efeefe - londres http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/318/0 pt-br Rolê: geral http://efeefe.no-ip.org/blog/rol%C3%AA-geral <p>Organizando aqui os posts relacionados a esse &uacute;ltimo <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/rol%C3%AA" rel="nofollow">rol&ecirc;</a>:</p> <p>&nbsp;</p> <p> <meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="content-type" /> <a href="http://desvio.cc/blog/lift-10-documenta%C3%A7%C3%A3o-gr%C3%A1fica" rel="nofollow">Lift 10 - Documenta&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica</a></p> <ul> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/rol%C3%AA-parte-1-velhomundo-continental" rel="nofollow">Velhomundo continental</a></li> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">Futuro tudo</a></li> <li> <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">Duas conversas em Manchester</a></li> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/rol%C3%AA-parte-2-velhomundo-insular" rel="nofollow">Velhomundo insular</a></li> </ul> <p><strong>Atualizando:</strong> subi tamb&eacute;m alguns v&iacute;deos e fotos.</p> <p><em>V&iacute;deos</em></p> <ul> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=MyfeFhE5S4Q" rel="nofollow">Astronauta gambiol&oacute;gico</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=zI4GgIZu6gc" rel="nofollow">MODE:DEMO Sample</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=vK3zevj5THo" rel="nofollow">Make Workshop @ Lift 10</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=fSNPUzflR7s" rel="nofollow">Syncomasher @ Future Everything</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Owrzm7mhNhA" rel="nofollow">cu &nbsp;/ future everything</a></li> </ul> <p><a href="http://www.flickr.com/photos/felipefonseca/tags/trip/" rel="nofollow"><em>Imagens</em> com a tag &quot;trip&quot;</a> na minha conta do flickr</p> berlin dresden genebra karlsruhe londres manchester trip Fri, 28 May 2010 14:24:47 +0000 felipefonseca 7789 at http://efeefe.no-ip.org Rolê, parte 2 - velhomundo insular http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-2-velhomundo-insular <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Duas horinhas me levaram de Berlim à Inglaterra, em um vôo da easyjet. Comida não incluída, fila pra pegar os melhores lugares, pouco espaço entre os assentos que não reclinam. Mas o preço compensou. Desci em Liverpool, passei pela alfândega da maneira mais rápida e fácil das cinco vezes que entrei no Reino Unido. "Vou participar de um evento em Manchester, fico em tal hotel". A mocinha nem pediu pra ver o convite, reserva do hotel ou quanto dinheiro eu tinha. Carimbou e desejou uma boa estada. Eu já tinha comprado pela internet a passagem de ônibus até o centro de Manchester. Fui curtindo o sol estendido da primavera europeia - já eram mais de sete e meia, e ele ainda bem acima do horizonte. Sacando o sotaque totalmente diferente daquela parte da Inglaterra - meio rasgado, mas seco - uma musicalidade diferente, mas sem terminar direito as palavras.</p> <h2>Manchester, England, England. Across the Atlantic sea...</h2> <p>A caminho de Manchester, um monte de bairros com casinhas. A estabilidade - e o tédio - das zonas que criaram a própria ideia de classe média. A caminho de um dos epicentros da revolução industrial, onde Engels escreveu "A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra". Muito tijolinho vermelho, muito gramado verde e mais alguns campos amarelos de canola.<br /> <img alt="Vão central do Britannia" align="right" src="http://farm4.static.flickr.com/3367/4616694117_def74788cf_m_d.jpg" />No centro de Manchester, apesar de o sol ter brilhado boa parte do dia, a temperatura era de 11 graus - e mais tarde ainda cairia para 7.6 graus. O Britannia é um hotel grande, em um prédio antigo e com um quê de decadente - o aquecimento do quarto não funcionava, a TV oscilava entre colorida e PB, e a internet era um lixo. Mas eu fiquei em um quarto no penúltimo andar, de frente para o sol que se punha quase às nove da noite. E tinha banheira, e uma escadaria daquelas de filme. Saí para bater um rango, e percebi mais uma vez como a cidade é barata em relação a Londres - comi um Chicken Tikka Masala bem servido com um pint de Ale por cinco libras e pouco. Manchester é uma cidade universitária - muita gente jovem na rua, um monte de bares com som e gente de vários lugares do mundo. Eu estava a um quarteirão dos Piccadilly Gardens, no centro. Logo em frente descobri o <a href="http://kro.co.uk" rel="nofollow">KRO Bar</a>, com internet grátis e confiável, onde voltaria quase todo dia.<br /> <img alt="Contact Theatre" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4011/4616731155_9016cb902a_m_d.jpg" />No dia seguinte, fui visitar o arc Space (relato completo <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). Na saída, Vicky me apresentou na rua para Franco, um senhor italiano reputado como anarquista que alguns dias depois me mandou alguns DVDs selecionados. Encontrei uma lavanderia e dei umas voltas pela cidade, sem muito compromisso. Tentei até ir à abertura da exposição <a href="http://www.futureeverything.org/art/serendipitycity" rel="nofollow">Serendipity City</a>, mas eles encerraram exatamente no horário previsto (21hs). A pontualidade britânica funciona na entrada e na saída. De volta ao hotel, percebi que eles tinham resolvido a falha do aquecimento - trouxeram um aquecedor elétrico. Dormi melhor nessa noite. Pela manhã, fui para o Contact Theatre, nó principal do <a href="http://www.futureeverything.org/" rel="nofollow">Future Everything</a>, para uma conversa com Vicky Sinclair e Russel Clifton (que também relatei <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). O <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010 " rel="nofollow">GloNet</a> (evento enredado global) do Future Everything já estava rolando. Assisti a alguns pedaços, depois desci pra almoçar no café. À tarde rolou a sessão remota com São Paulo, que relatei com mais detalhes <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">aqui</a>.<br /> <img alt="Monitored Landscape No. 16" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4060/4617343880_4d2e6c81a5_m_d.jpg" />No fim da tarde, dei uma passada pela exposição <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu" rel="nofollow">CU</a> (:P), curada pela Contents may vary no Copperface Jacks, subsolo do The Palace Hotel. Algumas peças bem interessantes ali, talvez mais ainda pelo contraste com o cenário de pub. Gostei da <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/monitoredlandscape" rel="nofollow">Monitored Landscape No. 16</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/thinkingthroughmethod" rel="nofollow">Thinking Through Method (Cooper)</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/deathcallsthetune" rel="nofollow">Death Calls the Tune</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/imataperecordermaniac" rel="nofollow">I'm a Tape Recorder Maniac!</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/organisedsound" rel="nofollow">Organised Sound</a> e do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/resonantqueue" rel="nofollow">Resonant Queue</a>. Mais sobre a exposição, <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18094" rel="nofollow">aqui</a>. Não resisti e peguei na saída um bottom com o nome da exposição.<br /> Na sexta-feira pela manhã, cheguei no meio do painel "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cities_of_insurrection" rel="nofollow">cities of insurrection</a>", mas saí logo. Encontrei Stephen Kovats, organizador da <a href="http://transmediale.de" rel="nofollow">Transmediale</a> de Berlim, e meu amigo <a href="http://translocal.net" rel="nofollow">Tapio Makela</a> no café. Stephen me deu uma cópia impressa do livro <a href="http://en.flossmanuals.net/collaborativefutures/" rel="nofollow">collaborative futures</a>. Depois pulei para a sessão "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Doing_it_together" rel="nofollow">doing it together</a>", que começou justamente com <a href="http://www.mushon.com/" rel="nofollow">Mushon Zer-Aviv</a>, um dos autores do livro. Fiz algumas anotações durante o debate:<br /> <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2185" rel="nofollow">Mushon</a></p> Código e wikipedia têm fundamentos racionais. O design não. As pessoas costumam entender colaboração como "colocar as coisas online". Cultura livre é abrir, software livre é colaborar. <a href="http://www.shiftspace.org/" rel="nofollow">Shiftspace</a> Quando for possível, codificar e usar sistemas de controle de versão. Publicar os arquivos master. Por exemplo, usando o dropbox. <p>Codificando:</p> pesquisa enredada; linguagem extensível; documentar a linguagem. <p>A apresentação do Mushon está online: <a href="http://github.com/mushon/osd-presentation" rel="nofollow">http://github.com/mushon/osd-presentation</a><br /> Escalar a subjetividade não é uma questão nova. Sempre vai dar errado. Deixar a opção para forking.<br /> Falou mal de patentes, disse que temos que trabalhar mesmo para oferecer alternativas à apple.<br /> O debate continuou com <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2201" rel="nofollow">Alexandra Deschamps-Sonsino</a> (<a href="http://www.designswarm.com/" rel="nofollow">portfolio</a>), da <a href="http://tinkerlondon.com" rel="nofollow">Tinker London</a>. Depois descobri que ela tinha estado também na <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">Lift</a>, apresentando o projeto <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">Homesense</a>. Ela começou falando um pouco sobre as mudanças no design de produtos desde a época em que estava na faculdade. Mais anotações abaixo:</p> Hardware livre. O horizonte do design está mudando. Vídeo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=PeScmRwzQho" rel="nofollow">intro do arduino</a> estudantes, artistas, hackers, publicitários, pesquisa & desenvolvimento estão usando hardware livre Projetos interessantes com hardware livre: <a href="http://www.botanicalls.com/ " rel="nofollow">botanicalls</a>, <a href="http://kickbee.net/ " rel="nofollow">kickbee</a>, <a href="http://todbot.com/blog/2006/10/23/diy-ambient-orb-with-arduino-update/ " rel="nofollow">ambient orb</a>, <a href="http://www.mcqn.com/bubblino" rel="nofollow">bubblino</a> <a href="http://joindiaspora.com/project.html" rel="nofollow">Diaspora</a>. <p>Projeto dela: <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">homesense</a>. Inovação dentro de casa - criar novos produtos. Desenvolvido em parceria com uma <a href="http://www.edf.fr/the-edf-offers/edf-fr-home-200420.html#Home" rel="nofollow">grande empresa de energia</a>.<br /> Iphones e afins têm sucesso por que são desejáveis. se começarmos a criar produtos e serviços desejáveis, isso pode mudar.<br /> Questões<br /> Mushon: as pessoas querem ser dominadas. anarquismo é inspirador, mas complicado.<br /> Em seguida, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Alison Powell</a> falou sobre o papel da mídia e dos cafés na criação de uma esfera pública ao longo dos últimos séculos, e questionou sobre como isso se articula com as redes hoje em dia. Eu precisei responder alguns emails importantes e acabei perdendo boa parte da apresentação dela, infelizmente.<br /> Durante o debate, um camarada sentado ao meu lado me ajudou a conectar a fonte do meu laptop. Depois ainda conversamos um pouco sobre nossos computadores (ele tinha um EEE 701). Só depois que o debate acabou foi que nos descobrimos: ele era <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Brian Degger</a>, que conversou comigo pela lista <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a> avisando que estaria no Future Everything. Brian está envolvido com alguns projetos muito interessantes de ciência de garagem, e vai participar do <a href="http://medialab-prado.es/article/interactivos_ciencia_de_barrio" rel="nofollow">Interactivos?</a> em Madrid daqui a duas semanas. <br /> No horário do almoço, saí para dar outra volta pela cidade. Voltei mais tarde para o painel <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Ludic_interfaces" rel="nofollow">Interfaces Lúdicas</a>. Cheguei a tempo de pegar a apresentação do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2257" rel="nofollow">Tapio</a>:</p> Ben Schneidermann - designing the human interface ideias de interface costumavam ser muito baseadas nas telas. tapio levanta a questão sobre as interfaces no mundo real. as modalidades lúdicas mudam com novas tecnologias. videoativismo nos anos sessenta. media van. ant farm collective. yes men - lúdico, mas como descrever o aspecto da interface? locative media. blast theory / proboscis. play pode se mudar da tela para vizinhanças orientadas a objetos. o papel da ambiguidade no design. coisas lúdicas têm a ver com ambiguidade e não-intencionalidade. feral robots. <a href="http://hehe.org2.free.fr/?language=fr" rel="nofollow">Nuage Vert</a> <a href="http://socialtapestries.net/snout/" rel="nofollow">Snout</a> <a href="http://www.gpsdrawing.com/" rel="nofollow">Performance lúdica e absurda com tecnologia</a> <p>Depois dele, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2310" rel="nofollow">Margarete Jahrmann</a> falou sobre a <a href="http://www.ludic-society.net/" rel="nofollow">Ludic Society</a><br /> Depois ainda dei um pulo no debate sobre <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/New_creactivity" rel="nofollow">Nova Criatividade</a>, onde falava a incrível <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2203" rel="nofollow">Anab Jain</a>, do <a href="http://www.superflux.in/" rel="nofollow">Superflux</a>. Para ela, "Através de conflitos e tensões, boas coisas podem emergir".<br /> Olhando pra trás, mais algumas notas sobre o Future Everything:</p> os temas do festival e da conferência acertaram em cheio algumas questões muito presentes: eventos distribuídos, open data, urbanismo experimental, serendipidade, conectividade ilimitada, prototipagem e fablabs. Nesse sentido, continua sendo um evento que me faz aprender bastante. Eu tenho a sensação de que ele não perde muito tempo dourando a pílula, tentando criar um clima de abstração conceitual em cima - e nesse sentido é um evento bastante tático, contrastando com vários outros onde a abstração chega àqueles níveis em que uma bula é necessária para decodificar qualquer coisa. Vão os meus parabéns para o Drew Hemment e sua equipe. a revista digital dialogue fez uma <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18093" rel="nofollow">edição especial</a> sobre o festival. Gostei da ideia. Quem sabe a gente não faz o mesmo com o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">Mutirão</a> algum dia. como já comentei em <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">outro post</a>, eu fiquei bastante tempo brincando com o <a href="http://createdigitalmusic.com/2009/06/22/maker-faire-music-moldover%E2%80%99s-syncomasher-live-electronica-controllerism-for-everyone/" rel="nofollow">syncomasher</a> do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2135" rel="nofollow">Moldover</a>. A Glonet funcionou muito bem. Palmas para o <a href="http://www.distancelab.org/" rel="nofollow">Distance Lab</a>. Eu não cheguei a testar as <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010/talkingboxes" rel="nofollow">Talking Boxes</a> deles, mas vi gente usando e achei bem interessante. Eu tinha que ir pra Londres para encontrar uma galera no sábado, então acabei perdendo o <a href="http://www.futureeverything.org/art/playeverything" rel="nofollow">Play everything</a>... uma pena, mas fica pra próxima. <h2>Londinium</h2> <p>Sabadão, em duas horinhas de trem, cheguei a Londres. Trem com poltrona confortável, mesa e até - se eu quisesse pagar seis libras para uma hora - conexão wi-fi à internet. Fui direto para Walthamstow, deixar as coisas na casa dxs amigxs que me hospedariam. Walthamstow é um bairro meio afastado, no leste de Londres - E17, pra quem conhece o zoneamento por lá. Um bairro interessante, cheio de imigrantes de toda parte. O bairro também tem o Walthamstow Market - o mercado mais extenso da Europa, com nem me lembro quantos quilômetros. Logo no comecinho do mercado, uma cena divertida - um astronauta/ET <a href="http://gambiologia.net" rel="nofollow">gambiólogo</a>, cheio de dispositivos eletrônicos, fazia música. Era quase uma gatorra vestível! Vou subir o vídeo no youtube nos próximos dias, depois incorporo aqui embaixo.<br /> <img alt="Astronauta gambiológico" src="http://farm5.static.flickr.com/4007/4617367182_aee656f786_d.jpg" /><br /> No domingo, almocei em Brick Lane com o pessoal e <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">Rob van Kranenburg</a>. Ele me perguntou "o que a gente precisa fazer agora?" em relação à rede Bricolabs <a href="http://bricolabs.net" title="http://bricolabs.net" rel="nofollow">http://bricolabs.net</a>. Eu respondi "nada. vamos deixar as coisas aparecerem". Acho que ele concordou. Mais tarde, tive uma reunião interessante articulada pela Vicky, com o Peter Forrest do <a href="http://tgl.tv/" rel="nofollow">TGL</a> e uma pessoa que queria saber mais sobre o Brasil para aconselhar um possível projeto de sustentabilidade e cidades. Participaram também da reunião os diretores do <a href="http://www.globalactionplan.com/" rel="nofollow">Global Action Plan</a> e da <a href="http://www.uia.be/" rel="nofollow">UIA</a> - e o assistente deles, que é brasileiro.<br /> Na segunda-feira pela manhã, estive no <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">London Media Lab</a>, comandado por Patrick Humphreys. Ele havia convidado integrantes da Bricolabs que estavam em Londres para uma conversa. Além de mim, estavam Vicky Sinclair, a italiana Francesca Bria, Rob van Kranenburg e o próprio Patrick. Conversamos por algumas horas - gravei tudo e vou publicar trechos interessantes assim que tiver tempo.<br /> No dia seguinte, passei rapidamente pelo espaço que está expondo obras de <a href="http://zoebenbow.co.uk/" rel="nofollow">Zoe Benbow</a>, companheira de <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob La Frenais</a> - que infelizmente não pode estar presente, porque sua mãe estava enferma. <a href="http://www.boundaryobject.org/" rel="nofollow">Bronac Ferran</a> também estava por lá, e fomos para um pub conversar sobre o Brasil, a China, microestruturas e outras coisas.<br /> Fiquei mais um dia e meio em Londres, fazendo um pouco de turismo e passeando com a família. Fui mais uma vez ao sebo logo na entrada de Notting Hill onde já fui algumas vezes. Lembrei muito do meu irmão de vida <a href="http://twitter.com/dpadua" rel="nofollow">Dpadua</a>. Acho que foi ele que me fez perceber um segundo antes de ir embora que tinha um livrinho do Alan Moore sobre como escrever para quadrinhos. Comprei. Ainda não li, vou guardar para um dia inspirado.</p> bricolabs desvio eventos future everything londres manchester trip Thu, 27 May 2010 23:42:52 +0000 felipefonseca 7780 at http://efeefe.no-ip.org Rolê, parte 2 - velhomundo insular http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-2-velhomundo-insular-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Duas horinhas me levaram de Berlim à Inglaterra, em um vôo da easyjet. Comida não incluída, fila pra pegar os melhores lugares, pouco espaço entre os assentos que não reclinam. Mas o preço compensou. Desci em Liverpool, passei pela alfândega da maneira mais rápida e fácil das cinco vezes que entrei no Reino Unido. "Vou participar de um evento em Manchester, fico em tal hotel". A mocinha nem pediu pra ver o convite, reserva do hotel ou quanto dinheiro eu tinha. Carimbou e desejou uma boa estada. Eu já tinha comprado pela internet a passagem de ônibus até o centro de Manchester. Fui curtindo o sol estendido da primavera europeia - já eram mais de sete e meia, e ele ainda bem acima do horizonte. Sacando o sotaque totalmente diferente daquela parte da Inglaterra - meio rasgado, mas seco - uma musicalidade diferente, mas sem terminar direito as palavras.</p> <h2>Manchester, England, England. Across the Atlantic sea...</h2> <p>A caminho de Manchester, um monte de bairros com casinhas. A estabilidade - e o tédio - das zonas que criaram a própria ideia de classe média. A caminho de um dos epicentros da revolução industrial, onde Engels escreveu "A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra". Muito tijolinho vermelho, muito gramado verde e mais alguns campos amarelos de canola.</p> <p><img alt="Vão central do Britannia" align="right" src="http://farm4.static.flickr.com/3367/4616694117_def74788cf_m_d.jpg" />No centro de Manchester, apesar de o sol ter brilhado boa parte do dia, a temperatura era de 11 graus - e mais tarde ainda cairia para 7.6 graus. O Britannia é um hotel grande, em um prédio antigo e com um quê de decadente - o aquecimento do quarto não funcionava, a TV oscilava entre colorida e PB, e a internet era um lixo. Mas eu fiquei em um quarto no penúltimo andar, de frente para o sol que se punha quase às nove da noite. E tinha banheira, e uma escadaria daquelas de filme. Saí para bater um rango, e percebi mais uma vez como a cidade é barata em relação a Londres - comi um Chicken Tikka Masala bem servido com um pint de Ale por cinco libras e pouco. Manchester é uma cidade universitária - muita gente jovem na rua, um monte de bares com som e gente de vários lugares do mundo. Eu estava a um quarteirão dos Piccadilly Gardens, no centro. Logo em frente descobri o <a href="http://kro.co.uk" rel="nofollow">KRO Bar</a>, com internet grátis e confiável, onde voltaria quase todo dia.</p> <p><img alt="Contact Theatre" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4011/4616731155_9016cb902a_m_d.jpg" />No dia seguinte, fui visitar o arc Space (relato completo <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). Na saída, Vicky me apresentou na rua para Franco, um senhor italiano reputado como anarquista que alguns dias depois me mandou alguns DVDs selecionados. Encontrei uma lavanderia e dei umas voltas pela cidade, sem muito compromisso. Tentei até ir à abertura da exposição <a href="http://www.futureeverything.org/art/serendipitycity" rel="nofollow">Serendipity City</a>, mas eles encerraram exatamente no horário previsto (21hs). A pontualidade britânica funciona na entrada e na saída. De volta ao hotel, percebi que eles tinham resolvido a falha do aquecimento - trouxeram um aquecedor elétrico. Dormi melhor nessa noite. Pela manhã, fui para o Contact Theatre, nó principal do <a href="http://www.futureeverything.org/" rel="nofollow">Future Everything</a>, para uma conversa com Vicky Sinclair e Russel Clifton (que também relatei <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). O <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010 " rel="nofollow">GloNet</a> (evento enredado global) do Future Everything já estava rolando. Assisti a alguns pedaços, depois desci pra almoçar no café. À tarde rolou a sessão remota com São Paulo, que relatei com mais detalhes <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p><img alt="Monitored Landscape No. 16" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4060/4617343880_4d2e6c81a5_m_d.jpg" />No fim da tarde, dei uma passada pela exposição <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu" rel="nofollow">CU</a> (:P), curada pela Contents may vary no Copperface Jacks, subsolo do The Palace Hotel. Algumas peças bem interessantes ali, talvez mais ainda pelo contraste com o cenário de pub. Gostei da <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/monitoredlandscape" rel="nofollow">Monitored Landscape No. 16</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/thinkingthroughmethod" rel="nofollow">Thinking Through Method (Cooper)</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/deathcallsthetune" rel="nofollow">Death Calls the Tune</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/imataperecordermaniac" rel="nofollow">I'm a Tape Recorder Maniac!</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/organisedsound" rel="nofollow">Organised Sound</a> e do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/resonantqueue" rel="nofollow">Resonant Queue</a>. Mais sobre a exposição, <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18094" rel="nofollow">aqui</a>. Não resisti e peguei na saída um bottom com o nome da exposição.</p> <p>Na sexta-feira pela manhã, cheguei no meio do painel "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cities_of_insurrection" rel="nofollow">cities of insurrection</a>", mas saí logo. Encontrei Stephen Kovats, organizador da <a href="http://transmediale.de" rel="nofollow">Transmediale</a> de Berlim, e meu amigo <a href="http://translocal.net" rel="nofollow">Tapio Makela</a> no café. Stephen me deu uma cópia impressa do livro <a href="http://en.flossmanuals.net/collaborativefutures/" rel="nofollow">collaborative futures</a>. Depois pulei para a sessão "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Doing_it_together" rel="nofollow">doing it together</a>", que começou justamente com <a href="http://www.mushon.com/" rel="nofollow">Mushon Zer-Aviv</a>, um dos autores do livro. Fiz algumas anotações durante o debate:</p> <p><a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2185" rel="nofollow">Mushon</a></p> Código e wikipedia têm fundamentos racionais. O design não. As pessoas costumam entender colaboração como "colocar as coisas online". Cultura livre é abrir, software livre é colaborar. <a href="http://www.shiftspace.org/" rel="nofollow">Shiftspace</a> Quando for possível, codificar e usar sistemas de controle de versão. Publicar os arquivos master. Por exemplo, usando o dropbox. <p>Codificando:</p> pesquisa enredada; linguagem extensível; documentar a linguagem. <p>A apresentação do Mushon está online: <a href="http://github.com/mushon/osd-presentation" rel="nofollow">http://github.com/mushon/osd-presentation</a></p> <p>Escalar a subjetividade não é uma questão nova. Sempre vai dar errado. Deixar a opção para forking.</p> <p>Falou mal de patentes, disse que temos que trabalhar mesmo para oferecer alternativas à apple.</p> <p>O debate continuou com <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2201" rel="nofollow">Alexandra Deschamps-Sonsino</a> (<a href="http://www.designswarm.com/" rel="nofollow">portfolio</a>), da <a href="http://tinkerlondon.com" rel="nofollow">Tinker London</a>. Depois descobri que ela tinha estado também na <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">Lift</a>, apresentando o projeto <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">Homesense</a>. Ela começou falando um pouco sobre as mudanças no design de produtos desde a época em que estava na faculdade. Mais anotações abaixo:</p> Hardware livre. O horizonte do design está mudando. Vídeo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=PeScmRwzQho" rel="nofollow">intro do arduino</a> estudantes, artistas, hackers, publicitários, pesquisa & desenvolvimento estão usando hardware livre Projetos interessantes com hardware livre: <a href="http://www.botanicalls.com/ " rel="nofollow">botanicalls</a>, <a href="http://kickbee.net/ " rel="nofollow">kickbee</a>, <a href="http://todbot.com/blog/2006/10/23/diy-ambient-orb-with-arduino-update/ " rel="nofollow">ambient orb</a>, <a href="http://www.mcqn.com/bubblino" rel="nofollow">bubblino</a> <a href="http://joindiaspora.com/project.html" rel="nofollow">Diaspora</a>. <p>Projeto dela: <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">homesense</a>. Inovação dentro de casa - criar novos produtos. Desenvolvido em parceria com uma <a href="http://www.edf.fr/the-edf-offers/edf-fr-home-200420.html#Home" rel="nofollow">grande empresa de energia</a>.</p> <p>Iphones e afins têm sucesso por que são desejáveis. se começarmos a criar produtos e serviços desejáveis, isso pode mudar.</p> <p>Questões</p> <p>Mushon: as pessoas querem ser dominadas. anarquismo é inspirador, mas complicado.</p> <p>Em seguida, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Alison Powell</a> falou sobre o papel da mídia e dos cafés na criação de uma esfera pública ao longo dos últimos séculos, e questionou sobre como isso se articula com as redes hoje em dia. Eu precisei responder alguns emails importantes e acabei perdendo boa parte da apresentação dela, infelizmente.</p> <p>Durante o debate, um camarada sentado ao meu lado me ajudou a conectar a fonte do meu laptop. Depois ainda conversamos um pouco sobre nossos computadores (ele tinha um EEE 701). Só depois que o debate acabou foi que nos descobrimos: ele era <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Brian Degger</a>, que conversou comigo pela lista <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a> avisando que estaria no Future Everything. Brian está envolvido com alguns projetos muito interessantes de ciência de garagem, e vai participar do <a href="http://medialab-prado.es/article/interactivos_ciencia_de_barrio" rel="nofollow">Interactivos?</a> em Madrid daqui a duas semanas. </p> <p>No horário do almoço, saí para dar outra volta pela cidade. Voltei mais tarde para o painel <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Ludic_interfaces" rel="nofollow">Interfaces Lúdicas</a>. Cheguei a tempo de pegar a apresentação do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2257" rel="nofollow">Tapio</a>:</p> Ben Schneidermann - designing the human interface ideias de interface costumavam ser muito baseadas nas telas. tapio levanta a questão sobre as interfaces no mundo real. as modalidades lúdicas mudam com novas tecnologias. videoativismo nos anos sessenta. media van. ant farm collective. yes men - lúdico, mas como descrever o aspecto da interface? locative media. blast theory / proboscis. play pode se mudar da tela para vizinhanças orientadas a objetos. o papel da ambiguidade no design. coisas lúdicas têm a ver com ambiguidade e não-intencionalidade. feral robots. <a href="http://hehe.org2.free.fr/?language=fr" rel="nofollow">Nuage Vert</a> <a href="http://socialtapestries.net/snout/" rel="nofollow">Snout</a> <a href="http://www.gpsdrawing.com/" rel="nofollow">Performance lúdica e absurda com tecnologia</a> <p>Depois dele, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2310" rel="nofollow">Margarete Jahrmann</a> falou sobre a <a href="http://www.ludic-society.net/" rel="nofollow">Ludic Society</a></p> <p>Depois ainda dei um pulo no debate sobre <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/New_creactivity" rel="nofollow">Nova Criatividade</a>, onde falava a incrível <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2203" rel="nofollow">Anab Jain</a>, do <a href="http://www.superflux.in/" rel="nofollow">Superflux</a>. Para ela, "Através de conflitos e tensões, boas coisas podem emergir".</p> <p>Olhando pra trás, mais algumas notas sobre o Future Everything:</p> os temas do festival e da conferência acertaram em cheio algumas questões muito presentes: eventos distribuídos, open data, urbanismo experimental, serendipidade, conectividade ilimitada, prototipagem e fablabs. Nesse sentido, continua sendo um evento que me faz aprender bastante. Eu tenho a sensação de que ele não perde muito tempo dourando a pílula, tentando criar um clima de abstração conceitual em cima - e nesse sentido é um evento bastante tático, contrastando com vários outros onde a abstração chega àqueles níveis em que uma bula é necessária para decodificar qualquer coisa. Vão os meus parabéns para o Drew Hemment e sua equipe. a revista digital dialogue fez uma <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18093" rel="nofollow">edição especial</a> sobre o festival. Gostei da ideia. Quem sabe a gente não faz o mesmo com o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">Mutirão</a> algum dia. como já comentei em <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">outro post</a>, eu fiquei bastante tempo brincando com o <a href="http://createdigitalmusic.com/2009/06/22/maker-faire-music-moldover%E2%80%99s-syncomasher-live-electronica-controllerism-for-everyone/" rel="nofollow">syncomasher</a> do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2135" rel="nofollow">Moldover</a>. A Glonet funcionou muito bem. Palmas para o <a href="http://www.distancelab.org/" rel="nofollow">Distance Lab</a>. Eu não cheguei a testar as <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010/talkingboxes" rel="nofollow">Talking Boxes</a> deles, mas vi gente usando e achei bem interessante. Eu tinha que ir pra Londres para encontrar uma galera no sábado, então acabei perdendo o <a href="http://www.futureeverything.org/art/playeverything" rel="nofollow">Play everything</a>... uma pena, mas fica pra próxima. <h2>Londinium</h2> <p>Sabadão, em duas horinhas de trem, cheguei a Londres. Trem com poltrona confortável, mesa e até - se eu quisesse pagar seis libras para uma hora - conexão wi-fi à internet. Fui direto para Walthamstow, deixar as coisas na casa dxs amigxs que me hospedariam. Walthamstow é um bairro meio afastado, no leste de Londres - E17, pra quem conhece o zoneamento por lá. Um bairro interessante, cheio de imigrantes de toda parte. O bairro também tem o Walthamstow Market - o mercado mais extenso da Europa, com nem me lembro quantos quilômetros. Logo no comecinho do mercado, uma cena divertida - um astronauta/ET <a href="http://gambiologia.net" rel="nofollow">gambiólogo</a>, cheio de dispositivos eletrônicos, fazia música. Era quase uma gatorra vestível! Vou subir o vídeo no youtube nos próximos dias, depois incorporo aqui embaixo.</p> <p><img alt="Astronauta gambiológico" src="http://farm5.static.flickr.com/4007/4617367182_aee656f786_d.jpg" /></p> <p>No domingo, almocei em Brick Lane com o pessoal e <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">Rob van Kranenburg</a>. Ele me perguntou "o que a gente precisa fazer agora?" em relação à rede Bricolabs <a href="http://bricolabs.net" title="http://bricolabs.net" rel="nofollow">http://bricolabs.net</a>. Eu respondi "nada. vamos deixar as coisas aparecerem". Acho que ele concordou. Mais tarde, tive uma reunião interessante articulada pela Vicky, com o Peter Forrest do <a href="http://tgl.tv/" rel="nofollow">TGL</a> e uma pessoa que queria saber mais sobre o Brasil para aconselhar um possível projeto de sustentabilidade e cidades. Participaram também da reunião os diretores do <a href="http://www.globalactionplan.com/" rel="nofollow">Global Action Plan</a> e da <a href="http://www.uia.be/" rel="nofollow">UIA</a> - e o assistente deles, que é brasileiro.</p> <p>Na segunda-feira pela manhã, estive no <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">London Media Lab</a>, comandado por Patrick Humphreys. Ele havia convidado integrantes da Bricolabs que estavam em Londres para uma conversa. Além de mim, estavam Vicky Sinclair, a italiana Francesca Bria, Rob van Kranenburg e o próprio Patrick. Conversamos por algumas horas - gravei tudo e vou publicar trechos interessantes assim que tiver tempo.</p> <p>No dia seguinte, passei rapidamente pelo espaço que está expondo obras de <a href="http://zoebenbow.co.uk/" rel="nofollow">Zoe Benbow</a>, companheira de <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob La Frenais</a> - que infelizmente não pode estar presente, porque sua mãe estava enferma. <a href="http://www.boundaryobject.org/" rel="nofollow">Bronac Ferran</a> também estava por lá, e fomos para um pub conversar sobre o Brasil, a China, microestruturas e outras coisas.</p> <p>Fiquei mais um dia e meio em Londres, fazendo um pouco de turismo e passeando com a família. Fui mais uma vez ao sebo logo na entrada de Notting Hill onde já fui algumas vezes. Lembrei muito do meu irmão de vida <a href="http://twitter.com/dpadua" rel="nofollow">Dpadua</a>. Acho que foi ele que me fez perceber um segundo antes de ir embora que tinha um livrinho do Alan Moore sobre como escrever para quadrinhos. Comprei. Ainda não li, vou guardar para um dia inspirado.</p> bricolabs desvio eventos future everything londres manchester trip Thu, 27 May 2010 23:42:52 +0000 felipefonseca 9522 at http://efeefe.no-ip.org Rolê http://efeefe.no-ip.org/blog/rol%C3%AA <p>Numa dessas manh&atilde;s de domingo que come&ccedil;am let&aacute;rgicas mas logo viram tudo de cabe&ccedil;a pra baixo, recebi um email me convidando a participar da <a href="http://liftconference.com/" rel="nofollow">Lift Conference</a>, m&ecirc;s que vem em Genebra. &Eacute; uma confer&ecirc;ncia gigante, da qual n&atilde;o sei muito bem o que esperar, mas vou l&aacute;. E se tudo der certo j&aacute; aproveito pra esticar um par de semanas pelo lado de l&aacute; do Atl&acirc;ntico e participar do <a href="http://www.futureeverything.org/home" rel="nofollow">Future Everything</a> em Manchester (do qual j&aacute; <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/futuresonic" rel="nofollow">participei uma vez</a>). Agora &eacute; tirar o p&oacute; do passaporte, arrumar as malas e ir.</p> europa futureeverything genebra lift londres manchester Thu, 08 Apr 2010 15:35:51 +0000 felipefonseca 7405 at http://efeefe.no-ip.org Minas... Gerais? http://efeefe.no-ip.org/blog/minas-gerais <p><img alt="ouro no Alberto" src="http://farm4.static.flickr.com/3180/2539482996_7b4ee550aa.jpg" /></p> <blockquote>Inglaterra e Holanda, campe&atilde;s do contrabando de ouro, que juntaram grandes fortunas no tr&aacute;fico ilegal da <em>carne negra</em>, assenhoraram-se por meios il&iacute;citos, segundo se calcula, [de] mais da metade do metal que correspondia ao imposto do &quot;quinto real&quot; que deveria receber, do Brasil, a coroa portuguesa. Contudo, a Inglaterra n&atilde;o recorria somente ao com&eacute;rcio proibido para canalizar o ouro brasileiro em dire&ccedil;&atilde;o a Londres. As vias legais tamb&eacute;m lhe pertenciam. O auge do ouro, que implicou o fluxo cont&iacute;nuo de grandes contingentes da popula&ccedil;&atilde;o portuguesa para Minas Gerais, estimulou agudamente a demanda colonial de produtos industriais e proporcionou, ao mesmo tempo, meios para pag&aacute;-los. Da mesma maneira que a prata de Potos&iacute; repicava no solo espanhol, o ouro de Minas Gerais s&oacute; passava de tr&acirc;nsito por Portugal. A metr&oacute;pole converteu-se em simples intermedi&aacute;ria. Em 1755, o marqu&ecirc;s de Pombal, primeiro-ministro portugu&ecirc;s, intentou a ressurrei&ccedil;&atilde;o de uma pol&iacute;tica protecionista, mas j&aacute; era tarde: denunciou que os ingleses haviam conquistado Portugal sem os inconvenientes de uma conquista, que abasteciam as duas ter&ccedil;as partes de duas necessidades e que os agentes brit&acirc;nicos eram donos da totalidade do com&eacute;rcio portugu&ecirc;s. Portugal n&atilde;o produzia praticamente nada, e t&atilde;o fict&iacute;cia era a riqueza do ouro que at&eacute; os escravos negros que trabalhavam nas minas da col&ocirc;nia eram vestidos pelos ingleses.<br /> </blockquote> <p>Eduardo Galeano n'<a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=3850&amp;tipo=2&amp;isbn=8577530183 " rel="nofollow">As Veias Abertas da Am&eacute;rica Latina</a>, respondendo outra vez a uma pergunta de quando fui a Lisboa, que o TupiNamba j&aacute; tinha respondido. A foto a&iacute; em cima &eacute; do Albert Memorial, em Londres.</p> história inglaterra londres ouro portugal trip Tue, 10 Jun 2008 20:40:06 +0000 felipefonseca 3163 at http://efeefe.no-ip.org Sistemas de aprendizado http://efeefe.no-ip.org/blog/sistemas-de-aprendizado <p>Estive semana passada em Londres, a convite de Bronac Ferran, do RCA/Imperial College, para uma apresenta&ccedil;&atilde;o sobre &quot;Brasilian Media Ecologies&quot;, dentro da programa&ccedil;&atilde;o do <a href="http://rcalondon.ning.com/" rel="nofollow">Systems of Learning</a>. Junto comigo, estavam Ricardo Ruiz e <a href="http://www.lixo.org/" rel="nofollow">Carlos Villela</a>. Na verdade eu experimentei uma longa conversa que come&ccedil;ou tarde de segunda-feira no escritorio do CV com Ruiz e a presen&ccedil;a de Tori Holmes, se estendeu para um pub &agrave; noite com a Bronac e continuou no dia seguinte caminhando com o Ruiz pela Portobello Road, depois atrav&eacute;s do Hyde Park e finalmente na sess&atilde;o propriamente dita, no auditorio do RCA, al&eacute;m de continuar em outro pub e depois encerrar em um restaurante indiano. Durante boa parte das conversas o CV ficou desenhando mindmaps no meu caderno, e apareceram algumas boas id&eacute;ias por ali. Imposs&iacute;vel relatar tudo que a gente conversou, mas v&atilde;o abaixo algumas impress&otilde;es baseadas nos rabiscos do meu caderno.<br /> Rapidinho sobre Londres: cidade doida, mas ao mesmo tempo muito atrativa, at&eacute; aconchegante. Tive problemas na entrada, uma hora de alf&acirc;ndega e uma recomenda&ccedil;&atilde;o pra n&atilde;o voltar antes de seis meses. O hotel era estranho, apertado, e a internet deles oscilava tanto que cheguei a pensar que fosse problema do meu cart&atilde;o wi-fi. Mais uma vez tive que recorrer ao ch&aacute; de boldo, porque &eacute; muita fritura naquela terra. Boas cervejas.<br /> ---<br /> A nossa primeira grande quest&atilde;o foi tentar entender o interesse recorrente no Brasil. Uma das hip&oacute;teses mais prov&aacute;veis &eacute; que no mundo &quot;desenvolvido&quot; est&aacute; se come&ccedil;ando a perceber que o &quot;progresso&quot; n&atilde;o &eacute; uma via de m&atilde;o &uacute;nica, e que &eacute; bastante prov&aacute;vel que o mundo inteiro n&atilde;o v&aacute; seguir o modelo de estado ocidental, democr&aacute;tico, previs&iacute;vel e est&aacute;vel. Uma das palavras-chave &eacute; justamente essa: <i>estabilidade</i>. Lembrei da conversa que tive com o James Wallbank em <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/voltando-do-futuresonic" rel="nofollow">Manchester</a>, e acho que d&aacute; pra tentar aplicar uma quest&atilde;o similar &agrave; que ele levanta (sobre as pessoas estarem perdendo <i>habilidades</i> essenciais para a vida em sociedade): se o mundo, do ponto de vista europeu, est&aacute; se tornando cada vez mais inst&aacute;vel (desemprego, &quot;terrorismo&quot;, imigra&ccedil;&atilde;o, etc), como eles podem aprender a lidar com essa situa&ccedil;&atilde;o? Correndo o risco de parecer rom&acirc;ntico, acredito que uma das caracter&iacute;sticas mais tipicamente brasileiras &eacute; exatamente essa habilidade, de n&atilde;o s&oacute; se manter, mas chegar a evoluir na precariedade, driblando a eventual carestia de estrutura ou recursos com uma grande dose de improvisa&ccedil;&atilde;o e sempre recorrendo &agrave; onipresen&ccedil;a das <i>redes</i>.<br /> Tamb&eacute;m beirando o exagero, adotei uma perspectiva de que as redes est&atilde;o em toda parte: para qualquer tipo de problema que eu possa ter no Brasil, &eacute; bastante prov&aacute;vel que eu recorra em primeiro lugar &agrave; minha rede de contatos. Tem uma coisa que se v&ecirc; nas ruas da Europa, de as pessoas baterem p&eacute; por seus direitos at&eacute; em coisas simples como um &ocirc;nibus atrasar por 10 minutos, porque na cabe&ccedil;a delas <i>&eacute; assim que as coisas deveriam funcionar</i>. E isso vai pra toda parte: em grande parte da Europa ainda se acredita na justi&ccedil;a, no estado, na democracia. Em um cen&aacute;rio de instabilidade, esse tipo de percep&ccedil;&atilde;o &eacute; impratic&aacute;vel.<br /> Minha opini&atilde;o &eacute; que no Brasil a gente aprende a ignorar a maneira como as coisas deveriam funcionar, e ao mesmo tempo aprende que precisa conhecer as pessoas certas se quiser fazer qualquer coisa. Para o bem ou para o mal. De tudo isso decorre uma percep&ccedil;&atilde;o, principalmente na burguesia com refer&ecirc;ncias externas, de que a improvisa&ccedil;&atilde;o e a adaptabilidade ao cotidiano inst&aacute;vel s&atilde;o errados, e que as pessoas deveriam &quot;estudar&quot; para &quot;melhorar de vida&quot;. Engra&ccedil;ado &eacute; ver que na Alemanha est&aacute; se come&ccedil;ando a considerar um problema o fato de o pessoal estudar demais, e o pa&iacute;s precisar de cada vez mais m&atilde;o de obra imigrante para tarefas menos qualificadas. Ouvi mais de uma vez pessoas na Alemanha se referindo ironicamente a si mesmos como um &quot;pa&iacute;s de doutores&quot;. Outra coisa que consegui captar na Europa &eacute; essa sensa&ccedil;&atilde;o do pessoal da minha idade, de terem seguido &agrave; risca o script tra&ccedil;ado pela sociedade: &quot;terminar o col&eacute;gio, viajar por um ano, fazer faculdade, viajar por um ano, mestrado, e agora?&quot; Aqui na Espanha se fala nos &quot;mileuristas&quot;, o pessoal que estudou bastante e continua ganhando a mesma coisa. N&atilde;o que esse tipo de coisa n&atilde;o passe tamb&eacute;m no Brasil - a sociedade-lemingue parece levar todo mundo ao precip&iacute;cio, principalmente a auto-proclamada &quot;classe m&eacute;dia&quot;. Mas no Brasil l&aacute; fora, a verdadeira classe m&eacute;dia - em termos estat&iacute;sticos - tem que improvisar bastante no dia a dia, e isso pode ser um caminho interessante.<br /> Resumindo at&eacute; agora, uma caracter&iacute;stica essencial do ser brasileiro que tem atra&iacute;do interesse na Europa &eacute; a naturalidade com que a gente trata as redes, a colabora&ccedil;&atilde;o e a instabilidade. Encontrei agora uns textos que t&ecirc;m a ver com essa onda:</p> <ul> <li><a href="http://efeefe.no-ip.org/livro/daslu-e-o-camel%C3%B3dromo" rel="nofollow">A Daslu e o Camel&oacute;dromo</a></li> <li><a href="http://mutirao.metareciclagem.org/node/175" rel="nofollow">Anota&ccedil;&otilde;es no coletivo</a></li> <li><a href="http://mutirao.metareciclagem.org/node/177" rel="nofollow">Economia Pirata</a></li> <li><a href="http://mutirao.metareciclagem.org/node/176" rel="nofollow">Brazil Hacker Culture</a></li> </ul> <p>Na sess&atilde;o no RCA, eu comecei falando que n&atilde;o sabia muito bem por onde come&ccedil;ar, porque existem similaridades e diferen&ccedil;as entre o que a gente faz no Brasil e o que se faz pela Europa. Falei do <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, mostrei fotinhos e falei do momento que acho fundamental na transforma&ccedil;&atilde;o de &quot;coletivo&quot; em &quot;meta-jogo&quot;: quando decidimos n&atilde;o propor um centro de m&iacute;dia como resposta &agrave; chamada da plataforma Waag-Sarai, evitando a polariza&ccedil;&atilde;o entre institucionalizar e se manter s&oacute; como uma rede informal. Falei um pouco da experi&ecirc;ncia de mega-escala repentina com os Pontos de Cultura, falei da antropofagia, do tropicalismo, da festa como linguagem, e de algumas descobertas no caminho. Falei de gambiarra, de MetaReciclagem como invas&atilde;o pirata, e por a&iacute; foi. Falei at&eacute; do <a href="http://blogs.metareciclagem.org/manaus/" rel="nofollow">Ian</a> e do <a href="http://bailux.wordpress.com/" rel="nofollow">Regis</a>.<br /> O Ruiz levantou um ponto interessante: em contraste com o multiculturalismo das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas corretas europ&eacute;ias, o Brasil opta pelo panculturalismo, hibridizado, e com muitos elementos de cultura oral. Falou sobre os encontros, em especial o <a href="http://pub.descentro.org/livro/relatos_fotos_%C3%A1udios" rel="nofollow">Sub#3</a>. O texto que ele e Balbino prepararam est&aacute; <a href="http://pub.descentro.org/wiki/brazilian_medialogies_system_learnings" rel="nofollow">publicado no pub//descentro</a>.<br /> Alguns coment&aacute;rios dxs presentes (como falou a Bronac, poucxs pessoas mas de qualidade) foram bem interessantes. Um deles comentou sobre como na real a MetaReciclagem tem uma postura de alimentar-se de problemas, o que faz algum sentido. <a href="http://mediashed.org/grahamharwood" rel="nofollow">Graham Harwood</a>, envolvido com o <a href="http://mongrelx.org/" rel="nofollow">Mongrel</a> e o <a href="http://mediashed.org/" rel="nofollow">Mediashed</a>, nos perguntou at&eacute; que ponto n&atilde;o est&aacute;vamos, principalmente com os Pontos de Cultura, facilitando o controle, ao digitalizar e explicitar culturas que at&eacute; ent&atilde;o estavam fora de alcance. A quest&atilde;o &eacute; leg&iacute;tima e me incomodou por alguns minutos, mas quero crer que privacidade absoluta &eacute; outro mito moderno que a gente aprende desde cedo a ignorar. Em se tratando de privacidade dom&eacute;stica, morar com um bando de gente, ou em uma casa com popula&ccedil;&atilde;o vari&aacute;vel, facilita o desenvolvimento de diversos c&oacute;digos negociados para conseguir privacidade tempor&aacute;ria ou contextual. Quanto &agrave; privacidade no espa&ccedil;o p&uacute;blico, &eacute; mais complicado. D&aacute; pra argumentar que nas grandes cidades brasileiras existe o espa&ccedil;o privado, que muitas vezes &eacute; coletivizado, e o espa&ccedil;o de ningu&eacute;m - espa&ccedil;o realmente p&uacute;blico, do qual a sociedade se apropria, &eacute; uma coisa rara. No espa&ccedil;o de ningu&eacute;m, a privacidade depende bastante da capacidade de cada 1 tem de se fazer invis&iacute;vel ou mescladx. N&atilde;o &eacute; uma resposta boa, mas me parece adequada.</p> <p>&nbsp;</p> bricolabs descentro eventos london londres systems of learning Mon, 02 Jun 2008 13:00:06 +0000 felipefonseca 3148 at http://efeefe.no-ip.org Londiniando http://efeefe.no-ip.org/blog/londiniando <div style=""><img src="http://farm4.static.flickr.com/3167/2509242689_f19183a299.jpg?v=0" style="max-width: 800px;" alt="" /></div><p>&nbsp;</p> eventos londres trip Wed, 21 May 2008 17:00:09 +0000 felipefonseca 3143 at http://efeefe.no-ip.org