efeefe - caixa-preta http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/530/0 pt-br Sem fio - plataforma etérea http://efeefe.no-ip.org/agregando/sem-fio-plataforma-et%C3%A9rea <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Como comentei no <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/sem-fio-contexto-caminhos-e-bases" rel="nofollow">post anterior</a>, já há algum tempo temos articulado referências sobre possibilidades relacionadas a redes sem fio. No começo era uma curiosidade técnica, mais uma potencial expansão de horizontes do eterno jogo de descoberta que é brincar com tecnologia livre (o que faz com que muita gente - eu incluído - acabe se dedicando a projetos que não dizem nada para outras pessoas, justamente porque não conseguem explicar essa dimensão do fascínio da descoberta, mas isso é outro assunto). Com o tempo, acabei misturando a pesquisa de redes sem fio com a exploração conceitual de paralelos entre magia e tecnologia (mais sobre isso no meu <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com/" rel="nofollow">blog de tecnomagia</a>). Também começava a formular uma questão: como pode se articular a perspectiva da <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e das várias <a href="http://mimosa.metareciclagem.org" rel="nofollow">mimoSas</a> que rolaram por aí - que demonstram de maneira muito concreta o potencial da apropriação crítica de tecnologias - com esse universo mais etéreo das redes sem fio.<br /> Coletei por alguns anos um monte de <a href="http://metareciclagem.ourproject.org/link/bookmarks.php/felipefonseca/wireless" rel="nofollow">links</a> e <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wireless" rel="nofollow">anotações</a> até conseguir pensar em uma plataforma viável para isso. Queria algo na linha das <a href="http://www.noemalab.org/sections/ideas/ideas_articles/kranenburg_infracstructure/kranenburg_infrastructure2.html" rel="nofollow">infra-estruturas genéricas</a>, com base em software livre. Brinquei um pouco com o <a href="http://openwrt.org/" rel="nofollow">OpenWRT</a>, mas acabei ficando com o <a href="http://dd-wrt.com/" rel="nofollow">DD-WRT</a> por um tempo. Ambos são sistemas baseados em GNU/Linux para ser instalados em roteadores wi-fi como o WRT54G. Fiz algumas experiências com eles, mas o armazenamento e a memória RAM desses roteadores são extremamente limitados para possibilitar muita coisa. Foi útil para expandir a rede aqui de casa com uma <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/FoneraLiberta" rel="nofollow">Fonera Liberta</a>, mas pra criar redes locais mais versáteis precisava de algo mais.<br /> Em março deste ano, durante o <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/wintercamp" rel="nofollow">Wintercamp</a>, conheci nas mãos do broda <a href="http://projects.dorkbot.org/dorkbot-wiki/alejo" rel="nofollow">Alejo Duque</a> uma <a href="http://pcengines.ch/alix3d3.htm" rel="nofollow">Alix 3d3</a>: um SOC (sistema em um chip) baseado no <a href="http://www.amd.com/us-en/ConnectivitySolutions/ProductInformation/0,,50_2330_9863,00.html" rel="nofollow">AMD Geode</a> que para o tamanho, preço e consumo de energia é bem forte: 500Mhz e 256Mb de RAM, com vídeo VGA, duas portas USB e duas portas Mini PCI, além de placas de rede e som. Alejo usa o sistema para montar as <a href="http://locusonus.org/wkdl/?page=StreamBox+Alix+v.0.1" rel="nofollow">Streambox</a>, máquinas prontas para ligar na rede e começar a estrimar o que estiver entrando pela placa de som. Na Suíça, onde ele vive, custava o equivalente a cerca de trezentos reais. Ele fez a mão de encomendar uma e me mandar por correio.<br /> Durante alguns meses, realizei alguns testes, descolei acessórios (um cartão sem fio e outro cartão CF) e aprendi um monte de coisas (tudo documentado <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/Alix3d3" rel="nofollow">aqui</a>). A estação sem fio roda em uma rede mesh autônoma, oferece IP via dhcp, roda um servidor web, um servidor de chat. Cheguei a fazer testes com uma webcam, mas não tenho uma disponível por aqui. Fico pensando ainda em outras possibilidades de entrada e saída de dados (bluetooth, placa de som, sensores de presença, luminosidade, proximidade) detonando processos no totem. Fiz um vídeo mostrando o que acontece quando um cliente encontra e se conecta a essa rede:</p> <p>Estabelecida a base tecnológica, acabei elaborando três vertentes potenciais (entre diversas possíveis) para o uso dessas caixas autônomas sem fio: máquinas trocadoras de mídias, inseridas em eventos e espaços públicos - culturais, turísticos, rurais, florestais -, recebendo e disponibilizando conteúdo na área circundante; máquinas móveis, embutidas em automóveis ou transporte público, que levem uma rede wi-fi carregada de conteúdo e serviços para qualquer lugar (que dialoga com as pesquisas sobre <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Itiner%C3%83%C2%A2ncias" rel="nofollow">itinerâncias</a>); e uma terceira linha que eu venho chamando <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Oraculismo" rel="nofollow">Oraculismo</a> - dialogando com a <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com" rel="nofollow">tecnomagia</a> - que trata essas redes como espaços mágicos, em que o conteúdo só é revelado após negociação, troca ou descoberta.<br /> <img src="http://farm4.static.flickr.com/3593/3885804090_e1173e115e.jpg" alt="" /><br /> O Oraculismo surgiu como ficção, um conto tecnomágico que nunca terminei de escrever. Mas foi se desdobrando como investigação estética e, possivelmente, jogo. Um elemento importante é contrapor-se a um tipo de alienação da localidade que o acesso ubíquo à internet pode favorecer, e possibilitar a criação de espaços informacionais - totens - totalmente contextuais, modificados e realimentados pelas pessoas que circularam por ali, onde ainda existem segredos. O desvelar de mistérios é um importante tipo de aprendizado. E ainda tem mais um desdobramento possível: a sincronização de dois totens precisa de deslocamento físico de pessoas que tenham consciência dos segredos, e as trocas diretas entre essas pessoas podem acontecer nos cantos do sistema: notas deixadas em espaços a que ninguém tem acesso, exceto o guardião que identifica os agentes que aprenderam a executar rituais pré-determinados. O guardião é um bot - um daemon - que fica esperando em um canal de chat. De acordo com os rumos que a conversa toma, ele começa a dar acesso a diferentes áreas de conteúdo e serviços disponíveis na rede local. <br /> Próximos passos, pesquisa pros próximos meses: dar vida ao guardião do Oraculismo, para gerenciar os diversos tipos de interação possíveis. Prometo que conto mais assim que houver.<br />  </p> <img src="http://img.zemanta.com/pixy.gif?x-id=6e66467f-cf96-8806-a7d6-559d89ebb8c2" alt="" class="zemanta-pixie-img" /> arte caixa-preta desvio espaço público metareciclagem redes software livre wireless Sat, 05 Sep 2009 06:00:06 +0000 felipefonseca 5796 at http://efeefe.no-ip.org