efeefe - culturadigital http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/53/0 pt-br Case conversê http://efeefe.no-ip.org/textos/case-converse <p>Esse texto eu escrevi em 2005 depois da primeira fase de desenvolvimento do Convers&ecirc;.</p><table id="attachments" class="sticky-enabled"> <thead><tr><th>Anexo</th><th>Tamanho</th> </tr></thead> <tbody> <tr class="odd"><td><a href="http://efeefe.no-ip.org/sites/efeefe.no-ip.org/files/midia/case_converse_1_0.pdf">case_converse_1_0.pdf</a></td><td>87.18 KB</td> </tr> </tbody> </table> converse culturadigital drupal textos Sun, 23 Mar 2008 16:42:00 +0000 felipefonseca 3079 at http://efeefe.no-ip.org Respondendo http://efeefe.no-ip.org/blog/respondendo <p> Sergio Rosa me mandou algumas perguntas pra um artigo que está escrevendo pro Overmundo. Publico abaixo minhas respostas porque tem algumas coisas que só entendi quando respondia pra ele. </p> <p> &#160; </p> <blockquote>  On 12/14/07, Sergio Rosa wrote:<br /> &gt; - tivemos em BH o encontro dos pontos de cultura brasileiros: Teia 2007. Foi<br /> &gt; um evento enorme e que mobilizou parte da cidade. como você analisa a<br /> &gt; política dos pontos de cultura do gov. federal e a atuação do ministro da<br /> &gt; cultura (por estar ligado ao Creative Commons, incentivar politicamente o<br /> &gt; software livre...)? O que há acontecendo de verdadeiro e o que é propaganda<br /> &gt; demais? Como você analisa de uma maneira geral a politica federal<br /> &gt; relacionada ao software livre e a uma informática mais &quot;aberta&quot;?<br /> <br /> Eu participei de toda a primeira fase da ação de cultura digital no projeto<br /> dos Pontos de Cultura, das conversas na casa do Claudio Prado antes de<br /> existir qualquer espaço para esse tipo de ação no MinC até junho de 2007.<br /> Vi todo o processo, de uma metodologia nascer em paralelo ao ritmo do<br /> ministério, criada colaborativamente por pessoas que vinham de diversos<br /> grupos independentes de todo o Brasil e tiveram a coragem e a imprudência<br /> de tentar influenciar a maneira como a política pública no cruzamento entre<br /> cultura e tecnologia era feita no Brasil. No meio desse processo, como tantas<br /> outras pessoas, eu fiquei decepcionado reiteradas vezes porque, dado o<br /> contexto, a gente usava um megafone para que se ouvisse um sussurro<br /> do que queríamos dizer. O que chamas de propaganda pode sim ser<br /> entendido como hipérbole, e muito do que se fala sobre software livre e<br /> cultura livre no Brasil é vento... o investimento efetivo em desenvolvimento<br /> de software, a quantidade de pessoas trabalhando na implementação de<br /> ações de cultura livre é muito aquém do necessário. Mesmo durante esses<br /> dois anos e meio em que se conseguiu contratar uma equipe de poucas<br /> dezenas de pessoas para implementar a cultura digital nas muitas centenas<br /> de pontos de cultura, a precariedade foi freqüente: salários atrasados, falta<br /> de estrutura de comunicação, passagens não emitidas, equipamentos<br /> pessoais utilizados em oficina. Mas faz parte do jogo. Tentar transformar<br /> a máquina pública desde dentro é sujeitar-se à instabilidade. Não acredito<br /> que poderia ter acontecido de outra forma. Mas o tempo também fez muitos<br /> de nós entendermos que o governo não é o único caminho, e agora é<br /> hora de os movimentos autônomos se questionarem: se algumas de suas<br /> bandeiras clássicas (diversidade, auto-organização, auto-determinação<br /> religiosa e sexual, valorização das culturas populares) são apropriadas<br /> pelo governo, nos sentidos positivos e negativos, como é que a gente<br /> se define agora? Quando a pura negação não é mais viável, o que é<br /> que a gente propõe? Eu acredito - ou quero acreditar - que o Brasil deu<br /> espaço para a cultura livre nesses últimos anos. E isso aconteceu por<br /> uma série de fatores. O governo abriu espaço, as comunidades de<br /> desenvolvimento de software livre saíram do nicho puramente tecnológico,<br /> as universidades ofereceram infra-estrutura, grupos de produtores<br /> multimídia como o estudiolivre.org se organizaram. O trabalho da CTS<br /> na FGV com as licenças Creative Commons, a imprensa de informática,<br /> a wikipedia, os blogs. Isso não quer dizer que eu concorde com todas<br /> essas iniciativas. É necessário criticar todas elas, e que exista espaço<br /> para essa crítica. Mas é inegável que alguma coisa mudou, que o Brasil<br /> atraiu uma atenção em todo o mundo que possibilitou que mais coisas<br /> fossem realizadas. E muito dessa atenção foi devido a ações hiperbólicas<br /> e midiáticas. Não acho que seria diferente. O que também não quer dizer<br /> que eu tenha só elogios.<br /> <br /> &gt; - BH é uma das primeiras cidades a utilizar uma versão on-line do orçamento<br /> &gt; participativo. para o próximo ano, a PBH pretende ampliar o sistema e criar<br /> &gt; ferramentas para a simulação de debates públicos acerca dos projetos que<br /> &gt; poderão ser aprovados. você acha que a internet (ok, falando aqui de uma<br /> &gt; maneira bem ampla, mas quero dizer sobre projetos que solicitem ou permitam<br /> &gt; algum tipo de participação dos indivíduos no processo democrático) consegue<br /> &gt; incentivar uma maior participação política na sociedade (ou na parte da<br /> &gt; sociedade que tem acesso) ou o que temos é: quem participa offline é quem<br /> &gt; participa on-line e, portanto, nao temos um &quot;novo&quot;publico participando por<br /> &gt; causa da rede?<br /> <br /> Não tenho dados pra comentar, mas acho possível que aconteça justamente<br /> o contrário: a idéia de orçamento participativo é fantástica, mas exige das<br /> pessoas comuns um tempo a dedicar à política (aqui no bom e velho sentido<br /> grego, da politéia, viver em grupo) que não me parece viável. Utilizar<br /> a internet<br /> para ampliar o debate, comprimir tempo e espaço, virtualizar a política, me<br /> parece promissor, desde que não venha embalado como solução milagrosa<br /> ou que se reduza a participação à mera votação. Uma das coisas mais<br /> características dos usos colaborativos das novas tecnologias é justamente<br /> a retomada do social, do convívio, do hábito de debater, trocar informações,<br /> conhecer-se pelo reflexo no outro, no grupo. Já sabemos desde o fim<br /> do milênio que a internet não é só um novo mercado ou uma nova maneira<br /> de acessar a informação: é um ambiente construído socialmente. Que se<br /> utilizem essas características para apoiar novas formas de decisão coletiva<br /> democrática, acho totalmente positivo.<br /> <br /> &gt; - já passamos há muito tempo da era incipiente da internet. temos mais de<br /> &gt; uma década de popularização dos pcs e a banda larga se torna cada dia mais<br /> &gt; acessível (apesar de ambos continuarem bem restritos a uma certa parte da<br /> &gt; populacao, mas eh uma parcela crescente). voce provavelmente já acompanha<br /> &gt; isso tudo há muito mais tempo. a minha pergunta é, com tudo o que você já<br /> &gt; viu e ainda vê, como é sua visão atual da rede como possível ferramentas de<br /> &gt; mudança social? você é otimista ou pessimista? sua visão tem mudado com o<br /> &gt; tempo?<br /> <br /> MInha visão tem mudado, claro. Já vi casos de &quot;mudança social&quot;<br /> potencializadas pela rede, mas no começo da MetaReciclagem<br /> eu era bem mais messiânico. Também existe muita conformação<br /> social ratificada pelas tecnologias, o uso sem reflexão ou aprofundamento,<br /> o fetiche da tecnologia exacerbado pelo ritmo incessante das<br /> novidades que as redes criam. Então, acho que mudança social<br /> apoiada pelas novas tecnologias é totalmente possível, desde<br /> que seja acompanhada de um processo de apropriação. O mero<br /> uso de novas tecnologias não muda relações de poder, e não<br /> leva necessariamente a aprendizado e conscientização. E além<br /> da apropriação, existe um outro passo, que é a colaboração ativa,<br /> que só se concretiza a partir da vontade de colaborar. Acho que<br /> os casos em que a colaboração involuntária acontece são poucos,<br /> e quase aleatórios. Aquela conversa de inteligência de enxame<br /> é simplista, na medida que reduz o papel do indivíduo em querer<br /> tomar parte na colaboração, e não leva em conta que ações<br /> transformadoras são muitas vezes o resultado de uma disposição<br /> coletiva que se deve em grande parte a um esforço exemplar de<br /> algumas pessoas. Igualmente prejudicial é a colaboração<br /> compulsória, que não leva à problematização ou conscientização.<br /> </blockquote> culturadigital metareciclagem Tue, 08 Jan 2008 03:33:02 +0000 felipefonseca 2962 at http://efeefe.no-ip.org Cultura Digital http://efeefe.no-ip.org/projetos/cultura-digital <p>A <a title="CD" href="http://culturadigital.org.br" rel="nofollow">Cultura Digital</a> foi uma s&eacute;rie de a&ccedil;&otilde;es relacionadas a tecnologia no <a title="MinC" href="http://www.cultura.gov.br" rel="nofollow">Minist&eacute;rio da Cultura</a> do Brasil, que prop&ocirc;s uma s&eacute;rie de inova&ccedil;&otilde;es em pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de cultura: a implementa&ccedil;&atilde;o do kit de produ&ccedil;&atilde;o multim&iacute;dia na rede de Pontos de Cultura, rodando exclusivamente software livre e de c&oacute;digo aberto, o desenvolvimento de ambientes colaborativos online para apoiar a forma&ccedil;&atilde;o de redes sociais e um conjunto de princ&iacute;pios com uma forte influ&ecirc;ncia de a&ccedil;&otilde;es de m&iacute;dia t&aacute;tica.</p> <p>Eu participei da elabora&ccedil;&atilde;o conceitual e metodol&oacute;gica do projeto, coordenei o mapeamento e a implementa&ccedil;&atilde;o no estado de S&atilde;o Paulo em 2005, coordenei articula&ccedil;&atilde;o de comunica&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria e a modera&ccedil;&atilde;o do <a title="Convers&ecirc;" href="http://converse.org.br" rel="nofollow">Convers&ecirc;</a> em 2006, e no primeiro semestre de 2007 fiz parte da equipe estrat&eacute;gica, al&eacute;m editar o ambiente online do <a title="Observat&oacute;rio" href="http://observatorio.culturadigital.org.br" rel="nofollow">Observat&oacute;rio de Cultura Digital</a>.</p> culturadigital pontos Mon, 28 May 2007 17:03:01 +0000 felipefonseca 272 at http://efeefe.no-ip.org