efeefe - namidia http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/41/0 pt-br Tecnologia por quê, mesmo? http://efeefe.no-ip.org/agregando/tecnologia-por-que-mesmo <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <blockquote> <p>A edição 97 da revista <a href="http://arede.inf.br" rel="nofollow" rel="nofollow">A Rede</a> vem com um <a href="http://arede.inf.br/edicoes-anteriores/239-edicao-n-97-marco-abril-2014/6696-raitequi-tecnologia-por-que-mesmo" rel="nofollow" rel="nofollow">artigo meu</a> na seção raitéqui. Publico abaixo a versão original do artigo, um pouquinho mais extensa. A revista traz também uma <a href="http://arede.inf.br/edicoes-anteriores/239-edicao-n-97-marco-abril-2014/6687-capa-o-maravilhoso-e-preocupante-mundo-de-todas-as-coisas-plugadas" rel="nofollow" rel="nofollow">matéria sobre internet das coisas</a> com algumas citações a provocações que eu fiz em conversas com a Áurea.</p> </blockquote> <p align="LEFT">Como grande parte dos desenvolvimentos contemporâneos, as tecnologias da informação chegam em diferentes ritmos e disposições a grupos sociais diversos. Para alguns, parecem significar a libertação das amarras de uma sociedade pós-industrial cuja nova configuração é fragmentada e baseada nos fluxos em múltiplas direções. Estes privilegiados acreditam que, a partir do uso instrumental das novas tecnologias, podem chegar a criar espaços de liberdade e autonomia, ao mesmo tempo em que valorizam novas formas de sociabilidade e de criação do comum. Para eles, o horizonte é repleto de oportunidades inovadoras, com a promessa de mercados à espera de boas ideias e que ao mesmo tempo produzem conhecimento que é generosamente oferecido à sociedade. Para outros, a chamada era da informação não passa de um conjunto de expectativas relativamente nebulosas que usualmente são traduzidas somente no incremento de suas oportunidades de consumo (preferencialmente com um simultâneo aumento em sua capacidade de endividamento). Com frequência, nem isso acontece: a tecnologia costuma ser usada somente como instrumento de controle, monitoramento e contenção de desvios.</p> <p align="LEFT">O complexo que faz girar a internet comercial trata estes dois extremos da mesma forma: como combustível indiferenciado de uma máquina baseada na exploração do valor das relações sociais, inclusive as comunicações particulares que acreditamos serem privativas. Para essa articulação entre as corporações de TI, a indústria da publicidade e do entretenimento (que compõem uma só área integrada, não esqueçam) e, implicitamente, o setor militar e de "inteligência", qualquer uso das tecnologias que proponha transformações profundas na sociedade deve ser neutralizado o mais rapidamente possível.</p> <p align="LEFT">Esse contexto é cada vez mais evidente em uma época que já testemunhou manifestações de rua - em grande parte articuladas pela internet mas posteriormente instrumentalizadas pela mídia corporativa -; revelações de nomes como Julian Assange e Edward Snowden que sugerem a ampla utilização de redes sociais para informar instituições dedicadas à espionagem e controle de informação em nível internacional; além das incessantes tentativas de controlar as liberdades fundamentais à internet como instrumento de comunicação humana.</p> <p align="LEFT">No mês passado, um post de Anahuac de Paula Gil [http://www.anahuac.eu/?p=335] levantou uma discussão importante a respeito do possível esvaziamento do movimento software livre brasileiro. Ao longo da última década e meia, o país alcançou destaque internacional decorrente do apoio institucional ao software livre e à cultura livre. O tempo mostrou que grande parte desse apoio era mera retórica ou oportunismo midiático, mas a comunidade de usuários e desenvolvedores tinha de fato potencial, entre outros motivos por conta de sua articulação com movimentos sociais cuja referência básica não era o mercado. Entretanto, as diversas camadas de ferramentas que facilitam ao máximo os relacionamentos, a publicação na web e o empreendedorismo tecnológico têm como consequência a neutralização desse potencial. À medida em que menos pessoas dedicam-se a aprender e dar forma a novas ferramentas de comunicação, e ao mesmo tempo surgem oportunidades rápidas de prestar serviços a um mercado em crescimento, é supostamente natural que haja menos desenvolvimento de tecnologias realmente transformadoras. Quando alguns dos nossos maiores talentos dedicam seu tempo a preencher espaços do mercado comercial, a sociedade tem muito a perder.</p> <p align="LEFT">Tudo isso aponta para a necessidade de repensar as bases nas quais se situam os projetos e programas de inclusão digital. Historicamente, essas iniciativas partiam de um princípio de compensação. Ou seja, entendiam que as novas tecnologias de informação oferecem oportunidades de inclusão, principalmente por conta da articulação de novas habilidades de comunicação pessoal com um tipo de sociabilidade que poderia subverter hierarquias. Mas essas oportunidades chegavam à sociedade de maneira desequilibrada. Os projetos de inclusão digital propunham-se, então, a oferecer infraestrutura tecnológica àquelas camadas da população que não tinham acesso a tal infraestrutura por seus próprios meios, de maneira a equilibrar a equação. Essa é uma visão que no mínimo deve ser interpretada como conservadora, porque vê a sociedade como estável em torno de construções determinadas - o trabalho, a escola, a comunidade local, a família - e no topo destas construções o digital surgiria como simples aspecto adicional. Ou seja, as pessoas precisariam adaptar-se às novas possibilidades criadas pelas tecnologias para continuarem ocupando o mesmo papel na sociedade. Seriam, assim, mais vítimas do que atores da revolução digital. Entretanto, um dos maiores potenciais da comunicação digital reside justamente na capacidade de engendrar arranjos sociais que escapam a estas configurações conservadoras. Não se trata mais de garantir a manutenção de determinado papel social, e sim de criar novos e inovadores papeis.</p> <p align="LEFT">Quando surgiram os telecentros, uma de suas características mais relevantes não era o fato de oferecerem mero acesso a computadores ou à internet, mas fundamentalmente sua capacidade de atrair cidadãos a utilizarem novos formatos de espaços públicos. Não somente como transeuntes - aqueles que circulam por um lugar -, mas como membros da sociedade que ocupavam aqueles espaços. E ocupavam espaços cuja função ainda não estava totalmente determinada. Ao contrário de outros espaços públicos - a escola, a biblioteca, a repartição, a praça -, a função objetiva do telecentro não estava clara. Era espaço de formação para o mercado, mas também era espaço de sociabilidade, de formação geral, de experimentação e aprendizado sobre artes. E essa indeterminação pode ter sido justamente o que fomentou o alto nível de inovação que estes espaços possibilitaram ao longo da última década.</p> <p align="LEFT">O fato de que mais e mais iniciativas de inclusão digital tenham aberto mão dos espaços compartilhados em favor de uma lógica - consumista e individualista, a meu ver - do acesso doméstico à internet parece ser mais um indício negativo das tendências atuais. Somando-se ao alerta feito por Anahuac e à rendição quase total às redes sociais corporativas, o quadro é bastante obscuro. Como fazer para escapar a essas armadilhas?</p> <p align="LEFT">O telecentro precisa ser repensado. Já passou-se quase uma década e meia desde que eles se estabeleceram como modelo [Ver http://blog.redelabs.org/blog/para-que-serve-um-telecentro]. Hoje em dia, pensar em laboratórios experimentais comunitários enquanto espaços em branco, espaços nos quais novas formas de sociabilidade podem emergir e se desenvolver, parece ser o mínimo. Hacklabs e Makerspaces sugerem novos caminhos, nos quais a apropriação crítica de tecnologias torna-se mais importante do que o mero acesso à rede. O importante é perceber que, se queremos espaços que proponham transformação social efetiva, não podemos nos contentar com uma lógica de ocupação de vagas, de estatísticas de atendimento ou mesmo de mero empreendedorismo comercial. Precisamos pensar nos futuros que queremos criar, e dedicar nosso tempo a criá-los. Voltar a pensar na importância de insistir no livre, no aberto e na cultura ao mesmo tempo questionadora e acolhedora que envolve esses adjetivos.</p> <blockquote> <p align="LEFT">Felipe Fonseca é coordenador do núcleo Ubalab [http://ubalab.org]. Foi um dos fundadores da rede MetaReciclagem [http://rede.metareciclagem.org]. Vive em Ubatuba/SP, onde organiza o Tropixel [http://tropixel.ubalab.org] e leciona na Escola Técnica Municipal Tancredo de Almeida Neves. Acabou de terminar sua dissertação de mestrado pelo Labjor/Unicamp, focada nos laboratórios experimentais em rede.</p> </blockquote><a href="http://ubalab.org/blog/tecnologia-por-que-mesmo" title="Tecnologia por quê, mesmo? " lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">A edi&ccedil;&atilde;o 97 da revista A Rede vem com um artigo meu na se&ccedil;&atilde;o rait&eacute;qui. Publico abaixo a vers&atilde;o original do artigo, um pouquinho mais extensa. A revista traz tamb&eacute;m uma mat&eacute;ria sobre internet das coisas com algumas cita&ccedil;&otilde;es a provoca&ccedil;&otilde;es que eu fiz em conversas com a &Aacute;urea.Como grande parte dos desenvolvimentos contempor&acirc;neos, as tecnologias da informa&ccedil;&atilde;o chegam em diferentes ritmos e disposi&ccedil;&otilde;es a grupos sociais diversos. Para alguns, parecem significar a liberta&ccedil;&atilde;o das amarras de uma sociedade p&oacute;s-industrial cuja nova configura&ccedil;&atilde;o &eacute; fragmentada e baseada nos fluxos em m&uacute;ltiplas dire&ccedil;&otilde;es. Estes privilegiados acreditam que, a partir do uso instrumental das novas tecnologias, podem chegar a criar espa&ccedil;os de liberdade e autonomia, ao mesmo tempo em que valorizam novas formas de sociabilidade e de cria&ccedil;&atilde;o do comum. Para eles, o horizonte &eacute; repleto de oportunidades inovadoras, com a promessa de mercados &agrave; espera de boas ideias e que ao mesmo tempo produzem conhecimento que &eacute; generosamente oferecido &agrave; sociedade. Para outros, a chamada era da informa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o passa de um conjunto de expectativas relativamente nebulosas que usualmente s&atilde;o traduzidas somente no incremento de suas oportunidades de consumo (preferencialmente com um simult&acirc;neo aumento em sua capacidade de endividamento). Com frequ&ecirc;ncia, nem isso acontece: a tecnologia costuma ser usada somente como instrumento de controle, monitoramento e conten&ccedil;&atilde;o de desvios.O complexo que faz girar a internet comercial trata estes dois extremos da mesma forma: como combust&iacute;vel indiferenciado de uma m&aacute;quina baseada na explora&ccedil;&atilde;o do valor das rela&ccedil;&otilde;es sociais, inclusive as comunica&ccedil;&otilde;es particulares que acreditamos serem privativas. Para essa articula&ccedil;&atilde;o entre as corpora&ccedil;&otilde;es de TI, a ind&uacute;stria da publicidade e do entretenimento (que comp&otilde;em uma s&oacute; &aacute;rea integrada, n&atilde;o esque&ccedil;am) e, implicitamente, o setor militar e de &quot;intelig&ecirc;ncia&quot;, qualquer uso das tecnologias que proponha transforma&ccedil;&otilde;es profundas na sociedade deve ser neutralizado o mais rapidamente poss&iacute;vel.Esse contexto &eacute; cada vez mais evidente em uma &eacute;poca que j&aacute; testemunhou manifesta&ccedil;&otilde;es de rua - em grande parte articuladas pela internet mas posteriormente instrumentalizadas pela m&iacute;dia corporativa -; revela&ccedil;&otilde;es de nomes como Julian Assange e Edward Snowden que sugerem a ampla utiliza&ccedil;&atilde;o de redes sociais para informar institui&ccedil;&otilde;es dedicadas &agrave; espionagem e controle de informa&ccedil;&atilde;o em n&iacute;vel internacional; al&eacute;m das incessantes tentativas de controlar as liberdades fundamentais &agrave; internet como instrumento de comunica&ccedil;&atilde;o humana.No m&ecirc;s passado, um post de Anahuac de Paula Gil [http://www.anahuac.eu/?p=335] levantou uma discuss&atilde;o importante a respeito do poss&iacute;vel esvaziamento do movimento software livre brasileiro. Ao longo da &uacute;ltima d&eacute;cada e meia, o pa&iacute;s alcan&ccedil;ou destaque internacional decorrente do apoio institucional ao software livre e &agrave; cultura livre. O tempo mostrou que grande parte desse apoio era mera ret&oacute;rica ou oportunismo midi&aacute;tico, mas a comunidade de usu&aacute;rios e desenvolvedores tinha de fato potencial, entre outros motivos por conta de sua articula&ccedil;&atilde;o com movimentos sociais cuja refer&ecirc;ncia b&aacute;sica n&atilde;o era o mercado. Entretanto, as diversas camadas de ferramentas que facilitam ao m&aacute;ximo os relacionamentos, a publica&ccedil;&atilde;o na web e o empreendedorismo tecnol&oacute;gico t&ecirc;m como consequ&ecirc;ncia a neutraliza&ccedil;&atilde;o desse potencial. &Agrave; medida em que menos pessoas dedicam-se a aprender e dar forma a novas ferramentas de comunica&ccedil;&atilde;o, e ao mesmo tempo surgem oportunidades r&aacute;pidas de prestar servi&ccedil;os a um mercado em crescimento, &eacute; supostamente natural que haja menos desenvolvimento de tecnologias realmente transformadoras. Quando alguns dos nossos maiores talentos dedicam seu tempo a preencher espa&ccedil;os do mercado comercial, a sociedade tem muito a perder.Tudo isso aponta para a necessidade de repensar as bases nas quais se situam os projetos e programas de inclus&atilde;o digital. Historicamente, essas iniciativas partiam de um princ&iacute;pio de compensa&ccedil;&atilde;o. Ou seja, entendiam que as novas tecnologias de informa&ccedil;&atilde;o oferecem oportunidades de inclus&atilde;o, principalmente por conta da articula&ccedil;&atilde;o de novas habilidades de comunica&ccedil;&atilde;o pessoal com um tipo de sociabilidade que poderia subverter hierarquias. Mas essas oportunidades chegavam &agrave; sociedade de maneira desequilibrada. Os projetos de inclus&atilde;o digital propunham-se, ent&atilde;o, a oferecer infraestrutura tecnol&oacute;gica &agrave;quelas camadas da popula&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o tinham acesso a tal infraestrutura por seus pr&oacute;prios meios, de maneira a equilibrar a equa&ccedil;&atilde;o. Essa &eacute; uma vis&atilde;o que no m&iacute;nimo deve ser interpretada como conservadora, porque v&ecirc; a sociedade como est&aacute;vel em torno de constru&ccedil;&otilde;es determinadas - o trabalho, a escola, a comunidade local, a fam&iacute;lia - e no topo destas constru&ccedil;&otilde;es o digital surgiria como simples aspecto adicional. Ou seja, as pessoas precisariam adaptar-se &agrave;s novas possibilidades criadas pelas tecnologias para continuarem ocupando o mesmo papel na sociedade. Seriam, assim, mais v&iacute;timas do que atores da revolu&ccedil;&atilde;o digital. Entretanto, um dos maiores potenciais da comunica&ccedil;&atilde;o digital reside justamente na capacidade de engendrar arranjos sociais que escapam a estas configura&ccedil;&otilde;es conservadoras. N&atilde;o se trata mais de garantir a manuten&ccedil;&atilde;o de determinado papel social, e sim de criar novos e inovadores papeis.Quando surgiram os telecentros, uma de suas caracter&iacute;sticas mais relevantes n&atilde;o era o fato de oferecerem mero acesso a computadores ou &agrave; internet, mas fundamentalmente sua capacidade de atrair cidad&atilde;os a utilizarem novos formatos de espa&ccedil;os p&uacute;blicos. N&atilde;o somente como transeuntes - aqueles que circulam por um lugar -, mas como membros da sociedade que ocupavam aqueles espa&ccedil;os. E ocupavam espa&ccedil;os cuja fun&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o estava totalmente determinada. Ao contr&aacute;rio de outros espa&ccedil;os p&uacute;blicos - a escola, a biblioteca, a reparti&ccedil;&atilde;o, a pra&ccedil;a -, a fun&ccedil;&atilde;o objetiva do telecentro n&atilde;o estava clara. Era espa&ccedil;o de forma&ccedil;&atilde;o para o mercado, mas tamb&eacute;m era espa&ccedil;o de sociabilidade, de forma&ccedil;&atilde;o geral, de experimenta&ccedil;&atilde;o e aprendizado sobre artes. E essa indetermina&ccedil;&atilde;o pode ter sido justamente o que fomentou o alto n&iacute;vel de inova&ccedil;&atilde;o que estes espa&ccedil;os possibilitaram ao longo da &uacute;ltima d&eacute;cada.O fato de que mais e mais iniciativas de inclus&atilde;o digital tenham aberto m&atilde;o dos espa&ccedil;os compartilhados em favor de uma l&oacute;gica - consumista e individualista, a meu ver - do acesso dom&eacute;stico &agrave; internet parece ser mais um ind&iacute;cio negativo das tend&ecirc;ncias atuais. Somando-se ao alerta feito por Anahuac e &agrave; rendi&ccedil;&atilde;o quase total &agrave;s redes sociais corporativas, o quadro &eacute; bastante obscuro. Como fazer para escapar a essas armadilhas?O telecentro precisa ser repensado. J&aacute; passou-se quase uma d&eacute;cada e meia desde que eles se estabeleceram como modelo [Ver http://blog.redelabs.org/blog/para-que-serve-um-telecentro]. Hoje em dia, pensar em laborat&oacute;rios experimentais comunit&aacute;rios enquanto espa&ccedil;os em branco, espa&ccedil;os nos quais novas formas de sociabilidade podem emergir e se desenvolver, parece ser o m&iacute;nimo. Hacklabs e Makerspaces sugerem novos caminhos, nos quais a apropria&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica de tecnologias torna-se mais importante do que o mero acesso &agrave; rede. O importante &eacute; perceber que, se queremos espa&ccedil;os que proponham transforma&ccedil;&atilde;o social efetiva, n&atilde;o podemos nos contentar com uma l&oacute;gica de ocupa&ccedil;&atilde;o de vagas, de estat&iacute;sticas de atendimento ou mesmo de mero empreendedorismo comercial. Precisamos pensar nos futuros que queremos criar, e dedicar nosso tempo a cri&aacute;-los. Voltar a pensar na import&acirc;ncia de insistir no livre, no aberto e na cultura ao mesmo tempo questionadora e acolhedora que envolve esses adjetivos. Felipe Fonseca &eacute; coordenador do n&uacute;cleo Ubalab [http://ubalab.org]. Foi um dos fundadores da rede MetaReciclagem [http://rede.metareciclagem.org]. Vive em Ubatuba/SP, onde organiza o Tropixel [http://tropixel.ubalab.org] e leciona na Escola T&eacute;cnica Municipal Tancredo de Almeida Neves. Acabou de terminar sua disserta&ccedil;&atilde;o de mestrado pelo Labjor/Unicamp, focada nos laborat&oacute;rios experimentais em rede.</a> a rede artigos blogs feeds internet das coisas iot namidia projetos raitequi ubalab ubatuba Tue, 15 Apr 2014 01:03:26 +0000 felipefonseca 13213 at http://efeefe.no-ip.org Entrevista para revista A Rede http://efeefe.no-ip.org/agregando/entrevista-para-revista-a-rede <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><a href="http://twitter.com/#!/paticornils" rel="nofollow" rel="nofollow">Patrícia Cornils</a> esteve em Ubatuba no mês passado para me entrevistar para a revista <a href="http://www.arede.inf.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">A Rede</a>. O resultado está <a href="http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/182-edicao-no-72-agosto2011/4544-entrevista" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a>:</p> <blockquote> <img alt="" src="http://www.arede.inf.br/inclusao/images/72/entrevista.jpg" /><br /> <br /> Inovação em verde e amarelo<br /> <br /> Como aproximar o conceito de inovação tecnológica, associado a tecnologias proprietárias e comerciais, à produção colaborativa e livre da cultura digital?<br /> <br /> Patrícia Cornils <br /> <br /> ARede nº72 agosto de 2011 - Felipe Fonseca, o efeefe, participou de vários projetos de cultura digital e inclusão digital. Entre outros, é integrante-fundador da MetaReciclagem, uma rede auto organizada de pessoas que propõem a desconstrução da tecnologia e seu uso para a transformação social. Ele reflete há um bocado de tempo sobre as potencialidades e os rumos dessas iniciativas.<br /> <br /> Hoje, pesquisa como as redes digitais livres podem se apropriar da ideia de inovação. Sempre se debateu este tema no Brasil, porque nosso investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação é muito pequeno. Compramos tecnologias desenvolvidas em outros países. Em 2009, investimos somente cerca de 1,19% do Produto Interno Bruto em inovação, de acordo com dados do Ministério da Ciência e Tecnologia – o equivalente a US$ 24,9 bilhões. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse investimento foi, em 2008, de US$ 398,2 bilhões.<br /> <br /> Esse volume limitado de recursos é investido por governo e por empresas para gerar patentes, conhecimento proprietário, para exploração comercial. E os lugares onde se faz essa inovação, dentro desse modelo, são as empresas e universidades. Um espaço muito limitado, em um país onde a população tem uma tradição de empreendimento e inovação: fazem parte dos traços culturais presentes nas culturas brasileiras a ideia de gambiarra, a criatividade para resolver problemas do dia a dia, e o mutirão, uma maneira de se organizar para resolver esses problemas coletivamente.<br /> <br /> Como juntar esses dois mundos distantes um do outro? Pensando em um tipo de inovação com relevância social e educacional. Baseada em tecnologias livres, produção aberta e em rede, afirma Felipe. Em um livro lançado em maio de 2011, o Laboratórios do Pós-Digital, livre para ser baixado na rede, ele discute essa ideia com maior profundidade. Nesta entrevista, explica como sua pesquisa pode se encontrar com o trabalho realizado em telecentros e Pontos de Cultura, e com as pessoas que inventam maneiras de se apropriar de tecnologia no Brasil.</blockquote><p><a href="http://ubalab.org/blog/entrevista-para-revista-rede" target="_blank" rel="nofollow">leia mais</a></p> aliadxs blogs entrevista fablabs feeds hackerspaces hacklabs hardware livre MCT metareciclagem minc namidia projetos revista software livre ubalab ubatuba Thu, 18 Aug 2011 23:35:11 +0000 felipefonseca 11230 at http://efeefe.no-ip.org Entrevista http://efeefe.no-ip.org/blog/entrevista <p>Anteontem, passei algumas dezenas de minutos no telefone sendo entrevistado por Igor Prado para a <a href="http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc43/index.asp" rel="nofollow">Revista da Cultura</a>. Entre os assuntos da conversa: <a href="http://desvio.cc/tag/gambiologia" rel="nofollow">gambiologia</a>, <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, cyberpunk, hackerspaces e afins. Conversa de boa qualidade, serviu pra me recordar de algumas coisas nas quais n&atilde;o pensava havia algum tempo. Independente de como vai ficar a mat&eacute;ria, j&aacute; fica meu agradecimento ao jornalista.</p> gambiologia metareciclagem namidia Fri, 11 Feb 2011 09:56:58 +0000 felipefonseca 9987 at http://efeefe.no-ip.org Entrevista pra CBN http://efeefe.no-ip.org/agregando/entrevista-pra-cbn <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Depois da mesa sobre tecnologia e meio ambiente, uma rep&oacute;rter da CBN veio conversar. Ao contr&aacute;rio do colega dela d'O Globo, que <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/por-favor-ignorem-o-que-eu-n%C3%A3o-falei" rel="nofollow">escreveu um monte de m3rd4</a>, ela montou bem o lance.</p> <p> <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/26-01-09/Entrevista-pra-CBN" rel="nofollow"><br />leia mais</a></p><ul class="links"><li class="first last og_links"><a href="/conectaz/Campus-Party-2009" class="og_links" rel="nofollow">Campus Party 2009</a></li> </ul> campus party encontrão metareciclagem namidia Mon, 26 Jan 2009 16:30:46 +0000 felipefonseca 3951 at http://efeefe.no-ip.org Por favor, ignorem o que eu NÃO falei http://efeefe.no-ip.org/blog/por-favor-ignorem-o-que-eu-n%C3%A3o-falei <p>N&atilde;o canso de me impressionar com umas coisas. T&ocirc; cansado demais pra contar em detalhes, mas participei ontem de uma mesa sobre tecnologia e meio ambiente na campus party. Ao fim, veio um par de jornalistas: ela da CBN, ele d'O Globo. Na CBN, nem sei se rolou algo. Mas o artigo n'O Globo faz algumas proezas: ignora coisas que eu falei, inventa outras que eu n&atilde;o disse (incinerar???) e encher ling&uuml;i&ccedil;a pra n&atilde;o dizer nada.</p> <p>Mais um motivo pra deixar de ler jornal (se toda a coleta de informa&ccedil;&atilde;o &eacute; feita dessa forma, imagina quanta besteira tem em uma edi&ccedil;&atilde;o...)</p> metareciclagem namidia Sat, 24 Jan 2009 05:56:32 +0000 felipefonseca 3907 at http://efeefe.no-ip.org Imprensa... http://efeefe.no-ip.org/blog/imprensa <p>&Eacute; dif&iacute;cil identificar, mas <a href="http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=14618">essa mat&eacute;ria</a> do estad&atilde;o, que entre omiss&otilde;es e equ&iacute;vocos chega a me confundir com o <a href="http://direitoambientalbr.blogspot.com/">Felipe Andueza</a>, deve estar ligada &agrave;s respostas que mandei sexta para o jornalista l&aacute;. E olha que fui at&eacute; bonzinho:</p> <p><em><strong>Voc&ecirc; recebe muitas doa&ccedil;&otilde;es de aparelhos ou ainda &eacute; algo com pouca divulga&ccedil;&atilde;o?</strong></em></p> <p>A MetaReciclagem come&ccedil;ou h&aacute; seis anos. Passamos por v&aacute;rias fases de alta divulga&ccedil;&atilde;o e projetos estruturados, e v&aacute;rias fases de recolhimento e reflex&atilde;o. O &quot;ainda&quot; na tua pergunta me incomoda um pouco, como se o caminho natural das coisas fosse crescer. Dentro do &acirc;mbito da MetaReciclagem, a gente fez uma escolha ainda em 2003, de n&atilde;o transformar a rede em uma ONG, e com isso fizemos indiretamente a escolha de n&atilde;o precisar necessariamente crescer. Pelo contr&aacute;rio, a MetaReciclagem evolui como rede: novas atividades come&ccedil;am em alguns lugares, atividades se encerram em outros lugares. Dessa forma, a quantidade de doa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o &eacute; uma quest&atilde;o de muita relev&acirc;ncia: alguns projetos&nbsp; precisam de mais doa&ccedil;&otilde;es, outros de menos.</p> <p><em><strong>A procura por esse tipo de projeto tende a crescer?</strong></em></p> <p>Acredito que sim. O crescimento exponencial nas vendas de produtos eletro-eletr&ocirc;nicos levanta a quest&atilde;o do impacto ambiental de toda essa tecnologia. O que a MetaReciclagem prop&otilde;e j&aacute; h&aacute; alguns anos &eacute; apropria&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica dessas tecnologias, que resulta na dinamiza&ccedil;&atilde;o de potencial de transforma&ccedil;&atilde;o social a partir da extens&atilde;o da vida &uacute;til desses equipamentos. Mas existe uma dimens&atilde;o mais aprofundada: qualquer dispositivo eletr&ocirc;nico concentra, por ess&ecirc;ncia, um monte de conhecimento espec&iacute;fico. Desvelar e socializar esse conhecimento e, particularmente, aproveitar nesse processo a inventividade cotidiana presente nas culturas populares brasileiras, pode levar a n&iacute;veis de inova&ccedil;&atilde;o sem precedentes no uso e at&eacute; no prop&oacute;sito dessas tecnologias.</p> <p><em><strong>Quantos laborat&oacute;rios voc&ecirc; j&aacute; conseguiu montar?</strong></em></p> <p>Eu estive diretamente envolvido com a implementa&ccedil;&atilde;o de quatro esporos (laborat&oacute;rios auto-geridos) de MetaReciclagem, e tentei ajudar de alguma forma a implementa&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios outros.</p> <p><em><strong>Quantas institui&ccedil;&otilde;es (ou pessoas) voc&ecirc; j&aacute; conseguiu ajudar com seu projeto de metareciclagem?</strong></em></p> <p>Prefiro n&atilde;o p&ocirc;r as coisas nesses termos, por dois motivos: a MetaReciclagem prop&otilde;e uma descentraliza&ccedil;&atilde;o integrada - as pessoas &eacute; que ajudam a si mesmas e a suas institui&ccedil;&otilde;es. E por outro lado, n&atilde;o &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o particular minha: a MetaReciclagem &eacute; uma rede, que hoje &eacute; composta por mais de quinhentas pessoas. A rede, em si, est&aacute; entremeada em algumas dezenas de projetos do terceiro setor, de diferentes inst&acirc;ncias do poder p&uacute;blico e de grupos independentes. O alcance potencial disso &eacute; de alguns milhares de pessoas, mas &eacute; dif&iacute;cil precisar quantas.</p> <p><em><strong>Quando voc&ecirc; troca de pc procura dar que destino ao seu aparelho usado?</strong></em></p> <p>Eu evito a compuls&atilde;o de trocar de computador, e sempre que troco, acabo doando ou usando computadores em algum projeto de MetaReciclagem.</p> <p><em><strong>Quando voc&ecirc; compra um produto voc&ecirc; procura saber se a empresa faz algo parecido com seu projeto? </strong></em></p> <p>Existem empresas que investem em projetos de recondicionamento de computadores, mas ainda s&atilde;o poucas. Idealmente, todos os fabricantes de computadores deveriam apoiar esse tipo de projeto, mas muitos preferem ignorar o potencial social de seus equipamentos usados porque acreditam que isso diminui sua competitividade - ouvi falar de empresas que fabricam servidores corporativos que mandam destruir seus equipamentos usados para que eles n&atilde;o caiam no mercado paralelo.</p> <p><em><strong>Acha que a 'metareciclagem' precisa de mais divulga&ccedil;&atilde;o?</strong></em></p> <p>&quot;Mais&quot; divulga&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; t&atilde;o relevante: como uma rede, o processo de crescimento da MetaReciclagem &eacute; passo a passo, uma quest&atilde;o de compreens&atilde;o e apropria&ccedil;&atilde;o do discurso e de uma identidade coletiva. Se as coisas crescessem de maneira muito r&aacute;pida, essa quest&atilde;o qualitativa poderia ser comprometida.</p> <p><em><strong>Como voc&ecirc;s recuperam as m&aacute;quinas para que possam ser reutilizadas?</strong></em></p> <p>Quando a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; somente o recondicionamento - transformar computadores obsoletos em computadores utiliz&aacute;veis - existe um processo de triagem e teste de componentes, e a posterior montagem dessas m&aacute;quinas com as partes que funcionam.</p> <p>---</p> <p>Jornalismo. Sei.</p> metareciclagem namidia Mon, 22 Sep 2008 14:42:47 +0000 felipefonseca 3297 at http://efeefe.no-ip.org A Daslu e o Camelódromo http://efeefe.no-ip.org/textos/daslu-e-o-camelodromo <p><em>Esse artigo foi publicado na revista A Rede, em <a title="A Rede" href="http://www.arede.inf.br/index.php?option=com_content&amp;task=view&amp;id=366&amp;Itemid=99" rel="nofollow">novembro de 2005</a>.</em></p> <p class="western"><br /> <span class="texto_materia">Nos &uacute;ltimos anos, o Brasil se tornou refer&ecirc;ncia mundial em iniciativas que usam o <em>software </em>livre para combater a exclus&atilde;o digital. O modelo de telecentro foi adotado em esferas governamentais e do terceiro setor, e milh&otilde;es de pessoas tiveram a oportunidade de usar as tecnologias da informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o (TIC). Mas para qu&ecirc;? Muitos projetos de inclus&atilde;o digital tratam todo o universo de possibilidades sociais das TIC como mera quest&atilde;o de estar dentro ou fora. Podemos estar nos esquivando da parte mais interessante do debate: entender de que forma essas tecnologias podem ser adaptadas para melhorar a vida das pessoas.<br /> <br /> Um caminho &eacute; a perspectiva de apropria&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica. Enquanto as pessoas n&atilde;o tiverem consci&ecirc;ncia de que podem elas mesmas manipular a tecnologia, a transforma&ccedil;&atilde;o proporcionada por essas iniciativas ter&aacute; alcance limitado. Muitos telecentros funcionam como cibercaf&eacute;s gratuitos: ainda existe a dist&acirc;ncia entre o pessoal &quot;de dentro&quot; e o &quot;p&uacute;blico&quot;. A preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; que as comunidades tenham acesso &agrave; internet. Mas pouco se fala que as pessoas n&atilde;o precisam ser apenas usu&aacute;rias, e que podem ser co-autores. Se o que buscamos &eacute; transforma&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel, gerar autonomia &eacute; fundamental. Aprender a preencher um curr&iacute;culo em um editor do texto n&atilde;o traz vantagem a longo prazo para ningu&eacute;m. Al&eacute;m disso, &eacute; triste ver pessoas que aprendem a digitar, mas n&atilde;o t&ecirc;m nenhuma familiaridade com o ato de escrever. Sabem usar o <em>software</em>, at&eacute; que digitam r&aacute;pido, mas nada do que escrevem tem alma. Instigaram seu desejo de fazer parte do seleto clube dos usu&aacute;rios de computadores, mas n&atilde;o o seu desejo de express&atilde;o e de cria&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Muitos coordenadores de projetos esquecem que a comunicabilidade &eacute; um tra&ccedil;o marcante da cultura brasileira, com o papo de bar, a fofoca e a mania de dar <em>pitaco</em>. Ali&aacute;s, mesmo dentro dos telecentros, o papo de boteco continua: os brasileiros criaram fama ao usar servi&ccedil;os como o blogger, o fotolog ou o orkut. E eu j&aacute; ouvi coordenadores de projeto perguntando se havia como bloquear o acesso a esses <em>sites</em>. Querem que as pessoas usem a tecnologia para se comunicar, mas proibir o que elas fazem de melhor? Ah, certo: um usu&aacute;rio correto deve acessar um portal de not&iacute;cias para ver o resultado do jogo ou o que vai acontecer na novela, e depois preencher seu curr&iacute;culo. Um camel&ocirc; que tem acesso ao maravilhoso mundo da internet vai deixar de ser camel&ocirc; e virar <em>office-boy</em>, como deve fazer um inclu&iacute;do, certo?<br /> <br /> Errado! Por que n&atilde;o pensar em como a tecnologia pode melhorar a vida do camel&ocirc;? Por que todo mundo precisa querer ser uma Daslu, catedral, modelo excludente e baseado em pura competi&ccedil;&atilde;o? Por que esse pessoal tem tanta vergonha do camel&oacute;dromo da esquina, ao qual todo mundo vai? Ali&aacute;s, a met&aacute;fora de Eric Raymond, que op&otilde;e a catedral aos bazares para demonstrar o <em>software</em> livre, pode muito bem ser tropicalizada como &quot;a Daslu e o camel&oacute;dromo&quot;. A primeira &eacute; baseada na centraliza&ccedil;&atilde;o do poder, na competi&ccedil;&atilde;o e na inatingibilidade. O bazar vira camel&oacute;dromo, din&acirc;mico, org&acirc;nico, vivo e participativo. Como aproveitar as caracter&iacute;sticas culturais brasileiras para obter o m&aacute;ximo das tecnologias? O primeiro passo &eacute; buscar processos voltados &agrave;s din&acirc;micas de mutir&atilde;o, que existem em qualquer canto, do <em>puxadinho</em> &agrave; escola de samba. Uma proposta seria trocar todos os cursos de editor de texto por oficinas de weblogs. E estimular as pessoas a usarem a internet para promover a troca de conhecimentos, a&ccedil;&otilde;es colaborativas e a mobiliza&ccedil;&atilde;o coletiva.<br /> </span></p> <p><span class="texto_materia"> </span></p> artigos camelô camelódromo catedral e o bazar inclusão digital namidia puxadinho software livre Mon, 28 May 2007 03:12:46 +0000 felipefonseca 261 at http://efeefe.no-ip.org