efeefe - colab http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/265/0 pt-br Iluminismo do século XXI http://efeefe.no-ip.org/blog/iluminismo-do-s%C3%A9culo-xxi <p><a href="http://twitter.com/glerm" rel="nofollow">Glerm</a> compartilhou esse <a href="http://www.boingboing.net/2010/08/25/rsa-animate---21st-c.html?utm_source=feedburner&amp;utm_medium=feed&amp;utm_campaign=Feed:+boingboing/iBag+(Boing+Boing)" rel="nofollow">post do boingboing</a> com mais um v&iacute;deo da s&eacute;rie RSA Animate (ilustrado pela <a href="http://www.cognitivemedia.co.uk/wp/" rel="nofollow">cognitive media</a>): <em>iluminismo do s&eacute;culo XXI</em>.</p> <p><object width="320" height="190"> <param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/AC7ANGMy0yo&amp;rel=0&amp;color1=0x5d1719&amp;color2=0xcd311b&amp;hl=en_US&amp;feature=player_embedded&amp;fs=1" /> <param name="allowFullScreen" value="true" /> <param name="allowScriptAccess" value="always" /><embed src="http://www.youtube.com/v/AC7ANGMy0yo&amp;rel=0&amp;color1=0x5d1719&amp;color2=0xcd311b&amp;hl=en_US&amp;feature=player_embedded&amp;fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="320" height="190"></embed></object></p> colab mundo sistemas xxi Fri, 27 Aug 2010 18:28:24 +0000 felipefonseca 8515 at http://efeefe.no-ip.org Pra quê? http://efeefe.no-ip.org/blog/pra-qu%C3%AA No começo do mês passado, mandei um <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/22049" rel="nofollow">email</a> pra <a href="http://arquivos.metareciclagem.org" rel="nofollow">lista metarec </a>levantando algumas questões que estavam passando pela minha cabeça. Em resumo, ia por aqui:<br /><blockquote>eu tenho me perguntado de maneira mais aprofundada sobre a existência disso tudo. Acho que eu tenho uma certa nostalgia por um tempo em que a MetaReciclagem reunia uma dúzia de pessoas dispostas a fazer coisas juntas. Hoje a lista metarec tem 368 pessoas, e pouco ou nada se articula por aqui.<br /></blockquote>e mais pra baixo:<blockquote>Faz sentido buscar um nexo, tentar encontrar pontos em comum e possibilidades de ação conjunta? Será que ainda é possível articular a idéia de 'comunidade' distribuída ou isso é coisa de 2001?<br /></blockquote>Tem um subtexto aí que não cheguei a explicitar: naquela semana tinha caído nas minhas mãos o <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=3850&tipo=2&amp;isbn=8571106991%20" rel="nofollow">Comunidade</a>, do Bauman. Não cheguei a ler, mas dei uma boa folheada nele, e tinha minhas dúvidas se fazia sentido pensar na MetaReciclagem como "comunidade". Já tem um tempo que eu tenho percebido dois tipos distintos de movimentos em grupos de pessoas que se relacionam basicamente (mas não exclusivamente) através da internet: alguns desses grupos são compostos por pessoas mas parecidas, mas com o tempo tendem a um certo tipo de consenso e daí a rechaçar vozes dissonantes; outros ainda mantêm uma certa diversidade, mas com o tempo as conversas tendem a desaparecer, e aí a identidade se torna - no mau sentido - virtual demais. Pra mim, a MetaReciclagem está nesse segundo tipo - a diversidade ainda existe, mas a sensação de pertencer àquela rede é uma coisa bastante abstrata. As pessoas se sentem próximas, se identificam com a postura metarecicleira, mas quando vão fazer suas coisas que poderiam ser chamadas metarecicleiras, <i>informar</i> e <i>articular</i> pela rede não é uma prioridade. De qualquer forma, fico pensando que isso que é chamado comunidade costuma ser um um processo cotidiano de construção que nunca se acaba, talvez justamente por quase obrigar as pessoas a <i>conviverem</i> com a <i>diversidade</i>, por mais que ela fique submersa em um discurso consensual negociado. Ok, não é bem assim, talvez a diversidade só seja possível na vida urbana moderna, que é exatamente onde a comunidade se evanesce. Mas não consigo parar de pensar numa coisa que acho que já tinha me passado pela cabeça durante o <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/futuresonic" rel="nofollow">futuresonic</a>: não é saudável uma pessoa só conviver com quem concorda com ela em tudo.<br />Ainda assim, a quantidade de respostas que aquele e-mail gerou na lista me deixou de alguma forma satisfeito. Desde que a gente começou a fazer a MetaReciclagem, eu mando de vez em quando uma mensagem longa, que muitas vezes se posiciona como um olhar pra rede em crise de identidade. Essa foi uma das que mais geraram respostas. Parei de contar, mas da última vez que vi tinha mais de 70. Olha <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/22049" rel="nofollow">aqui</a>, <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/22081" rel="nofollow">aqui</a>, <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/22085" rel="nofollow">aqui</a>, <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/22104" rel="nofollow">aqui</a>... O mbraz fez um <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/EstruturaInterfaceExt" rel="nofollow">catado</a> das respostas, eu pretendo fazer outro em breve e publicar no <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">Mutirão</a>.<br />No fim da conversa, acabei sentindo que sim, ainda tem alguma coisa acontecendo ou pelo menos com potencial de acontecer por ali. Mas as coisas mudaram, e pra conseguir continuar agenciando a gente precisa conversar e propor mais pra entender e concretizar o que é essa, vai, oitava versão da rede. Talvez a MetaReciclagem, em si, não seja mais criadora de identidade. Mas pra mim, pelo menos, algumas características dela são bem marcantes: a insistência em não se corporificar, em se manter, pra continuar na influência do Bauman, <i>líquida</i>. A coisa de buscar agir mais pelo <i>diálogo</i> com estruturas de poder do que pelo <i>confronto</i> e <i>resistência</i>. E uma forma de agir pela rede que ainda não se desenvolveu por completo.<br />Na verdade, quero continuar acreditando que o que xs metarecicleirxs continuam tendo em comum é um tipo de sensibilidade, aquela coisa de desmontar máquinas-idéias-conceitos, aquele fetichismo pornográfico do <i>conhecer por dentro</i> coisas que concentram conhecimento. E isso se estende a outras esferas. Me<br />peguei com a mesma sensação em relação a entender uma frase em alemão<br />do que entender um script em php. Debug mode. Essa sensibilidade pode ser utilizada<br />em transportes, em medicina, em culinária. É só querer.<br />E ainda tem a onda do compartilhar. Tenho repensado bastante toda essa mitologia que a gente ajudou de alguma forma a criar nesses últimos anos, e vejo que tem um monte de pontos não explorados, que ecoam até no processo de desenvolvimento do <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">site</a> da rede que eu tenho <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Infra-L%C3%B3gica" rel="nofollow">tentado tocar</a>. Por exemplo: muitas vezes deixamos de explorar uma diferença essencial: publicar na web, mesmo que com licenças livres, <i>não é</i> colaborar. Pode ser uma colaboração em potencial, mas o mero fato de deixar disponível para compartilhamento não é em si uma ação efetiva de colaboração. Colaborar envolve negociar, engajar-se, assumir responsabilidades, decidir coisas, e principalmente co-ordenar, no sentido de <i>adaptar os meus recursos e a minha ação</i> ao ambiente, às pessoas que estão participando e aos recursos que elas têm e oferecem. Assim, vou continuar não aceitando as sugestões de transformar o ambiente online da MetaReciclagem em um mero agregador, que por sinal <a href="http://rede.metareciclagem.org/aggregator" rel="nofollow">já existe</a>. E pra quem quiser colaborar, <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Infra-L%C3%B3gica" rel="nofollow">segue o baile</a>.<br /> colab crise metareciclagem xemele Wed, 03 Sep 2008 15:33:37 +0000 felipefonseca 3265 at http://efeefe.no-ip.org Lógica colaborativa http://efeefe.no-ip.org/blog/l%C3%B3gica-colaborativa Ontem rolou na <a href="http://www.cooeduba.com.br/" rel="nofollow">Cooperativa Educacional de Ubatuba</a> uma palestra do Rappin' Hood, organizada por alunxs do terceiro ano. Gostei da disposição dele em vir, mas não consegui chegar perto dele ao final pra trocar uma idéia - a garotada o cercou em busca de fotos e autógrafos. Tá valendo. No meio da apresentação, ele deu um exemplo de como a lógica colaborativa baseada em reputação funciona na prática: "várias vezes, eu conseguia comer sem ter dinheiro. Pra isso, tinha que manter a palavra: dá pra ir acumulando e ficar devendo, mas um dia tem que pagar".<br /> brasil colab Sat, 30 Aug 2008 15:58:51 +0000 felipefonseca 3240 at http://efeefe.no-ip.org Social futures http://efeefe.no-ip.org/blog/social-futures A sessão de abertura da conferência de <a href="http://www.futuresonic.com/08/ideas/" rel="nofollow">Tecnologia Social</a> do <a href="http://futuresonic.com/" rel="nofollow">Futuresonic</a> foi certamente uma das mais interessantes. Eram 6 pessoas distribuídas em dois sofás no palco: <a href="http://www.blackbeltjones.com/" rel="nofollow">Matt Jones</a>, <a href="http://www.access-space.org/" rel="nofollow">James Wallbank</a>, <a href="http://www.flickr.com/people/shannonspanhake/" rel="nofollow">Shannon Spanhake</a>, <a href="http://www.sarai.net/" rel="nofollow">Ravikant</a>, <a href="http://www.mediafuturist.com/" rel="nofollow">Gerd Leonhard</a>, <a href="http://anti-mega.com/antimega/" rel="nofollow">Chris Heathcote</a>. Cada 1 falava por alguns minutos, e depois eu e mais 2 painelistas - <a href="http://futuresonic2008.crowdvine.com/profiles/16033" rel="nofollow">Beryl Graham</a> e <a href="http://www.bbc.co.uk/rd/index.shtml" rel="nofollow">Andrew Woolard</a> - fazíamos perguntas ou tecíamos comentários. A sessão foi apresentada pelo diretor da conferência <a href="http://www.drewhemment.com/" rel="nofollow">Drew Hemment</a>, e pautada por questões levantadas por <a href="http://www.test.org.uk/" rel="nofollow">Matt Locke</a> e <a href="http://toastkid.com/" rel="nofollow">Aleks Krotoski</a>. Além dessa dúzia de pessoas, olhe só, ainda tinha gente na platéia que ao final podia pegar os microfones e continuar o debate.<br />Abaixo as anotações do meu caderno. Desculpem os equívocos e incompletudes.<br /><blockquote><b>Matt Jones</b> / Dopplr<br /><i>Friending</i> can be harmful.<br />Autistic language.<br />Language of relationships is limited - we ought to think in terms of transactions.<br /><i>Can we kill friending?</i><br /><br />Dos comentários: projecto familiar strangers, que coleta ids de bluetooth e analisa padrões. "My frienemies".<br />Eu comentei alguma coisa na linha "claro que friending é overstated, mas nem tudo é transação. friending é identidade, e pode trazer benefícios a um monte de gente". Ou algo assim.<br /><br /><b>James Wallbank</b><br /><i>Social networking is crap</i> /// Opportunity cost - enquanto o pessoal tá atualizando o facebook, tá perdendo a chance de descer no pub e conhecer gente de verdade. Antigamente, na época dos BBSs, existia um componente de localidade - alcance local, pessoas que se conheciam. O nível de interação era muito maior. Quando a internet chegou, a comunidade se esvaziou.<br /> As pessoas não desenvolvem as habilidades necessárias para networking 'real'. Não sabem participar, só sabem ser consumidorxs. "O que eu pago? / O que eu levo?"<br /> Como você pesquisa na internet sobre <i>coisas que você nem sabe que não sabe?</i> "Surprise me"??<br /> Low tech: Mural. Cartões. Esferográficas.<br /> Chamou a atenção para quando o Matt Jones falou em "termos autistas", porque 20% dos usuários do Access Space são autistas*. Evitar preconceito.<br /> <br /> Dos comentários: Como mudar, escalar? Mobilizar, não monetizar a comunidade.<br /> Eu chamei a atenção para o fato de que muitas vezes o pessoal não tá trocando tempo de pub pela internet, mas tempo de TV, e que isso pode ser interessante de outras formas.<br /> <br /> <b>Shannon Spanhake</b><br /> Califórnia. Inovadora. Inventora.<br /> Estender o que o James falou. Tijuana, monitores de poluição conectados a celulares. As comunidades migram, não são estáticas. Pasagens "ilegais" da fronteira. Comunidades também existem na fronteira.<br /> <br /> Nessa eu perdi atenção e não perguntei nada. Podia ter questionado a questão da permeabilidade seletiva das fronteiras em relação ao controle de conhecimento: fronteira de Tijuana, RIAA, tem alguma relação aí. Mas enfim, deixei pra lá.<br /> <br /> <b>Ravikant</b><br /> Physical is great.<br /> A blogosfera em hindi é herdeira de uma tradição de revistas em hindi, que é uma afirmação tanto cultural quanto política. Esforço coletivo. Criar uma cena blogueira, mais do que só um blog.<br /> Displacement led to blogging.<br /> O Hindi foi desenvolvido de forma literária. No processo, línguas menores foram esquecidas. Agora, essas outras línguas podem voltar.<br /> Os blogueiros também são wikipedieiros.<br /> Tradição oral. Espaço público.<br /> <br /> Meu comentário foi na onda da tradição literária em hindi, em contraste com o que a gente tem no Brasil, uma cultura muito conversacional e em rede, mas à qual às vezes falta profundidade. Em resposta, ele chegou a dizer que a Índia é literária demais, o que me pareceu uma afirmação simpática, dadas as condições.<br /> <br /> <b>Gerd Leonhard</b><br /> (falei mais sobre a posterior palestra dele no <a href="../../blog/voltando-do-futuresonic" rel="nofollow">post genérico</a> sobre o futuresonic).<br /> Palestrante profissional. Fala alto.<br /> James - business case for the <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Amish" rel="nofollow">Amish</a>.<br /> Eletricidade, imprensa, TV são uma merda. A TV mantém as pessoas isoladas. Mas não é possível eliminar. We have to deal with it.<br /> Em alguns anos, 'internet business' won't matter anymore.<br /> Old world - friends.<br /> New kind of friends.<br /> <i>It is only the tip of the iceberg.</i><br /> Internet chega a 20% da população. Dessas, 10% com bandalarga. Ou seja, 2% da população "está conectada".<br /> <i>Future will bing ultimate connectivity.</i><br /> Narrowcasting.<br /> Web 1.0: Receive noise<br /> Web 2.0: Send noise<br /> Web 3.0: Filter noise<br /> Web 4.0: Smart noise // being deaf<br /> End of control.<br /> We learn from what happened before.<br /> <br /> Comentei com ele que sobre narrowcasting e essa divisão entre web 1, 2, 3 e 4 ele estava muito fechado na idéia de "conteúdo", e que isso é uma perspectiva BEM limitada. Ele falou que eu não entendi e mudou de assunto.<br /> <br /> <b>Chris Heathcote - Nokia</b><br /> Não é uma celebridade da internet. Tem um blog.<br /> Em 1996, foi reconhecido por conta de uma foto online de uma balada. "Are you Chris?" Situação estranha.<br /> Há pouco, foi reconhecido em Tokyo por conta dos links que mandou no del.icio.us.<br /> Redes sociais não existem só na internet.<br /> Temos que trabalhar em uma nova ética.<br /> <br /> Fiz uma pergunta sacana: como esse tipo de percepção, de rede, de limites confusos entre particular e coletivo, influencia no teu trabalho na Nokia? Adicionei aquele argumento de que as metáforas de uso das interfaces em geral são bem limitadas, principalmente em computadores - no Brasil, "Desktop", Lixeira, Arquivo e Pasta são analogias bem inúteis. Ele deu uma enrolada e desviou.<br /> <br /> <b>Notas dispersas do debate depois:</b><br /> <br /> <i>Can we disappear?</i> (acho que quem perguntou foi a Alek)<br /> <br /> <b>Gerd Leonhard:</b> in the future we will pay for privacy. Música vai ser grátis em troca de dados pessoais. Para não ceder os dados, eu vou pagar.<br /> <br /> <b>Shannon:</b> multiple personalities. <br /> <br /> <b>James: </b>younger will abandon (a idéia de) privacy.<br /> <br /> Quem? (acho que <b>Matt Jones</b>) Social communities - more effective. Permeable borders between private / public. Data Portability.<br /> <br /> <b>Matt Jones:</b> EFF - <i>sometimes ease of use is a bug.</i><br /> <br /> <b>James:</b> we are using tools wrong, because they are built wrong. Paul says: <i>misinformation age</i>.<br /> <br /> <b>Gerd Leonhard:</b> The virtual thing creates demand for the real thing. "Guitar hero" makes kids study guitar (eu não tenho certeza disso).<br /> <br /> <b>Alguém </b>(talvez ainda o Leonhard)<b>:</b> thank god people are adaptive. People blog and create a narrative.<br /> Strategic DDA.People do use technologies 'the wrong way'. Rádio era pra ser P2P. Telefone era pra escutar música.<br /> Chaoscillator.<br /> <br /> <b>Paulo Hartmann:</b> comenta sobre James e BBSs. Fala do canal motoboy.<br /> <br /> <b>Alguém:</b> sometimes conversations simply die. Create alternate infrastructure.<br /> <br /> <b>Ravikant:</b> important thing we do is creating <i>social spaces</i>.<br /> <br /> <b>Tapio:</b> temporal intimacy vs. sustaining relations &gt;&gt; 'online friending'.<br /> Economies. Friending - links between profiles. Economies that evolve from that.<br /> <br /> <b>Gerd Leonhard:</b> open connected infosystem. It is too early. We have to develop new skills. In a controlled society, these skills are unneeded.<br /> </blockquote> * mais tarde no mesmo dia, à beira do balcão do Kro Bar, Dougald Hine comentou com James Wallbank que ouviu falar de uma pesquisa que dizia que entre os Amish não existem autistas. Faz pensar...<br /> bricolabs colab debate descentro futuresonic manchester trip Tue, 06 May 2008 22:27:04 +0000 felipefonseca 3109 at http://efeefe.no-ip.org Perguntas sobre jornalismo colaborativo http://efeefe.no-ip.org/blog/perguntas-sobre-jornalismo-colaborativo Vi que o Träsel <a href="http://www.insanus.org/martelada/archives/024141.html" rel="nofollow">publicou</a> as respostas que mandou para uma estudante de São Paulo, sobre jornalismo participativo. Eu também recebi as perguntas, e resolvi não pensar muito a respeito. Respondi na ordem que aparecem, fui um pouco redundante e eventualmente contraditório (tem um caminho alternativo pra ler essas respostas, pensando que não tinha uma opinião prévia, fui chegando a algum ponto à medida que lia as perguntas e respondia).<br /><br /> <blockquote> &gt; 1- O que é jornalismo colaborativo para você?<br /><br />Não tenho uma opinião formada. Me parece em grande medida<br /> uma expressão hiperbólica como "web 2.0" ou "comunidades<br /> virtuais" há alguns anos. Acredito em produção intelectual<br /> colaborativa, e acho que é possível que aconteça na esfera<br /> do jornalismo, mas é muito menos do que se fala por aí. <br /><br />&gt; 2- Qual é o papel do jornalista dentro do jornalismo colaborativo? Seria<br /> &gt; filtrar e checar as informações?<br /> <br /> Pelo que entendi, estás tratando "jornalismo colaborativo" como<br /> esses sites de publicação coletiva dentro da estrutura das empresas<br /> de comunicação de massa, é isso? Se é esse o caso, e no Brasil,<br /> acho que o papel do jornalista, infelizmente, é antes de tudo manter<br /> as coisas sob controle, evitar que seus patrões sejam objeto de<br /> acusações, e depois disso fazer o possível para que os seus sítios<br /> mantenham uma aparência de colaborativos. Se, por outro lado,<br /> queres pensar o jornalismo colaborativo sob uma perspectiva mais<br /> abrangente, de ação em rede que se afirma de forma emergente,<br /> de forma autônoma, o papel do jornalista é o mesmo de qualquer<br /> outro nó de rede: interagir, reprocessar, misturar, interpretar. <br /><br />&gt; 3- Você acredita que existe jornalismo colaborativo no Brasil? Qual é a<br /> &gt; maior diferença entre os sites colaborativos daqui e sites de outros países?<br /> <br /> Acho que existe jornalismo colaborativo no Brasil fora das redações,<br /> portais corporativos e empresas de comunicação. Aquele jornalismo<br /> essencial, até romântico, feito por pessoas que amam o que fazem.<br /> E ele acontece em rede, o que torna menos relevantes as diferenças<br /> para "outros países". <br /> &gt; 4- Quais são as diferenças entre o jornalismo colaborativo e o jornalismo<br /> &gt; tradicional?<br /> <br /> O jornalismo colaborativo das empresas de comunicação mantém sua<br /> fatia de poder se posicionando como mediador acreditado, com base<br /> numa suposta autoridade herdada por décadas de dedicação à comunicação.<br /> Se utiliza das redes e do ideário do conhecimento coletivo para se<br /> afirmar mais "democrático". É nada mais que a estrutura tradicional de<br /> poder se adaptando às mudanças do sistema. O jornalismo colaborativo,<br /> digamos, espontâneo, autêntico, autônomo, é tão diferente disso que<br /> nem preciso detalhar, né? <br /> &gt; 5- Acredita que conteúdos colaborativos podem um dia substituir o jornalismo<br /> &gt; tradicional?<br /> <br /> Qual jornalismo tradicional? Aquele que se gruda ao poder, faz de conta<br /> que busca ser objetivo e imparcial (quando qualquer estagiárix sabe que<br /> imparcialidade em comunicação é conto de fadas), troca favores com<br /> o pior tipo de político e corporações, e persegue adversários? Aquele<br /> jornalismo feudal que é grande parte do que existe no Brasil? Infelizmente,<br /> está longe o dia em que esse jornalismo vai ser enterrado. Mas eu rezo<br /> bastante, e meu santo é forte. <br /> &gt; 6- Você acredita que o blogueiro pode vir a ocupar o lugar do jornalista?<br /> <br /> Eu acho que não existe essa divisão. Alguns grandes jornalistas são<br /> blogueiros, e vice-versa. <br /> &gt; 7- Quais são os motivos das colaborações ainda tímidas no Brasil?<br /> <br /> Colaborações tímidas? Onde? Eu vejo um monte de colaboração rolando<br /> pela internet. Ela passa longe dos portais das empresas de comunicação,<br /> porque a maioria delas não quer largar o osso e delegar poder. Seus<br /> objetivos não são honestos. <br /> &gt; 8- O que é necessário para cativar e fidelizar o público?<br /> <br /> Distribuir dinheiro e exibir fotografia erótica. "Fidelizar" me soa quase como<br /> cabresto. <br /> &gt; 9- No tempo que trabalhei na Sou+eu, sentia dificuldade e também percebia a<br /> &gt; dificuldade dos outros jornalistas, em manter contato freqüente com os<br /> &gt; colaboradores, em alterar muitas informações do texto, na rejeição do site<br /> &gt; da revista e também em pensar que jornalismo colaborativo é um jornalismo<br /> &gt; feito para o público C, fazendo matérias que se enquadram mais nos programas<br /> &gt; sensacionalistas da tarde. Pra você quais são as falhas que a mídia<br /> &gt; tradicional comete nos projetos de jornalismo colaborativo? Entra nisso<br /> &gt; também o despreparo da equipe?<br /> <br /> Despreparo não sei, mas acho que tem duas coisas: o desinteresse em<br /> saber realmente o que as pessoas pensam (colaboração obrigatória é<br /> um contra-senso bestial), e o medo de se perceber irrelevante. <br /> &gt; 10-Por não existir legislação na internet, como fica a questão da ética?<br /> &gt; Como é possível manter a ordem em um site, sem precisar excluir os<br /> &gt; conteúdos?<br /> <br /> Isso é besteira. A legislação existe na internet e fora dela. Tem que<br /> se adaptar, mas a base legal existe. Não entendi tua pergunta. Não<br /> vi nenhuma relação entre "ordem", "excluir" e "ética". <br /><br />&gt; 11-Como você vê o jornalismo colaborativo daqui a cinco anos? É<br /> &gt; uma moda ou veio pra ficar?<br /> <br /> Qual deles? Não acho que as empresas de comunicação tenham outra<br /> saída, mas seria muito mais divertido se elas realmente quisessem<br /> colaborar com as pessoas lá fora. No Brasil, a impressão que eu tenho<br /> é que o processo é forçado, muito mais uma coisa de seguir tendências<br /> que as empresas de comunicação de todo o mundo estão fazendo do<br /> que um real interesse em renovar o espaço simbólico que o jornalismo<br /> ocupa. O cenário da comunicação de massa no Brasil é vergonhoso<br /> pra um país que quer se dizer sério: concentração, interesses corporativos,<br /> envolvimento escuso com política e interesses econômicos. Seria bom<br /> que o jornalismo brasileiro quisesse se transformar de verdade. Mas<br /> ainda não parece uma movimentação sincera, apesar das belas<br /> exceções.<br /></blockquote> colab comunicação jornalismo Wed, 02 Apr 2008 17:26:54 +0000 felipefonseca 3090 at http://efeefe.no-ip.org Exercício de moderação coletiva http://efeefe.no-ip.org/node/2912 <blockquote> tô ajudando o pessoal do <a href="http://openserver.cccb.org/bck/" title="bck" rel="nofollow">Bank of Common Knowledge</a> aqui em Barcelona.<br /> <br /> Eles me pediram pra elaborar um exercício de &quot;pedagogia<br /> P2P&quot;, trazendo algum tipo de prática da web pra oficinas<br /> presenciais, sem computadores. Aí comecei a rascunhar<br /> um exercício que simula os sistemas de moderação coletiva<br /> baseados em reputação/karma, como o do slashdot, plastic<br /> e afins. Escrevi um textinho sobre o contexto, sobre tentar<br /> encontrar um meio-termo entre a figura de um editor central<br /> e a ausência total de moderação. E comecei a elaborar o<br /> exercício, até chegar em um ponto em que acho que se<br /> adicionar alguma coisa fica complexo demais, mas se não<br /> adicionar o sistema não fica completo. E queria a opinião<br /> de vocês sobre como terminar. Ou refazer tudo. Ou desistir.<br /> <br /> Assim até agora:<br /> <br /> 1 Cada participante escreve alguma coisa em cinco pedaços<br /> de papel.<br /> 2 Todos os pedaços de papel são colados em um mural que<br /> tem cinco linhas: +2, +1, --, -1, -2.<br /> 3 Cada participante vai ler cinco textos de outras pessoas, e<br /> pode movê-lo uma linha pra cima ou para baixo. Podem ser<br /> textos que já foram avaliados.<br /> <br /> Aí chega o ponto: pra ter um sistema de karma efetivo, as<br /> pessoas que escreveram os textos mais bem cotados<br /> deveriam ganhar pontos de moderação e poder influir<br /> mais em outra fase. Também não sei sobre a economia<br /> dos posts... se eu deixar as pessoas mexerem em mais<br /> textos do que escreveram, desequilibra, mas pode ser<br /> interessante.<br /> <br /> Enfim, aberto a pedradas. </blockquote>  Mandei na lista <a href="http://lista.metareciclagem.org" title="lista" rel="nofollow">metarec</a>. barcelona bck colab metareciclagem Sun, 23 Dec 2007 03:32:49 +0000 felipefonseca 2912 at http://efeefe.no-ip.org Rádio Colaborativa http://efeefe.no-ip.org/node/2910 <p> Segunda-feira vai ser lançada oficialmente a experiência da Rádio Cultura AM em Sampa, capitaneada pelo <a href="http://blaz.com.br" title="Blaz" rel="nofollow">Avorio</a> e pelo <a href="http://naozero.com.br" title="Não Zero, site do Conectado" rel="nofollow">Juliano</a>. Mesmo sem saber ainda do que se trata, fico feliz. É longo o processo de trazer a colaboração pra dentro da mídia tupiniquim. Longo, desgastante e frustrante. Eu desisti antes de começar. Quero registrar meu desejo de boa sorte para eles (e todxs que vão colaborar com o projeto). O <a href="http://www.radarcultura.com.br/" title="Radar Cultura" rel="nofollow">site</a> ainda não abre muito o jogo, mas me cadastrei lá pra receber mais informações. </p> <p> Ainda quase no mesmo assunto, semana passada o Conectado, livro do Juliano, foi útil, me ajudando a encontrar o foco para uma oficina de colaboração que tenho que escrever (e que ainda assim não terminei). Mandei um e-mail pra ele com alguns comentários sobre o livro. Em essência, acho ele interessante para o que se propõe, ajudar a explicar web colaborativa, principalmente em faculdades de comunicação. Mas me incomodou um pouco uma linguagem objetiva por demais, talvez muito perto de livros nortamericanos sobre assuntos semelhantes. Mas isso tem a ver mais com vícios meus do que qualquer outra coisa. </p> aliadxs colab livros web2 Thu, 13 Dec 2007 21:28:08 +0000 felipefonseca 2910 at http://efeefe.no-ip.org