efeefe - olpc http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/245/0 pt-br Esboços sobre o OLPC, mobilidade e rede de bolso http://efeefe.no-ip.org/blog/esbo%C3%A7os-sobre-o-olpc-mobilidade-e-rede-de-bolso <div>Como muita gente, tenho acompanhado com curiosidade especial e alguma desconfian&ccedil;a o desenvolvimento do projeto <a href="http://laptop.org/" rel="nofollow">OLPC</a> - um laptop por crian&ccedil;a, tamb&eacute;m conhecido como o &quot;laptop de cem d&oacute;lares&quot;. No Brasil a conversa sobre o projeto tem se concentrado em seu desdobramento pol&iacute;tico e o enrosco do processo de licita&ccedil;&atilde;o da vers&atilde;o brasileira - o projeto <a href="http://www.lec.ufrgs.br/index.php/Projeto_UCA_-_Um_Computador_por_Aluno" rel="nofollow">UCA</a>, um computador por aluno. Pra quem se interessar pelo andamento do processo em si, recomendo o blog <a href="http://olpcitizen.blogspot.com/" rel="nofollow">OLPCitizen</a>, que tem acompanhado tudo. Mas eu quero explorar um pouco a pot&ecirc;ncia da mistura entre educa&ccedil;&atilde;o, redes colaborativas e tecnologia. Se toda a movimenta&ccedil;&atilde;o do projeto for levada a s&eacute;rio e evitar-se o risco de cair em demagogia ou puro com&eacute;rcio, acho que existem alguns pontos bastante interessantes.<br /> Desde o in&iacute;cio do OLPC, o apoio expl&iacute;cito ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre" rel="nofollow">software livre</a>, o ide&aacute;rio <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Construtivismo_%28pedagogia%29" rel="nofollow">construtivista</a> e novos elementos como a facilidade em criar redes <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Redes_Mesh" rel="nofollow">mesh</a> colaboraram para qualificar o debate sobre tecnologia na educa&ccedil;&atilde;o, que at&eacute; ent&atilde;o era bastante focado em adestramento no uso de aplicativos de escrit&oacute;rio. O projeto, seu prot&oacute;tipo de laptop chamado <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/XO" rel="nofollow">X-O</a> e a interface <a href="http://wiki.laptop.org/go/Construindo_o_XO:_Introduzindo_Sugar" rel="nofollow">Sugar</a> j&aacute; foram v&aacute;rias vezes assunto na <a href="http://lista.metareciclagem.org/" rel="nofollow">lista metarec</a>, como <a href="http://www.interney.net/blogs/metapub/2007/04/30/metareciclagem_por_ai/" rel="nofollow">comentei no metapub</a> ano passado:<br /> <blockquote> <p>Hudson <a href="http://article.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/13519" rel="nofollow">avisou</a> que estava dispon&iacute;vel para download o LiveCD com o sistema que roda nos X-Os. Eu baixei e testei, por curiosidade. A interface &eacute; interessante, bem simples. Na minha m&aacute;quina d&aacute; umas travadas, mas isso &eacute; de se esperar. A <a href="http://midiatatica.org/" rel="nofollow">Tati</a>, com base na experi&ecirc;ncia que tem com escolas p&uacute;blicas no GESAC, <a href="http://article.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/13535" rel="nofollow">falou</a> que teme o que vai acontecer quando chegar nas escolas.</p> <p>Uma declara&ccedil;&atilde;o do presidente do CDI sobre o OLPC virou debate na lista tamb&eacute;m. Uir&aacute; compilou e <a href="http://poram.blogspot.com/2007/04/re-metareciclagem-baggio-fala-de.html" rel="nofollow">recomentou em seu blogue</a>:</p> <blockquote> <p>e eu vim aqui pra dizer que esse baggio vacilou de falar mal,<br /> e o que falou foi bla bla bla... educa&ccedil;&atilde;o, gest&atilde;o comunit&aacute;ria?<br /> claro. mas quem foi que disse que o olpc n&atilde;o preza por isso...<br /> vai <a href="http://laptop.org" rel="nofollow">ler</a> baggio...!</p> </blockquote></blockquote>Algum tempo depois, eu tive a oportunidade de brincar com um X-O no <a href="http://www.interney.net/blogs/metapub/2007/03/24/barcamp_sampa_paineis_do_primeiro_dia/" rel="nofollow">Barcamp-SP</a>, e na seq&uuml;&ecirc;ncia rolou uma conversa interessante.<br /> <blockquote>O X-O n&atilde;o &eacute; isso tudo, mas &eacute; bem interessante. Talvez o grande problema seja chamarem ele de laptop. N&atilde;o &eacute;. &Eacute; um pequeno dispositivo de comunica&ccedil;&atilde;o entre pessoas. Pode virar um apoio a processos colaborativos de aprendizado. Quest&atilde;o recorrente: existe uma metodologia de uso do X-O? Minha opini&atilde;o: n&atilde;o, e nem adiantaria muito. Talvez o movimento inverso: comunidade online de troca de planos e atividades entre professorxs de todo o Brasil. Dar visibilidade, promover troca com base em licen&ccedil;as livres, premiar as melhores id&eacute;ias. Dif&iacute;cil, de qualquer forma - se o professor n&atilde;o puder considerar aquilo como trabalho, n&atilde;o vai parar nas horas vagas pra preparar aulas. <a href="http://sergioflima.pro.br/wiki/pmwiki.php?n=Sitio.Principal" rel="nofollow">Sergio F. Lima</a> trouxe a imagem de &quot;sala dos professores&quot; online. Interessante. Orkut e MSN, redes sociais. Software livre. Usabilidade.<br /> </blockquote>Uns dias depois, <a href="http://www.interney.net/blogs/metapub/2007/04/30/na_lista_olpc_latinoamerica/" rel="nofollow">comentei</a> na lista OLPC-latinoamerica:<br /> <blockquote>O interessante &eacute; que ele n&atilde;o parece um computador. Talvez se parassem de cham&aacute;-lo de &quot;laptop&quot;, alguns problemas desaparecessem. Ele me pareceu um dispositivo em rede port&aacute;til, e pouco al&eacute;m disso. Para realizar tarefas simples e conectar &agrave; internet, ele &eacute; bem interessante. A interface &eacute; interessante, embora eu tenha achado os &iacute;cones um pouco herm&eacute;ticos. Ele &eacute; bem l&uacute;dico, com a c&acirc;mera e tudo o mais.</blockquote><big><small>Dalton Martins assistiu a uma apresenta&ccedil;&atilde;o sobre o OLPC durante o &uacute;ltimo <a href="http://fisl.softwarelivre.org/9.0/www/" rel="nofollow">F&oacute;rum Internacional de Software Livre</a>, em Porto Alegre, e trouxe algumas <a href="http://daltonmartins.blogspot.com/2008/04/fisl-90-dia-02-construindo-contexto.html" rel="nofollow">impress&otilde;es</a>:</small></big><br /> <blockquote> <ul> <li>o OLPC permitiu criar uma experi&ecirc;ncia de forma&ccedil;&atilde;o de contexto e apropria&ccedil;&atilde;o de tecnologia que potencializa a auto-estima e a percep&ccedil;&atilde;o de si mesmo por parte da mo&ccedil;ada que tava usando ele;</li> <li>o micro na aula mudou a din&acirc;mica da aula, havendo a forma&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria e o acompanhamento efetivo dos professores. N&atilde;o estou dizendo aqui que mudar a aula significa melhorar a aula, mas cria um campo de experimenta&ccedil;&atilde;o novo e que pode significar mudan&ccedil;as conceituais e pr&aacute;ticas bem interessantes;</li> <li>os idealizadores do campo de experimenta&ccedil;&atilde;o apresentam uma sacada muito interessante, que a gente j&aacute; vem pensando e atuando em paralelo, que &eacute; realocar o professor, de provedor de conte&uacute;do para orientador de projetos...</li> <li>outra camada interessante... o foco sai da met&aacute;fora do desktop e entra na l&oacute;gica da rede social.</li> </ul> Alguns pontos que sinto que podem ser muito melhorados e trabalhados:<br /> <ul> <li>falta um ambiente para que a rede social se expresse e permita pendurar conte&uacute;dos de forma a construir uma l&oacute;gica de remix e compartilhamento;</li> <li>&eacute; fundamental que esse ambiente siga a l&oacute;gica de emerg&ecirc;ncia de uma rede e n&atilde;o busque focar no conte&uacute;do...</li> </ul> </blockquote><big>Velha novidade vs. reaproveitamento</big><br /> O posicionamento da <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> traz um questionamento &oacute;bvio sobre esse tipo de projeto que se posiciona entre o messi&acirc;nico e o megal&ocirc;mano: se existe tanta tecnologia de informa&ccedil;&atilde;o sendo <a href="http://lixoeletronico.org" rel="nofollow">jogada no lixo</a>, qual a necessidade real de se produzir e comercializar tamanhas quantidades de novos equipamentos? Na mesma linha, o brit&acirc;nico <a href="http://www.lowtech.org/" rel="nofollow">James Wallbank</a> publicou o <a href="http://robvankranenburgs.wordpress.com/2007/10/11/james-wallbank-says-the-zero-dollar-laptop-manifesto/" rel="nofollow">Manifesto do Laptop de Zero D&oacute;lares</a> (em ingl&ecirc;s), sugerindo que existem grandes quantidades de laptops sendo descartados que poderiam ser utilizados:<br /> <blockquote>A atual especifica&ccedil;&atilde;o t&iacute;pica do laptop de zero d&oacute;lares no Reino Unido &eacute; cerca de 500mHz, com 256Mb de RAM, um disco r&iacute;gido de 10 Gb, placa de rede, CD-ROM, uma porta USB e tela capaz de exivir pelo menos 800x600 pixels em cores de 16 bits. Muitos laptops de zero d&oacute;lares t&ecirc;m especifica&ccedil;&otilde;es ainda melhores.<br /> </blockquote>O outro lado da moeda &eacute; que, com raras exce&ccedil;&otilde;es, equipamentos mais antigos n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o eficientes em termos energ&eacute;ticos, o que resulta em um consumo maior de eletricidade, que em &uacute;ltima inst&acirc;ncia colabora para os n&iacute;veis de aquecimento e polui&ccedil;&atilde;o globais. <br /> <big>A rede nas m&atilde;os</big><br /> Eu costumava defender mais radicalmente o reuso de tecnologia e ser totalmente contra a aquisi&ccedil;&atilde;o de novos equipamentos. Hoje j&aacute; acho que &eacute; necess&aacute;rio equilibrar as duas coisas, porque pode ser que estejamos &agrave; beira do aparecimento de um novo tipo de compreens&atilde;o do que &eacute; estar em rede. Aparelhos ultra-port&aacute;teis possibilitam uma grande agilidade em conectar-se, e com isso uma sensa&ccedil;&atilde;o de estar sempre ligado, de sempre ter acesso a qualquer informa&ccedil;&atilde;o e, em especial para n&oacute;s brasileirxs, nossa lista de contatos &agrave; m&atilde;o, que um laptop mais antigo, sem bateria nem placa wi-fi, torna invi&aacute;vel. A limita&ccedil;&atilde;o &agrave; autonomia &eacute; frustrante. Eu uso laptops usados desde 2004, e muitas vezes tive raiva quando chegava em algum evento e precisava ficar procurando a tomada ou algum ponto de rede dispon&iacute;vel. &Eacute; poss&iacute;vel comprar acess&oacute;rios para esses computadores mais antigos, como eu fiz com o Thinkpad que uso hoje. Mas se for somar os 174 euros que paguei no computador, os 30 euros da placa wi-fi, os 40 euros do disco e os 50 da bateria, eu acabo gastando quase o pre&ccedil;o de um subnotebook novo.<br /> Tamb&eacute;m contam o peso e a portabilidade: um aparelho menor que um caderno &eacute; outra classe de dispositivo. Eu usei por algum tempo um <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nokia_770" rel="nofollow">internet tablet 770</a> da nokia, que embora tivesse alguns problemas (foi a primeira vers&atilde;o), mudou radicalmente minha maneira de usar a rede. Um exemplo bobo mas representativo: eu podia assistir a um filme e consultar o <a href="http://imdb.com" rel="nofollow">IMDB</a> pra saber mais sobre o elenco, dire&ccedil;&atilde;o e outras informa&ccedil;&otilde;es sem precisar sair do sof&aacute;. A tela dele &eacute; bem reduzida, fazendo dele um dispositivo mais pra tarefas r&aacute;pidas, e digitar era meio chato. Depois do 770, a Nokia lan&ccedil;ou uma vers&atilde;o mais r&aacute;pida, o N800, e depois o <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nokia_N810" rel="nofollow">N810</a>, com teclado retr&aacute;til. Dizem que novas vers&otilde;es do N810 v&atilde;o vir com suporte a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/WiMAX" rel="nofollow">Wi-Max</a>, padr&atilde;o internet por r&aacute;dio de longo alcance.<br /> Outra quest&atilde;o a considerar &eacute; a internet em telefones celulares. Enquanto eu estava em S&atilde;o Paulo eu tinha um plano de dados pro celular, e descolei um aparelho que tinha rede EDGE, um pouco mais r&aacute;pida que o wap. Instalei um programa pra ler e-mails, e algumas vezes aconteceu de sair de casa para uma reuni&atilde;o sem lembrar de anotar o endere&ccedil;o, porque tinha a sensa&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o precisava. &Eacute; um comportamento no m&iacute;nimo question&aacute;vel - deixar informa&ccedil;&atilde;o importante em sistemas cuja privacidade eu n&atilde;o tenho como assegurar, depender da dura&ccedil;&atilde;o da bateria, ficar sujeito a chuvas e falta de cobertura - mas n&atilde;o d&aacute; pra negar que se trata de uma outra rela&ccedil;&atilde;o com a informa&ccedil;&atilde;o do que sentar em frente a um computador e &quot;entrar&quot; na rede. O caso aqui &eacute; de levar a rede comigo, pra onde quer que eu v&aacute;.<br /> Minha opini&atilde;o &eacute; que projetos que lidam com a dissemina&ccedil;&atilde;o de tecnologias de informa&ccedil;&atilde;o precisam dialogar com essas diferentes formas de entender e usar a rede, ou correm o risco de permanecer defasados e limitados a fornecer m&atilde;o de obra limitada para a sociedade da informa&ccedil;&atilde;o. No Brasil, mobilidade e dinamismo s&atilde;o pe&ccedil;as chave da sobreviv&ecirc;ncia cotidiana. Faz sentido incorporar essas caracter&iacute;sticas &agrave;s pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de infra-estrutura comunicacional. Escrevi um pouco mais sobre isso em um textinho chamado &quot;<a href="http://efeefe.no-ip.org/livro/daslu-e-o-camel%C3%B3dromo" rel="nofollow">A Daslu e o Camel&oacute;dromo</a>&quot;:<br /> <blockquote><span class="texto_materia">Um camel&ocirc; que tem acesso ao maravilhoso mundo da internet vai deixar de ser camel&ocirc; e virar <em>office-boy</em>, como deve fazer um inclu&iacute;do, certo?</span><br /> <span class="texto_materia"> Errado! Por que n&atilde;o pensar em como a tecnologia pode melhorar a vida do camel&ocirc;?</span><br /> </blockquote><big>A ind&uacute;stria se move</big><br /> A primeira vez que eu li sobre o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/ASUS_Eee_PC" rel="nofollow">Asus EEEPC</a>, achei que era outro caso de especula&ccedil;&atilde;o vazia, de uma empresa prometendo um produto improv&aacute;vel a pre&ccedil;o imposs&iacute;vel para chamar a aten&ccedil;&atilde;o de investidores ou algo assim. Eu j&aacute; tinha visto os mini-laptops da Asus, com pre&ccedil;os elevad&iacute;ssimos, e tinha ficado impressionado. Sempre achei um exagero aqueles laptops com tela de 17&quot;. Gosto de computadores compactos, como o <a href="http://www.ciao.co.uk/Fujitsu_Siemens_LifeBook_B2562__5374816" rel="nofollow">Fujitsu Lifebook</a> que usava em 2006.<br /> S&oacute; fui acreditar mesmo depois que os primeiros EEE come&ccedil;aram a sair e estouraram em vendas no oriente. Depois de ler os depoimentos positivos de pessoas cuja opini&atilde;o eu respeito muito, como <a href="http://jaromil.dyne.org/journal/eeepc.html" rel="nofollow">Jaromil</a> e <a href="http://www.enricozini.org//2007/eeepc.html" rel="nofollow">Enrico Zini</a>, as coisas pareceram realmente s&eacute;rias. Reza a <a href="http://www.notebooks-site.com/blog/a-historia-do-asus-eee/" rel="nofollow">lenda</a> que o projeto da Asus foi bastante inspirado pelo OLPC. Desde ent&atilde;o, fiquei pensando que possivelmente a maior contribui&ccedil;&atilde;o efetiva do projeto OLPC para o mundo foi indireta: mostrar que existe interesse e que &eacute; poss&iacute;vel fabricar computadores port&aacute;teis, com menos poder de processamento, rodando sistemas operacionais livres e com pre&ccedil;o reduzido. Em pouco tempo, a tend&ecirc;ncia pegou, e surgiram computadores semelhantes, at&eacute; no Brasil com o <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u399574.shtml" rel="nofollow">Positivo Mobo</a>, que na verdade <a href="http://www.infowester.com/blog/?p=653" rel="nofollow">&eacute; o mesmo</a> que o espanhol <a href="http://www.airis.es/Tienda/Default.aspx?idG=001&amp;idSG=001&amp;idGa=Port%C3%A1tiles&amp;filtro=3&amp;optfiltro=1" rel="nofollow">Airis Kira</a> e <a href="http://www.infowester.com/blog/?p=656" rel="nofollow">muitos outros</a>. Outros exemplos s&atilde;o o PC da <a href="http://www.theinquirer.net/gb/inquirer/news/2008/02/20/elonex-100-laptop-specs-leaked" rel="nofollow">Elonex</a> e o <a href="http://www.guiadohardware.net/noticias/2008-03/47E241AC.html" rel="nofollow">ECS G10IL</a>. At&eacute; a gigante HP est&aacute; preparando seu <a href="http://www.notebooks-site.com/blog/hp-2133-o-ultra-portatil-da-hp/" rel="nofollow">2133</a>, enquanto a Sony <a href="http://www.news.com/8301-10784_3-9879798-7.html" rel="nofollow">afirmou</a> que se o EEE der certo, &quot;estamos todos em apuros&quot;.<br /> <br /> <big>OLPC em apuros?</big><br /> O projeto OLPC levou a uma grande quantidade de debate, dentro e fora da rede. Por toda parte, se misturava um ceticismo que por vezes camuflava uma hipocrisia de quem tinha interesse econ&ocirc;mico no assunto com cr&iacute;ticas realmente relevantes. Duas dessas cr&iacute;ticas que eu endosso dizem respeito ao ritmo de cima para baixo que o projeto assumiu, e &agrave; &ecirc;nfase desequilibrada em software sem muita reflex&atilde;o sobre apropria&ccedil;&atilde;o e sobre a <a href="http://pub.descentro.org/dialogos_na_casinha_novaes_11_05_2007" rel="nofollow">variabilidade e indetermina&ccedil;&atilde;o</a> do hardware - falar em software sem hardware &eacute; perpetuar um tipo de aliena&ccedil;&atilde;o e de distanciamento da tecnologia. Mas na semana passada um post no <a href="http://arstechnica.com/news.ars/post/20080515-former-security-director-blasts-olpc-suggests-new-strategy.html" rel="nofollow">Ars Technica</a> jogou lenha na fogueira. Em resumo, Ivan Krstić, integrante do OLPC, saiu do projeto e deixou um post <a href="http://radian.org/notebook/sic-transit-gloria-laptopi" rel="nofollow">incendi&aacute;rio</a> no seu blog.<br /> Krstić conta um pouco sobre projetos passados de Nicholas Negroponte, que criaram grandes expectativas e falharam, como um projeto com computadores Apple II no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Senegal" rel="nofollow">Senegal</a>. Acusa tamb&eacute;m Negroponte de mentir sobre suas inten&ccedil;&otilde;es de portar o Sugar para Windows. Continua dizendo que saiu do projeto quando &quot;Nicholas me falou - e n&atilde;o s&oacute; para mim - que o aprendizado nunca tinha sido parte da miss&atilde;o. A miss&atilde;o era, em sua mente, sempre fazer sa&iacute;rem o maior n&uacute;mero poss&iacute;vel de laptops&quot;. O post no Ars Technica n&atilde;o questiona o resto dos argumentos, mas concorda (e acho que eu tamb&eacute;m) com a conclus&atilde;o final de Krstić:<br /> <blockquote>A depend&ecirc;ncia de escala para baixar os custos e a falta de habilidade para lidar com quest&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o s&atilde;o um sinal claro de que o projeto &eacute; melhor em criar do que em produzir. O OLPC ainda pode se fazer relevante, focando nessa vantagem em vez de tentar construir tudo. E eles podem deixar a montagem pra empresas de hardware como Asus e Intel que sabem fazer hardware.<br /> </blockquote>De qualquer forma, acho que por enquanto o processo todo tem sido bastante produtivo, mesmo que de maneira diversa daquela prevista pelos cabe&ccedil;as do projeto: rompendo barreiras psicol&oacute;gicas, e tamb&eacute;m promovendo experimenta&ccedil;&atilde;o efetiva onde antes s&oacute; havia conversa. Vou continuar acompanhando o assunto, e continuar achando que a computa&ccedil;&atilde;o m&oacute;vel e a internet sem fio trazem um monte de oportunidades para transforma&ccedil;&atilde;o social. Pra quem tamb&eacute;m se interessar, vou coletando os links <a href="http://metareciclagem.ourproject.org/link/bookmarks.php/felipefonseca/olpc" rel="nofollow">aqui</a>.</div> <p>&nbsp;</p> laptop metareciclagem mobile mobilidade olpc sem fio wireless Tue, 20 May 2008 13:40:07 +0000 felipefonseca 3141 at http://efeefe.no-ip.org Zero dollar laptop http://efeefe.no-ip.org/node/2828 <p> James Wallbanks, via <a href="http://robvankranenburgs.wordpress.com/2007/10/11/james-wallbank-says-the-zero-dollar-laptop-manifesto/" title="zero dollar laptop manifesto" rel="nofollow">Rob Kranenburg</a>: </p> <blockquote> <p> The zero dollar laptop is here! </p> <p> The zero dollar laptop is widely available to individuals in the developed world. It’s also available to businesses, governmental organisations and NGOs. It’s also available in the developing world. Distribution is ramping up. </p> <p> The zero dollar laptop comes in a variety of specifications. </p> <p> The current typical specification of the zero dollar laptop in the UK is around 500mHz, with 256mB RAM, a 10 gigabyte hard disk, a network card, a CD-ROM, a USB port and a screen capable of displaying at least 800×600 pixels in 16-bit colour. Many zero dollar laptops are better specified. (Its close cousin, the zero dollar desktop, typically runs at 1000mHz or faster.) </p> <p> &nbsp; </p> </blockquote> <p> &nbsp; </p> <p> &nbsp; </p> bricolabs metareciclagem olpc Fri, 12 Oct 2007 13:20:12 +0000 felipefonseca 2828 at http://efeefe.no-ip.org