efeefe - bricolabs http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/17/0 pt-br Rolê, parte 2 - velhomundo insular http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-2-velhomundo-insular <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Duas horinhas me levaram de Berlim à Inglaterra, em um vôo da easyjet. Comida não incluída, fila pra pegar os melhores lugares, pouco espaço entre os assentos que não reclinam. Mas o preço compensou. Desci em Liverpool, passei pela alfândega da maneira mais rápida e fácil das cinco vezes que entrei no Reino Unido. "Vou participar de um evento em Manchester, fico em tal hotel". A mocinha nem pediu pra ver o convite, reserva do hotel ou quanto dinheiro eu tinha. Carimbou e desejou uma boa estada. Eu já tinha comprado pela internet a passagem de ônibus até o centro de Manchester. Fui curtindo o sol estendido da primavera europeia - já eram mais de sete e meia, e ele ainda bem acima do horizonte. Sacando o sotaque totalmente diferente daquela parte da Inglaterra - meio rasgado, mas seco - uma musicalidade diferente, mas sem terminar direito as palavras.</p> <h2>Manchester, England, England. Across the Atlantic sea...</h2> <p>A caminho de Manchester, um monte de bairros com casinhas. A estabilidade - e o tédio - das zonas que criaram a própria ideia de classe média. A caminho de um dos epicentros da revolução industrial, onde Engels escreveu "A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra". Muito tijolinho vermelho, muito gramado verde e mais alguns campos amarelos de canola.<br /> <img alt="Vão central do Britannia" align="right" src="http://farm4.static.flickr.com/3367/4616694117_def74788cf_m_d.jpg" />No centro de Manchester, apesar de o sol ter brilhado boa parte do dia, a temperatura era de 11 graus - e mais tarde ainda cairia para 7.6 graus. O Britannia é um hotel grande, em um prédio antigo e com um quê de decadente - o aquecimento do quarto não funcionava, a TV oscilava entre colorida e PB, e a internet era um lixo. Mas eu fiquei em um quarto no penúltimo andar, de frente para o sol que se punha quase às nove da noite. E tinha banheira, e uma escadaria daquelas de filme. Saí para bater um rango, e percebi mais uma vez como a cidade é barata em relação a Londres - comi um Chicken Tikka Masala bem servido com um pint de Ale por cinco libras e pouco. Manchester é uma cidade universitária - muita gente jovem na rua, um monte de bares com som e gente de vários lugares do mundo. Eu estava a um quarteirão dos Piccadilly Gardens, no centro. Logo em frente descobri o <a href="http://kro.co.uk" rel="nofollow">KRO Bar</a>, com internet grátis e confiável, onde voltaria quase todo dia.<br /> <img alt="Contact Theatre" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4011/4616731155_9016cb902a_m_d.jpg" />No dia seguinte, fui visitar o arc Space (relato completo <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). Na saída, Vicky me apresentou na rua para Franco, um senhor italiano reputado como anarquista que alguns dias depois me mandou alguns DVDs selecionados. Encontrei uma lavanderia e dei umas voltas pela cidade, sem muito compromisso. Tentei até ir à abertura da exposição <a href="http://www.futureeverything.org/art/serendipitycity" rel="nofollow">Serendipity City</a>, mas eles encerraram exatamente no horário previsto (21hs). A pontualidade britânica funciona na entrada e na saída. De volta ao hotel, percebi que eles tinham resolvido a falha do aquecimento - trouxeram um aquecedor elétrico. Dormi melhor nessa noite. Pela manhã, fui para o Contact Theatre, nó principal do <a href="http://www.futureeverything.org/" rel="nofollow">Future Everything</a>, para uma conversa com Vicky Sinclair e Russel Clifton (que também relatei <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). O <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010 " rel="nofollow">GloNet</a> (evento enredado global) do Future Everything já estava rolando. Assisti a alguns pedaços, depois desci pra almoçar no café. À tarde rolou a sessão remota com São Paulo, que relatei com mais detalhes <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">aqui</a>.<br /> <img alt="Monitored Landscape No. 16" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4060/4617343880_4d2e6c81a5_m_d.jpg" />No fim da tarde, dei uma passada pela exposição <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu" rel="nofollow">CU</a> (:P), curada pela Contents may vary no Copperface Jacks, subsolo do The Palace Hotel. Algumas peças bem interessantes ali, talvez mais ainda pelo contraste com o cenário de pub. Gostei da <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/monitoredlandscape" rel="nofollow">Monitored Landscape No. 16</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/thinkingthroughmethod" rel="nofollow">Thinking Through Method (Cooper)</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/deathcallsthetune" rel="nofollow">Death Calls the Tune</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/imataperecordermaniac" rel="nofollow">I'm a Tape Recorder Maniac!</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/organisedsound" rel="nofollow">Organised Sound</a> e do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/resonantqueue" rel="nofollow">Resonant Queue</a>. Mais sobre a exposição, <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18094" rel="nofollow">aqui</a>. Não resisti e peguei na saída um bottom com o nome da exposição.<br /> Na sexta-feira pela manhã, cheguei no meio do painel "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cities_of_insurrection" rel="nofollow">cities of insurrection</a>", mas saí logo. Encontrei Stephen Kovats, organizador da <a href="http://transmediale.de" rel="nofollow">Transmediale</a> de Berlim, e meu amigo <a href="http://translocal.net" rel="nofollow">Tapio Makela</a> no café. Stephen me deu uma cópia impressa do livro <a href="http://en.flossmanuals.net/collaborativefutures/" rel="nofollow">collaborative futures</a>. Depois pulei para a sessão "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Doing_it_together" rel="nofollow">doing it together</a>", que começou justamente com <a href="http://www.mushon.com/" rel="nofollow">Mushon Zer-Aviv</a>, um dos autores do livro. Fiz algumas anotações durante o debate:<br /> <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2185" rel="nofollow">Mushon</a></p> Código e wikipedia têm fundamentos racionais. O design não. As pessoas costumam entender colaboração como "colocar as coisas online". Cultura livre é abrir, software livre é colaborar. <a href="http://www.shiftspace.org/" rel="nofollow">Shiftspace</a> Quando for possível, codificar e usar sistemas de controle de versão. Publicar os arquivos master. Por exemplo, usando o dropbox. <p>Codificando:</p> pesquisa enredada; linguagem extensível; documentar a linguagem. <p>A apresentação do Mushon está online: <a href="http://github.com/mushon/osd-presentation" rel="nofollow">http://github.com/mushon/osd-presentation</a><br /> Escalar a subjetividade não é uma questão nova. Sempre vai dar errado. Deixar a opção para forking.<br /> Falou mal de patentes, disse que temos que trabalhar mesmo para oferecer alternativas à apple.<br /> O debate continuou com <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2201" rel="nofollow">Alexandra Deschamps-Sonsino</a> (<a href="http://www.designswarm.com/" rel="nofollow">portfolio</a>), da <a href="http://tinkerlondon.com" rel="nofollow">Tinker London</a>. Depois descobri que ela tinha estado também na <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">Lift</a>, apresentando o projeto <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">Homesense</a>. Ela começou falando um pouco sobre as mudanças no design de produtos desde a época em que estava na faculdade. Mais anotações abaixo:</p> Hardware livre. O horizonte do design está mudando. Vídeo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=PeScmRwzQho" rel="nofollow">intro do arduino</a> estudantes, artistas, hackers, publicitários, pesquisa & desenvolvimento estão usando hardware livre Projetos interessantes com hardware livre: <a href="http://www.botanicalls.com/ " rel="nofollow">botanicalls</a>, <a href="http://kickbee.net/ " rel="nofollow">kickbee</a>, <a href="http://todbot.com/blog/2006/10/23/diy-ambient-orb-with-arduino-update/ " rel="nofollow">ambient orb</a>, <a href="http://www.mcqn.com/bubblino" rel="nofollow">bubblino</a> <a href="http://joindiaspora.com/project.html" rel="nofollow">Diaspora</a>. <p>Projeto dela: <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">homesense</a>. Inovação dentro de casa - criar novos produtos. Desenvolvido em parceria com uma <a href="http://www.edf.fr/the-edf-offers/edf-fr-home-200420.html#Home" rel="nofollow">grande empresa de energia</a>.<br /> Iphones e afins têm sucesso por que são desejáveis. se começarmos a criar produtos e serviços desejáveis, isso pode mudar.<br /> Questões<br /> Mushon: as pessoas querem ser dominadas. anarquismo é inspirador, mas complicado.<br /> Em seguida, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Alison Powell</a> falou sobre o papel da mídia e dos cafés na criação de uma esfera pública ao longo dos últimos séculos, e questionou sobre como isso se articula com as redes hoje em dia. Eu precisei responder alguns emails importantes e acabei perdendo boa parte da apresentação dela, infelizmente.<br /> Durante o debate, um camarada sentado ao meu lado me ajudou a conectar a fonte do meu laptop. Depois ainda conversamos um pouco sobre nossos computadores (ele tinha um EEE 701). Só depois que o debate acabou foi que nos descobrimos: ele era <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Brian Degger</a>, que conversou comigo pela lista <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a> avisando que estaria no Future Everything. Brian está envolvido com alguns projetos muito interessantes de ciência de garagem, e vai participar do <a href="http://medialab-prado.es/article/interactivos_ciencia_de_barrio" rel="nofollow">Interactivos?</a> em Madrid daqui a duas semanas. <br /> No horário do almoço, saí para dar outra volta pela cidade. Voltei mais tarde para o painel <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Ludic_interfaces" rel="nofollow">Interfaces Lúdicas</a>. Cheguei a tempo de pegar a apresentação do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2257" rel="nofollow">Tapio</a>:</p> Ben Schneidermann - designing the human interface ideias de interface costumavam ser muito baseadas nas telas. tapio levanta a questão sobre as interfaces no mundo real. as modalidades lúdicas mudam com novas tecnologias. videoativismo nos anos sessenta. media van. ant farm collective. yes men - lúdico, mas como descrever o aspecto da interface? locative media. blast theory / proboscis. play pode se mudar da tela para vizinhanças orientadas a objetos. o papel da ambiguidade no design. coisas lúdicas têm a ver com ambiguidade e não-intencionalidade. feral robots. <a href="http://hehe.org2.free.fr/?language=fr" rel="nofollow">Nuage Vert</a> <a href="http://socialtapestries.net/snout/" rel="nofollow">Snout</a> <a href="http://www.gpsdrawing.com/" rel="nofollow">Performance lúdica e absurda com tecnologia</a> <p>Depois dele, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2310" rel="nofollow">Margarete Jahrmann</a> falou sobre a <a href="http://www.ludic-society.net/" rel="nofollow">Ludic Society</a><br /> Depois ainda dei um pulo no debate sobre <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/New_creactivity" rel="nofollow">Nova Criatividade</a>, onde falava a incrível <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2203" rel="nofollow">Anab Jain</a>, do <a href="http://www.superflux.in/" rel="nofollow">Superflux</a>. Para ela, "Através de conflitos e tensões, boas coisas podem emergir".<br /> Olhando pra trás, mais algumas notas sobre o Future Everything:</p> os temas do festival e da conferência acertaram em cheio algumas questões muito presentes: eventos distribuídos, open data, urbanismo experimental, serendipidade, conectividade ilimitada, prototipagem e fablabs. Nesse sentido, continua sendo um evento que me faz aprender bastante. Eu tenho a sensação de que ele não perde muito tempo dourando a pílula, tentando criar um clima de abstração conceitual em cima - e nesse sentido é um evento bastante tático, contrastando com vários outros onde a abstração chega àqueles níveis em que uma bula é necessária para decodificar qualquer coisa. Vão os meus parabéns para o Drew Hemment e sua equipe. a revista digital dialogue fez uma <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18093" rel="nofollow">edição especial</a> sobre o festival. Gostei da ideia. Quem sabe a gente não faz o mesmo com o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">Mutirão</a> algum dia. como já comentei em <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">outro post</a>, eu fiquei bastante tempo brincando com o <a href="http://createdigitalmusic.com/2009/06/22/maker-faire-music-moldover%E2%80%99s-syncomasher-live-electronica-controllerism-for-everyone/" rel="nofollow">syncomasher</a> do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2135" rel="nofollow">Moldover</a>. A Glonet funcionou muito bem. Palmas para o <a href="http://www.distancelab.org/" rel="nofollow">Distance Lab</a>. Eu não cheguei a testar as <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010/talkingboxes" rel="nofollow">Talking Boxes</a> deles, mas vi gente usando e achei bem interessante. Eu tinha que ir pra Londres para encontrar uma galera no sábado, então acabei perdendo o <a href="http://www.futureeverything.org/art/playeverything" rel="nofollow">Play everything</a>... uma pena, mas fica pra próxima. <h2>Londinium</h2> <p>Sabadão, em duas horinhas de trem, cheguei a Londres. Trem com poltrona confortável, mesa e até - se eu quisesse pagar seis libras para uma hora - conexão wi-fi à internet. Fui direto para Walthamstow, deixar as coisas na casa dxs amigxs que me hospedariam. Walthamstow é um bairro meio afastado, no leste de Londres - E17, pra quem conhece o zoneamento por lá. Um bairro interessante, cheio de imigrantes de toda parte. O bairro também tem o Walthamstow Market - o mercado mais extenso da Europa, com nem me lembro quantos quilômetros. Logo no comecinho do mercado, uma cena divertida - um astronauta/ET <a href="http://gambiologia.net" rel="nofollow">gambiólogo</a>, cheio de dispositivos eletrônicos, fazia música. Era quase uma gatorra vestível! Vou subir o vídeo no youtube nos próximos dias, depois incorporo aqui embaixo.<br /> <img alt="Astronauta gambiológico" src="http://farm5.static.flickr.com/4007/4617367182_aee656f786_d.jpg" /><br /> No domingo, almocei em Brick Lane com o pessoal e <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">Rob van Kranenburg</a>. Ele me perguntou "o que a gente precisa fazer agora?" em relação à rede Bricolabs <a href="http://bricolabs.net" title="http://bricolabs.net" rel="nofollow">http://bricolabs.net</a>. Eu respondi "nada. vamos deixar as coisas aparecerem". Acho que ele concordou. Mais tarde, tive uma reunião interessante articulada pela Vicky, com o Peter Forrest do <a href="http://tgl.tv/" rel="nofollow">TGL</a> e uma pessoa que queria saber mais sobre o Brasil para aconselhar um possível projeto de sustentabilidade e cidades. Participaram também da reunião os diretores do <a href="http://www.globalactionplan.com/" rel="nofollow">Global Action Plan</a> e da <a href="http://www.uia.be/" rel="nofollow">UIA</a> - e o assistente deles, que é brasileiro.<br /> Na segunda-feira pela manhã, estive no <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">London Media Lab</a>, comandado por Patrick Humphreys. Ele havia convidado integrantes da Bricolabs que estavam em Londres para uma conversa. Além de mim, estavam Vicky Sinclair, a italiana Francesca Bria, Rob van Kranenburg e o próprio Patrick. Conversamos por algumas horas - gravei tudo e vou publicar trechos interessantes assim que tiver tempo.<br /> No dia seguinte, passei rapidamente pelo espaço que está expondo obras de <a href="http://zoebenbow.co.uk/" rel="nofollow">Zoe Benbow</a>, companheira de <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob La Frenais</a> - que infelizmente não pode estar presente, porque sua mãe estava enferma. <a href="http://www.boundaryobject.org/" rel="nofollow">Bronac Ferran</a> também estava por lá, e fomos para um pub conversar sobre o Brasil, a China, microestruturas e outras coisas.<br /> Fiquei mais um dia e meio em Londres, fazendo um pouco de turismo e passeando com a família. Fui mais uma vez ao sebo logo na entrada de Notting Hill onde já fui algumas vezes. Lembrei muito do meu irmão de vida <a href="http://twitter.com/dpadua" rel="nofollow">Dpadua</a>. Acho que foi ele que me fez perceber um segundo antes de ir embora que tinha um livrinho do Alan Moore sobre como escrever para quadrinhos. Comprei. Ainda não li, vou guardar para um dia inspirado.</p> bricolabs desvio eventos future everything londres manchester trip Thu, 27 May 2010 23:42:52 +0000 felipefonseca 7780 at http://efeefe.no-ip.org Rolê, parte 2 - velhomundo insular http://efeefe.no-ip.org/agregando/role-parte-2-velhomundo-insular-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Duas horinhas me levaram de Berlim à Inglaterra, em um vôo da easyjet. Comida não incluída, fila pra pegar os melhores lugares, pouco espaço entre os assentos que não reclinam. Mas o preço compensou. Desci em Liverpool, passei pela alfândega da maneira mais rápida e fácil das cinco vezes que entrei no Reino Unido. "Vou participar de um evento em Manchester, fico em tal hotel". A mocinha nem pediu pra ver o convite, reserva do hotel ou quanto dinheiro eu tinha. Carimbou e desejou uma boa estada. Eu já tinha comprado pela internet a passagem de ônibus até o centro de Manchester. Fui curtindo o sol estendido da primavera europeia - já eram mais de sete e meia, e ele ainda bem acima do horizonte. Sacando o sotaque totalmente diferente daquela parte da Inglaterra - meio rasgado, mas seco - uma musicalidade diferente, mas sem terminar direito as palavras.</p> <h2>Manchester, England, England. Across the Atlantic sea...</h2> <p>A caminho de Manchester, um monte de bairros com casinhas. A estabilidade - e o tédio - das zonas que criaram a própria ideia de classe média. A caminho de um dos epicentros da revolução industrial, onde Engels escreveu "A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra". Muito tijolinho vermelho, muito gramado verde e mais alguns campos amarelos de canola.</p> <p><img alt="Vão central do Britannia" align="right" src="http://farm4.static.flickr.com/3367/4616694117_def74788cf_m_d.jpg" />No centro de Manchester, apesar de o sol ter brilhado boa parte do dia, a temperatura era de 11 graus - e mais tarde ainda cairia para 7.6 graus. O Britannia é um hotel grande, em um prédio antigo e com um quê de decadente - o aquecimento do quarto não funcionava, a TV oscilava entre colorida e PB, e a internet era um lixo. Mas eu fiquei em um quarto no penúltimo andar, de frente para o sol que se punha quase às nove da noite. E tinha banheira, e uma escadaria daquelas de filme. Saí para bater um rango, e percebi mais uma vez como a cidade é barata em relação a Londres - comi um Chicken Tikka Masala bem servido com um pint de Ale por cinco libras e pouco. Manchester é uma cidade universitária - muita gente jovem na rua, um monte de bares com som e gente de vários lugares do mundo. Eu estava a um quarteirão dos Piccadilly Gardens, no centro. Logo em frente descobri o <a href="http://kro.co.uk" rel="nofollow">KRO Bar</a>, com internet grátis e confiável, onde voltaria quase todo dia.</p> <p><img alt="Contact Theatre" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4011/4616731155_9016cb902a_m_d.jpg" />No dia seguinte, fui visitar o arc Space (relato completo <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). Na saída, Vicky me apresentou na rua para Franco, um senhor italiano reputado como anarquista que alguns dias depois me mandou alguns DVDs selecionados. Encontrei uma lavanderia e dei umas voltas pela cidade, sem muito compromisso. Tentei até ir à abertura da exposição <a href="http://www.futureeverything.org/art/serendipitycity" rel="nofollow">Serendipity City</a>, mas eles encerraram exatamente no horário previsto (21hs). A pontualidade britânica funciona na entrada e na saída. De volta ao hotel, percebi que eles tinham resolvido a falha do aquecimento - trouxeram um aquecedor elétrico. Dormi melhor nessa noite. Pela manhã, fui para o Contact Theatre, nó principal do <a href="http://www.futureeverything.org/" rel="nofollow">Future Everything</a>, para uma conversa com Vicky Sinclair e Russel Clifton (que também relatei <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/25-05-10/Duas-conversas-em-Manchester" rel="nofollow">aqui</a>). O <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010 " rel="nofollow">GloNet</a> (evento enredado global) do Future Everything já estava rolando. Assisti a alguns pedaços, depois desci pra almoçar no café. À tarde rolou a sessão remota com São Paulo, que relatei com mais detalhes <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p><img alt="Monitored Landscape No. 16" align="right" src="http://farm5.static.flickr.com/4060/4617343880_4d2e6c81a5_m_d.jpg" />No fim da tarde, dei uma passada pela exposição <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu" rel="nofollow">CU</a> (:P), curada pela Contents may vary no Copperface Jacks, subsolo do The Palace Hotel. Algumas peças bem interessantes ali, talvez mais ainda pelo contraste com o cenário de pub. Gostei da <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/monitoredlandscape" rel="nofollow">Monitored Landscape No. 16</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/thinkingthroughmethod" rel="nofollow">Thinking Through Method (Cooper)</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/deathcallsthetune" rel="nofollow">Death Calls the Tune</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/imataperecordermaniac" rel="nofollow">I'm a Tape Recorder Maniac!</a>, do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/organisedsound" rel="nofollow">Organised Sound</a> e do <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cu/resonantqueue" rel="nofollow">Resonant Queue</a>. Mais sobre a exposição, <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18094" rel="nofollow">aqui</a>. Não resisti e peguei na saída um bottom com o nome da exposição.</p> <p>Na sexta-feira pela manhã, cheguei no meio do painel "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/cities_of_insurrection" rel="nofollow">cities of insurrection</a>", mas saí logo. Encontrei Stephen Kovats, organizador da <a href="http://transmediale.de" rel="nofollow">Transmediale</a> de Berlim, e meu amigo <a href="http://translocal.net" rel="nofollow">Tapio Makela</a> no café. Stephen me deu uma cópia impressa do livro <a href="http://en.flossmanuals.net/collaborativefutures/" rel="nofollow">collaborative futures</a>. Depois pulei para a sessão "<a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Doing_it_together" rel="nofollow">doing it together</a>", que começou justamente com <a href="http://www.mushon.com/" rel="nofollow">Mushon Zer-Aviv</a>, um dos autores do livro. Fiz algumas anotações durante o debate:</p> <p><a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2185" rel="nofollow">Mushon</a></p> Código e wikipedia têm fundamentos racionais. O design não. As pessoas costumam entender colaboração como "colocar as coisas online". Cultura livre é abrir, software livre é colaborar. <a href="http://www.shiftspace.org/" rel="nofollow">Shiftspace</a> Quando for possível, codificar e usar sistemas de controle de versão. Publicar os arquivos master. Por exemplo, usando o dropbox. <p>Codificando:</p> pesquisa enredada; linguagem extensível; documentar a linguagem. <p>A apresentação do Mushon está online: <a href="http://github.com/mushon/osd-presentation" rel="nofollow">http://github.com/mushon/osd-presentation</a></p> <p>Escalar a subjetividade não é uma questão nova. Sempre vai dar errado. Deixar a opção para forking.</p> <p>Falou mal de patentes, disse que temos que trabalhar mesmo para oferecer alternativas à apple.</p> <p>O debate continuou com <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2201" rel="nofollow">Alexandra Deschamps-Sonsino</a> (<a href="http://www.designswarm.com/" rel="nofollow">portfolio</a>), da <a href="http://tinkerlondon.com" rel="nofollow">Tinker London</a>. Depois descobri que ela tinha estado também na <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/lift-10-metareciclagem-futuros-conectados-no-brasil" rel="nofollow">Lift</a>, apresentando o projeto <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">Homesense</a>. Ela começou falando um pouco sobre as mudanças no design de produtos desde a época em que estava na faculdade. Mais anotações abaixo:</p> Hardware livre. O horizonte do design está mudando. Vídeo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=PeScmRwzQho" rel="nofollow">intro do arduino</a> estudantes, artistas, hackers, publicitários, pesquisa & desenvolvimento estão usando hardware livre Projetos interessantes com hardware livre: <a href="http://www.botanicalls.com/ " rel="nofollow">botanicalls</a>, <a href="http://kickbee.net/ " rel="nofollow">kickbee</a>, <a href="http://todbot.com/blog/2006/10/23/diy-ambient-orb-with-arduino-update/ " rel="nofollow">ambient orb</a>, <a href="http://www.mcqn.com/bubblino" rel="nofollow">bubblino</a> <a href="http://joindiaspora.com/project.html" rel="nofollow">Diaspora</a>. <p>Projeto dela: <a href="http://www.homesenseproject.com/" rel="nofollow">homesense</a>. Inovação dentro de casa - criar novos produtos. Desenvolvido em parceria com uma <a href="http://www.edf.fr/the-edf-offers/edf-fr-home-200420.html#Home" rel="nofollow">grande empresa de energia</a>.</p> <p>Iphones e afins têm sucesso por que são desejáveis. se começarmos a criar produtos e serviços desejáveis, isso pode mudar.</p> <p>Questões</p> <p>Mushon: as pessoas querem ser dominadas. anarquismo é inspirador, mas complicado.</p> <p>Em seguida, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Alison Powell</a> falou sobre o papel da mídia e dos cafés na criação de uma esfera pública ao longo dos últimos séculos, e questionou sobre como isso se articula com as redes hoje em dia. Eu precisei responder alguns emails importantes e acabei perdendo boa parte da apresentação dela, infelizmente.</p> <p>Durante o debate, um camarada sentado ao meu lado me ajudou a conectar a fonte do meu laptop. Depois ainda conversamos um pouco sobre nossos computadores (ele tinha um EEE 701). Só depois que o debate acabou foi que nos descobrimos: ele era <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2218" rel="nofollow">Brian Degger</a>, que conversou comigo pela lista <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a> avisando que estaria no Future Everything. Brian está envolvido com alguns projetos muito interessantes de ciência de garagem, e vai participar do <a href="http://medialab-prado.es/article/interactivos_ciencia_de_barrio" rel="nofollow">Interactivos?</a> em Madrid daqui a duas semanas. </p> <p>No horário do almoço, saí para dar outra volta pela cidade. Voltei mais tarde para o painel <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/Ludic_interfaces" rel="nofollow">Interfaces Lúdicas</a>. Cheguei a tempo de pegar a apresentação do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2257" rel="nofollow">Tapio</a>:</p> Ben Schneidermann - designing the human interface ideias de interface costumavam ser muito baseadas nas telas. tapio levanta a questão sobre as interfaces no mundo real. as modalidades lúdicas mudam com novas tecnologias. videoativismo nos anos sessenta. media van. ant farm collective. yes men - lúdico, mas como descrever o aspecto da interface? locative media. blast theory / proboscis. play pode se mudar da tela para vizinhanças orientadas a objetos. o papel da ambiguidade no design. coisas lúdicas têm a ver com ambiguidade e não-intencionalidade. feral robots. <a href="http://hehe.org2.free.fr/?language=fr" rel="nofollow">Nuage Vert</a> <a href="http://socialtapestries.net/snout/" rel="nofollow">Snout</a> <a href="http://www.gpsdrawing.com/" rel="nofollow">Performance lúdica e absurda com tecnologia</a> <p>Depois dele, <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2310" rel="nofollow">Margarete Jahrmann</a> falou sobre a <a href="http://www.ludic-society.net/" rel="nofollow">Ludic Society</a></p> <p>Depois ainda dei um pulo no debate sobre <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/New_creactivity" rel="nofollow">Nova Criatividade</a>, onde falava a incrível <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2203" rel="nofollow">Anab Jain</a>, do <a href="http://www.superflux.in/" rel="nofollow">Superflux</a>. Para ela, "Através de conflitos e tensões, boas coisas podem emergir".</p> <p>Olhando pra trás, mais algumas notas sobre o Future Everything:</p> os temas do festival e da conferência acertaram em cheio algumas questões muito presentes: eventos distribuídos, open data, urbanismo experimental, serendipidade, conectividade ilimitada, prototipagem e fablabs. Nesse sentido, continua sendo um evento que me faz aprender bastante. Eu tenho a sensação de que ele não perde muito tempo dourando a pílula, tentando criar um clima de abstração conceitual em cima - e nesse sentido é um evento bastante tático, contrastando com vários outros onde a abstração chega àqueles níveis em que uma bula é necessária para decodificar qualquer coisa. Vão os meus parabéns para o Drew Hemment e sua equipe. a revista digital dialogue fez uma <a href="http://www.axisweb.org/dlForum.aspx?ESSAYID=18093" rel="nofollow">edição especial</a> sobre o festival. Gostei da ideia. Quem sabe a gente não faz o mesmo com o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org" rel="nofollow">Mutirão</a> algum dia. como já comentei em <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/futuro-tudo" rel="nofollow">outro post</a>, eu fiquei bastante tempo brincando com o <a href="http://createdigitalmusic.com/2009/06/22/maker-faire-music-moldover%E2%80%99s-syncomasher-live-electronica-controllerism-for-everyone/" rel="nofollow">syncomasher</a> do <a href="http://www.futureeverything.org/community/newuser?id=2135" rel="nofollow">Moldover</a>. A Glonet funcionou muito bem. Palmas para o <a href="http://www.distancelab.org/" rel="nofollow">Distance Lab</a>. Eu não cheguei a testar as <a href="http://www.futureeverything.org/festival2010/glonet2010/talkingboxes" rel="nofollow">Talking Boxes</a> deles, mas vi gente usando e achei bem interessante. Eu tinha que ir pra Londres para encontrar uma galera no sábado, então acabei perdendo o <a href="http://www.futureeverything.org/art/playeverything" rel="nofollow">Play everything</a>... uma pena, mas fica pra próxima. <h2>Londinium</h2> <p>Sabadão, em duas horinhas de trem, cheguei a Londres. Trem com poltrona confortável, mesa e até - se eu quisesse pagar seis libras para uma hora - conexão wi-fi à internet. Fui direto para Walthamstow, deixar as coisas na casa dxs amigxs que me hospedariam. Walthamstow é um bairro meio afastado, no leste de Londres - E17, pra quem conhece o zoneamento por lá. Um bairro interessante, cheio de imigrantes de toda parte. O bairro também tem o Walthamstow Market - o mercado mais extenso da Europa, com nem me lembro quantos quilômetros. Logo no comecinho do mercado, uma cena divertida - um astronauta/ET <a href="http://gambiologia.net" rel="nofollow">gambiólogo</a>, cheio de dispositivos eletrônicos, fazia música. Era quase uma gatorra vestível! Vou subir o vídeo no youtube nos próximos dias, depois incorporo aqui embaixo.</p> <p><img alt="Astronauta gambiológico" src="http://farm5.static.flickr.com/4007/4617367182_aee656f786_d.jpg" /></p> <p>No domingo, almocei em Brick Lane com o pessoal e <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">Rob van Kranenburg</a>. Ele me perguntou "o que a gente precisa fazer agora?" em relação à rede Bricolabs <a href="http://bricolabs.net" title="http://bricolabs.net" rel="nofollow">http://bricolabs.net</a>. Eu respondi "nada. vamos deixar as coisas aparecerem". Acho que ele concordou. Mais tarde, tive uma reunião interessante articulada pela Vicky, com o Peter Forrest do <a href="http://tgl.tv/" rel="nofollow">TGL</a> e uma pessoa que queria saber mais sobre o Brasil para aconselhar um possível projeto de sustentabilidade e cidades. Participaram também da reunião os diretores do <a href="http://www.globalactionplan.com/" rel="nofollow">Global Action Plan</a> e da <a href="http://www.uia.be/" rel="nofollow">UIA</a> - e o assistente deles, que é brasileiro.</p> <p>Na segunda-feira pela manhã, estive no <a href="http://www.lml.lse.ac.uk/" rel="nofollow">London Media Lab</a>, comandado por Patrick Humphreys. Ele havia convidado integrantes da Bricolabs que estavam em Londres para uma conversa. Além de mim, estavam Vicky Sinclair, a italiana Francesca Bria, Rob van Kranenburg e o próprio Patrick. Conversamos por algumas horas - gravei tudo e vou publicar trechos interessantes assim que tiver tempo.</p> <p>No dia seguinte, passei rapidamente pelo espaço que está expondo obras de <a href="http://zoebenbow.co.uk/" rel="nofollow">Zoe Benbow</a>, companheira de <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob La Frenais</a> - que infelizmente não pode estar presente, porque sua mãe estava enferma. <a href="http://www.boundaryobject.org/" rel="nofollow">Bronac Ferran</a> também estava por lá, e fomos para um pub conversar sobre o Brasil, a China, microestruturas e outras coisas.</p> <p>Fiquei mais um dia e meio em Londres, fazendo um pouco de turismo e passeando com a família. Fui mais uma vez ao sebo logo na entrada de Notting Hill onde já fui algumas vezes. Lembrei muito do meu irmão de vida <a href="http://twitter.com/dpadua" rel="nofollow">Dpadua</a>. Acho que foi ele que me fez perceber um segundo antes de ir embora que tinha um livrinho do Alan Moore sobre como escrever para quadrinhos. Comprei. Ainda não li, vou guardar para um dia inspirado.</p> bricolabs desvio eventos future everything londres manchester trip Thu, 27 May 2010 23:42:52 +0000 felipefonseca 9522 at http://efeefe.no-ip.org Mexendo a rede http://efeefe.no-ip.org/agregando/mexendo-a-rede <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><img src="http://farm3.static.flickr.com/2595/3912888197_7c4a5e6c69.jpg" alt="efeefe no Bailux - Foto Daniel Pádua" /><br /> Aproveitei a realização do <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party" rel="nofollow">Encontrão Transdimensional de MetaReciclagem</a> (relato <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/17-09-09/Encontrão-resumão" rel="nofollow">lá</a>), em Arraial d'Ajuda, para me aprofundar um pouco mais em possibilidades do que chamei aqui no <a href="http://desvio.weblab.tk" rel="nofollow">Desvio</a> de <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/sem-fio-plataforma-et%C3%A9rea" rel="nofollow">Plataforma Etérea</a>. Além de uma pequena demonstração de síntese de voz no bailux (foto de <a href="http://www.flickr.com/photos/imaginarios" rel="nofollow">Daniel Pádua</a>, acima), passei uma tarde mexendo no sistema da <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/Alix3d3" rel="nofollow">Alix</a>, instalando serviços locais. No outro dia, levei em frente uma mini-oficina de redes mesh (na verdade, mais uma demonstração de possibilidades do que qualquer coisa).<br /> Pra dar conta dos resultados simbólicos, vou precisar ir além do mero <a href="http://rede.metareciclagem.org/blog/17-09-09/Redes-mesh-no-Encontr%C3%A3o" rel="nofollow">relato factual</a> do que rolou. Senti ali um cheiro de possibilidades bem interessantes, ressuscitando (até de maneira um pouco nostálgica) a sensação de comunidade dos BBSs, misturando <a href="http://robvankranenburgs.wordpress.com/2007/01/20/so-here-we-go-bricolabs-bringing-to-you-generic-infrastructures/" rel="nofollow">infra-estruturas genéricas</a> com serviços de rede ultra-locais, e até repercutindo em possibilidades para lugares turísticos como Arraial (um exemplo bem superficial: fazer turistas compartilharem fotos, vídeos ou dicas com seus iphones, ou então indo por outro lado: oferecer para turistas cartões postais feitos por pessoas da cidade, ou música de bandas locais, ou, ou, ou). Distribuição de mídia diretamente entre pessoas. Servidor de rádio web rodando numa rede local, deixando todo mundo conversar. voip, <a href="http://bricophone.org" rel="nofollow">bricophones</a> e uma infinidade de possibilidades.<br /> Mas vou parar depois pra escrever direito sobre tudo isso.</p> bricolabs desvio metareciclagem wireless Thu, 17 Sep 2009 23:14:59 +0000 felipefonseca 5956 at http://efeefe.no-ip.org Acampamento de inverno http://efeefe.no-ip.org/agregando/acampamento-de-inverno <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><img align="right" src="http://networkcultures.org/wpmu/wintercamp/files/2009/07/picture-1-214x300.png" alt="Capa do Relatório" />Em março deste ano o <a href="http://networkcultures.org" rel="nofollow">Institute of Network Cultures</a> realizou o <a href="http://networkcultures.org/wpmu/wintercamp/" rel="nofollow">Wintercamp</a>, em Amsterdam. O evento, baseado no referencial de "<a href="http://journal.fibreculture.org/issue5/lovink_rossiter.html" rel="nofollow">redes organizadas</a>" de Ned Rossiter e Geert Lovink, tinha por objetivo reunir 12 redes colaborativas de diferentes partes do mundo, oferecer espaço para elas trabalharem por alguns dias e criar alguns cruzamentos entre elas.<br /> Eu fui convidado por ser um dos fundadores da rede <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a>. Os dias lá foram bastante produtivos, não só dentro do espaço da bricolabs (cujos integrantes estavam também espalhados entre as outras redes). Relatei minha participação <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wintercamp" rel="nofollow">no meu blog</a>.<br /> A wintercamp gerou uma boa quantidade de documentação online, como era de se esperar. O chamado metagroup realizou uma série de entrevistas com integrantes das diferentes redes (disponíveis <a href="http://networkcultures.org/wpmu/wintercamp/videos/" rel="nofollow">aqui</a>, recomendo bastante). Um dos pontos altos da participação dos Bricolabs foi a <a href="http://networkcultures.org/wpmu/wintercamp/2009/03/09/final-day-presentation-bricolabs/" rel="nofollow">apresentação final</a>, que de forma meio caótica propunha uma crítica ao formato do evento, que por mais que tenha dado espaço a redes distribuídas manteve uma estrutura de cima para baixo nas apresentações. A base da apresentação foi a pergunta "where is our leader"? De fato, Rob van Kranenburg, que havia liderado as sessões, tinha ido embora no penúltimo dia.<br /> Na semana passada recebi o aviso de que um report do wintercamp estava editado e <a href="http://networkcultures.org/wpmu/wintercamp/2009/07/03/report/" rel="nofollow">disponível para download</a>. Estou baixando aqui e vou deixar na minha lista de coisas "palê". Estou curioso para saber se todas as conversas repecutiram em alguma coisa.</p> bricolabs desvio eventos holanda intercâmbio Wed, 08 Jul 2009 20:05:36 +0000 felipefonseca 5812 at http://efeefe.no-ip.org HSF http://efeefe.no-ip.org/blog/hsf <p><img align="left" alt="" src="http://hsf.wdfiles.com/local--files/start/lelab-150x.png" />Estou na comiss&atilde;o de sele&ccedil;&atilde;o de projetos para o <a href="http://www.hackerspacefest.net" rel="nofollow">Hacker Space Festival</a>, que acontece em Paris no m&ecirc;s que vem. N&atilde;o vou participar, mas os projetos que est&atilde;o aparecendo prometem. Nos pr&oacute;ximos dias deve aparecer o programa no site. A quem estiver pela Europa e puder aparecer, recomendo fortemente.</p> bricolabs hackerismo metareciclagem Mon, 18 May 2009 22:03:18 +0000 felipefonseca 4414 at http://efeefe.no-ip.org Convite axs bricos http://efeefe.no-ip.org/agregando/convite-axs-bricos <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Lancei na lista <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow" rel="nofollow">bricolabs</a> um convite para pessoas de todo o mundo para que participem do <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party" rel="nofollow" rel="nofollow">encontr&atilde;o transdimensional de <a href="/freelinking/MetaReciclagem" rel="nofollow">MetaReciclagem</a></a>.</p><ul class="links"><li class="first last og_links"><a href="/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party" class="og_links" rel="nofollow">Encontrão Transdimensional de MetaReciclagem - Bailux Party</a></li> </ul> arraial articulação internacional bricolabs encontrão eventos metareciclagem transdimensional Sat, 18 Apr 2009 16:12:06 +0000 felipefonseca 4174 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 3 - Sessões http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-3-sess%C3%B5es <p>Tentando concatenar minhas anota&ccedil;&otilde;es do <a href="http://paralelo.wikidot.com" rel="nofollow">Paralelo</a>. Tomei notas no caderno e no computador, ent&atilde;o pode ser que algumas coisas estejam fora da ordem. Outro risco que corro aqui &eacute; de escrever alguma besteira porque anotei porcamente, e esse post muitas vezes se trata de tentar interpretar o que rabisquei. Mas l&aacute; vai:</p> <p>Domingo, cheguei pro brunch, participei do sociograma-no-papel, mas precisei fazer uma reuni&atilde;o r&aacute;pida com <a href="http://comunix.org" rel="nofollow">Hernani</a> e <a href="http://vjpixel.net" rel="nofollow">pixel</a>, e acabei perdendo a sess&atilde;o de abertura. Entrei no meio do primeiro painel, Reflexive energies, acho que na apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.cicero.st/" rel="nofollow">C&iacute;cero Silva</a>, do <a href="http://www.softwarestudies.com.br/" rel="nofollow">software studies</a>, que parece t&atilde;o institucional que n&atilde;o me atraiu muito.</p> <p>Marcus Bastos trouxe a refer&ecirc;ncia do livro <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cradle_to_Cradle:_Remaking_the_Way_We_Make_Things" rel="nofollow">Cradle to Cradle: remaking the way we make tools</a> (McDonough e Braungart), que define o conceito de upcycle: usar material descartado para produzir novos produtos. A partir da&iacute;, tem uma pira&ccedil;&atilde;o de fazer produtos com pol&iacute;meros que depois podem servir de mat&eacute;ria-prima para outros produtos. Lembrei da pira de possibilidades das <a href="http://reprap.org/" rel="nofollow">reprap</a>: impressoras 3d de baixo custo que trabalhem com esse tipo de pol&iacute;mero, &quot;democratizando a fabrica&ccedil;&atilde;o de coisas&quot;. Segundo o Marcus, o pr&oacute;prio livro &eacute; feito com esse material. M&ecirc;s passado, o Ivo do <a href="http://www.waste.nl/" rel="nofollow">Waste.nl</a>, tinha mencionado esse livro em uma conversa que tivemos em um intervalo de <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wintercamp" rel="nofollow">wintercamp</a>. Vou atr&aacute;s do livro.</p> <p><a href="http://karlabrunet.com" rel="nofollow">Karla Brunet</a> falou sobre algumas redes brasileiras, e deu exemplos de trabalhos delas. Contou da <a href="http://submidialogia.descentro.org" rel="nofollow">submidialogia</a> e de como &eacute; organizada (ou n&atilde;o ;)).</p> <p>Laymert Garcia dos Santos tentou inverter a perspectiva da arte, a partir da especificidade do Brasil. Para ele, &eacute; necess&aacute;rio criar uma rela&ccedil;&atilde;o nova: n&atilde;o mais arte contempor&acirc;nea vs. arte &eacute;tnica. Para o mundo da arte euroamericana, &quot;os outros&quot; s&atilde;o arte &eacute;tnica, apesar de alguns desses outros se tratarem de culturas que n&atilde;o nasceram ontem. &Iacute;ndia e China s&atilde;o os exemplos &oacute;bvios, mas tamb&eacute;m a Am&eacute;rica do Sul e a &Aacute;frica tinham suas tradi&ccedil;&otilde;es culturais que foram sistematicamente exclu&iacute;das do circuito da arte.</p> <p>O Brasil &eacute; um ambiente privilegiado. Tem dimens&otilde;es continentais e uma grande diversidade de flora e fauna. &Eacute; um pa&iacute;s ocidental e tamb&eacute;m outro pa&iacute;s, com culturas que produzem tecnologias sofisticadas. Ele falou um pouco sobre xamanismo e uso de Ayahuasca como uma tecnologia de resolu&ccedil;&atilde;o audiovisual, desenvolvida por 3000 anos. Comentou que a tend&ecirc;ncia que a gente tem &eacute; achar que precisa matar esse tipo de cultura para enfim nos tornarmos contempor&acirc;neos.</p> <p>Laymert falou ainda sobre estabelecer outro tipo de articula&ccedil;&atilde;o com nossas culturas milenares. Explorar a alta tecnologia e a tecnologia dos xam&atilde;s para lidar com o futuro da Amaz&ocirc;nia.</p> <p>Mais tarde, no debate, Laymert falou sobre a &oacute;pera da Amaz&ocirc;nia, sendo desenvolvida em parceria com institui&ccedil;&otilde;es europ&eacute;ias. Rolou uma certa tens&atilde;o (oba, debate de verdade, finalmente!) com a Anal&iacute;via Cordeiro, que deu a entender que ele n&atilde;o tinha no&ccedil;&atilde;o do que estava falando, que estava se apropriando de culturas tradicionais para bancar seu pr&oacute;prio projetinho. O atrito pegou meio mal, dois gringos mais tarde vieram me perguntar se era normal esse tipo de &quot;apropria&ccedil;&atilde;o&quot; (no mau sentido). Argumentei que eu tinha excelentes refer&ecirc;ncias do Laymert, que acho que a inten&ccedil;&atilde;o dele n&atilde;o era s&oacute; se apropriar, mas trabalhar essa quest&atilde;o simb&oacute;lica da articula&ccedil;&atilde;o das culturas tradicionais com o mundo contempor&acirc;neo mesmo.</p> <p>De minha parte, peguei o microfone rapidamente pra tentar chamar a aten&ccedil;&atilde;o para o fato de que falar s&oacute; em Amaz&ocirc;nia &eacute; cair no mundo reducionista da propaganda. &Eacute; hip&oacute;crita quando a gente tenta contrapor o que ainda temos de Amaz&ocirc;nia &agrave; Europa, que &quot;j&aacute; desmatou tudo o que tinha&quot;, principalmente se se leva a s&eacute;rio a quest&atilde;o da Mata Atl&acirc;ntica brasileira, que tem quase o dobro de esp&eacute;cies vegetais de toda a Europa, mais de 500 esp&eacute;cies animais que s&oacute; existem aqui, e j&aacute; foi desmatada em mais de 93%! N&atilde;o podemos fazer de conta que temos qualquer coisa de mais ecol&oacute;gicos que o resto do mundo: s&oacute; chegamos mais tarde na festa (e j&aacute; destru&iacute;mos bastante nesses poucos s&eacute;culos).</p> <p>Mais tarde, come&ccedil;ou o painel de Case Studies, moderado por <a href="http://roblafrenais.wordpress.com/" rel="nofollow">Rob la Frenais</a> que come&ccedil;ou falando do encontro ali como &quot;largura de banda humana&quot; (human bandwidth), imagem que eu gostei. Ele tamb&eacute;m trouxe o referencial de Donna Haraway - <a href="http://artscatalyst.typepad.com/the_arts_catalyst/2009/02/staying-with-the-trouble-donna-haraway-in-london.html" rel="nofollow">trigger data x black-box data</a> (dados &quot;de gatilho&quot; e dados &quot;caixa preta&quot;).</p> <p><a href="http://www.janeprophet.com/" rel="nofollow">Jane Prophet</a> falou sobre alguns de seus projetos (foderosos)&nbsp;como o <a href="http://www.janeprophet.com/cell.html" rel="nofollow">cell</a>, sobre desdobramentos de trabalhar com c&eacute;lulas-tronco (a ponto de chegar hip&oacute;teses &uacute;teis para a pr&oacute;pria ci&ecirc;ncia, como a quest&atilde;o se existem objetivamente c&eacute;lulas-tronco ou se s&oacute; existe comportamento de c&eacute;lulas-tronco) e contou bastante sobre o processo de colabora&ccedil;&atilde;o entre cientistas e artistas.</p> <p><a href="http://www.koert.com/" rel="nofollow">Koert van Mensvort</a>, da Holanda, apresentou o que ele chama de &quot;<a href="http://faq.nextnature.net/" rel="nofollow">Next Nature</a>&quot;: natureza e cultura se fundiram, n&atilde;o existe mais a separa&ccedil;&atilde;o clara que havia h&aacute; alguns anos entre as duas &aacute;reas. Falou sobre simula&ccedil;&atilde;o, sobre jogo de mem&oacute;ria <em>fake</em>. Olhando da perspectiva de um holand&ecirc;s, at&eacute; consigo ver sentido: achei bem bizarro o exemplo que ele deu, do governo holand&ecirc;s comprando pequenos peda&ccedil;os de terra de camponeses para regenerar a natureza que existia h&aacute; alguns s&eacute;culos (e se aquela ra&ccedil;a de vacas n&atilde;o existe mais, importam da Esc&oacute;cia uma esp&eacute;cie parecida). Mas claramente ele n&atilde;o tem no&ccedil;&atilde;o do tipo de natureza que a gente ainda tem. Um brasileiro falou: manda ele uma semana no mato e pergunta depois se natureza e cultura s&atilde;o a mesma coisa.</p> <p>Mais tarde, <a href="http://flaviavivacqua.wordpress.com/" rel="nofollow">Flavia Vivacqua</a> fez uma apresenta&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida sobre o <a href="http://www.corocoletivo.org" rel="nofollow">Coro Coletivo</a> e sobre o <a href="http://terrauna.org.br/" rel="nofollow">Intera&ccedil;&otilde;es Florestais</a>. Eu achei pouco tempo pras duas apresenta&ccedil;&otilde;es, mas j&aacute; foi um al&iacute;vio ver que tem mais gente querendo sair do mundinho falso da urbanidade moderninha e procurando alternativas reais. Fora que o mecanismo que eles encontraram, de ganhar um edital e depois redistribuir os recursos com uma chamada aberta, &eacute; um bom exemplo de como raquear a burocracia.</p> <p>Broda Al&ecirc; Freire fez uma boa apresenta&ccedil;&atilde;o que falou rapidamente de <a href="http://pub.descentro.org" rel="nofollow">DesCentro</a>, da op&ccedil;&atilde;o pela desurbanidade e contou o desenvolvimento (ainda em processo) do laborat&oacute;rio <a href="http://obra.100linhas.net/" rel="nofollow">100 linhas</a>. Ele falou da hist&oacute;ria l&aacute; do chefe &iacute;ndio de fazer as coisas pra s&eacute;tima gera&ccedil;&atilde;o, que fez todo mundo pensar.</p> <p>Ainda rolou a apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.show2008.rca.ac.uk/Default.aspx?ContentID=501743&amp;GroupID=501089&amp;Other%20items%20in%20Industrial%20Design%20Engineering" rel="nofollow">Rombout Frieling</a>, que falou principalmente de seu projeto de desenvolver uma alternativa &agrave;s escadas e elevadores:&nbsp;uma estrutura vertical bem interessante como experimento.</p> <p>Na segunda-feira, tive uma reuni&atilde;o pela manh&atilde; e s&oacute; cheguei no paralelo no come&ccedil;o da tarde. Aparentemente, j&aacute; tinha rolado uma organiza&ccedil;&atilde;o coletiva da programa&ccedil;&atilde;o do Open Space para os dias seguintes. Pessoal estava reclamando, mas n&atilde;o parei pra perguntar por qu&ecirc;. &Agrave; tarde, do lado de fora do MIS, sentados no ch&atilde;o, tivemos uma das conversas que eu achei mais interessantes do Paralelo: auto-organiza&ccedil;&atilde;o, gang power, identidade, auto-sabotagem ativa, limites e articula&ccedil;&atilde;o de redes, orkut, e por a&iacute; vai. Tapio, Flavia, Annette, Ivan, Roberta, James, Karla e outras pessoas estiveram bem ativas no papo. Acho (porque talvez tenha sido em outro momento) que cheguei a me repetir dizendo que no Brasil as redes est&atilde;o presentes em toda parte e funcionam tamb&eacute;m como recursos para o dia a dia, e tamb&eacute;m que essa natureza nos traz possibilidades mas tamb&eacute;m muita instabilidade. Devo tamb&eacute;m ter falado do profundo n&iacute;vel de apropria&ccedil;&atilde;o de tecnologias da informa&ccedil;&atilde;o dentro do crime organizado no Brasil: rola at&eacute; central telef&ocirc;nica e equipe de telemarketing. Na quarta, o Bambozzi tamb&eacute;m tocou nesse assunto em sua apresenta&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Mais para o fim da tarde, apresenta&ccedil;&otilde;es l&aacute; em cima. Potira Preiss falou sobre a <a href="http://gaiabrasil.net/" rel="nofollow">Gaia Education</a>. Contou um pouco da hist&oacute;ria, falou do projeto Geese, comentou sobre o curso na <a href="http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/umapaz" rel="nofollow">Umapaz</a> em Sampa, que tamb&eacute;m aborda um pouco da aplica&ccedil;&atilde;o urbana das id&eacute;ias de sustentabilidade, e sobre o curso que estava come&ccedil;ando em Porto Alegre.</p> <p>Ivan falou do <a href="http://gemaproject.blogspot.com/" rel="nofollow">projeto Gema</a>, de Niter&oacute;i, e sobre o laborat&oacute;rio m&oacute;vel experimental. Fiquei pensando bastante nas <a href="http://mimosa.metareciclagem.org" rel="nofollow">mimoSas</a> e em v&aacute;rias quest&otilde;es que eram importantes pra gente h&aacute; uns cinco anos.</p> <p>A sess&atilde;o da noite era sobre pesquisa e pr&aacute;tica transdisciplinares e estruturas de suporte, moderada por Bronac Ferran. Ela prop&ocirc;s a quest&atilde;o de como desenhar estruturas que ap&oacute;iem pr&aacute;tica, pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e pesquisa realmente interculturais.</p> <p>Annette contou um pouco da cena em Amsterdam. Falou sobre o <a href="http://www.virtueelplatform.nl/en/" rel="nofollow">Virtueel Platform</a>, uma institui&ccedil;&atilde;o independente que trabalha com &quot;eculture&quot; (que n&atilde;o &eacute; digitaliza&ccedil;&atilde;o, &eacute; cultura online) fundada em 1997. A VIrtueel Platform lobiava para os laborat&oacute;rios de m&iacute;dia. Em 2009 ele vira um instituto de setor. Comentou sobre o (un)common ground. Depois ainda contou um pouco sobre modelos de financiamento na Holanda: ciclos de financiamento de 4 anos, ligados ao minist&eacute;rio da Cultura, e arbitrados por comiss&otilde;es de experts independentes. Ela tamb&eacute;m falou sobre alguns projetos: <a href="http://www.killertv.nl/" rel="nofollow">killer.tv</a> e <a href="http://www.couscousglobal.com" rel="nofollow">couscous global</a>. Deu a dica&nbsp; da funda&ccedil;&atilde;o Mondriaan como possibilidade de financiar interc&acirc;mbios.</p> <p>Susan Amor fez uma apresenta&ccedil;&atilde;o meio sem brilho sobre o <a href="http://www.ahrc.ac.uk/" rel="nofollow">AHRC</a> - Arts and Humanities Research Council, organiza&ccedil;&atilde;o brit&acirc;nica que banca projetos de pesquisa. Falou sobre colabora&ccedil;&atilde;o internacional e comunidade acad&ecirc;mica. Quase dormi.</p> <p>O&nbsp;professor Jos&eacute; Geraldo veio para apresentar o caso do Vale do Sapuca&iacute;, que segundo ele &eacute; chamado de &quot;vale da eletr&ocirc;nica&quot;, e uma prova de que investimento em educa&ccedil;&atilde;o d&aacute; resultados. Eu n&atilde;o conhecia, gostei de saber. Ele quase chegou no ponto de falar sobre apropria&ccedil;&atilde;o simb&oacute;lica, e quase falou em inclus&atilde;o digital, mas o jarg&atilde;o dele &eacute; bem outro. No contexto do painel, entretando, n&atilde;o acrescentou muito.</p> <p>Eu n&atilde;o prestei muita aten&ccedil;&atilde;o &agrave; apresenta&ccedil;&atilde;o do Afonso Luz, mas do pouco que consegui apreender tive que concordar com os coment&aacute;rios de todo mundo: ele estava perdido ali, n&atilde;o tinha nenhum argumento pra apresentar. Falou sobre a cultura se bancar sozinha, mas patinou por algum tempo. No fim, rolou algum atrito da plat&eacute;ia, em especial quando <a href="http://www.lucasbambozzi.net/" rel="nofollow">Lucas Bambozzi</a> perguntou o que o Minc tem <em>contra</em> pesquisa. Ele respondeu dizendo que o trabalho do Lucas era importante, e citou tamb&eacute;m alguns videoartistas. N&atilde;o fez muito sentido. Me bateu rabiscar que &quot;pol&iacute;ticas p&uacute;blicas&quot; no Brasil s&atilde;o outra coisa:&nbsp;n&atilde;o um fluxo objetivo, mas um campo de possibilidades operando totalmente na l&oacute;gica de redes (com todas as suas conseq&uuml;&ecirc;ncias, para o bem e o mal).</p> <p>O professor <a href="http://www.leeds.ac.uk/paci/staff/staff_ctaylor.html" rel="nofollow">Calvin Taylor</a>, da Universidade de Leeds, fechou a noite, com alguns insights interessantes e uma dose maci&ccedil;a de jarg&atilde;o de ind&uacute;strias criativas. Disse, em outras palavras, que as redes est&atilde;o fora da vida cotidiana, mas usou bastante a ret&oacute;rica enredada. Falou sobre a crise, bancos falindo. Comentou sobre a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Let%C3%B3nia" rel="nofollow">Let&ocirc;nia</a> e a nova gera&ccedil;&atilde;o da Europa. Confian&ccedil;a social. Citou algu&eacute;m (n&atilde;o peguei quem):&nbsp;&quot;A arte n&atilde;o &eacute; sobre ela mesma. Ela &eacute; sobre todo o resto&quot;. Perguntou: financiamento? tecnologia (brinquedos para meninos)? internacionalismo? Retomou o papo de destrui&ccedil;&atilde;o criativa:&nbsp;n&atilde;o h&aacute; um retorno simples para o estado centralizado. Disse que as redes est&atilde;o ligadas ao pensamento ut&oacute;pico (o que etimologicamente at&eacute; faria sentido, mas acho que melhor ainda seria pensar em ext&oacute;pico, heterot&oacute;pico, ou talvez telet&oacute;pico, n&eacute;?). Disse que as redes, na verdade, baseiam-se no fechamento, exclus&atilde;o e restri&ccedil;&atilde;o. Que elas n&atilde;o codificam o conhecimento, porque s&atilde;o baseadas na confian&ccedil;a, n&atilde;o em accountability (n&atilde;o lembro como traduzir isso, talvez &quot;responsabiliza&ccedil;&atilde;o&quot;). Perguntou:&nbsp;como as redes podem se tornar accountable (&quot;responsabiliz&aacute;veis&quot;?)?</p> <p>Muitos coment&aacute;rios na plat&eacute;ia, alguns totalmente sem no&ccedil;&atilde;o. At&eacute; o microfone chegar &agrave; minha m&atilde;o, eu j&aacute; estava cansado e quase sem voz. Fui o &uacute;ltimo, todo mundo queria j&aacute; ir embora. Mas tentei dar uma cutucada no professor Taylor sobre a ret&oacute;rica das redes, usando um argumento parecido com o que eu usei no wintercamp: o mundo ocidental t&aacute; ferrado, n&atilde;o s&atilde;o as redes que v&atilde;o salvar. Por outro lado, a gente aqui n&atilde;o pode acreditar que vamos chegar a constituir uma sociedade ocidental nos moldes europeus (o que tamb&eacute;m esbarra na quest&atilde;o das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas pra cultura). J&aacute; perdemos essa &eacute;poca. O&nbsp;mundo mudou. Por isso mesmo, a id&eacute;ia de &quot;destrui&ccedil;&atilde;o criativa&quot; n&atilde;o chega a fazer sentido (na linha do j&aacute; batido argumento de que a Europa tem um grande problema que a gente n&atilde;o tem, a heran&ccedil;a do s&eacute;culo XX). Pensando bem, acho que isso &eacute; o que eu queria ter falado, mas na hora n&atilde;o consegui passar da metade disso. S&oacute; lembro que terminei falando que &quot;a gente tem que parar de pagar pau pra gringo&quot;, e n&atilde;o sei se traduziram. Ele respondeu algo sobre as redes e o dia a dia, mas ningu&eacute;m mais prestava aten&ccedil;&atilde;o, nem eu. Nas minhas anota&ccedil;&otilde;es, tamb&eacute;m achei outras coisas que queria falar mas perdi:&nbsp;no Brasil a gente aprende h&aacute; tempos a lidar com crise, a conviver com o diferente (lembrei de Ruiz e Balbino falando sobre o panculturalismo brasileiro, em oposi&ccedil;&atilde;o ao multiculturalismo restritivo da Europa), a cultivar grupos informais, a socializar a confian&ccedil;a por meio de redes.</p> <p>Na ter&ccedil;a, depois de uma longa sess&atilde;o de rede no <a href="http://weblab.tk" rel="nofollow">Weblab</a>, fui com pixel at&eacute; o CCSP, pegamos alguns deles e rumamos pro <a href="http://rede.metareciclagem.org/esporo/weblab-social" rel="nofollow">Weblab Social</a>, onde o Hernani j&aacute; nos aguardava (j&aacute; contei no <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-2-gringotur" rel="nofollow">outro post</a>). Mais tarde, tomamos o metr&ocirc; de volta, desci no CCSP pra pegar o carro que tinha ficado no estacionamento. Quase uma hora depois, cheguei no MIS. Sandu&iacute;che de metro e papos cansados.</p> <p>Logo depois, come&ccedil;ou a sess&atilde;o da noite: pesquisa n&ocirc;made e engajamento p&uacute;blico. Tapio abriu, colocando algumas cita&ccedil;&otilde;es interessantes. Falou sobre a nuvem verde no pixelache de 2008, uma maneira de invadir o espa&ccedil;o urbano e propor outras formas de intera&ccedil;&atilde;o com a arte. Falou sobre as ilhas do b&aacute;ltico, contou do M.A.R.I.N, media art reseach inderdisciplinary network, projeto que est&aacute; tocando de resid&ecirc;ncias art&iacute;sticas em um Catamar&atilde;. Pretende chegar com o barco na <a href="http://www.isea2009.org" rel="nofollow">ISEA de 2009</a>, em Belfast.</p> <p>Deixou uma quest&atilde;o para os participantes e plat&eacute;ia: &eacute; necess&aacute;rio ser cr&iacute;tico de encarar ecologia como uma met&aacute;fora para estrutura em rela&ccedil;&atilde;o a um ambiente vivo org&acirc;nico e amea&ccedil;ado do qual n&oacute;s fazemos parte?</p> <p>James Wallbank apresentou o <a href="http://access-space.org/" rel="nofollow">access space</a>, que tratou como um ferramental de re-avalia&ccedil;&atilde;o (em ingl&ecirc;s, tem uma jogada entre revaloriza&ccedil;&atilde;o e re-avalia&ccedil;&atilde;o que se perde na tradu&ccedil;&atilde;o). Mostrou algumas p&aacute;ginas do guia &quot;crie seu pr&oacute;prio laborat&oacute;rio de m&iacute;dia&quot; (que acho que a gente vai traduzir). Falou da <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, e deu a entender que eles na Inglaterra estavam atr&aacute;s da gente em algum sentido. Mais tarde, eu peguei o microfone e falei que temos ritmos diferentes: onde a gente tem din&acirc;mica, eles t&ecirc;m profundidade. Onde eles t&ecirc;m envolvimento ao longo do tempo, a gente tem velocidade.</p> <p><a href="http://www.wapke.nl" rel="nofollow">Wapke Feenstra</a> falou de seu projeto Milk, no interior da Holanda.</p> <p>Rejane Spitz, da PUC-RJ, falou sobre uma s&eacute;rie de projetos. Trouxe algum referencial cr&iacute;tico das ci&ecirc;ncias do Roger Malina (&quot;ci&ecirc;ncia &iacute;ntima para olho nu&quot;): comunidades para conduzir microci&ecirc;ncia, intimidade, ci&ecirc;ncia amadora, crowdsourcing. Falou do observat&oacute;rio livre. Comentou sobre o projeto <a href="http://www.nima.puc-rio.br/sobre_nima/projetos/pimar/index.php" rel="nofollow">Pimar</a>, de monitoria remota de fragmentos florestais (e eu pensei na mata atl&acirc;ntica de Ubatuba). Deu exemplos concretos de por que a ci&ecirc;ncia &agrave;s vezes &eacute; um atraso (coordenador de projeto falando em &quot;home page&quot;, dezuc&eacute;u).</p> <p>Perguntou ao p&uacute;blico: se artistas e designers s&atilde;o respons&aacute;veis por criar conscientiza&ccedil;&atilde;o, engajamento, e tamb&eacute;m por provocar uma resposta, ser&aacute; que essa n&atilde;o &eacute; uma responsabilidade grande demais?</p> <p>A apresenta&ccedil;&atilde;o de Dominic Price, Rachel Jacobs e Matt Atkins foi um pouco confusa (ou eu estava cansado demais, o que &eacute; certo). Falou sobre uma s&eacute;rie de projetos do <a href="http://www.mrl.nott.ac.uk/" rel="nofollow">MRL</a>, mixed reality lab, em Nottingham. Algumas anota&ccedil;&otilde;es que fiz:</p> <ul> <li>(hackers? cientistas? geeks?) frequentemente n&atilde;o t&ecirc;m um m&eacute;todo de falar com as pessoas.</li> <li>heartlands</li> <li>dark forest</li> <li>br163</li> </ul> <p><a href="http://www.forma.org.uk/artists/produced/mike-stubbs" rel="nofollow">Mike Stubbs</a>, do <a href="http://fact.co.uk/" rel="nofollow">Fact</a>, j&aacute; chegou com perguntas cruciais: o que significa ter um centro de artes no s&eacute;culo XXI, e como trazer arte arriscada para o dom&iacute;nio p&uacute;blico. Ele mostrou algumas coisas que tem feito no Fact (muito interessantes, na minha opini&atilde;o). Numa provoca&ccedil;&atilde;o ao &quot;ano da sustentabilidade&quot;, eles definiram o tema &quot;unsustainability 2009&quot;. Mostrou tamb&eacute;m algumas coisas que est&atilde;o dispon&iacute;veis no <a href="http://fact.tv/" rel="nofollow">Fact.tv</a>. De respeito.</p> <p>A noite encerrou com uma apresenta&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.myspace.com/vjspetto" rel="nofollow">vj spetto</a>, com alguma pretens&atilde;o e um ingl&ecirc;s macarr&ocirc;nico, mas que no fim das contas conseguiu causar o inc&ocirc;modo que ele queria propor, a ponto de precisar explicar no fim que era s&oacute; pra entretenimento. Falou/exibiu sobre europeus comemorando o global warming (ver&atilde;o mais quente), sobre a crise ajudar a espanha a se enquadrar no protocolo de kyoto (menos atividade industrial, menos polui&ccedil;&atilde;o), sobre tudo na vida ser um jogo, sobre tudo que a gente faz ser bullshit, e que tudo no futuro vai ficar pras baratas.</p> <p>Na quarta-feira, cheguei &agrave;s duas e pouco no CCSP para fazer uma apresenta&ccedil;&atilde;o sobre lixo eletr&ocirc;nico. N&atilde;o levei em conta o programa do evento, que dizia que era uma sess&atilde;o fechada - convidei aliadxs a aparecerem, e apareceu uma meia d&uacute;zia por l&aacute; - Lu, Varga, Van, Jean e meu xar&aacute; Andueza. Chorei um pouco mais de tempo (8 minutos com tradu&ccedil;&atilde;o intermitente &eacute; muito curto) mas n&atilde;o consegui chegar no fim do que tinha preparado. Mostrei um monte de fotos (vou disponibilizar o PDF em algum lugar, mas &eacute; um remix de material que j&aacute; est&aacute; l&aacute; no <a href="http://rede.metareciclagem.org/material/portfolio" rel="nofollow">portfolio da MetaReciclagem</a>), falei rapidamente sobre o <a href="http://lixoeletronico.org/blog/o-ciclo-do-lixo-eletr%C3%B4nico-vis%C3%A3o-geral" rel="nofollow">ciclo do lixo eletr&ocirc;nico</a>, da <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">metareciclagem</a>, da quest&atilde;o da sensibilidade de abrir caixas pretas e perder o medo da chave de fenda. N&atilde;o rolou debate, mas depois alguns papos foram bons.</p> <p>Na noite de quarta, todos os participantes fomos recebidos na casa do diretor regional do British Council para a Am&eacute;rica Latina. Alto de Pinheiros, cas&atilde;o, bebida na faixa e boca-livre. Mais conversas boas, inclusive com o dono da casa, que me perguntou &quot;o que a MS acha dessa hist&oacute;ria de software livre&quot; e teve paci&ecirc;ncia de me ouvir tagarelar por una 15 minutos quase sem respirar. Mais tarde ainda acompanhei alguns gringos que queriam conhecer o terra&ccedil;o do Unique. Puta ambiente estranho, mas ganhei um drinque de gra&ccedil;a, ent&atilde;o t&aacute; valendo.</p> <p>Quinta de manh&atilde; fui fazer meu tratamento de canal, n&atilde;o fui na sess&atilde;o de encerramento. Dizem que foi bem confraterniza&ccedil;&atilde;o e agradecimentos, ent&atilde;o acho que n&atilde;o perdi nada.</p> bricolabs metareciclagem paralelo sampa Thu, 09 Apr 2009 00:34:36 +0000 felipefonseca 4150 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 2 - gringotur http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-2-gringotur <p>Uma das conseq&uuml;&ecirc;ncias indiretas do <a href="http://paralelo.wikidot.com/" rel="nofollow">Paralelo</a> foi um pouco de gringotur. Muitos dos convidados estavam no Brasil pela primeira vez, e n&atilde;o queriam gastar um v&ocirc;o de longa dist&acirc;ncia s&oacute; para conhecer S&atilde;o Paulo e mais nada. Eu mesmo recebi ou levei algumas das pessoas para passear.</p> <p>Na semana antes do evento, vieram a Ubatuba <a href="http://www.translocal.net/tapio/" rel="nofollow">Tapio M&auml;kel&auml;</a>, um pesquisador finland&ecirc;s baseado em Manchester, e <a href="http://www.flickr.com/people/annettefromaustria/" rel="nofollow">Annette Wolfsberger</a>, austr&iacute;aca que trabalha no <a href="http://www.virtueelplatform.nl/en/" rel="nofollow">Virtueel Platform</a> em Amsterdam. Eu havia conhecido a Annette m&ecirc;s passado no <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/wintercamp" rel="nofollow">Wintercamp</a>, e o Tapio no <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/futuresonic" rel="nofollow">Futuresonic de 2008</a>. Indiquei para eles o hotel-pousada <a href="http://www.hotelpousadadellamares.com.br/" rel="nofollow">Dellamares</a>, bem perto aqui de casa, no Perequ&ecirc;-A&ccedil;u. N&atilde;o &eacute; o visual mais fant&aacute;stico da costa, mas &eacute; de frente pra praia, e ainda n&atilde;o t&atilde;o longe do centro. Quem acorda cedo pode at&eacute; ver o sol nascer no mar, um espet&aacute;culo.</p> <p>Enquanto eles estavam por aqui, conversamos bastante enquanto rod&aacute;vamos - Centro, Puruba, <a href="http://tamar.org.br/" rel="nofollow">Tamar</a>, etc. Uma noite deixei-os para jantar no Papagalli e eles tiveram tratamento vip, com direito at&eacute; a carona pro hotel. Na noite seguinte, vieram nos visitar aqui em casa. Vinho no quintal, bons papos, muitas id&eacute;ias. Tapio est&aacute; come&ccedil;ando um projeto chamado M.A.R.I.N, que vai oferecer resid&ecirc;ncias art&iacute;sticas dentro de um catamar&atilde; no mar B&aacute;ltico. Nem comento a vontade de brincar com alguma coisa parecida aqui no litoral. J&aacute; a Annette deve se envolver em processos de interc&acirc;mbio cultural entre Brasil e Holanda, por conta do Virtueel Platform. A ver o que pode rolar nos futuros.</p> <p>J&aacute; na semana seguinte em sampa, enquanto rolava o Paralelo, combinei com <a href="http://comunix.org" rel="nofollow">Hernani</a> e pixel e reservei uma tarde - cheguei a avisar informalmente a organiza&ccedil;&atilde;o do Paralelo - para roubar algumas pessoas e lev&aacute;-las ao <a href="http://rede.metareciclagem.org/esporo/weblab-social" rel="nofollow">Weblab Social</a>. Infelizmente, n&atilde;o dava pra fazer um convite oficial, porque acho que muita gente gostaria de ir. Foram com a gente Annette e Tapio, al&eacute;m de Mike Stubbs do <a href="http://www.fact.co.uk/" rel="nofollow">Fact</a> de Liverpool, James Wallbank do <a href="http://access-space.org/" rel="nofollow">Access Space</a>, Bronac Ferran e Claudio Rivera-Seguel. Boas conversas por l&aacute;, falando de Brasil, <a href="http://metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a>, <a href="http://www.acessa.sp.gov.br/" rel="nofollow">Acessa S&atilde;o Paulo</a>, <a href="http://rede.acessasp.sp.gov.br/" rel="nofollow">Rede de Projetos</a>, <a href="http://lixoeletronico.org" rel="nofollow">Lixo Eletr&ocirc;nico</a>e outras coisas. HDHD deu bem a dimens&atilde;o da escala que as coisas podem tomar, falou de agenciamento de redes e de ir al&eacute;m da inclus&atilde;o digital. Comentei com um pessoal sobre traduzir o <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/wiki/PrimeiraEdicao" rel="nofollow">mutir&atilde;o #1</a> pra ingl&ecirc;s. Se pans rola...</p> <p>Na sexta-feira, j&aacute; encerrado o Paralelo, ainda encontrei Annette e Bronac no Ibirapuera. Planos futuros, quest&otilde;es a resolver, id&eacute;ias soltas ao vento do fim da tarde. Annette tirou fotos excelentes de uma gar&ccedil;a, espero que ela publique logo.</p> <p>Essa semana, j&aacute; de volta a Ubatuba, recebi mais visitas: Rob La Frenais, do <a href="http://www.artscatalyst.org/" rel="nofollow">Arts Catalyst</a>, e Orlagh Woods, do <a href="http://proboscis.org.uk/" rel="nofollow">Proboscis</a>, vieram passar alguns dias longe do concreto. Eles j&aacute; estavam aqui tr&ecirc;s dias antes que eu chegasse, mas ainda conseguimos conversar um pouco. Por recomenda&ccedil;&atilde;o de Annette e Tapio, eles tamb&eacute;m ficaram no Dellamares. Ao que parece, gostaram bastante, tamb&eacute;m com tratamento especial - o propriet&aacute;rio chegou a lev&aacute;-los para passear no Promirim. Encontrei-os &agrave; tarde no quiosque na frente do hotel, e &agrave; noite sa&iacute;mos para algumas cervejas no F&eacute;lix. Mais conversas interessantes. Orlagh falou sobre usar ebooks para espalhar peda&ccedil;os de conhecimento de maneira r&aacute;pida, e eu fiquei curioso - tenho essa fixa&ccedil;&atilde;o de pensar em ebooks como uma coisa mais estruturada e lenta. Rob me passou dicas sobre um pesquisador que quer promover ado&ccedil;&atilde;o em massa de energia alternativa, me falou que na Fran&ccedil;a qualquer pessoa que use um gerador e&oacute;lico precisa alimentar de volta a rede de energia (n&atilde;o pode usar s&oacute; para necessidades pr&oacute;prias), e come&ccedil;amos uma conversa sobre ci&ecirc;ncia de garagem que pode virar alguma coisa.</p> <p>No dia seguinte, antes que eles seguissem para Parati (Rob espera visitar o <a href="http://www.rvheraclitus.org/" rel="nofollow">Heraclitus RV</a>, coisa que eu pretendo fazer nas pr&oacute;ximas semanas), tamb&eacute;m os recebi em casa. Falamos de bananas, plantar a pr&oacute;pria comida, m&uacute;sica e convivencialidade. Minha sogra articulou uma id&eacute;ia que eu nunca tinha parado pra pensar: a casa aqui funciona bem como espa&ccedil;o de grupo exatamente porque tem espa&ccedil;os privativos bem definidos: as pessoas podem escolher se querem socializar ou ficar sozinhas a cada instante. Acho que isso tamb&eacute;m ecoa em outros tipos de vida em comum, inclusive nas redes intern&eacute;ticas.</p> <p>No fim, dias de muita itiner&acirc;ncia, muitos di&aacute;logos. Fiquei feliz de estar morando entre Sampa e Uba. Tive vontade de fazer mais coisas aqui pelo litoral (mas o modelo ainda n&atilde;o apareceu). As visitas aqui, embora n&atilde;o estivessem diretamente ligadas ao Paralelo, tiveram resson&acirc;ncia com a proposta do evento - tecnologia e meio ambiente. Muito pra explorar nessa conex&atilde;o, pensando em tecnologias livres, metareciclagem e natureza. A gente ainda nem come&ccedil;ou.</p> <p>E&nbsp;ainda aproveitei a semana inteira pra convidar um monte de gente pro <a href="http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party" rel="nofollow">pr&oacute;ximo encontr&atilde;o de MetaReciclagem</a>.</p> bricolabs eventos gringotur itinerancias metareciclagem paralelo sampa ubatuba Wed, 08 Apr 2009 21:01:32 +0000 felipefonseca 4149 at http://efeefe.no-ip.org Relato Paralelo 1 - prévia e entorno http://efeefe.no-ip.org/blog/relato-paralelo-1-pr%C3%A9-e-entorno <p>Conhe&ccedil;o Bronac Ferran desde 2006. Fomos apresentados em S&atilde;o Paulo, por indica&ccedil;&atilde;o de Paulo Hartmann depois do primeiro <a href="http://www.mobilefest.org/" rel="nofollow">Mobilefest</a>. Poucas semanas depois, junto com mais algumas pessoas, j&aacute; est&aacute;vamos rabiscando o que viria a ser o manifesto que juntou pessoas na rede <a href="http://bricolabs.net" rel="nofollow">Bricolabs</a>. Desde ent&atilde;o, ela demonstrou bastante interesse no que est&aacute;vamos fazendo no Brasil, e tivemos a oportunidade de fazer algumas coisas juntos. Ela convidou a mim e <a href="http://jeanhabib.wordpress.com/" rel="nofollow">Jean Habib</a> para participar da sess&atilde;o <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/uncommon-ground" rel="nofollow">(un) common ground</a> no Picnic Network de Amsterdam em 2007, veio para a <a href="http://submidialogia3.descentro.org/" rel="nofollow">Submidialogia #3</a>, me chamou junto com <a href="http://pub.descentro.org" rel="nofollow">Ricardo Ruiz</a> para o <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/sistemas-de-aprendizado" rel="nofollow">Systems of Learning</a> no ano passado em Londres, e ainda levou <a href="http://tininhallanos.wordpress.com/" rel="nofollow">Jos&eacute; Balbino</a> e <a href="http://obra.100linhas.net/" rel="nofollow">Al&ecirc; Freire</a> para <a href="http://www.transmediale.de/en/brico-brunch-houses-happiness-ev" rel="nofollow">falar das Casas da Alegria</a> na Transmediale desse ano, em Berlim. No fim do ano passado, ela tamb&eacute;m me chamou para colaborar com id&eacute;ias e peda&ccedil;os de texto em um levantamento sobre novas m&iacute;dias no Brasil, encomendado pela Holanda. O levantamento foi lan&ccedil;ado h&aacute; algumas semanas por l&aacute;. Assim que me autorizarem, eu publico o PDF na rede.</p> <p>O movimento mais recente de Bronac com o Brasil foi a co-organiza&ccedil;&atilde;o do <a href="http://paralelo.wikidot.com/start" rel="nofollow">Paralelo</a>, uma confer&ecirc;ncia que aconteceu semana passada em S&atilde;o Paulo (MIS e CCSP). Cheguei a dar uma for&ccedil;a nas semanas anteriores, configurando um canal de IRC e ajudando a encontrar lugar (na casa do <a href="http://vjpixel.net/" rel="nofollow">pixel</a>, valeu erm&atilde;o) para hospedar um dos convidados - <a href="http://www.artek.cl/" rel="nofollow">Claudio Rivera-Seguel</a>, do Chile, que entre outras coisas articula a <a href="http://www.ceiarte.com.ar/?q=node/160" rel="nofollow">Redcatsur</a>.</p> <p>Confesso que at&eacute; o come&ccedil;o do evento eu n&atilde;o tinha entendido muito bem a proposta, que me parecia gen&eacute;rica demais: tecnologia &amp; meio ambiente - um ponto de encontro para artistas, designers e pesquisadorxs. Algumas pessoas j&aacute; me disseram que esperavam mais, que havia um potencial grande, mas que se existia uma agenda positiva, ela n&atilde;o foi explicitada. Tamb&eacute;m houve cr&iacute;ticas &agrave; estrutura do Paralelo - muito showcase de portfolio, e uma vis&atilde;o bastante estanque dos &quot;espa&ccedil;os abertos&quot;. Outra cr&iacute;tica que ouvi foi &agrave;s sess&otilde;es fechadas, que realmente n&atilde;o faziam sentido (na minha sess&atilde;o fechada, fiz quest&atilde;o de convidar algumas pessoas &quot;de fora&quot;). Mas no fim das contas acredito que o Paralelo foi bastante positivo, no m&iacute;nimo pelo simples fato de ter reunido pessoas de diversas partes do mundo que t&ecirc;m perspectivas e a&ccedil;&otilde;es interessantes. Fiquei feliz de poder conviver por alguns dias com pessoas que eu ainda n&atilde;o conhecia, e tamb&eacute;m de poder conhecer melhor outras pessoas.</p> <p>Nos pr&oacute;ximos posts vou publicar algumas das anota&ccedil;&otilde;es que fiz durante os 4 dias de evento, e outras id&eacute;ias que fui costurando enquanto digeria tudo aquilo.</p> bricolabs eventos metareciclagem paralelo sampa Wed, 08 Apr 2009 18:11:47 +0000 felipefonseca 4148 at http://efeefe.no-ip.org Paralelo http://efeefe.no-ip.org/blog/paralelo <p>Semana que vem estou em sampa participando do <a href="http://paralelo.wikidot.com" rel="nofollow">Paralelo</a> - tecnologia e meio ambiente. Daqueles eventos cheios de gringo, ainda n&atilde;o sei bem como v&atilde;o rolar as conversas por l&aacute;. Ajudei o pessoal a cadastrar um canal de irc no freenode para o lance:&nbsp;#paralelo.</p> bricolabs desvio eventos metareciclagem weblab Thu, 26 Mar 2009 00:00:38 +0000 felipefonseca 4144 at http://efeefe.no-ip.org