. Por isso mesmo, a id&eacute;ia de &quot;destrui&ccedil;&atilde;o criativa&quot; n&atilde;o chega a fazer sentido (na linha do j&aacute; batido argumento de que a Europa tem um grande problema que a gente n&atilde;o tem, a heran&ccedil;a do s&eacute;culo XX). Pensando bem, acho que isso &eacute; o que eu queria ter falado, mas na hora n&atilde;o consegui passar da metade disso. S&oacute; lembro que terminei falando que &quot;a gente tem que parar de pagar pau pra gringo&quot;, e n&atilde;o sei se traduziram. Ele respondeu algo sobre as redes e o dia a dia, mas ningu&eacute;m mais prestava aten&ccedil;&atilde;o, nem eu. Nas minhas anota&ccedil;&otilde;es, tamb&eacute;m achei outras coisas que queria falar mas perdi:&nbsp;no Brasil a gente aprende h&aacute; tempos a lidar com crise, a conviver com o diferente (lembrei de Ruiz e Balbino falando sobre o panculturalismo brasileiro, em oposi&ccedil;&atilde;o ao multiculturalismo restritivo da Europa), a cultivar grupos informais, a socializar a confian&ccedil;a por meio de redes.</p> <p>Na ter&ccedil;a, depois de uma longa sess&atilde;o de rede no <a href="http://weblab.tk" rel="nofollow">Weblab</a>, fui com pixel at&eacute; o CCSP, pegamos alguns deles e rumamos pro <a href="http://rede.metareciclagem.org/esporo/weblab-social" rel="nofollow">Weblab Social</a>, onde o Hernani j&aacute; nos aguardava (j&aacute; contei no <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-2-gringotur" rel="nofollow">outro post</a>). Mais tarde, tomamos o metr&ocirc; de volta, desci no CCSP pra pegar o carro que tinha ficado no estacionamento. Quase uma hora depois, cheguei no MIS. Sandu&iacute;che de metro e papos cansados.</p> <p>Logo depois, come&ccedil;ou a sess&atilde;o da noite: pesquisa n&ocirc;made e engajamento p&uacute;blico. Tapio abriu, colocando algumas cita&ccedil;&otilde;es interessantes. Falou sobre a nuvem verde no pixelache de 2008, uma maneira de invadir o espa&ccedil;o urbano e propor outras formas de intera&ccedil;&atilde;o com a arte. Falou sobre as ilhas do b&aacute;ltico, contou do M.A.R.I.N, media art reseach inderdisciplinary network, projeto que est&aacute; tocando de resid&ecirc;ncias art&iacute;sticas em um Catamar&atilde;. Pretende chegar com o barco na <a href="http://www.isea2009.org" rel="nofollow">ISEA de 2009</a>, em Belfast.</p> <p>Deixou uma quest&atilde;o para os participantes e plat&eacute;ia: &eacute; necess&aacute;rio ser cr&iacute;tico de encarar ecologia como uma met&aacute;fora para estrutura em rela&ccedil;&atilde;o a um ambiente vivo org&acirc;nico e amea&ccedil;ado do qual n&oacute;s fazemos parte?</p> <p>James Wallbank apresentou o <a href="http://access-space.org/" rel="nofollow">access space</a>, que tratou como um ferramental de re-avalia&ccedil;&atilde;o (em ingl&ecirc;s, tem uma jogada entre revaloriza&ccedil;&atilde;o e re-avalia&ccedil;&atilde;o que se perde na tradu&ccedil;&atilde;o). Mostrou algumas p&aacute;ginas do guia &quot;crie seu pr&oacute;prio laborat&oacute;rio de m&iacute;dia&quot; (que acho que a gente vai traduzir). Falou da <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, e deu a entender que eles na Inglaterra estavam atr&aacute;s da gente em algum sentido. Mais tarde, eu peguei o microfone e falei que temos ritmos diferentes: onde a gente tem din&acirc;mica, eles t&ecirc;m profundidade. Onde eles t&ecirc;m envolvimento ao longo do tempo, a gente tem velocidade.</p> <p><a href="http://www.wapke.nl" rel="nofollow">Wapke Feenstra</a> falou de seu projeto Milk, no interior da Holanda.</p> <p>Rejane Spitz, da PUC-RJ, falou sobre uma s&eacute;rie de projetos. Trouxe algum referencial cr&iacute;tico das ci&ecirc;ncias do Roger Malina (&quot;ci&ecirc;ncia &iacute;ntima para olho nu&quot;): comunidades para conduzir microci&ecirc;ncia, intimidade, ci&ecirc;ncia amadora, crowdsourcing. Falou do observat&oacute;rio livre. Comentou sobre o projeto <a href="http://www.nima.puc-rio.br/sobre_nima/projetos/pimar/index.php" rel="nofollow">Pimar</a>, de monitoria remota de fragmentos florestais (e eu pensei na mata atl&acirc;ntica de Ubatuba). Deu exemplos concretos de por que a ci&ecirc;ncia &agrave;s vezes &eacute; um atraso (coordenador de projeto falando em &quot;home page&quot;, dezuc&eacute;u).</p> <p>Perguntou ao p&uacute;blico: se artistas e designers s&atilde;o respons&aacute;veis por criar conscientiza&ccedil;&atilde;o, engajamento, e tamb&eacute;m por provocar uma resposta, ser&aacute; que essa n&atilde;o &eacute; uma responsabilidade grande demais?</p> <p>A apresenta&ccedil;&atilde;o de Dominic Price, Rachel Jacobs e Matt Atkins foi um pouco confusa (ou eu estava cansado demais, o que &eacute; certo). Falou sobre uma s&eacute;rie de projetos do <a href="http://www.mrl.nott.ac.uk/" rel="nofollow">MRL</a>, mixed reality lab, em Nottingham. Algumas anota&ccedil;&otilde;es que fiz:</p> <ul> <li>(hackers? cientistas? geeks?) frequentemente n&atilde;o t&ecirc;m um m&eacute;todo de falar com as pessoas.</li> <li>heartlands</li> <li>dark forest</li> <li>br163</li> </ul> <p><a href="http://www.forma.org.uk/artists/produced/mike-stubbs" rel="nofollow">Mike Stubbs</a>, do <a href="http://fact.co.uk/" rel="nofollow">Fact</a>, j&aacute; chegou com perguntas cruciais: o que significa ter um centro de artes no s&eacute;culo XXI, e como trazer arte arriscada para o dom&iacute;nio p&uacute;blico. Ele mostrou algumas coisas que tem feito no Fact (muito interessantes, na minha opini&atilde;o). Numa provoca&ccedil;&atilde;o ao &quot;ano da sustentabilidade&quot;, eles definiram o tema &quot;unsustainability 2009&quot;. Mostrou tamb&eacute;m algumas coisas que est&atilde;o dispon&iacute;veis no <a href="http://fact.tv/" rel="nofollow">Fact.tv</a>. De respeito.</p> <p>A noite encerrou com uma apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.myspace.com/vjspetto" rel="nofollow">vj spetto</a>, com alguma pretens&atilde;o e um ingl&ecirc;s macarr&ocirc;nico, mas que no fim das contas conseguiu causar o inc&ocirc;modo que ele queria propor, a ponto de precisar explicar no fim que era s&oacute; pra entretenimento. Falou/exibiu sobre europeus comemorando o global warming (ver&atilde;o mais quente), sobre a crise ajudar a espanha a se enquadrar no protocolo de kyoto (menos atividade industrial, menos polui&ccedil;&atilde;o), sobre tudo na vida ser um jogo, sobre tudo que a gente faz ser bullshit, e que tudo no futuro vai ficar pras baratas.</p> <p>Na quarta-feira, cheguei &agrave;s duas e pouco no CCSP para fazer uma apresenta&ccedil;&atilde;o sobre lixo eletr&ocirc;nico. N&atilde;o levei em conta o programa do evento, que dizia que era uma sess&atilde;o fechada - convidei aliadxs a aparecerem, e apareceu uma meia d&uacute;zia por l&aacute; - Lu, Varga, Van, Jean e meu xar&aacute; Andueza. Chorei um pouco mais de tempo (8 minutos com tradu&ccedil;&atilde;o intermitente &eacute; muito curto) mas n&atilde;o consegui chegar no fim do que tinha preparado. Mostrei um monte de fotos (vou disponibilizar o PDF em algum lugar, mas &eacute; um remix de material que j&aacute; est&aacute; l&aacute; no <a href="http://rede.metareciclagem.org/material/portfolio" rel="nofollow">portfolio da MetaReciclagem</a>), falei rapidamente sobre o <a href="http://lixoeletronico.org/blog/o-ciclo-do-lixo-eletr%C3%B4nico-vis%C3%A3o-geral" rel="nofollow">ciclo do lixo eletr&ocirc;nico</a>, da <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">metareciclagem</a>, da quest&atilde;o da sensibilidade de abrir caixas pretas e perder o medo da chave de fenda. N&atilde;o rolou debate, mas depois alguns papos foram bons.</p> <p>Na noite de quarta, todos os participantes fomos recebidos na casa do diretor regional do British Council para a Am&eacute;rica Latina. Alto de Pinheiros, cas&atilde;o, bebida na faixa e boca-livre. Mais conversas boas, inclusive com o dono da casa, que me perguntou &quot;o que a MS acha dessa hist&oacute;ria de software livre&quot; e teve paci&ecirc;ncia de me ouvir tagarelar por una 15 minutos quase sem respirar. Mais tarde ainda acompanhei alguns gringos que queriam conhecer o terra&ccedil;o do Unique. Puta ambiente estranho, mas ganhei um drinque de gra&ccedil;a, ent&atilde;o t&aacute; valendo.</p> <p>Quinta de manh&atilde; fui fazer meu tratamento de canal, n&atilde;o fui na sess&atilde;o de encerramento. Dizem que foi bem confraterniza&ccedil;&atilde;o e agradecimentos, ent&atilde;o acho que n&atilde;o perdi nada.</p> bricolabs metareciclagem paralelo sampa Thu, 09 Apr 2009 00:34:36 +0000 felipefonseca 4150 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 2 - gringotur http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-2-gringotur <p>Uma das conseq&uuml;&ecirc;ncias indiretas do <a href="http://paralelo.wikidot.com/" rel="nofollow">Paralelo</a> foi um pouco de gringotur. Muitos dos convidados estavam no Brasil pela primeira vez, e n&atilde;o queriam gastar um v&ocirc;o de longa dist&acirc;ncia s&oacute; para conhecer S&atilde;o Paulo e mais nada. Eu mesmo recebi ou levei algumas das pessoas para passear.</p> <p>Na semana antes do evento, vieram a Ubatuba <a href="http://www.translocal.net/tapio/" rel="nofollow">Tapio M&auml;kel&auml;</a>, um pesquisador finland&ecirc;s baseado em Manchester, e <a href="http://www.flickr.com/people/annettefromaustria/" rel="nofollow">Annette Wolfsberger</a>, austr&iacute;aca que trabalha no <a href="http://www.virtueelplatform.nl/en/" rel="nofollow">Virtueel Platform</a> em Amsterdam. Eu havia conhecido a Annette m&ecirc;s passado no <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wintercamp" rel="nofollow">Wintercamp</a>, e o Tapio no <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/futuresonic" rel="nofollow">Futuresonic de 2008</a>. Indiquei para eles o hotel-pousada <a href="http://www.hotelpousadadellamares.com.br/" rel="nofollow">Dellamares</a>, bem perto aqui de casa, no Perequ&ecirc;-A&ccedil;u. N&atilde;o &eacute; o visual mais fant&aacute;stico da costa, mas &eacute; de frente pra praia, e ainda n&atilde;o t&atilde;o longe do centro. Quem acorda cedo pode at&eacute; ver o sol nascer no mar, um espet&aacute;culo.</p> <p>Enquanto eles estavam por aqui, conversamos bastante enquanto rod&aacute;vamos - Centro, Puruba, <a href="http://tamar.org.br/" rel="nofollow">Tamar</a>, etc. Uma noite deixei-os para jantar no Papagalli e eles tiveram tratamento vip, com direito at&eacute; a carona pro hotel. Na noite seguinte, vieram nos visitar aqui em casa. Vinho no quintal, bons papos, muitas id&eacute;ias. Tapio est&aacute; come&ccedil;ando um projeto chamado M.A.R.I.N, que vai oferecer resid&ecirc;ncias art&iacute;sticas dentro de um catamar&atilde; no mar B&aacute;ltico. Nem comento a vontade de brincar com alguma coisa parecida aqui no litoral. J&aacute; a Annette deve se envolver em processos de interc&acirc;mbio cultural entre Brasil e Holanda, por conta do Virtueel Platform. A ver o que pode rolar nos futuros.</p> <p>J&aacute; na semana seguinte em sampa, enquanto rolava o Paralelo, combinei com <a href="http://comunix.org" rel="nofollow">Hernani</a> e pixel e reservei uma tarde - cheguei a avisar informalmente a organiza&ccedil;&atilde;o do Paralelo - para roubar algumas pessoas e lev&aacute;-las ao <a href="http://rede.metareciclagem.org/esporo/weblab-social" rel="nofollow">Weblab Social</a>. Infelizmente, n&atilde;o dava pra fazer um convite oficial, porque acho que muita gente gostaria de ir. Foram com a gente Annette e Tapio, al&eacute;m de Mike Stubbs do <a href="http://www.fact.co.uk/" rel="nofollow">Fact</a> de Liverpool, James Wallbank do <a href="http://access-space.org/" rel="nofollow">Access Space</a>, Bronac Ferran e Claudio Rivera-Seguel. Boas conversas por l&aacute;, falando de Brasil, <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, <a href="http://www.acessa.sp.gov.br/" rel="nofollow">Acessa S&atilde;o Paulo</a>, <a href="http://rede.acessasp.sp.gov.br/" rel="nofollow">Rede de Projetos</a>, <a href="http://lixoeletronico.org" rel="nofollow">Lixo Eletr&ocirc;nico</a>e outras coisas. HDHD deu bem a dimens&atilde;o da escala que as coisas podem tomar, falou de agenciamento de redes e de ir al&eacute;m da inclus&atilde;o digital. Comentei com um pessoal sobre traduzir o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/wiki/PrimeiraEdicao" rel="nofollow">mutir&atilde;o #1</a> pra ingl&ecirc;s. Se pans rola...</p> <p>Na sexta-feira, j&aacute; encerrado o Paralelo, ainda encontrei Annette e Bronac no Ibirapuera. Planos futuros, quest&otilde;es a resolver, id&eacute;ias soltas ao vento do fim da tarde. Annette tirou fotos excelentes de uma gar&ccedil;a, espero que ela publique logo.</p> <p>Essa semana, j&aacute; de volta a Ubatuba, recebi mais visitas: Rob La Frenais, do <a href="http://www.artscatalyst.org/" rel="nofollow">Arts Catalyst</a>, e Orlagh Woods, do <a href="http://proboscis.org.uk/" rel="nofollow">Proboscis</a>, vieram passar alguns dias longe do concreto. Eles j&aacute; estavam aqui tr&ecirc;s dias antes que eu chegasse, mas ainda conseguimos conversar um pouco. Por recomenda&ccedil;&atilde;o de Annette e Tapio, eles tamb&eacute;m ficaram no Dellamares. Ao que parece, gostaram bastante, tamb&eacute;m com tratamento especial - o propriet&aacute;rio chegou a lev&aacute;-los para passear no Promirim. Encontrei-os &agrave; tarde no quiosque na frente do hotel, e &agrave; noite sa&iacute;mos para algumas cervejas no F&eacute;lix. Mais conversas interessantes. Orlagh falou sobre usar ebooks para espalhar peda&ccedil;os de conhecimento de maneira r&aacute;pida, e eu fiquei curioso - tenho essa fixa&ccedil;&atilde;o de pensar em ebooks como uma coisa mais estruturada e lenta. Rob me passou dicas sobre um pesquisador que quer promover ado&ccedil;&atilde;o em massa de energia alternativa, me falou que na Fran&ccedil;a qualquer pessoa que use um gerador e&oacute;lico precisa alimentar de volta a rede de energia (n&atilde;o pode usar s&oacute; para necessidades pr&oacute;prias), e come&ccedil;amos uma conversa sobre ci&ecirc;ncia de garagem que pode virar alguma coisa.</p> <p>No dia seguinte, antes que eles seguissem para Parati (Rob espera visitar o <a href="http://www.rvheraclitus.org/" rel="nofollow">Heraclitus RV</a>, coisa que eu pretendo fazer nas pr&oacute;ximas semanas), tamb&eacute;m os recebi em casa. Falamos de bananas, plantar a pr&oacute;pria comida, m&uacute;sica e convivencialidade. Minha sogra articulou uma id&eacute;ia que eu nunca tinha parado pra pensar: a casa aqui funciona bem como espa&ccedil;o de grupo exatamente porque tem espa&ccedil;os privativos bem definidos: as pessoas podem escolher se querem socializar ou ficar sozinhas a cada instante. Acho que isso tamb&eacute;m ecoa em outros tipos de vida em comum, inclusive nas redes intern&eacute;ticas.</p> <p>No fim, dias de muita itiner&acirc;ncia, muitos di&aacute;logos. Fiquei feliz de estar morando entre Sampa e Uba. Tive vontade de fazer mais coisas aqui pelo litoral (mas o modelo ainda n&atilde;o apareceu). As visitas aqui, embora n&atilde;o estivessem diretamente ligadas ao Paralelo, tiveram resson&acirc;ncia com a proposta do evento - tecnologia e meio ambiente. Muito pra explorar nessa conex&atilde;o, pensando em tecnologias livres, metareciclagem e natureza. A gente ainda nem come&ccedil;ou.</p> <p>E&nbsp;ainda aproveitei a semana inteira pra convidar um monte de gente pro <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party" rel="nofollow">pr&oacute;ximo encontr&atilde;o de MetaReciclagem</a>.</p> bricolabs eventos gringotur itinerancias metareciclagem paralelo sampa ubatuba Wed, 08 Apr 2009 21:01:32 +0000 felipefonseca 4149 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 1 - prévia e entorno http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-1-pr%C3%A9-e-entorno <p>Conhe&ccedil;o Bronac Ferran desde 2006. Fomos apresentados em S&atilde;o Paulo, por indica&ccedil;&atilde;o de Paulo Hartmann depois do primeiro <a href="http://www.mobilefest.org/" rel="nofollow">Mobilefest</a>. Poucas semanas depois, junto com mais algumas pessoas, j&aacute; est&aacute;vamos rabiscando o que viria a ser o manifesto que juntou pessoas na rede <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a>. Desde ent&atilde;o, ela demonstrou bastante interesse no que est&aacute;vamos fazendo no Brasil, e tivemos a oportunidade de fazer algumas coisas juntos. Ela convidou a mim e <a href="http://jeanhabib.wordpress.com/" rel="nofollow">Jean Habib</a> para participar da sess&atilde;o <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/uncommon-ground" rel="nofollow">(un) common ground</a> no Picnic Network de Amsterdam em 2007, veio para a <a href="http://submidialogia3.descentro.org/" rel="nofollow">Submidialogia #3</a>, me chamou junto com <a href="http://pub.descentro.org" rel="nofollow">Ricardo Ruiz</a> para o <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/sistemas-de-aprendizado" rel="nofollow">Systems of Learning</a> no ano passado em Londres, e ainda levou <a href="http://tininhallanos.wordpress.com/" rel="nofollow">Jos&eacute; Balbino</a> e <a href="http://obra.100linhas.net/" rel="nofollow">Al&ecirc; Freire</a> para <a href="http://www.transmediale.de/en/brico-brunch-houses-happiness-ev" rel="nofollow">falar das Casas da Alegria</a> na Transmediale desse ano, em Berlim. No fim do ano passado, ela tamb&eacute;m me chamou para colaborar com id&eacute;ias e peda&ccedil;os de texto em um levantamento sobre novas m&iacute;dias no Brasil, encomendado pela Holanda. O levantamento foi lan&ccedil;ado h&aacute; algumas semanas por l&aacute;. Assim que me autorizarem, eu publico o PDF na rede.</p> <p>O movimento mais recente de Bronac com o Brasil foi a co-organiza&ccedil;&atilde;o do <a href="http://paralelo.wikidot.com/start" rel="nofollow">Paralelo</a>, uma confer&ecirc;ncia que aconteceu semana passada em S&atilde;o Paulo (MIS e CCSP). Cheguei a dar uma for&ccedil;a nas semanas anteriores, configurando um canal de IRC e ajudando a encontrar lugar (na casa do <a href="http://vjpixel.net/" rel="nofollow">pixel</a>, valeu erm&atilde;o) para hospedar um dos convidados - <a href="http://www.artek.cl/" rel="nofollow">Claudio Rivera-Seguel</a>, do Chile, que entre outras coisas articula a <a href="http://www.ceiarte.com.ar/?q=node/160" rel="nofollow">Redcatsur</a>.</p> <p>Confesso que at&eacute; o come&ccedil;o do evento eu n&atilde;o tinha entendido muito bem a proposta, que me parecia gen&eacute;rica demais: tecnologia &amp; meio ambiente - um ponto de encontro para artistas, designers e pesquisadorxs. Algumas pessoas j&aacute; me disseram que esperavam mais, que havia um potencial grande, mas que se existia uma agenda positiva, ela n&atilde;o foi explicitada. Tamb&eacute;m houve cr&iacute;ticas &agrave; estrutura do Paralelo - muito showcase de portfolio, e uma vis&atilde;o bastante estanque dos &quot;espa&ccedil;os abertos&quot;. Outra cr&iacute;tica que ouvi foi &agrave;s sess&otilde;es fechadas, que realmente n&atilde;o faziam sentido (na minha sess&atilde;o fechada, fiz quest&atilde;o de convidar algumas pessoas &quot;de fora&quot;). Mas no fim das contas acredito que o Paralelo foi bastante positivo, no m&iacute;nimo pelo simples fato de ter reunido pessoas de diversas partes do mundo que t&ecirc;m perspectivas e a&ccedil;&otilde;es interessantes. Fiquei feliz de poder conviver por alguns dias com pessoas que eu ainda n&atilde;o conhecia, e tamb&eacute;m de poder conhecer melhor outras pessoas.</p> <p>Nos pr&oacute;ximos posts vou publicar algumas das anota&ccedil;&otilde;es que fiz durante os 4 dias de evento, e outras id&eacute;ias que fui costurando enquanto digeria tudo aquilo.</p> bricolabs eventos metareciclagem paralelo sampa Wed, 08 Apr 2009 18:11:47 +0000 felipefonseca 4148 at http://efeefe.no-ip.org