efeefe - geo http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/459/0 pt-br SIMAP-LN http://efeefe.no-ip.org/agregando/simap-ln <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Deu no <a href="http://litoralsustentavel.org.br/noticias-regiao/sistema-desenvolvido-no-cietec-reune-informacao-ambiental-do-litoral-norte-de-sao-paulo/" rel="nofollow" rel="nofollow">Litoral Sustentável</a>:</p> <blockquote> <p>Um sistema online desenvolvido no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), instituição ligada à USP, irá produzir um banco de dados georreferenciados sobre os aspectos ambientais do Litoral Norte do Estado de São Paulo. Criado pela empresa SALT Ambiental, incubada no Cietec, o Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental Participativo do Litoral Norte (SIMAP-LN) permite que qualquer pessoa com acesso a internet tenha acesso aos dados disponíveis e se cadastre para contribuir com novas observações. O SIMAP-LN reúne informações sobre praias, pontos de mergulho, avistamento de animais marinhos e crimes ambientais ocorridos na região.</p> </blockquote> <p>O site está disponível <a href="http://www.simapln.com.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a>. Por enquanto tem pouca informação, mas pelo que entendi eles esperam receber contribuições de forma colaborativa. Também não vi nenhuma informação técnica: não entendi se o sistema está baseado em alguma tecnologia que já existia, se faz uso de tecnologias livres ou se está integrado a outras iniciativas. Nem de que forma se prevê sua sustentação futura. É uma iniciativa interessante, mas espero que não seja mais um daqueles projetos feitos por instituições que não estão enraizadas no cenário local e que depois de algum tempo simplesmente desaparecem.</p><a href="http://ubalab.org/blog/simap-ln" title="SIMAP-LN" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">Deu no Litoral Sustent&aacute;vel: Um sistema online desenvolvido no Centro de Inova&ccedil;&atilde;o, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), institui&ccedil;&atilde;o ligada &agrave; USP, ir&aacute; produzir um banco de dados georreferenciados sobre os aspectos ambientais do Litoral Norte do Estado de S&atilde;o Paulo. Criado pela empresa SALT Ambiental, incubada no Cietec, o Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental Participativo do Litoral Norte (SIMAP-LN) permite que qualquer pessoa com acesso a internet tenha acesso aos dados dispon&iacute;veis e se cadastre para contribuir com novas observa&ccedil;&otilde;es. O SIMAP-LN re&uacute;ne informa&ccedil;&otilde;es sobre praias, pontos de mergulho, avistamento de animais marinhos e crimes ambientais ocorridos na regi&atilde;o.O site est&aacute; dispon&iacute;vel aqui. Por enquanto tem pouca informa&ccedil;&atilde;o, mas pelo que entendi eles esperam receber contribui&ccedil;&otilde;es de forma colaborativa. Tamb&eacute;m n&atilde;o vi nenhuma informa&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica: n&atilde;o entendi se o sistema est&aacute; baseado em alguma tecnologia que j&aacute; existia, se faz uso de tecnologias livres ou se est&aacute; integrado a outras iniciativas. Nem de que forma se prev&ecirc; sua sustenta&ccedil;&atilde;o futura. &Eacute; uma iniciativa interessante, mas espero que n&atilde;o seja mais um daqueles projetos feitos por institui&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o est&atilde;o enraizadas no cen&aacute;rio local e que depois de algum tempo simplesmente desaparecem.</a> blogs feeds geo litoral norte mapeamento projetos ubalab ubatuba Fri, 21 Mar 2014 19:46:06 +0000 felipefonseca 13178 at http://efeefe.no-ip.org Ensaio Tropixel http://efeefe.no-ip.org/agregando/ensaio-tropixel <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Com o objetivo de continuar e aprofundar as colaborações que surgiram a partir da realização do festival Tropixel em outubro passado, estamos elaborando uma programação mais focada e em pequena escala. São os Ensaios Tropixel, dedicados a desenvolver ideias e concretizá-las. A primeira edição acontece no fim de semana de 5 e 6 de abril, aqui em Ubatuba, e será realizada em parceria com o Labmovel. <a href="/ensaio/abril14" rel="nofollow" rel="nofollow">Saiba mais sobre o Ensaio Tropixel #1</a> e participe!</p> <p><a href="http://tropixel.ubalab.org/ensaio/abril14" title="http://tropixel.ubalab.org/ensaio/abril14" rel="nofollow" rel="nofollow">http://tropixel.ubalab.org/ensaio/abril14</a><br />  </p><a href="http://ubalab.org/blog/ensaio-tropixel" title="Ensaio Tropixel" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">Com o objetivo de continuar e aprofundar as colabora&ccedil;&otilde;es que surgiram a partir da realiza&ccedil;&atilde;o do festival Tropixel em outubro passado, estamos elaborando uma programa&ccedil;&atilde;o mais focada e em pequena escala. S&atilde;o os Ensaios Tropixel, dedicados a desenvolver ideias e concretiz&aacute;-las. A primeira edi&ccedil;&atilde;o acontece no fim de semana de 5 e 6 de abril, aqui em Ubatuba, e ser&aacute; realizada em parceria com o Labmovel. Saiba mais sobre o Ensaio Tropixel #1 e participe!http://tropixel.ubalab.org/ensaio/abril14 &nbsp;</a> blogs eventos feeds geo gps mapeamento projetos tropixel ubalab ubatuba Wed, 12 Mar 2014 01:43:45 +0000 felipefonseca 13176 at http://efeefe.no-ip.org Oficina Mapas Digitais: Cartografia Colaborativa http://efeefe.no-ip.org/agregando/oficina-mapas-digitais-cartografia-colaborativa <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Coordenação: Felipe Fonseca<br /> 29/3 - sábado - 10h às 17h (pausa de 1h para almoço)<br /> Público: interessados na técnica da cartografia para fins culturais<br /> Inscrições: 7/1 a 21/3<br /> Seleção: primeiros inscritos<br /> 25 vagas<br /> Local: Rua Coronel Domingues de Castro, 33 – Centro</p> <p>São Luiz do Paraitinga</p> <p><img alt="" src="/sites/ubalab.org/files/images/10006076_223685334497906_2094761193_o.jpg" width="500" /></p> <p>Em tempos recentes, uma série de novas tecnologias digitais vem possibilitando a utilização de informações geográficas para repensar o lugar do indivíduo e da comunidade no mundo. Esta oficina promoverá reflexões sobre o papel dos mapas digitais na sociedade contemporânea, expondo usos criativos da cartografia como elemento de identidade e engajamento social.</p> <p>Felipe Fonseca é mestrando em Divulgação Cientifica e Cultural (Labjor-Unicamp), pesquisador, curador, escritor e articulador de projetos de apropriação crítica de tecnologias digitais, laboratórios de mídia, arte eletrônica, cultura digital experimental e colaboração em rede. É cofundador da rede MetaReciclagem (2002), do coletivo Desvio (2009), do blog Lixo Eletrônico (2008), da plataforma Rede//Labs (2010) e de diversas outras iniciativas, como o núcleo Ubalab, o coletivo editorial MutGamb e a rede Bricolabs.</p><a href="http://ubalab.org/blog/oficina-mapas-digitais-cartografia-colaborativa" title=" Cartografia Colaborativa" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">Coordena&ccedil;&atilde;o: Felipe Fonseca 29/3 - s&aacute;bado&nbsp;-&nbsp;10h &agrave;s 17h (pausa de 1h para almo&ccedil;o) P&uacute;blico: interessados na t&eacute;cnica da cartografia para fins culturais Inscri&ccedil;&otilde;es: 7/1 a 21/3 Sele&ccedil;&atilde;o: primeiros inscritos 25 vagas Local: Rua Coronel Domingues de Castro, 33 &ndash; CentroS&atilde;o Luiz do ParaitingaEm tempos recentes, uma s&eacute;rie de novas tecnologias digitais vem possibilitando a utiliza&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es geogr&aacute;ficas para repensar o lugar do indiv&iacute;duo e da comunidade no mundo. Esta oficina promover&aacute; reflex&otilde;es sobre o papel dos mapas digitais na sociedade contempor&acirc;nea, expondo usos criativos da cartografia como elemento de identidade e engajamento social.Felipe Fonseca &eacute; mestrando em Divulga&ccedil;&atilde;o Cientifica e Cultural (Labjor-Unicamp), pesquisador, curador, escritor e articulador de projetos de apropria&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica de tecnologias digitais, laborat&oacute;rios de m&iacute;dia, arte eletr&ocirc;nica, cultura digital experimental e colabora&ccedil;&atilde;o em rede. &Eacute; cofundador da rede MetaReciclagem (2002), do coletivo Desvio (2009), do blog Lixo Eletr&ocirc;nico (2008), da plataforma Rede//Labs (2010) e de diversas outras iniciativas, como o n&uacute;cleo Ubalab, o coletivo editorial MutGamb e a rede Bricolabs.</a> blogs cartografia feeds geo oficinas projetos ubalab ubatuba Wed, 12 Mar 2014 00:32:34 +0000 felipefonseca 13175 at http://efeefe.no-ip.org Oficinas - Rádio e Mapas http://efeefe.no-ip.org/agregando/oficinas-radio-e-mapas <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Publicando alguns resultados das oficinas de Rádio e Mapas que desenvolvemos na Semana de Educação de Ubatuba:</p> <a href="https://soundcloud.com/efeefe/ubatuba-sim-como-assim" rel="nofollow" rel="nofollow">Programinha de rádio "Ubatuba Sim - Como Assim?"</a> falando sobre a onda de frio na cidade. Fotos da oficina de Mapas digitais, abaixo (veja mais no <a href="https://www.flickr.com/photos/felipefonseca/sets/72157624852757243/" rel="nofollow" rel="nofollow">Set Ubalab</a> do Flickr). <p><br /> <img alt="" src="https://farm8.staticflickr.com/7411/9380416302_81a3393781_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm4.staticflickr.com/3796/9377612881_f168f55f12_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm6.staticflickr.com/5550/9377607961_92d187b370_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm3.staticflickr.com/2891/9380395782_7123fc4840_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm8.staticflickr.com/7439/9377591715_de9c6b9cbe_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm4.staticflickr.com/3770/9380379524_ee6ca37248_d.jpg" /></p> <p><img alt="" src="https://farm4.staticflickr.com/3765/9377574675_4016dc3d9f_d.jpg" /></p><a href="http://ubalab.org/blog/oficinas-radio-e-mapas" title="Oficinas - Rádio e Mapas" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">Publicando alguns resultados das oficinas de R&aacute;dio e Mapas que desenvolvemos na Semana de Educa&ccedil;&atilde;o de Ubatuba: Programinha de r&aacute;dio &quot;Ubatuba Sim - Como Assim?&quot; falando sobre a onda de frio na cidade. Fotos da oficina de Mapas digitais, abaixo (veja mais no Set Ubalab do Flickr).</a> blogs eventos feeds geo oficinas projetos rádio semana ubalab ubatuba Sat, 27 Jul 2013 20:37:32 +0000 felipefonseca 12984 at http://efeefe.no-ip.org Oca Digital - mapas e zasf http://efeefe.no-ip.org/agregando/oca-digital-mapas-e-zasf <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Em meados de julho, passei uma semana em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Oliven%C3%A7a_%28Bahia%29" rel="nofollow" rel="nofollow">Olivença</a> imerso na <a href="http://ocadigital.art.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">Oca Digital</a>, projeto da Associação <a href="http://thydewa.org/" rel="nofollow" rel="nofollow">Thydewá</a> - responsável também por outros projetos como o <a href="http://www.indiosonline.net/" rel="nofollow" rel="nofollow">Índios Online</a>, o portal <a href="http://www.risada.org/" rel="nofollow" rel="nofollow">Risada</a> e outros. Sebastian Gerlic, coordenador da Thydewá, foi generoso: fez um convite aberto, para que eu levasse para lá um pouco da reflexão sobre <a href="http://redelabs.org" rel="nofollow" rel="nofollow">laboratórios experimentais</a>, sem necessidade de fechar de antemão uma pauta detalhada. Me preparei para brincar um pouco com a <a href="http://desvio.cc/tag/zasf" rel="nofollow" rel="nofollow">ZASF</a> e ver o que mais acontecia por lá.</p> <p>A Oca Digital está rolando com três turmas simultâneas, de diferentes idades e níveis de intimidade com a tecnologia. Além delas, haveria também um grupo de parentes vindos de localidades diversas que estão trabalhando em um livro de memória. O cenário de tudo isso ainda contava com o contexto social no entorno.</p> <p>A razão para existência da associação e de muitos de seus projetos é a situação de luta dos <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Tupinamb%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a" rel="nofollow" rel="nofollow">Tupinambá de Olivença</a>. Eles já foram reconhecidos há alguns anos, e desde então aguardam a demarcação do território. Frente à inércia das autoridades, há pouco tempo os caciques decidiram começar o processo de <a href="http://www.indiosonline.net/auto-demarcacao-do-povo-tupinamba/" rel="nofollow" rel="nofollow">autodemarcação</a>. Lideranças, guerreiros e juventude estão tomando a frente, retomando o território que é seu por direito. As aldeias, comunidades e áreas de retomada são dispersas em uma região ampla, e a comunicação entre elas acontece principalmente através das estradas (de terra). Celulares e internet ainda alcançam muito pouco do território. Com a atração pela vida urbana, muitxs jovens têm pouco conhecimento do território, marcos importantes e disputas.</p> <p><img alt="Mapa feito pelos índios" src="http://ocadigital.art.br/wp-content/uploads/2012/07/IMG_2907.jpg" width="500" /></p> <p>Ao longo dos dias seguintes eu decidi me concentrar em duas linhas: por um lado fazer experiências, conversar e mostrar coisas relacionadas a internet, autonomia, redes e serviços locais; e por outro explorar alguns aspectos de geografia experimental, mapas e cartografia.</p> <p>Aproveitei para aprimorar um pouco mais a ZASF - instalei com sucesso um servidor Icecast, e montei uma rádio local de teste - que consegui acessar pelos smartphones do projeto via wifi. Fiz um monte de testes com outras coisas - servidores DLNA/uPNP, diferentes soluções de voz (sem muito sucesso por enquanto). Depois, repliquei alguns dos serviços na rede local - instalei um servidor <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/LAMP_%28software_bundle%29" rel="nofollow" rel="nofollow">LAMP</a>, samba, ushare, icecast e outras coisas.</p> <p>Pra trabalhar com mapas, decidi repetir o que havíamos <a href="http://blog.redelabs.org/blog/hacklab-enredado" rel="nofollow" rel="nofollow">feito em Santarém</a> ano passado: projetar um mapa online sobre um papel colado na parede, e fazer o pessoal desenhar seu próprio mapa. No processo fomos descobrindo pontos importantes da região, espaços em disputa, conquistas aparentemente consolidadas, etc. Debatemos também sobre o que são os mapas, a que (e a quem) servem, e quem pode ter acesso a eles. Levantamos a questão sobre a natureza dúbia do mapa cidadão, que pode ser utilizado como ferramenta de identidade ao mesmo tempo em que pode oferecer de mão beijada informações importantes para os adversários. Sobrepusemos um mapa que alguém havia recebido do <a href="http://socioambiental.org" rel="nofollow" rel="nofollow">ISA</a>, indicando o que deveria ser a terra dos Tupinambá de Olivença, e pudemos perceber o quanto ainda precisa ser feito. Contamos com o conhecimento de terreno de gente importante como o Jaborandy, que está construindo a ponte entre tecnologias novas e tradicionais. Constatamos que as estradas estavam marcadas no lugar errado, nos mapas digitais corporativos. Fizemos o traçado correto no mapa na parede. Também percebemos que Olivença nem constava nesses mapas. O nome está lá, mas não existe nenhuma rua. Felizmente, existe o Openstreetmap. Saímos à rua para registrar os caminhos com o GPS dos smartphones do projeto. Percorremos algumas ruas de Olivença, fizemos anotações, conversamos com as pessoas. De volta ao lab, subimos as trilhas para o <a href="http://josm.openstreetmap.de" rel="nofollow" rel="nofollow">josm</a>, identificamos e tagueamos as ruas. E pronto: <a href="http://www.openstreetmap.org/?lat=-14.94612&lon=-39.01058&zoom=17&layers=M" rel="nofollow" rel="nofollow">Olivença está no mapa</a>!</p> <p><img alt="" src="http://ocadigital.art.br/wp-content/gallery/zasf/img_2917.jpg" width="500" /></p> <p>Ainda tive a oportunidade de participar um pouco do processo que o Angel estava desenvolvendo com os alunos - produzindo vídeos, músicas e relatos. Participei também de algumas conversas com o grupo que trabalhava no livro - sobre formatos de publicação online, licenças livres e mapas.</p> <p>O tempo foi curto, mas deu pra ter uma noção de coisas que precisam ser feitas. A relação da Thydewá com os Tupinambá também deu inspiração para novas investidas na ZASF - é um caso concreto de aplicação potencial de redes autônomas bem estruturadas.</p> <p>Quero agradecer mais uma vez ao convite feito pela associação e todo o pessoal. Fui muito bem acolhido e me senti em casa. Voltei até um pouco mais pesado, porque as refeições eram fartas e frequentes ;) Espero retornar e pôr em prática a ZASF no território tupinambá...</p> <p>Awere!</p> <p>(fotos de <a href="http://livresoft.org/" rel="nofollow" rel="nofollow">Helder Câmara Jr</a>)</p><a href="http://ubalab.org/blog/oca-digital-mapas-e-zasf" title="Oca Digital - mapas e zasf" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">Em meados de julho, passei uma semana em Oliven&ccedil;a imerso na Oca Digital, projeto da Associa&ccedil;&atilde;o Thydew&aacute; - respons&aacute;vel tamb&eacute;m por outros projetos como o &Iacute;ndios Online, o portal Risada e outros. Sebastian Gerlic, coordenador da Thydew&aacute;, foi generoso: fez um convite aberto, para que eu levasse para l&aacute; um pouco da reflex&atilde;o sobre laborat&oacute;rios experimentais, sem necessidade de fechar de antem&atilde;o uma pauta detalhada. Me preparei para brincar um pouco com a ZASF e ver o que mais acontecia por l&aacute;.A Oca Digital est&aacute; rolando com tr&ecirc;s turmas simult&acirc;neas, de diferentes idades e n&iacute;veis de intimidade com a tecnologia. Al&eacute;m delas, haveria tamb&eacute;m um grupo de parentes vindos de localidades diversas que est&atilde;o trabalhando em um livro de mem&oacute;ria. O cen&aacute;rio de tudo isso ainda contava com o contexto social no entorno.A raz&atilde;o para exist&ecirc;ncia da associa&ccedil;&atilde;o e de muitos de seus projetos &eacute; a situa&ccedil;&atilde;o de luta dos Tupinamb&aacute; de Oliven&ccedil;a. Eles j&aacute; foram reconhecidos h&aacute; alguns anos, e desde ent&atilde;o aguardam a demarca&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio. Frente &agrave; in&eacute;rcia das autoridades, h&aacute; pouco tempo os caciques decidiram come&ccedil;ar o processo de autodemarca&ccedil;&atilde;o. Lideran&ccedil;as, guerreiros e juventude est&atilde;o tomando a frente, retomando o territ&oacute;rio que &eacute; seu por direito. As aldeias, comunidades e &aacute;reas de retomada s&atilde;o dispersas em uma regi&atilde;o ampla, e a comunica&ccedil;&atilde;o entre elas acontece principalmente atrav&eacute;s das estradas (de terra). Celulares e internet ainda alcan&ccedil;am muito pouco do territ&oacute;rio. Com a atra&ccedil;&atilde;o pela vida urbana, muitxs jovens t&ecirc;m pouco conhecimento do territ&oacute;rio, marcos importantes e disputas.Ao longo dos dias seguintes eu decidi me concentrar em duas linhas: por um lado fazer experi&ecirc;ncias, conversar e mostrar coisas relacionadas a internet, autonomia, redes e servi&ccedil;os locais; e por outro explorar alguns aspectos de geografia experimental, mapas e cartografia.Aproveitei para aprimorar um pouco mais a ZASF - instalei com sucesso um servidor Icecast, e montei uma r&aacute;dio local de teste - que consegui acessar pelos smartphones do projeto via wifi. Fiz um monte de testes com outras coisas - servidores DLNA/uPNP, diferentes solu&ccedil;&otilde;es de voz (sem muito sucesso por enquanto). Depois, repliquei alguns dos servi&ccedil;os na rede local - instalei um servidor LAMP, samba, ushare, icecast e outras coisas.Pra trabalhar com mapas, decidi repetir o que hav&iacute;amos feito em Santar&eacute;m ano passado: projetar um mapa online sobre um papel colado na parede, e fazer o pessoal desenhar seu pr&oacute;prio mapa. No processo fomos descobrindo pontos importantes da regi&atilde;o, espa&ccedil;os em disputa, conquistas aparentemente consolidadas, etc. Debatemos tamb&eacute;m sobre o que s&atilde;o os mapas, a que (e a quem) servem, e quem pode ter acesso a eles. Levantamos a quest&atilde;o sobre a natureza d&uacute;bia do mapa cidad&atilde;o, que pode ser utilizado como ferramenta de identidade ao mesmo tempo em que pode oferecer de m&atilde;o beijada informa&ccedil;&otilde;es importantes para os advers&aacute;rios. Sobrepusemos um mapa que algu&eacute;m havia recebido do ISA, indicando o que deveria ser a terra dos Tupinamb&aacute; de Oliven&ccedil;a, e pudemos perceber o quanto ainda precisa ser feito. Contamos com o conhecimento de terreno de gente importante como o Jaborandy, que est&aacute; construindo a ponte entre tecnologias novas e tradicionais. Constatamos que as estradas estavam marcadas no lugar errado, nos mapas digitais corporativos. Fizemos o tra&ccedil;ado correto no mapa na parede. Tamb&eacute;m percebemos que Oliven&ccedil;a nem constava nesses mapas. O nome est&aacute; l&aacute;, mas n&atilde;o existe nenhuma rua. Felizmente, existe o Openstreetmap. Sa&iacute;mos &agrave; rua para registrar os caminhos com o GPS dos smartphones do projeto. Percorremos algumas ruas de Oliven&ccedil;a, fizemos anota&ccedil;&otilde;es, conversamos com as pessoas. De volta ao lab, subimos as trilhas para o josm, identificamos e tagueamos as ruas. E pronto: Oliven&ccedil;a est&aacute; no mapa!Ainda tive a oportunidade de participar um pouco do processo que o Angel estava desenvolvendo com os alunos - produzindo v&iacute;deos, m&uacute;sicas e relatos. Participei tamb&eacute;m de algumas conversas com o grupo que trabalhava no livro - sobre formatos de publica&ccedil;&atilde;o online, licen&ccedil;as livres e mapas.O tempo foi curto, mas deu pra ter uma no&ccedil;&atilde;o de coisas que precisam ser feitas. A rela&ccedil;&atilde;o da Thydew&aacute; com os Tupinamb&aacute; tamb&eacute;m deu inspira&ccedil;&atilde;o para novas investidas na ZASF - &eacute; um caso concreto de aplica&ccedil;&atilde;o potencial de redes aut&ocirc;nomas bem estruturadas.Quero agradecer mais uma vez ao convite feito pela associa&ccedil;&atilde;o e todo o pessoal. Fui muito bem acolhido e me senti em casa. Voltei at&eacute; um pouco mais pesado, porque as refei&ccedil;&otilde;es eram fartas e frequentes ;) Espero retornar e p&ocirc;r em pr&aacute;tica a ZASF no territ&oacute;rio tupinamb&aacute;...Awere!(fotos de Helder C&acirc;mara Jr)</a> aliadxs bahia blogs costa do cacau feeds geo litoral ocadigital olivença projetos tupinambá de olivença ubalab ubatuba zasf Tue, 07 Aug 2012 02:40:08 +0000 felipefonseca 12699 at http://efeefe.no-ip.org Mata Atlântica no litoral norte http://efeefe.no-ip.org/agregando/mata-atlantica-no-litoral-norte <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>INPE e SOS Mata Atlântica <a href="http://www.sosma.org.br/blog/?p=8605" rel="nofollow" rel="nofollow">divulgaram semana passada</a> o estado da preservação da Mata Atlântica. O Imprensa Livre <a href="http://imprensalivre.com/busca/top_busca.php?edit=3&id=43207" rel="nofollow" rel="nofollow">noticiou</a> que Ubatuba continua tendo o maior espaço remanescente.Fui pesquisar um pouco mais sobre isso e acabei encontrando a <a href="http://mapas.sosma.org.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">plataforma georreferenciada</a> do SOSMA, com dados de preservação (de 2008) no Brasil inteiro.</p><a href="http://ubalab.org/blog/mata-atlantica-no-litoral-norte" title="Mata Atlântica no litoral norte" lang="en_GB" rev="large" class="FlattrButton" rel="nofollow">INPE e SOS Mata Atl&acirc;ntica divulgaram semana passada o estado da preserva&ccedil;&atilde;o da Mata Atl&acirc;ntica. O Imprensa Livre noticiou que Ubatuba continua tendo o maior espa&ccedil;o remanescente.Fui pesquisar um pouco mais sobre isso e acabei encontrando a plataforma georreferenciada do SOSMA, com dados de preserva&ccedil;&atilde;o (de 2008) no Brasil inteiro.</a> blogs feeds geo inpe mata atlântica projetos sos mata atlântica ubalab ubatuba Sun, 03 Jun 2012 23:32:14 +0000 felipefonseca 12467 at http://efeefe.no-ip.org Mapeando Ubatuba http://efeefe.no-ip.org/agregando/mapeando-ubatuba <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Parte do projeto <a href="http://ubalab.org" rel="nofollow" rel="nofollow">Ubalab</a> é propor <a href="/tag/mapas" rel="nofollow" rel="nofollow">experiências com mapeamento digital</a> em Ubatuba. Na iminência do <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/HiperTropicalAjude" rel="nofollow" rel="nofollow">Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem</a> que acontece semana que vem na cidade, quero aproveitar para exibir o site onde estou registrando algumas dessas experiências. Como já <a href="/blog/editando-mapas" rel="nofollow" rel="nofollow">comentei antes</a>, o site sobrepõe à base do <a href="http://www.openstreetmap.org/" rel="nofollow" rel="nofollow">openstreetmap</a> uma camada de conteúdo personalizado.</p> <p><img alt="" src="/sites/ubalab.org/files/images/2012-05-19_mapas-ubalab.png" /></p> <p>Até agora, estava me baseando na minha experiência pessoal - espaços na cidade que representassem para mim alguma coisa em termos culturais, ambientais ou sociais. Não me detive muito nesse aspecto, estava mais interessado em entender melhor os processos ligados ao mapeamento em si. Mas o Encontrão parece uma boa oportunidade para ampliar um pouco esse escopo, então nos próximos dias vou inserir mais pontos - inclusive alguns envolvidos com o Encontrão -, arrumar alguns detalhes e, principalmente, abrir um <a href="http://mapas.ubalab.org/form/mapeamento" rel="nofollow" rel="nofollow">espaço para contribuições ao mapa</a>. Se você tem alguma sugestão sobre lugares que deveriam estar no mapa e ainda não estão lá, por favor <a href="http://mapas.ubalab.org/form/mapeamento" rel="nofollow" rel="nofollow">mande sua contribuição</a>.</p> var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'Mapeando Ubatuba'; var flattr_dsc = '<p>Parte do projeto <a href="http://ubalab.org" rel="nofollow">Ubalab</a> &eacute; propor <a href="/tag/mapas" rel="nofollow">experi&ecirc;ncias com mapeamento digital</a> em Ubatuba. Na imin&ecirc;ncia do <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/HiperTropicalAjude" rel="nofollow">Encontr&atilde;o Hipertropical de MetaReciclagem</a> que acontece semana que vem na cidade, quero aproveitar para exibir o site onde estou registrando algumas dessas experi&ecirc;ncias. Como j&aacute; <a href="/blog/editando-mapas" rel="nofollow">comentei antes</a>, o site sobrep&otilde;e &agrave; base do <a href="http://www.openstreetmap.org/" rel="nofollow">openstreetmap</a> uma camada de conte&uacute;do personalizado.</p><p><img alt="" src="/sites/ubalab.org/files/images/2012-05-19_mapas-ubalab.png" style="width: 500px; height: 363px;" /></p><p>At&eacute; agora, estava me baseando na minha experi&ecirc;ncia pessoal - espa&ccedil;os na cidade que representassem para mim alguma coisa em termos culturais, ambientais ou sociais. N&atilde;o me detive muito nesse aspecto, estava mais interessado em entender melhor os processos ligados ao mapeamento em si. Mas o Encontr&atilde;o parece uma boa oportunidade para ampliar um pouco esse escopo, ent&atilde;o nos pr&oacute;ximos dias vou inserir mais pontos - inclusive alguns envolvidos com o Encontr&atilde;o -, arrumar alguns detalhes e, principalmente, abrir um <a href="http://mapas.ubalab.org/form/mapeamento" rel="nofollow">espa&ccedil;o para contribui&ccedil;&otilde;es ao mapa</a>. Se voc&ecirc; tem alguma sugest&atilde;o sobre lugares que deveriam estar no mapa e ainda n&atilde;o est&atilde;o l&aacute;, por favor <a href="http://mapas.ubalab.org/form/mapeamento" rel="nofollow">mande sua contribui&ccedil;&atilde;o</a>.</p>'; var flattr_tag = 'geo,mapas,mapeamento,ubatuba'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://ubalab.org/blog/mapeando-ubatuba'; var flattr_lng = 'en_GB' blogs feeds geo mapas mapeamento projetos ubalab ubatuba Sat, 19 May 2012 05:10:30 +0000 felipefonseca 12393 at http://efeefe.no-ip.org Ciência cidadã - conversa com Andres Burbano http://efeefe.no-ip.org/agregando/ciencia-cidada-conversa-com-andres-burbano <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><img alt="" src="http://farm8.staticflickr.com/7196/7069436117_f3e575a326_d.jpg" /></p> <p>No começo<img align="right" alt="" src="http://farm6.staticflickr.com/5469/7069436193_edb1120b48_n_d.jpg" width="180" /> de março aconteceu a etapa do Rio de Janeiro do <a href="http://www.artemov.net/circuito2012/" rel="nofollow" rel="nofollow">circuito Arte.mov</a>, evento que se define como um “espaço para a produção e reflexão crítica em torno da chamada 'cultura da mobilidade'”. A programação contou com debates e apresentações no Parque das Ruínas, na capital fluminense, além de uma oficina de cartografia experimental com o artista e pesquisador colombiano <a href="http://burbane.org" rel="nofollow" rel="nofollow">Andres Burbano</a>. A oficina seria realizada novamente no dia seguinte, na <a href="http://nuvem.tk" rel="nofollow" rel="nofollow">Nuvem</a>, Hacklab Rural em Visconde de Mauá – na região serrana entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Burbano desenvolve atualmente na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, EUA, sua pesquisa de doutorado sobre a história das tecnologias de comunicação na América Latina. Ele explora a interação entre ciência, arte e tecnologia, experimentando com possibilidades de desenvolvimento da chamada “ciência cidadã”. A oficina que realizou no Rio e em Mauá tratava de mapeamento aéreo a partir de câmeras digitais presas a balões feitos à mão. Cada balão flutuava por alguns minutos, fazendo fotos que depois seriam utilizadas para gerar cartografias colaborativas da região. Conversamos por alguns minutos, acompanhados dos artistas Bruno Vianna e Cinthia Mendonça, que coordenam a Nuvem junto com Luciana Fleischmann. A conversa começou durante a oficina de mapeamento aéreo.</p> <p>Felipe Fonseca: O que isso tudo tem a ver com ciência?</p> <p>Andres Burbano: A ideia da oficina com os balões é explorar a ciência cidadã. Como o cidadão comum - você, eu, o professor ali - pode projetar de forma barata experimentos que  ajudem a tomar decisões, pressionar o governo, entender onde estamos.</p> <p>FF quero entender essa inflexão da ideia de ciência com o cidadão. A tal ciência hacker, ciência livre. Nesse campo de fronteira, qual é o limite? O que é considerado dentro da ciência, ou fora dela? Em certo sentido, a ciência é um sistema internacional de comunicação...</p> <p>AB Isso. Um sistema interessante, mas não perfeito. Um dos problemas que tem a ciência como instituição (e é um problema da ciência na Europa, EUA e Japão, não só aqui na América Latina) é que ela perdeu o contato com as pessoas, com o cidadão comum, com o cotidiano. Tem um discurso muito elevado que não se conecta ao cidadão. E o cientista diz "As pessoas não estão interessadas no meu trabalho. Como é possível?". Mas ele mesmo não faz um esforço para se conectar a elas. Esse gap não é só do cientista. É nosso também. Pense na ferramenta que a gente está usando agora, a fotografia digital. Há 10, 20 anos era inacessível, mas já estava lá. Agora temos uma câmera de 60 dólares, potencialmente mais barata, modificada com software livre, para usar como quisermos.</p> <p><img alt="" src="http://farm8.staticflickr.com/7252/7069436123_4a611c538c_d.jpg" /></p> <p>FF Mas voltando à articulação disso com o aspecto de “cidadão”... existe o âmbito do conhecimento tradicional, o homem que vive do campo e sabe a melhor época para a colheita, quando plantar, os sinais do clima, etc. Isso pode ser considerado conhecimento técnico aplicado. Qual a diferença disso para a ciência?</p> <p>AB Em primeiro lugar existe o aspecto metodológico. Não afirmo que toda ciência se reporte ao método científico, o que seria um equívoco. Mas tem um aspecto metodológico importante: testar, retornar e fazer. E a ciência tem a mente da dúvida. Isso é muito importante. Com esse tipo de experimento, precisamos evitar que a motivação converta toda a intuição em certeza. É como eu trabalho, por exemplo. Eu trato de comunicar, de desenvolver uma interface entre o conhecimento científico muito especializado e experiências comuns.</p> <p>FF De onde veio esse interesse? Sei que pesquisas a história da ciência na América Latina, mas ao mesmo tempo buscas colaborar com coisas que estão além da ciência - na arte, na educação, engajamento social. Por exemplo, essa experimentação com balões poderia ser feita totalmente dentro da universidade. O que te move a buscar colaborações fora dela também?</p> <p>AB Sou uma pessoa de interface. Trabalho na interface entre ciência e arte, entre universidade e comunidade. Eu comecei a compreender isso bem quando estávamos trabalhando no projeto Bogotá Wifi, modificando antenas de TV pra fazer wifi público. Outros grupos similares estavam seguindo o modelo hacker: faça-você-mesmo, em rede. Mas eu parei um momento e falei: "fizemos tudo que está no website, mas como vamos testar se a antena está realmente funcionando?" Então convenci alguns cientistas com os laboratórios apropriados para testar antenas, para que nos ajudassem a selecionar quais antenas funcionavam melhor. E fez uma diferença incrível, porque eles tinham os instrumentos. E ficaram interessados no que a gente fazia.</p> <p>FF Por quê?</p> <p>AB Porque eles têm um mundo científico muito chato.</p> <p>FF E imagino que uma sensação de distanciamento, de não ter impacto na realidade. Mas deixa eu perguntar uma coisa: por que falas sobre cientistas como “eles”?</p> <p>Cinthia Mendonça: Eu acho que seus trabalhos são muito científicos.</p> <p>AB Sou pesquisador, é diferente.</p> <p>CM O que é um cientista?</p> <p>FF É, o que te difere de um cientista?</p> <p>AB Acho que a formação metodológica. E o trabalho metodológico de aproximação ao problema. Eu me aproximo ao problema principalmente com curiosidade e depois me envolvo  afetivamente. ..</p> <p>FF Talvez teu resultado esperado seja não necessariamente uma afirmação, mas sim outras perguntas, em vez de ansiar por respostas?</p> <p>AB Pode ser. Minha tese de mestrado foi dialogar com cientistas da neurologia. Era um documentário online. Eu li muito, o suficiente para poder extrair perguntas que fizessem sentido pra eles. E depois voltava a perguntas mais básicas. Uma recorrente era “qual a principal questão científica que te move?” E pra minha surpresa havia alguns que não sabiam dizer. Estranhavam a pergunta. Diziam: “já falei, trabalho com tal coisa, um elemento químico que em microssegundos, pode explicar como acontece a sinapse”. Outros diziam: pra mim a questão é como o cérebro computa.</p> <p>FF Um certo distanciamenteo causado pela hiperespecialização? No momento em que a pessoa começa a fazer as coisas de uma forma mecânica, e a pergunta inicial, o que aproximou ele daquele assunto, sumiu?</p> <p>Bruno Vianna: Depois do insight você passa a repetir a mesma coisa mecanicamente o resto da vida .</p> <p>FF Eu queria te ouvir também sobre a aproximação entre ciência e cultura hacker: software livre, cultura livre, redes. E tem um ponto interessante: a ideia de compartilhar documentação, publicar com licenças livres, é presente nas culturas emergentes da internet. Por sua vez, a internet tem uma influência do mundo da ciência, uma influência acadêmica, muito forte.</p> <p>AB Sim, a WWW foi criada para compartilhar conhecimento científico.</p> <p>FF Exato. E como essa influência da ciência como protocolo de comunicação volta para a própria ciência a partir da cultura da internet, que adota um discurso sobre a necessidade de flexibilizar a prática científica?</p> <p>AB O que eu vejo é isso, que a ciência tem um sistema por vezes estruturado demais.  E ela não consegue cobrir tudo que poderia, ou idealmente deveria, cobrir. E assim necessita que outros níveis da sociedade estejam ali. Porque o cientista não pode e muitas vezes não quer ocupar aquele espaço. Nos EUA, no momento, se está encarando um problema seriíssimo. Uma grande parte da sociedade não acredita nos cientistas de modo geral. Não porque a ciência não dê resultados, ou porque deu origem à bomba atômica. Não creem por motivos religiosos, e em parte isso é projeto político consciente do Partido Republicano. Afirmam que dados científicos que comprovam a seleção natural são mentira. E estão influenciando o conteúdo das escolas. Então a discussão vai tão longe que surge hoje a pergunta: “você concorda que a evolução seja ensinada nos colégios”? Quando a pergunta necessária deveria ser: “você concorda que o criacionismo seja ensinado”? Porque a escola existe para uma educação científica, para disseminar conhecimento. Por que isso acontece? Porque o sistema cientifico não conseguiu manter uma maneira de se comprometer com a sociedade de maneira ótima. Construiu sim para dentro, para legislar, validar conhecimento. Um sistema sofisticado, muito interessante, com a revisão de pares e tudo mais. Mas ao ponto de vista da sociedade não conseguem mais voltar, não sabem como.</p> <p><img alt="" src="http://farm6.staticflickr.com/5235/7069436185_89a923898a_d.jpg" /></p> <p>FF Essas iniciativas de cooperação entre ciência e outros campos podem ser um caminho interessante para buscar esse contato entre ciência e sociedade?</p> <p>AB Sem dúvida. Principalmente na aproximação com a cultura hacker. O que o hacker traz é o sentido de comunidade. Não existe um hacker sozinho, como pode existir em outras práticas. A ciência cidadã, assim, vai compartilhar conhecimento, atribuir tarefas, mudar planos coletivamente. O perigo, do meu ponto de vista, é negar o valor do conhecimento do cientista experiente. O faça-você-mesmo tem limites. Quando se trabalha com um cientista experiente, ao qual se podem propor coisas, os limites desaparecem. Eu participei de um projeto de mapeamento arqueológico onde isso ficou claro. Encontramos uma pessoa que conhecia metodologias sobre como fazer o mapeamento do lugar por linhas, medindo ângulos de 90 graus pra saber a altitude de casa elemento. A princípio ficamos só olhando. Depois ele mostrou os dados, e estavam perfeitos. Não havia nenhum erro, nenhum problema. Ou seja, a gente precisa deles. E eles encontram o quê quando vêm para esse lado? Gente curiosa, que se interessa pelo trabalho deles. E isso para eles é incrível. Grande parte da sociedade não está interessada no trabalho científico.</p> <p>FF Eu consigo entender um cientista no meio de carreira que se aproxime desses projetos porque encontra ali um respeito. Mas o cientista no topo da hierarquia, também tem interesse em colaborar com não-cientistas?</p> <p>AB Tem, tem. Não todos. Mas eu vejo cada vez mais cientistas que veem as perguntas que a gente faz como interessantes. E que podem ceder tempo de seus laboratórios e deles próprios para explorá-las. Agora, em primeiro lugar é necessário aproximar-se com respeito. Em segundo, precisamos ter o mínimo de conhecimento pra negociar com eles. E terceiro, não podemos ter medo de perguntar coisas malucas. Quando você dá mais espaço para perguntas inusitadas, eles se surpreendem e prestam atenção.</p> <p>Cinthia Mendonça tem o lugar da criatividade do artista, que é uma relação diferente... você consegue imaginar muitas coisas malucas.</p> <p>AB Claro. Inclusive, os cientistas mais importantes do sécuo XX se posicionavam de maneira clara nesse sentido. Einstein falava que "para a inovação, a imaginação é mais importante que o conhecimento". E isso tem tudo a ver com ciência cidadã - a união de insight com método, que pode gerar inovação.</p> <p>FF O que é inovação?</p> <p>AB Eu trabalho com isso. É quando um processo ou aparelho inventado encontra eco na sociedade. A invenção pode ser individual e ficar só nisso. Para ser considerada inovação, precisa ter impacto, mesmo que numa comunidade específica.</p> <p>BV E as patentes nisso tudo?</p> <p>AB A patente tem uma história interessante. Originalmente, foi feita para proteger o trabalho. Por exemplo, "eu fiz esse copo que todo mundo copia”. Foi um trabalho que gerou valor, e isso deve ser devidamente atribuído. O problema é que no século XX se desenvolve um conflito. O conflito do inventor que se torna empreendedor, como Thomas Edison. A sociedade inteira muda com a eletricidade e isso gera um império. Em pouco tempo, a patente passa a ser instrumento de manutenção de privilégios. E se torna um problema - em vez de proteger ela acaba pelo contrário por bloquear a invenção.</p> <p>BV Tem a questão do acesso ao sistema de patentes, que é muito caro ...</p> <p>AB E isso vira uma questão do mundo jurídico. Muitas empresas de tecnologia hoje têm mais equipes de advogados do que de inovadores tecnológicos. Porque a patente é, claro, um problema legal e burocrático, mas também de argumentação.</p> <p>BV Pois é. Nenhum invento é criado a partir do nada. A argumentação é necessária para convencer de que aquele invento específico tem uma diferença significativa em relação a milhões de coisas que já existem. Esse limite sobre a diferença relevante é muito discutível.</p> <p>CM outra distorção é quando não é um invento, mas descoberta. Aconteceu com alguns frutos da flora brasileira que foram patenteados.</p> <p>AB Eu li há pouco a patente americana da Ayahuasca, que acabou de vencer. É insultante, em todos os níveis. Como uma coisa biológica pode ser patenteada? Escrevi um pequeno artigo sobre isso. Na Colômbia a gente falava muito sobre isso, mas ninguém pensava em patentes. Falávamos sobre o processo, mas nunca a planta.</p> <p>CM Como é possível patentear uma planta que existe?.</p> <p>AB Ele ganhou os vinte anos da patente, mas houve tanta pressão social que não continuou o desenvolvimento de medicamentos. Mas legalmente ele estava protegido. A patente venceu em 2010. Mais uma vez: a patente, em vez de proteger a invenção, protege os interesses de corporações.</p> <p>Esta entrevista foi realizada com o apoio do <a href="http://www.ccebrasil.org.br/" rel="nofollow" rel="nofollow">Centro Cultural da Espanha em São Paulo</a>. Publicada também na <a href="http://arquivovivo.org.br/archives/artwork/ciencia-cidada-%E2%80%93-conversa-com-andres-burbano" rel="nofollow" rel="nofollow">plataforma Arquivo Vivo</a>.</p> var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'Ciência cidadã - conversa com Andres Burbano'; var flattr_dsc = '<p><img alt="" src="http://farm8.staticflickr.com/7196/7069436117_f3e575a326_d.jpg" /></p><p>No come&ccedil;o<img align="right" alt="" src="http://farm6.staticflickr.com/5469/7069436193_edb1120b48_n_d.jpg" width="180" /> de mar&ccedil;o aconteceu a etapa do Rio de Janeiro do <a href="http://www.artemov.net/circuito2012/" rel="nofollow">circuito Arte.mov</a>, evento que se define como um &ldquo;espa&ccedil;o para a produ&ccedil;&atilde;o e reflex&atilde;o cr&iacute;tica em torno da chamada &#39;cultura da mobilidade&#39;&rdquo;. A programa&ccedil;&atilde;o contou com debates e apresenta&ccedil;&otilde;es no Parque das Ru&iacute;nas, na capital fluminense, al&eacute;m de uma oficina de cartografia experimental com o artista e pesquisador colombiano <a href="http://burbane.org" rel="nofollow">Andres Burbano</a>. A oficina seria realizada novamente no dia seguinte, na <a href="http://nuvem.tk" rel="nofollow">Nuvem</a>, Hacklab Rural em Visconde de Mau&aacute; &ndash; na regi&atilde;o serrana entre Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo e Minas Gerais. Burbano desenvolve atualmente na Universidade da Calif&oacute;rnia, em Santa B&aacute;rbara, EUA, sua pesquisa de doutorado sobre a hist&oacute;ria das tecnologias de comunica&ccedil;&atilde;o na Am&eacute;rica Latina. Ele explora a intera&ccedil;&atilde;o entre ci&ecirc;ncia, arte e tecnologia, experimentando com possibilidades de desenvolvimento da chamada &ldquo;ci&ecirc;ncia cidad&atilde;&rdquo;. A oficina que realizou no Rio e em Mau&aacute; tratava de mapeamento a&eacute;reo a partir de c&acirc;meras digitais presas a bal&otilde;es feitos &agrave; m&atilde;o. Cada bal&atilde;o flutuava por alguns minutos, fazendo fotos que depois seriam utilizadas para gerar cartografias colaborativas da regi&atilde;o. Conversamos por alguns minutos, acompanhados dos artistas Bruno Vianna e Cinthia Mendon&ccedil;a, que coordenam a Nuvem junto com Luciana Fleischmann. A conversa come&ccedil;ou durante a oficina de mapeamento a&eacute;reo.</p>'; var flattr_tag = 'artemov,ciência cidadã,ciência de bairro,geo,mapeamento,mauá,nuvem,visconde de mauá'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://ubalab.org/blog/ciencia-cidada-conversa-com-andres-burbano'; var flattr_lng = 'en_GB' artemov blogs ciência cidadã ciência de bairro feeds geo mapeamento mauá nuvem projetos ubalab ubatuba visconde de mauá Thu, 12 Apr 2012 01:59:53 +0000 felipefonseca 12201 at http://efeefe.no-ip.org Circuito Arte.mov - RJ http://efeefe.no-ip.org/agregando/circuito-artemov-rj <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Amanhã de manhã rumo ao Rio de Janeiro, onde vou participar do Circuito Arte.mov (flyer abaixo).</p> <p><img alt="Circuito Arte.mov - Filipeta" src="/sites/ubalab.org/files/images/CAM_filipeta_web_4_45JJ.jpg" /></p> <p>No fim de semana vamos em caravana para a <a href="http://nuvem.tk/" rel="nofollow" rel="nofollow">Nuvem</a>, em Mauá, pra trabalhar com <a href="http://nuvem.tk/wiki/index.php/Cartografias_Experimentais" rel="nofollow" rel="nofollow">Cartografias Experimentais</a> e uma <a href="http://nuvem.tk/noticias" rel="nofollow" rel="nofollow">Oficina de Mapeamento Aéreo</a>.</p> <p><img alt="Nuvem - Mapeamento Aéreo" src="http://nuvem.tk/?noticias.head.132931344541" /></p> var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'Circuito Arte.mov - RJ'; var flattr_dsc = '<p>Amanh&atilde; de manh&atilde; rumo ao Rio de Janeiro, onde vou participar do Circuito Arte.mov (flyer abaixo).</p><p><img alt="Circuito Arte.mov - Filipeta" src="/sites/ubalab.org/files/images/CAM_filipeta_web_4_45JJ.jpg" style="width: 438px; height: 1200px;" /></p><p>No fim de semana vamos em caravana para a <a href="http://nuvem.tk/" rel="nofollow">Nuvem</a>, em Mau&aacute;, pra trabalhar com <a href="http://nuvem.tk/wiki/index.php/Cartografias_Experimentais" rel="nofollow">Cartografias Experimentais</a> e uma <a href="http://nuvem.tk/noticias" rel="nofollow">Oficina de Mapeamento A&eacute;reo</a>.</p><p><img alt="Nuvem - Mapeamento Aéreo" src="http://nuvem.tk/?noticias.head.132931344541" style="width: 322px; height: 455px;" /></p>'; var flattr_tag = 'artemov,geo,mapas,mauá,nuvem,rio'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://ubalab.org/blog/circuito-artemov-rj'; var flattr_lng = 'en_GB' artemov blogs feeds geo mapas mauá nuvem projetos rio ubalab ubatuba Fri, 02 Mar 2012 02:56:03 +0000 felipefonseca 12056 at http://efeefe.no-ip.org Traçando e seguindo http://efeefe.no-ip.org/agregando/tracando-e-seguindo <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Experimentando por aqui com rastros de GPS, desenho de mapas, <a href="http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Mapping_techniques" rel="nofollow" rel="nofollow">técnicas de mapeamento</a> e outras coisas. Usei um pouco do <a href="http://qgis.org/" rel="nofollow" rel="nofollow">Quantum GIS</a> (com o qual já tinha brincado um pouco no <a href="http://blog.redelabs.org/blog/hacklab-enredado" rel="nofollow" rel="nofollow">Pará</a>), interessante pra aplicações mais complexos, e com o <a href="http://merkaartor.be/" rel="nofollow" rel="nofollow">Merkaartor</a> - mas acabei me contentando com o <a href="http://josm.openstreetmap.de/" rel="nofollow" rel="nofollow">JOSM</a>.</p> <p><img alt="JOSM - baixando mapa" src="http://farm8.staticflickr.com/7162/6814997095_c2eafa5202_d.jpg" /></p> <p>Fiquei surpreso ao descobrir que muitas ruas do centro de Ubatuba foram desenhadas no <a href="http://openstreetmap.org" rel="nofollow" rel="nofollow">OSM</a> desde a última vez que tinha olhado.</p> <p><img alt="JOSM - Ubatuba" src="http://farm8.staticflickr.com/7022/6814997109_8f445caea3_d.jpg" /></p> <p>Pude constatar que muitas das trilhas que eu capturo direto na rua, com o <a href="http://code.google.com/p/osmtracker-android/" rel="nofollow" rel="nofollow">OSM Tracker no celular</a>, têm uma oscilação muito grande de precisão. Sobrepor uma imagem aérea me deu uma segurança muito maior para visualizar, corrigir e adicionar trechos de ruas.</p> <p><img alt="JOSM - Foto aérea - Ilha dos pescadores" src="http://farm8.staticflickr.com/7152/6814997111_828d5d6885_d.jpg" /></p><p><a href="http://ubalab.org/blog/tracando-e-seguindo" target="_blank" rel="nofollow">leia mais</a></p> blogs feeds geo josm mapas mapeamento openstreetmap projetos ubalab ubatuba Sun, 26 Feb 2012 03:27:18 +0000 felipefonseca 12037 at http://efeefe.no-ip.org