efeefe - microcontos http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/256/0 pt-br Chave de fenda http://efeefe.no-ip.org/node/2897 Encontrei na rua uma chave de fenda. Tirei do bolso minha chave de fenda e abri a chave de fenda. Dentro dela encontrei outra chave de fenda. Peguei minha chave de fenda do chão e abri a chave de fenda. Dentro dela encontrei outra chave de fenda. microcontos Fri, 23 Nov 2007 21:46:46 +0000 felipefonseca 2897 at http://efeefe.no-ip.org Mujeres http://efeefe.no-ip.org/textos/mujeres <blockquote> Publicado originalmente no <a title="COL" href="http://qualquer.org/col/" rel="nofollow">COL</a> 146, em 14/03/2000. Na &eacute;poca eu lia bastante Rubem Fonseca. A ilustra&ccedil;&atilde;o &eacute; atual, feita pela <a title="Striemer no Flickr" href="http://flickr.com/photos/striemer" rel="nofollow">Cau</a>. </blockquote> <p><strong> MUJERES</strong><br /> <em> ---Izq---</em><br /> <a title="Ilustra&ccedil;&atilde;o - Carolina Striemer" href="http://flickr.com/photos/striemer" rel="nofollow"><img align="right" width="314" height="500" alt="Mujeres" src="http://farm3.static.flickr.com/2103/2047371780_3278347a36.jpg" /></a>Paula olha mais uma vez para sua m&atilde;e dentro do carro. Pisca o olho. V&ecirc; os l&aacute;bios dela proferindo um &quot;boa sorte&quot;. Vira-se e entra na porta girat&oacute;ria do banco. A porta tranca. Paula abre o z&iacute;per de cima da bolsa e mostra para o guarda as chaves, o celular, o estojo de maquiagem de metal. Como previsto, o guarda n&atilde;o pede para ela tirar as coisas. Lu&iacute;sa e M&aacute;rcia j&aacute; est&atilde;o dentro do banco, a primeira na fila do caixa, a outra atr&aacute;s do outro seguran&ccedil;a. &Eacute; quarta-feira, metade do m&ecirc;s, onze da manh&atilde;. N&atilde;o h&aacute; mais do que quatro clientes na ag&ecirc;ncia. S&oacute; um caixa funcionando, uma mocinha com jeito de delicada. Mais dois funcion&aacute;rios atr&aacute;s do balc&atilde;o. No lado oposto do banco, dois gerentes.</p> <p>Paula se posiciona ao lado do guarda da porta e abre o z&iacute;per do meio da bolsa. Coloca as duas m&atilde;os para dentro. M&aacute;rcia, no fundo da ag&ecirc;ncia, gira a pesada bolsa, que tem um tijolo dentro, e acerta a nuca do outro guarda. Quando o da porta percebe, j&aacute; tem duas pistolas apontadas para si, uma para o rosto e a outra para o saco. Lu&iacute;sa pega outra arma da bolsa de Paula e aponta para a mo&ccedil;a atr&aacute;s do caixa. O guarda tenta, lentamente, levar a m&atilde;o &agrave; cintura. Paula age r&aacute;pido. Tiro na cabe&ccedil;a. O guarda cai, Paula vira-se e joga uma das armas para M&aacute;rcia, que a pega no ar e dispara no outro guarda, que jazia desmaiado. Lu&iacute;sa tira da bolsa uma dessas sacolas de viagem, dobrada, e manda a caixa encher de dinheiro. A menina n&atilde;o se mexe. N&atilde;o pisca, talvez tenha parado de respirar. Lu&iacute;sa pula o balc&atilde;o e segura a caixa pelo pesco&ccedil;o, apontando a arma para sua cabe&ccedil;a. Grita para os funcion&aacute;rios encherem a sacola de dinheiro, notas altas. Eles ficam se olhando, parados. M&aacute;rcia atira no bra&ccedil;o de um deles. O outro diz que n&atilde;o pode fazer nada, s&oacute; o gerente pode abrir o cofre. Paula manda os gerentes se aproximarem. Eles relutam.</p> <p>M&aacute;rcia atira na perna de um deles, o careca baixinho. O outro gerente, acompanhado por Paula, vai at&eacute; o cofre e o abre. Sob ordem de Paula e consentimento do gerente, o funcion&aacute;rio enche a sacola com notas de cinq&uuml;enta e cem reais. Paula, M&aacute;rcia e Lu&iacute;sa despedem-se, agradecendo a coopera&ccedil;&atilde;o de todos. Antes de sa&iacute;rem, Paula volta e caminha na dire&ccedil;&atilde;o do gerente, que tem uma express&atilde;o apreensiva no rosto. Ele aguarda que ela se proxime. Paula leva a boca &agrave; orelha dele, d&aacute; uma leve mordida e sussurra: &quot;te espero em Floripa, amor&quot;.<br /> ---Izq</p> contos ficção historinhas microcontos Tue, 20 Nov 2007 01:18:51 +0000 felipefonseca 2874 at http://efeefe.no-ip.org