efeefe - karlsruhe http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/643/0 pt-br Rolê: geral http://efeefe.no-ip.org/blog/rol%C3%AA-geral <p>Organizando aqui os posts relacionados a esse &uacute;ltimo <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/rol%C3%AA" rel="nofollow">rol&ecirc;</a>:</p> <p>&nbsp;</p> <p> <meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="content-type" /> <a href="http://desvio.cc/blog/lift-10-documenta%C3%A7%C3%A3o-gr%C3%A1fica" rel="nofollow">Lift 10 - Documenta&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica</a></p> <ul> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/rol%C3%AA-parte-1-velhomundo-continental" rel="nofollow">Velhomundo continental</a></li> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">Futuro tudo</a></li> <li> <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">Duas conversas em Manchester</a></li> <li> <a href="http://desvio.cc/blog/rol%C3%AA-parte-2-velhomundo-insular" rel="nofollow">Velhomundo insular</a></li> </ul> <p><strong>Atualizando:</strong> subi tamb&eacute;m alguns v&iacute;deos e fotos.</p> <p><em>V&iacute;deos</em></p> <ul> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=MyfeFhE5S4Q" rel="nofollow">Astronauta gambiol&oacute;gico</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=zI4GgIZu6gc" rel="nofollow">MODE:DEMO Sample</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=vK3zevj5THo" rel="nofollow">Make Workshop @ Lift 10</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=fSNPUzflR7s" rel="nofollow">Syncomasher @ Future Everything</a></li> <li> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Owrzm7mhNhA" rel="nofollow">cu &nbsp;/ future everything</a></li> </ul> <p><a href="http://www.flickr.com/photos/felipefonseca/tags/trip/" rel="nofollow"><em>Imagens</em> com a tag &quot;trip&quot;</a> na minha conta do flickr</p> berlin dresden genebra karlsruhe londres manchester trip Fri, 28 May 2010 14:24:47 +0000 felipefonseca 7789 at http://efeefe.no-ip.org Rolê, parte 1 - velhomundo continental http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-1-velhomundo-continental-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Durante algumas semanas desse mês, fiz um rolê por alguns lugares da Europa, participando de eventos e conhecendo pessoas. Esse post é a primeira parte de uma tentativa de documentação com base em anotações, tweets e lembranças.</p> <h2>Genebra - Lift10</h2> <p>Meu primeiro destino foi Genebra, onde se realizaria a conferência <a href="http://liftconference.com/lift10" rel="nofollow">Lift 10</a>. Eu fui convidado a falar sobre <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e Brasil. Algumas semanas antes, um dos organizadores me mandou alguns vídeos com exemplos de palestras que foram bem recebidas em edições anteriores. Eram palestras de altíssimo nível, tanto que chegaram a me intimidar. Isso acabou me distraindo um pouco da conferência - fiquei bastante tempo andando pela cidade e elaborando ideias, ou no quarto escrevendo e reescrevendo.</p> <p><img align="right" alt="Frio" src="http://farm5.static.flickr.com/4003/4613660582_b4f24c0f94_m_d.jpg" />Andar por Genebra é uma experiência singular. Um ar romântico e algo literário - impossível não procurar o Outro Borges espreitando em algum banco de praça, debaixo do frio inesperado para uma primavera. Além disso, a presença de todas as instituições internacionais em torno da ONU - e das delegações do mundo inteiro que vão para lá pleitear, debater, influenciar - evoca uma certa sensação de fronteira. Mas é uma fronteira mundial, uma fronteira de todas as nações, que parece atrair a presença de muitxs <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com/2009/07/13/147/" rel="nofollow">feiticeirxs</a>. A tudo isso se junta a coisa mais fria do dinheiro puro - muitos bancos, muitas lojas de grife, muita gente que cultua essas coisas.</p> <p>Publiquei mais algumas coisas sobre a cidade e a estrutura da Lift no <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/chegada-em-genebra-e-come%C3%A7o-da-lift" rel="nofollow">meu blog</a>.</p> <p>Uma das poucas sessões que assisti foi sobre "<a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/redefinition-privacy" rel="nofollow">A redefinição da privacidade</a>". Anotações abaixo:</p> <p><img align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4001/4613047219_10c888bdbf_m_d.jpg" alt="Estrutura da CICG" /><a href="http://liftconference.com/person/oglass1" rel="nofollow">Oliver Glassey</a> declarou que as redes sociais representam o fim da privacidade. Disse que é um equívoco pensar que as novas gerações (os "nativos digitais", nas palavras dele) não sabem, não se preocupam ou nada fazem em relação a privacidade. Falou também sobre a moldagem coletiva da identidade social online: redes sociais como filtragem e enquadramento de identidade; diferenças entre a identidade virtual idealizada vs. a vida real estendida; exploração da própria definição do self. Sugeriu que, ao contrário do que se pensa, os perfis do facebook refletem a personalidade real das pessoas, não a idealização feita para adequação ao contexto local. Falou ainda sobre a reinvenção heterogênea dos limites particulares e pessoais: levantou a questão da privacidade como intimidade compartilhada (citando as pessoas que compartilham suas senhas); a oposição entre mídia íntima e "extimidade"; e sobre a emergência de culturas locais de intimidade e privacidade. Para ele, é o contexto social que define a privacidade. Comparou as identidades dinâmicas à mudança rápida de roupas. Colocou que a flexibilidade nos papeis sociais é diferente do ajuste fino de configurações de privacidade. Levantou algumas questões importantes: que a próxima brecha digital será entre as pessoas que têm ou não têm a possibilidade de reconstruir a privacidade online; e perguntou quais ferramentas, regras e normas vão permitir a memória social e também a amnésia social (ambas igualmente importantes).</p> <p>Minha opinião sobre a fala do Oliver é que tudo bem, o pânico com a privacidade é um exagero, mas que existem ameaças estruturais a ela que a mera criatividade e flexibilidade sociais não vão conseguir enfrentar.</p> <p>Em seguida, entrou o alemão <a href="http://liftconference.com/person/christianheller" rel="nofollow">Chris Heller</a>. Um auto-intitulado futurista, ele entrou no palco falando sobre pós-privacidade. Declarou que a privacidade se foi de vez, e que as pessoas tendem a associar privacidade a liberdade. Disse que não concorda totalmente. Usou como exemplo uma vila medieval - não existia privacidade. Evocou a ideia de que o espaço particular é feminino, e o espaço público masculino. Disse que também associa privacidade ao isolamento e à vergonha. Dá como exemplo a o fato de que os movimentos feminista e gay tiveram que ir a público (no sentido oposto à privacidade) para promover a tolerância, indicando que nem sempre a privacidade se trata de liberdade. Continuou no exemplo da vila medieval, sugerindo que se alguém fosse diferente, todos saberiam - o que levaria à repressão da diferença. Mas contrapõe a isso o fato de que nas redes, as pessoas podem escolher a sociedade que querem. Falou também da geração de conhecimento através da abertura (openness) para criticar o DRM.</p> <p>A sessão continuou com Martin Künzi, do exército da salvação, falando sobre como usam as redes para suas atividades. Não me interessou muito. Mais tarde, <a href="http://liftconference.com/person/lucas-grolleau" rel="nofollow">Lucas Grolleau</a> contou um pouco do seu trabalho com instrumentos musicais vintage, e fez música ao vivo com instrumentos e um sampler. A sessão terminou com <a href="http://www.liftconference.com/person/chris-woebken" rel="nofollow">Chris Woebken</a> e <a href="http://www.kenichiokada.com/projects/2008/animalsuperpowers.html" rel="nofollow">Kenichi Okada</a> apresentando o projeto <a href="http://chriswoebken.com/animalsuperpowers.html" rel="nofollow">Animal Superpowers</a>, que tenta reproduzir com dispositivos eletrônicos a percepção de diferentes animais (formigas, pombos, girafas).</p> <p>Perdi o interesse na sessão sobre "As velhas novas mídias". Quase saindo do <a href="http://cicg.ch/en/" rel="nofollow">CICG</a>, algumas coisas feitas com material reaproveitado chamaram minha atenção. Parei para conversar e conheci Michael Shiloh e Judy Castro, que realizavam um workshop de seu projeto <a href="http://teachmetomake.com" rel="nofollow">Teach me to make</a>, que pros meus olhos tendenciosos pareceu pura MetaReciclagem. Em resumo, os participantes do workshop passaram o dia inteiro inventando coisas a partir de um monte de objetos que estavam por lá. Toda aquela coisa de incentivar uma sensibilidade criativa do remix, do reuso, da ressignificação. Bom contato, e vou tentar manter pra gente articular algum tipo de intercâmbio.</p> <p><img alt="Teach me to Make" src="http://farm5.static.flickr.com/4043/4613044897_801cea478f_d.jpg" /></p> <p>No dia seguinte, cheguei para a sessão sobre política, que começou com <a href="http://liftconference.com/person/rahafharfoush" rel="nofollow">Rahaf Harfoush</a>. Ela - que trabalha para o Fórum Econômico Mundial - falou sobre a campanha do Obama, numa perspectiva muito norte-americana e objetiva. O tom era sobre ferramentas para conquistar, dominar, obter sucesso e vitória. Me incomodou bastante que uma mesa sobre "política" só falasse sobre "campanha". Sinal dos tempos, claro. Espetáculo puro. Para ela, um vídeo do Obama jogando basquete, publicado na internet, é "criar relação com as pessoas". Depois ela melhorou um pouco, falando sobre opendata. Mas não trouxe nada de novo, na minha opinião. Na hora, perguntei no twitter: "e a política do dia a dia, onde tá? política tática, de bairro, de vizinhança. como as tecnologias mudam essa política?". Ela ainda deu uma bola dentro comentando sobre o pessoal do <a href="http://ushahidi.org/" rel="nofollow">Ushahidi</a>, sobre quem eu já tinha ouvido falar pelo <a href="http://cesarharada.com/" rel="nofollow">Cesar Harada</a>. Rahaf também falou sobre o papel das redes sociais nos protestos no Irã. Ao fim da apresentação, perguntas:</p> <p><a href="http://www.liftconference.com/person/laurent-haug" rel="nofollow">Laurent Haug</a>: as mídias sociais poderiam ser utilizadas para outras finalidades além de campanhas?<br /> Rahaf sim, para entender o que as pessoas querem.<br /> Laurent: como gerenciar a grande quantidade de perguntas?<br /> Rahaf: O melhor é deixar as próprias pessoas decidirem quais são as perguntas importantes.<br /> Laurent: Isso ainda funciona se todos fizerem?<br /> Rahaf: A campanha mostrou as possibilidades. Daqui a pouco pode ser diferente.<br /> Laurent: Dados são facas de dois gumes?<br /> Rahaf: Quando uma coisa passa a ser monitorada, outra aparece. As pessoas são espertas.</p> <p>A apresentação seguinte foi de <a href="http://liftconference.com/person/claudia-sommer" rel="nofollow">Claudia Sommer</a>, do Greenpeace alemão. Já começou limitada, com Laurent dizendo que o Greenpeace é outra organização que está "espalhando sua mensagem". Mais uma apresentação sobre campanhas, sem muita conversa de política cotidiana.</p> <p>Encontrei o colega <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">bricoleiro</a> Alejo Duque, e aproveitei pra entrevistá-lo enquanto ele almoçava. Conversamos sobre coisas que estão acontecendo no Brasil e na Colômbia, sobre a ideia de laboratórios de mídia e como ela se adapta a diferentes contextos. Vou publicar a entrevista nas próximas semanas no <a href="http://culturadigital.br/redelabs/" rel="nofollow">blog Redelabs</a>.</p> <p>Voltei pro hotel pra preparar minha apresentação, que aconteceria no dia seguinte. Perdi a <a href="http://liftconference.com/lift10/program/talk/antonio-casilli-doomed-be-forever-young-social-archaeology-digital-natives" rel="nofollow">apresentação</a> do simpático <a href="http://liftconference.com/person/antoniocasilli" rel="nofollow">Antonio Casilli</a>. Eu até queria voltar também pro debate sobre <a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/whats-line-communities" rel="nofollow">comunidades online</a>, mas não consegui. Fiquei acordado até as três e pouco da manhã, escrevendo.</p> <p>Na sexta-feira, fui ao CICG de manhã para passar o som e testar meu laptop - tudo muito profissional - e voltei pro hotel pra dormir mais uma horinha. Fui de novo para lá por volta do meio-dia. Estava terminando de escrever e organizar os slides. A <a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/lift-10-stories" rel="nofollow">sessão</a> na qual eu falaria começou com <a href="http://liftconference.com/person/richardmurton" rel="nofollow">Richard Murton</a>, da Accenture, desfiando todo o jargão corporativo que tenta descobrir maneiras de transformar a sociabilidade online em dinheiro. Continuou com <a href="http://liftconference.com/person/russelldavies" rel="nofollow">Russel Davies</a>, do <a href="http://www.reallyinterestinggroup.com/" rel="nofollow">Really Interesting Group</a>, com uma <a href="http://liftconference.com/lift10/program/talk/russell-davies-printing-internet-out" rel="nofollow">apresentação</a> que para meu azar foi uma das mais bem avaliadas de toda a conferência. Achei também metarecicleira uma frase dele: "existem pedaços magníficos de infraestrutura dando sopa". Logo depois de Russel, foi minha vez.</p> <p>Já publiquei um relato mais detalhado <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">aqui</a>, então não vou me alongar por aqui. Ao fim, algumas pessoas interessantes vieram conversar. Minha percepção não foi tão boa, mas tudo bem. Gostei de ter sido elogiado pelo <a href="http://twitter.com/nicolasnova" rel="nofollow">Nicolas Nova</a>, um dos organizadores da Lift. Talvez ainda mais interessante, um monte de gente no Brasil comentou no twitter sobre a apresentação.</p> <p>Fiquei desconfortável com o formato da Lift - excelente para palestrantes carismáticos, o que não é meu estilo. Também me incomodou o foco geral em startups, imagem pública, publicidade e extração de lucro das mídias sociais. Puro espetáculo, muita preocupação com lucratividade e pouca com o mundo lá fora das planilhas. O fato de terem me chamado e aberto espaço pra outra perspectiva é interessante, mas ainda assim não pude deixar de me sentir o desvio controlado do tom geral da conferência. Lembrei um pouco da Shift em Lisboa, onde falei em 2006. Até tentei ir à festa de encerramento da Lift, mas rolou aquela cena típica de entrar no bar, as pessoas olharem por meio segundo e depois voltarem a atenção para seus grupinhos fechados outra vez. Galera esquisita, sem muito interesse na diferença. Ou é encanação minha, deixa pra lá.</p> <p>Mais sobre a Lift, minha participação e um pouquinho de Genebra <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">neste post</a>.</p> <h2>Karlsruhe - ZKM</h2> <p><img align="right" alt="Trabalhando no trem" src="http://farm5.static.flickr.com/4043/4613773446_f3e5018efa_m.jpg" />Fui de Genebra a Karlsruhe no sábado, de trem. Ainda na Suíça, o clima romântico à beira do lago Léman foi mudando para uma paisagem mais inexplorada, de montanha. Já fui reprogramando a mente para trocar meu parco francês pelo alemão infantil. Fiz conexão em Basileia. Ecos de história (Nietzsche) e da política do <a href="http://lixoeletronico.org" rel="nofollow">lixo eletrônico</a> (a convenção de Basileia). Tem alguma coisa de mistura ali, de um tipo mais comum de fronteira. À medida que avançava para a Alemanha e tomava distância da Suíça, percebia que nesta a mistura entre alemães, franceses e italianos pode ter sido benéfica para os todos.</p> <p>Percebi com algum espanto que o alemão agora me incomoda muito menos do que quando vivi por lá. É claro que a sensação vai além da língua - diferentes regiões da Alemanha têm diferentes níveis de abertura e interesse pela diferença. De dentro do trem, as placas com nomes como Freiburg (Cidade Livre) e Offenburg (Cidade Aberta) davam alguma esperança. Enquanto me aproximava do Meno, pensava nos antepassados da minha mãe que trocaram a Alemanha pelo Brasil no início do século XIX. Eram camponeses famintos? Desajustados, sonhadores? Atravessaram o mundo por ousadia, ganância cega, aventura, burrice? Impossível saber.</p> <p>Karlsruhe me recebeu com sol. O povo é bastante amigável, a cidade organizada como é de se esperar e bonitinha como eu não imaginava. Logo ao lado da estação de trem, um monte de bicicletas me fizeram pensar em Amsterdam (e Ubatuba). Fiz check-in no Ibis ao lado da estação, larguei as malas e fui direto ao <a href="http://zkm.de" rel="nofollow">ZKM</a>. Foi uma visita muito rápida, mas significativa. Percorri o máximo que pude dos experimentos expostos lá - muita coisa interativa, com experiências em 3D, e outras experimentações.</p> <p><img alt="Entrada do ZKM" src="http://farm4.static.flickr.com/3586/4613166005_40357c9916.jpg" /></p> <p>Fiquei pensando na importância desse tipo de espaço de exibição permanente. Tanto no sentido de criar acervo e memória quanto para formar público. Tive a impressão de que ainda estamos muito no começo, de que ainda é possível um monte de experimentação de linguagem e percepção, e que isso também tem um pouco de adequar a percepção. Fiquei pensando na transição da representação pictórica em duas dimensões para o desenvolvimento do olhar que entende a representação com perspectiva e planos de fuga - além da inovação formal, também é importante a formação da percepção.</p> <p><img alt="Screen @ ZKM" src="http://farm5.static.flickr.com/4049/4613157823_75c03ea597.jpg" /></p> <h2>Dresden e Berlin</h2> <p><img alt="Twitting!" src="http://farm5.static.flickr.com/4047/4613152889_cd9c8e9641.jpg" /></p> <p><img align="right" alt="Berlin Hauptbanhof" src="http://farm5.static.flickr.com/4045/4613785460_cdece98ffe_m.jpg" />Saindo de Karlsruhe passei dois dias em Dresden, onde vivi por quatro meses em 2007. Passando pelo prédio onde vivia, descobri que existe alguém chamadx T.witting ;). Dei algumas voltas em Neustadt, bebi as cervejas locais Radeberger e Waldschlösschen, tentei escutar a rádio livre do bairro (mas só peguei os horários de música clássica). Entrei em contato com o pessoal do TMA, mas não cheguei a visitar o espaço. Foi um tempo mais de descanso e de reconciliação com a cidade que foi tão fechada no passado - mas que dessa vez foi mais tranquila, porque eu não tinha expectativas ou maiores compromissos. Percebi mais claramente a importância de Neustadt - bairro de imigrantes, estudantes, artistas e minorias em geral - em evitar que Dresden vire um inferno neonazi.</p> <p>Encerrei a parte continental da viagem indo de trem até Berlim. Estava muito frio para andar, então acabei passando a hora e meia que tinha antes de ir para o aeroporto na própria estação de trem. Café, supermercado para comprar mostarda e teewurst, e lá fui eu para o aeroporto Schönefeld, pegar um busão aéreo vôo da Easyjet para Liverpool.</p> alemanha desvio eventos genebra intercâmbio internacional karlsruhe lift10 liftconference metareciclagem suíça tour trip zkm Mon, 24 May 2010 20:05:49 +0000 felipefonseca 9523 at http://efeefe.no-ip.org Rolê, parte 1 - velhomundo continental http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-1-velhomundo-continental <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Durante algumas semanas desse mês, fiz um rolê por alguns lugares da Europa, participando de eventos e conhecendo pessoas. Esse post é a primeira parte de uma tentativa de documentação com base em anotações, tweets e lembranças.</p> <h2>Genebra - Lift10</h2> <p>Meu primeiro destino foi Genebra, onde se realizaria a conferência <a href="http://liftconference.com/lift10" rel="nofollow">Lift 10</a>. Eu fui convidado a falar sobre <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e Brasil. Algumas semanas antes, um dos organizadores me mandou alguns vídeos com exemplos de palestras que foram bem recebidas em edições anteriores. Eram palestras de altíssimo nível, tanto que chegaram a me intimidar. Isso acabou me distraindo um pouco da conferência - fiquei bastante tempo andando pela cidade e elaborando ideias, ou no quarto escrevendo e reescrevendo.<br /> <img align="right" alt="Frio" src="http://farm5.static.flickr.com/4003/4613660582_b4f24c0f94_m_d.jpg" />Andar por Genebra é uma experiência singular. Um ar romântico e algo literário - impossível não procurar o Outro Borges espreitando em algum banco de praça, debaixo do frio inesperado para uma primavera. Além disso, a presença de todas as instituições internacionais em torno da ONU - e das delegações do mundo inteiro que vão para lá pleitear, debater, influenciar - evoca uma certa sensação de fronteira. Mas é uma fronteira mundial, uma fronteira de todas as nações, que parece atrair a presença de muitxs <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com/2009/07/13/147/" rel="nofollow">feiticeirxs</a>. A tudo isso se junta a coisa mais fria do dinheiro puro - muitos bancos, muitas lojas de grife, muita gente que cultua essas coisas.<br /> Publiquei mais algumas coisas sobre a cidade e a estrutura da Lift no <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/chegada-em-genebra-e-come%C3%A7o-da-lift" rel="nofollow">meu blog</a>.<br /> Uma das poucas sessões que assisti foi sobre "<a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/redefinition-privacy" rel="nofollow">A redefinição da privacidade</a>". Anotações abaixo:<br /> <img align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4001/4613047219_10c888bdbf_m_d.jpg" alt="Estrutura da CICG" /><a href="http://liftconference.com/person/oglass1" rel="nofollow">Oliver Glassey</a> declarou que as redes sociais representam o fim da privacidade. Disse que é um equívoco pensar que as novas gerações (os "nativos digitais", nas palavras dele) não sabem, não se preocupam ou nada fazem em relação a privacidade. Falou também sobre a moldagem coletiva da identidade social online: redes sociais como filtragem e enquadramento de identidade; diferenças entre a identidade virtual idealizada vs. a vida real estendida; exploração da própria definição do self. Sugeriu que, ao contrário do que se pensa, os perfis do facebook refletem a personalidade real das pessoas, não a idealização feita para adequação ao contexto local. Falou ainda sobre a reinvenção heterogênea dos limites particulares e pessoais: levantou a questão da privacidade como intimidade compartilhada (citando as pessoas que compartilham suas senhas); a oposição entre mídia íntima e "extimidade"; e sobre a emergência de culturas locais de intimidade e privacidade. Para ele, é o contexto social que define a privacidade. Comparou as identidades dinâmicas à mudança rápida de roupas. Colocou que a flexibilidade nos papeis sociais é diferente do ajuste fino de configurações de privacidade. Levantou algumas questões importantes: que a próxima brecha digital será entre as pessoas que têm ou não têm a possibilidade de reconstruir a privacidade online; e perguntou quais ferramentas, regras e normas vão permitir a memória social e também a amnésia social (ambas igualmente importantes).<br /> Minha opinião sobre a fala do Oliver é que tudo bem, o pânico com a privacidade é um exagero, mas que existem ameaças estruturais a ela que a mera criatividade e flexibilidade sociais não vão conseguir enfrentar.<br /> Em seguida, entrou o alemão <a href="http://liftconference.com/person/christianheller" rel="nofollow">Chris Heller</a>. Um auto-intitulado futurista, ele entrou no palco falando sobre pós-privacidade. Declarou que a privacidade se foi de vez, e que as pessoas tendem a associar privacidade a liberdade. Disse que não concorda totalmente. Usou como exemplo uma vila medieval - não existia privacidade. Evocou a ideia de que o espaço particular é feminino, e o espaço público masculino. Disse que também associa privacidade ao isolamento e à vergonha. Dá como exemplo a o fato de que os movimentos feminista e gay tiveram que ir a público (no sentido oposto à privacidade) para promover a tolerância, indicando que nem sempre a privacidade se trata de liberdade. Continuou no exemplo da vila medieval, sugerindo que se alguém fosse diferente, todos saberiam - o que levaria à repressão da diferença. Mas contrapõe a isso o fato de que nas redes, as pessoas podem escolher a sociedade que querem. Falou também da geração de conhecimento através da abertura (openness) para criticar o DRM.<br /> A sessão continuou com Martin Künzi, do exército da salvação, falando sobre como usam as redes para suas atividades. Não me interessou muito. Mais tarde, <a href="http://liftconference.com/person/lucas-grolleau" rel="nofollow">Lucas Grolleau</a> contou um pouco do seu trabalho com instrumentos musicais vintage, e fez música ao vivo com instrumentos e um sampler. A sessão terminou com <a href="http://www.liftconference.com/person/chris-woebken" rel="nofollow">Chris Woebken</a> e <a href="http://www.kenichiokada.com/projects/2008/animalsuperpowers.html" rel="nofollow">Kenichi Okada</a> apresentando o projeto <a href="http://chriswoebken.com/animalsuperpowers.html" rel="nofollow">Animal Superpowers</a>, que tenta reproduzir com dispositivos eletrônicos a percepção de diferentes animais (formigas, pombos, girafas).<br /> Perdi o interesse na sessão sobre "As velhas novas mídias". Quase saindo do <a href="http://cicg.ch/en/" rel="nofollow">CICG</a>, algumas coisas feitas com material reaproveitado chamaram minha atenção. Parei para conversar e conheci Michael Shiloh e Judy Castro, que realizavam um workshop de seu projeto <a href="http://teachmetomake.com" rel="nofollow">Teach me to make</a>, que pros meus olhos tendenciosos pareceu pura MetaReciclagem. Em resumo, os participantes do workshop passaram o dia inteiro inventando coisas a partir de um monte de objetos que estavam por lá. Toda aquela coisa de incentivar uma sensibilidade criativa do remix, do reuso, da ressignificação. Bom contato, e vou tentar manter pra gente articular algum tipo de intercâmbio.<br /> <img alt="Teach me to Make" src="http://farm5.static.flickr.com/4043/4613044897_801cea478f_d.jpg" /><br /> No dia seguinte, cheguei para a sessão sobre política, que começou com <a href="http://liftconference.com/person/rahafharfoush" rel="nofollow">Rahaf Harfoush</a>. Ela - que trabalha para o Fórum Econômico Mundial - falou sobre a campanha do Obama, numa perspectiva muito norte-americana e objetiva. O tom era sobre ferramentas para conquistar, dominar, obter sucesso e vitória. Me incomodou bastante que uma mesa sobre "política" só falasse sobre "campanha". Sinal dos tempos, claro. Espetáculo puro. Para ela, um vídeo do Obama jogando basquete, publicado na internet, é "criar relação com as pessoas". Depois ela melhorou um pouco, falando sobre opendata. Mas não trouxe nada de novo, na minha opinião. Na hora, perguntei no twitter: "e a política do dia a dia, onde tá? política tática, de bairro, de vizinhança. como as tecnologias mudam essa política?". Ela ainda deu uma bola dentro comentando sobre o pessoal do <a href="http://ushahidi.org/" rel="nofollow">Ushahidi</a>, sobre quem eu já tinha ouvido falar pelo <a href="http://cesarharada.com/" rel="nofollow">Cesar Harada</a>. Rahaf também falou sobre o papel das redes sociais nos protestos no Irã. Ao fim da apresentação, perguntas:<br /> <a href="http://www.liftconference.com/person/laurent-haug" rel="nofollow">Laurent Haug</a>: as mídias sociais poderiam ser utilizadas para outras finalidades além de campanhas?<br /> Rahaf sim, para entender o que as pessoas querem.<br /> Laurent: como gerenciar a grande quantidade de perguntas?<br /> Rahaf: O melhor é deixar as próprias pessoas decidirem quais são as perguntas importantes.<br /> Laurent: Isso ainda funciona se todos fizerem?<br /> Rahaf: A campanha mostrou as possibilidades. Daqui a pouco pode ser diferente.<br /> Laurent: Dados são facas de dois gumes?<br /> Rahaf: Quando uma coisa passa a ser monitorada, outra aparece. As pessoas são espertas.<br /> A apresentação seguinte foi de <a href="http://liftconference.com/person/claudia-sommer" rel="nofollow">Claudia Sommer</a>, do Greenpeace alemão. Já começou limitada, com Laurent dizendo que o Greenpeace é outra organização que está "espalhando sua mensagem". Mais uma apresentação sobre campanhas, sem muita conversa de política cotidiana.<br /> Encontrei o colega <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">bricoleiro</a> Alejo Duque, e aproveitei pra entrevistá-lo enquanto ele almoçava. Conversamos sobre coisas que estão acontecendo no Brasil e na Colômbia, sobre a ideia de laboratórios de mídia e como ela se adapta a diferentes contextos. Vou publicar a entrevista nas próximas semanas no <a href="http://culturadigital.br/redelabs/" rel="nofollow">blog Redelabs</a>.<br /> Voltei pro hotel pra preparar minha apresentação, que aconteceria no dia seguinte. Perdi a <a href="http://liftconference.com/lift10/program/talk/antonio-casilli-doomed-be-forever-young-social-archaeology-digital-natives" rel="nofollow">apresentação</a> do simpático <a href="http://liftconference.com/person/antoniocasilli" rel="nofollow">Antonio Casilli</a>. Eu até queria voltar também pro debate sobre <a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/whats-line-communities" rel="nofollow">comunidades online</a>, mas não consegui. Fiquei acordado até as três e pouco da manhã, escrevendo.<br /> Na sexta-feira, fui ao CICG de manhã para passar o som e testar meu laptop - tudo muito profissional - e voltei pro hotel pra dormir mais uma horinha. Fui de novo para lá por volta do meio-dia. Estava terminando de escrever e organizar os slides. A <a href="http://liftconference.com/lift10/program/session/lift-10-stories" rel="nofollow">sessão</a> na qual eu falaria começou com <a href="http://liftconference.com/person/richardmurton" rel="nofollow">Richard Murton</a>, da Accenture, desfiando todo o jargão corporativo que tenta descobrir maneiras de transformar a sociabilidade online em dinheiro. Continuou com <a href="http://liftconference.com/person/russelldavies" rel="nofollow">Russel Davies</a>, do <a href="http://www.reallyinterestinggroup.com/" rel="nofollow">Really Interesting Group</a>, com uma <a href="http://liftconference.com/lift10/program/talk/russell-davies-printing-internet-out" rel="nofollow">apresentação</a> que para meu azar foi uma das mais bem avaliadas de toda a conferência. Achei também metarecicleira uma frase dele: "existem pedaços magníficos de infraestrutura dando sopa". Logo depois de Russel, foi minha vez.<br /> Já publiquei um relato mais detalhado <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">aqui</a>, então não vou me alongar por aqui. Ao fim, algumas pessoas interessantes vieram conversar. Minha percepção não foi tão boa, mas tudo bem. Gostei de ter sido elogiado pelo <a href="http://twitter.com/nicolasnova" rel="nofollow">Nicolas Nova</a>, um dos organizadores da Lift. Talvez ainda mais interessante, um monte de gente no Brasil comentou no twitter sobre a apresentação.<br /> Fiquei desconfortável com o formato da Lift - excelente para palestrantes carismáticos, o que não é meu estilo. Também me incomodou o foco geral em startups, imagem pública, publicidade e extração de lucro das mídias sociais. Puro espetáculo, muita preocupação com lucratividade e pouca com o mundo lá fora das planilhas. O fato de terem me chamado e aberto espaço pra outra perspectiva é interessante, mas ainda assim não pude deixar de me sentir o desvio controlado do tom geral da conferência. Lembrei um pouco da Shift em Lisboa, onde falei em 2006. Até tentei ir à festa de encerramento da Lift, mas rolou aquela cena típica de entrar no bar, as pessoas olharem por meio segundo e depois voltarem a atenção para seus grupinhos fechados outra vez. Galera esquisita, sem muito interesse na diferença. Ou é encanação minha, deixa pra lá.<br /> Mais sobre a Lift, minha participação e um pouquinho de Genebra <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">neste post</a>.</p> <h2>Karlsruhe - ZKM</h2> <p><img align="right" alt="Trabalhando no trem" src="http://farm5.static.flickr.com/4043/4613773446_f3e5018efa_m.jpg" />Fui de Genebra a Karlsruhe no sábado, de trem. Ainda na Suíça, o clima romântico à beira do lago Léman foi mudando para uma paisagem mais inexplorada, de montanha. Já fui reprogramando a mente para trocar meu parco francês pelo alemão infantil. Fiz conexão em Basileia. Ecos de história (Nietzsche) e da política do <a href="http://lixoeletronico.org" rel="nofollow">lixo eletrônico</a> (a convenção de Basileia). Tem alguma coisa de mistura ali, de um tipo mais comum de fronteira. À medida que avançava para a Alemanha e tomava distância da Suíça, percebia que nesta a mistura entre alemães, franceses e italianos pode ter sido benéfica para os todos.<br /> Percebi com algum espanto que o alemão agora me incomoda muito menos do que quando vivi por lá. É claro que a sensação vai além da língua - diferentes regiões da Alemanha têm diferentes níveis de abertura e interesse pela diferença. De dentro do trem, as placas com nomes como Freiburg (Cidade Livre) e Offenburg (Cidade Aberta) davam alguma esperança. Enquanto me aproximava do Meno, pensava nos antepassados da minha mãe que trocaram a Alemanha pelo Brasil no início do século XIX. Eram camponeses famintos? Desajustados, sonhadores? Atravessaram o mundo por ousadia, ganância cega, aventura, burrice? Impossível saber.<br /> Karlsruhe me recebeu com sol. O povo é bastante amigável, a cidade organizada como é de se esperar e bonitinha como eu não imaginava. Logo ao lado da estação de trem, um monte de bicicletas me fizeram pensar em Amsterdam (e Ubatuba). Fiz check-in no Ibis ao lado da estação, larguei as malas e fui direto ao <a href="http://zkm.de" rel="nofollow">ZKM</a>. Foi uma visita muito rápida, mas significativa. Percorri o máximo que pude dos experimentos expostos lá - muita coisa interativa, com experiências em 3D, e outras experimentações.<br /> <img alt="Entrada do ZKM" src="http://farm4.static.flickr.com/3586/4613166005_40357c9916.jpg" /><br /> Fiquei pensando na importância desse tipo de espaço de exibição permanente. Tanto no sentido de criar acervo e memória quanto para formar público. Tive a impressão de que ainda estamos muito no começo, de que ainda é possível um monte de experimentação de linguagem e percepção, e que isso também tem um pouco de adequar a percepção. Fiquei pensando na transição da representação pictórica em duas dimensões para o desenvolvimento do olhar que entende a representação com perspectiva e planos de fuga - além da inovação formal, também é importante a formação da percepção.<br /> <img alt="Screen @ ZKM" src="http://farm5.static.flickr.com/4049/4613157823_75c03ea597.jpg" /></p> <h2>Dresden e Berlin</h2> <p><img alt="Twitting!" src="http://farm5.static.flickr.com/4047/4613152889_cd9c8e9641.jpg" /><br /> <img align="right" alt="Berlin Hauptbanhof" src="http://farm5.static.flickr.com/4045/4613785460_cdece98ffe_m.jpg" />Saindo de Karlsruhe passei dois dias em Dresden, onde vivi por quatro meses em 2007. Passando pelo prédio onde vivia, descobri que existe alguém chamadx T.witting ;). Dei algumas voltas em Neustadt, bebi as cervejas locais Radeberger e Waldschlösschen, tentei escutar a rádio livre do bairro (mas só peguei os horários de música clássica). Entrei em contato com o pessoal do TMA, mas não cheguei a visitar o espaço. Foi um tempo mais de descanso e de reconciliação com a cidade que foi tão fechada no passado - mas que dessa vez foi mais tranquila, porque eu não tinha expectativas ou maiores compromissos. Percebi mais claramente a importância de Neustadt - bairro de imigrantes, estudantes, artistas e minorias em geral - em evitar que Dresden vire um inferno neonazi.<br /> Encerrei a parte continental da viagem indo de trem até Berlim. Estava muito frio para andar, então acabei passando a hora e meia que tinha antes de ir para o aeroporto na própria estação de trem. Café, supermercado para comprar mostarda e teewurst, e lá fui eu para o aeroporto Schönefeld, pegar um busão aéreo vôo da Easyjet para Liverpool.</p> alemanha desvio eventos genebra intercâmbio internacional karlsruhe lift10 liftconference metareciclagem suíça tour trip zkm Mon, 24 May 2010 20:05:49 +0000 felipefonseca 7769 at http://efeefe.no-ip.org