efeefe - brasil http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/105/0 pt-br Consulta nacional do projeto "Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos" http://efeefe.no-ip.org/agregando/consulta-nacional-do-projeto-residuos-de-equipamentos-eletroeletronicos <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Está disponível até 07/01/2013 para consulta pública o projeto a respeito de resíduos eletroeletrônicos que está sendo desenvolvido pela Comissão de Estudos CE 111 da ABNT. O projeto pode ser encontrado na <a href="http://www.abntonline.com.br/consultanacional/projetos.aspx?ID=279" rel="nofollow" rel="nofollow">listagem de projetos em consulta nacional</a>:</p> Projeto 03:111.01-009 Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos – Requisitos para atividade de manufatura reversa 07/01/2013 <p>Para <a href="http://www.abntonline.com.br/consultanacional/projetodet.aspx?ProjetoID=12359" rel="nofollow" rel="nofollow">acessar a página do projeto</a>, é necessário cadastrar-se no site da ABNT. Entretanto, no meu computador rodando GNU/Linux com navegador firefox eu só encontrei uma grande mensagem de erro dizendo que eu deveria instalar algum plugin (que eu já tenho). Verificando o código-fonte da página, encontrei o <a href="http://www.abntonline.com.br/consultanacional/files/BA0CD65B9CAD9F9D542E6DAD89C71E61.pdf" rel="nofollow" rel="nofollow">link direto para o PDF</a>.</p> brasil consulta pública lixo eletrônico pnrs Tue, 04 Dec 2012 23:04:19 +0000 felipefonseca 12893 at http://efeefe.no-ip.org Informe Final do projeto Lixo Eletrônico Ceará http://efeefe.no-ip.org/agregando/informe-final-do-projeto-lixo-eletronico-ceara <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- Nosso aliado Jeroen Ijgosse enviou o relatório final do estudo sobre resíduos eletrônicos que desenvolveu no Ceará para o Banco do Nordeste. Disponibilizamos o relatório <a href="projeto.cewaste@gmail.com" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a> (9.1Mb, arquivo zip com PDFs). Interessadxs em saber mais, procurem o Jeroen no email projeto.cewaste ARROBA gmail. brasil ceará cewaste iniciativas lixo eletrônico Sun, 02 Dec 2012 03:21:09 +0000 felipefonseca 12892 at http://efeefe.no-ip.org Coletivo Digital - Descarte e aproveitamento de lixo eletrônico http://efeefe.no-ip.org/agregando/coletivo-digital-descarte-e-aproveitamento-de-lixo-eletronico <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>O <a href="http://www.coletivodigital.org.br" rel="nofollow" rel="nofollow">Coletivo Digital</a> promove <a href="http://www.coletivodigital.org.br/index.php/component/content/article/36-carrossel/124-coletivo-digital-promove-debate-sobre-descarte-e-aproveitamento-de-lixo-eletronico" rel="nofollow" rel="nofollow">debate sobre lixo eletrônico</a> na sexta-feira 17 de agosto, às 19hs. Estarão presentes Rodolfo Avelino, diretor do Coletivo Digital; Vilmar Simion, educador social da Programando o Futuro; e Nabil Bonduki, professor de Planejamento Urbano da FAU-USP. Detalhes no flyer e informações abaixo.</p> <p><a href="http://www.coletivodigital.org.br/index.php/component/content/article/36-carrossel/124-coletivo-digital-promove-debate-sobre-descarte-e-aproveitamento-de-lixo-eletronico" rel="nofollow" rel="nofollow"><img width="500" height="331" src="http://www.coletivodigital.org.br/images/albuns/lixoeletronico-b.png" alt="" /></a></p> <blockquote> <p>Um importante processo na legislação ambiental está tramitando em nosso país: A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).</p> <p>A nova lei pretende extinguir com os lixões a céu aberto em âmbito nacional, até 2014, mantendo porém os aterros sanitários, onde destina-se 10% de resíduos sólidos não reaproveitáveis. A nova legislação cria propostas de compromisso e responsabilidade também ao setor privado, para que este, estruture um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.</p> <p>Grande parte do lixo eletrônico produzido no planeta tem como destino final países pobres da África, do Oriente Médio e da Ásia. Containers são despejados em praias ou terrenos a céu aberto nessas localidades. Sem controle internacional homens, mulheres e crianças, manuseiam os lixos descartados sem qualquer tipo de orientação ou equipamentos adequados.</p> <p>Para esclarecer e relatar experiências sobre o descarte e reaproveitamento do lixo eletrônico e também, debater as questões da Política Nacional de Resíduos Sólidos, convidamos:</p> Nabil Bonduki: Arquiteto e professor de Planejamento Urbano da FAU-USP. Mestre e doutor em Estruturas Ambientais Urbanas. Vilmar Simion: Coordenador geral da Programando o Futuro, educador social e militante da inclusão digital. Rodolfo Avelino: Diretor do Coletivo Digital, professor da Universidade Cidade de São Paulo e componente da organização do Congresso Internacional de Software Livre (Conisli). <p>Todos estão convidados !!!</p> <p>SERVIÇO</p> <p>Tecnologia. O seu descarte é livre?<br /> Quando: 17/08 (sexta-feira)<br /> Hora: 19:00<br /> Onde: Sede do Coletivo Digital<br /> Endereço: Rua Cônego Eugênio Leite, 1117<br /> Informações pelo telefone: 11 3083-5134 (entre 10h e 19h)</p> <p>*Grátis</p> </blockquote> brasil coletivo digital debate lixo eletrônico sampa são paulo Wed, 08 Aug 2012 20:46:49 +0000 felipefonseca 12713 at http://efeefe.no-ip.org Caminhos da Reportagem: Lixo Eletrônico http://efeefe.no-ip.org/agregando/caminhos-da-reportagem-lixo-eletronico <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Boa reportagem de Lucas Rodrigues, da TV Brasil, sobre o Lixo Eletrônico no Brasil. A reportagem entrevistou nossos aliados Felipe Andueza e Marcelo Braz, além de ter visitado o galpão do Alemão em São Paulo.</p> <p></p> brasil ebc lixo eletrônico tvbrasil Fri, 03 Aug 2012 17:25:25 +0000 felipefonseca 12691 at http://efeefe.no-ip.org Rio+20 http://efeefe.no-ip.org/agregando/rio20 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Na esteira da Rio+20: vou participar amanhã à tarde (sábado, 16/06) de um debate sobre lixo eletrônico, dentro da programação do Ministério das Comunicações. Mais informações <a href="http://ubalab.org/blog/rio-povos-lixo" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a>.</p> brasil cúpula dos povos lixo eletrônico no mundo Sat, 16 Jun 2012 00:36:36 +0000 felipefonseca 12549 at http://efeefe.no-ip.org Educarede - Lixo Eletrônico http://efeefe.no-ip.org/agregando/educarede-lixo-eletronico <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Participei semana passada, com <a href="http://bikini.veredas.net" rel="nofollow">Maira Begalli</a> e <a href="http://twitter.com/marcbraz" rel="nofollow">Marcelo Braz</a>, do debate "<a href="http://encuentro2011.educared.org/group/lixo-eletronico" rel="nofollow">Lixo Eletrônico - Desafios do Século XXI</a>", organizado pelo projeto Educarede e transmitido pela web. O vídeo (em três partes) pode ser assistido <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Jg84cxb7QlI&feature=youtu.be" rel="nofollow">aqui</a>.</p> <p></p> <p></p> <p></p> brasil debate educarede iniciativas lixo eletrônico redes stream Wed, 05 Oct 2011 00:51:28 +0000 felipefonseca 11520 at http://efeefe.no-ip.org Rede//Labs - Caminhos brasileiros para a Cultura Digital Experimental http://efeefe.no-ip.org/livro/lpd/caminhos-brasileiros-cultura-digital-experimental <p>Nos anos recentes, as tecnologias de informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o se desenvolveram em um ritmo bastante acelerado, disseminando-se por praticamente todas as &aacute;reas do conhecimento. Os brasileiros viramos&nbsp;<i>recordistas no tempo mensal de uso de internet</i>, especialmente com o uso em massa de redes sociais &ndash; uma tend&ecirc;ncia que seria vista em todo mundo alguns anos depois do que por aqui. As tecnologias em rede fazem cada vez mais parte do imagin&aacute;rio &ndash; mais um motivo para experimenta&ccedil;&atilde;o, cr&iacute;tica e reflex&atilde;o. Grande parte dos programas de inclus&atilde;o digital do terceiro setor e do setor p&uacute;blico tamb&eacute;m j&aacute; entenderam que sua miss&atilde;o n&atilde;o pode estar limitada a oferecer acesso, e atuam na dinamiza&ccedil;&atilde;o de&nbsp;<i>projetos</i>&nbsp;(como os projetos comunit&aacute;rios nos programas Acessa SP e Telecentros.br articulados pela&nbsp;<a href="http://weblab.tk/" rel="nofollow">Weblab.tk</a>), forma&ccedil;&atilde;o de p&uacute;blico e desenvolvimento do potencial de jovens criadores.</p> <p>Em particular, cresceram de maneira significativa as a&ccedil;&otilde;es no cruzamento entre&nbsp;<i>arte, ci&ecirc;ncia, tecnologia e sociedade</i>. Uma quantidade cada vez maior de espa&ccedil;os, eventos, redes e programas dedicam esfor&ccedil;os a promover reflex&atilde;o, produ&ccedil;&atilde;o e articula&ccedil;&atilde;o na &aacute;rea &ndash; costurando atua&ccedil;&atilde;o entre as institui&ccedil;&otilde;es culturais e art&iacute;sticas, a academia, os coletivos independentes, o governo e a ind&uacute;stria. Artistas, produtores, estudantes e curiosos t&ecirc;m cada vez mais oportunidades para se conhecer e aprender uns com os outros. N&atilde;o s&oacute; brasileiros &ndash; frequentemente, os eventos realizados aqui contam com a presen&ccedil;a de nomes importantes do mundo todo, enquanto eventos de todo o mundo tamb&eacute;m convidam representantes brasileiros. Institui&ccedil;&otilde;es de naturezas diversas t&ecirc;m fomentado a cria&ccedil;&atilde;o e exibi&ccedil;&atilde;o de projetos cr&iacute;ticos e engajados, reconhecendo a relev&acirc;ncia dessa produ&ccedil;&atilde;o. O mesmo em eventos como o FILE, o Emo&ccedil;&atilde;o Art.Ficial, o Arte.Mov, a Submidialogia e tantos outros. No Brasil ainda n&atilde;o existe uma vis&atilde;o clara de circuito, mas grande parte dessas iniciativas operam em parcerias informadas. Estrat&eacute;gias conjuntas j&aacute; parecem estar no horizonte, &eacute; s&oacute; quest&atilde;o de criar os mecanismos adequados.</p> <h2>Uma particularidade: &ldquo;m&iacute;dia&rdquo; e &ldquo;laborat&oacute;rio&rdquo;</h2> <p>Eu demorei para prestar aten&ccedil;&atilde;o nisso, mas &eacute; emblem&aacute;tico que aqui no Brasil a gente fale em &ldquo;a m&iacute;dia&rdquo; como uma palavra no singular. Talvez isso seja um eco dos tempos em que praticamente o &uacute;nico meio de comunica&ccedil;&atilde;o relevante era aquela grande emissora de televis&atilde;o. Talvez tenha a ver com a tend&ecirc;ncia que os meios de comunica&ccedil;&atilde;o de massa t&ecirc;m&nbsp;<i>ao un&iacute;ssono, ao alinhamento e &agrave; falta de diversidade</i>. De qualquer forma, &agrave;s vezes tenho a impress&atilde;o de que usar o termo &ldquo;m&iacute;dia&rdquo; para identificar esse tipo de experimenta&ccedil;&atilde;o convergente para a qual queremos propor caminhos acaba por limitar bastante a compreens&atilde;o dela: muitas pessoas pensam que se trata de &ldquo;fazer v&iacute;deos&rdquo;, ou ent&atilde;o de &ldquo;fazer meios de comunica&ccedil;&atilde;o alternativos&rdquo; &ndash; o que &eacute; necess&aacute;rio, mas n&atilde;o &eacute; o foco aqui. Um assunto sobre o qual todo mundo acha que precisa tomar uma posi&ccedil;&atilde;o clara&nbsp;<i>a favor ou contra</i>&nbsp;acaba tendo pouco espa&ccedil;o para aquele tipo de liberdade que permite inova&ccedil;&atilde;o concreta. Por isso queremos desviar um pouco do foco da m&iacute;dia e concentrar mais nas possibilidades de interc&acirc;mbio entre&nbsp;<i>espa&ccedil;os de articula&ccedil;&atilde;o</i>, ou laborat&oacute;rios.</p> <p>Durante o&nbsp;<a href="http://labtolab.org" rel="nofollow">Labtolab</a>, Gabriel Menotti me falou que achava a ideia de laborat&oacute;rio t&atilde;o ou mais complicada que a de m&iacute;dia. Concordo que alguns dos significados geralmente atribu&iacute;dos a&nbsp;<a href="http://blog.redelabs.org/blog/laboratorios-de-midia-referencias/" rel="nofollow">laborat&oacute;rios s&atilde;o realmente dif&iacute;ceis</a>. Mas ainda assim, muitas interpreta&ccedil;&otilde;es s&atilde;o poss&iacute;veis. Tentando equacionar uma constru&ccedil;&atilde;o que v&aacute; al&eacute;m da ideia disseminada de laborat&oacute;rios de m&iacute;dia, prefiro manter o termo que permite uma maior flexibilidade de interpreta&ccedil;&atilde;o.</p> <h2>Raqueando estruturas</h2> <p>Talvez porque at&eacute; h&aacute; pouco tempo n&atilde;o existia quase nenhuma possibilidade formal de financiamento de projetos experimentais, as pessoas interessadas na &aacute;rea aprenderam a ocupar todo espa&ccedil;o poss&iacute;vel, mesmo em projetos com outras naturezas. Um exemplo emblem&aacute;tico &eacute; o papel que o&nbsp;<a href="http://www.sescsp.org.br/" rel="nofollow">SESC de S&atilde;o Paulo</a>&nbsp;exerce h&aacute; alguns anos &ndash; como um dos primeiros espa&ccedil;os a abrigar um tipo de experimenta&ccedil;&atilde;o que se posiciona&nbsp;<i>entre o ativismo midi&aacute;tico e a educa&ccedil;&atilde;o</i>. Muita gente come&ccedil;ou ou desenvolveu a carreira oferecendo oficinas no SESC. Um caso pr&oacute;ximo (entre dezenas ou centenas desenvolvidos por conhecidos): entre janeiro e fevereiro de 2007, eu organizei com Ricardo Palmieri o&nbsp;<a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/LaMiMe" rel="nofollow">LaMiMe</a>&nbsp;&ndash; Laborat&oacute;rio de M&iacute;dias da MetaReciclagem. Foi uma ocupa&ccedil;&atilde;o tempor&aacute;ria da sala de internet do SESC Avenida Paulista, que ofereceu oficinas sobre eletr&ocirc;nica b&aacute;sica e hardware livre (arduinos, etc.), software livre (pd, cinelerra, ardour, etc.) e outras. Foi uma oportunidade excelente para trocar conhecimento e conhecer gente nova. Mas o formato de oficina condiciona as trocas para um lado mais instrumental e pontual, e co&iacute;be um pouco o ritmo mais ca&oacute;tico e despretensioso da&nbsp;<i>descoberta</i>. Por mais que se beneficiem mutuamente, a educa&ccedil;&atilde;o e a experimenta&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m objetivos e naturezas distintas, e &eacute; necess&aacute;rio que aconte&ccedil;am com respeito a essas diferen&ccedil;as.</p> <p>O mesmo pode ser visto no contexto dos Pontos de Cultura: &eacute; comum ver pessoas interessadas em desenvolver projetos experimentais mas que por for&ccedil;a dos formatos poss&iacute;veis acabaram se submetendo &agrave; l&oacute;gica educacional. Repito: oficinas s&atilde;o fundamentais. Mas n&atilde;o s&atilde;o tudo.</p> <h2>Propondo novos caminhos</h2> <p>Em vez de ficar sempre tentando encontrar brechas nos formatos poss&iacute;veis, precisamos pensar em quais s&atilde;o os formatos que podem dar conta de equilibrar a diversidade de necessidades pessoais, art&iacute;sticas, institucionais e sociais.</p> <p><a href="http://blog.redelabs.org/blog/cultura-digital-experimental-parte-2-google-buzz/" rel="nofollow">Uma das conversas online</a>&nbsp;do Rede//Labs debateu a quest&atilde;o da experimenta&ccedil;&atilde;o e da incorpora&ccedil;&atilde;o do erro dentro do processo. Em um desdobramento daquela conversa na rede MetaReciclagem, eu citei uma imagem que Ivana Bentes trouxe para o debate&nbsp;<a href="http://blog.premiosergiomotta.org.br/2010/01/28/arte-open-source-na-campus-party-2010/" rel="nofollow">Arte Open Source</a>&nbsp;(com Giselle Beiguelman e Andr&eacute; Mintz, na Campus Party de 2010): &ldquo;<i>a obra &eacute; o lixo do processo art&iacute;stico</i>&rdquo;. O fato de grande parte dos mecanismos de apoio &agrave; arte ainda se basearem na ideia de obra pode ser uma das causas pelas quais existe&nbsp;<i>mais competi&ccedil;&atilde;o do que colabora&ccedil;&atilde;o</i>. Como fazer para trazer essa dimens&atilde;o do processo para dentro do ciclo?</p> <p>Hoje em dia, um espa&ccedil;o que tem recebido reconhecimento pela inova&ccedil;&atilde;o e relev&acirc;ncia &eacute; o&nbsp;<a href="http://eyebeam.org/" rel="nofollow">Eyebeam</a>, em Nova Iorque. Um dos formatos com os quais eles trabalham s&atilde;o as&nbsp;<i>fellowships</i>, bolsas concedidas para artistas destacados, n&atilde;o necessariamente ligadas a um projeto espec&iacute;fico. Ser&aacute; que isso &eacute; um caminho interessante? Certamente, nos &uacute;ltimos anos t&ecirc;m aparecido oportunidades similares aqui no Brasil. S&oacute; para citar algumas: as bolsas da&nbsp;<a href="http://funarte.gov.br/" rel="nofollow">Funarte</a>, que desde 2009 reconhecem a cultura digital como uma &aacute;rea de investiga&ccedil;&atilde;o e produ&ccedil;&atilde;o, ou o programa&nbsp;<a href="http://itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2691" rel="nofollow">Rumos</a>&nbsp;do Ita&uacute; Cultural. Tamb&eacute;m o&nbsp;<a href="http://www.ism.org.br/ism/?page_id=15" rel="nofollow">Pr&ecirc;mio Sergio Motta</a>, o novo&nbsp;<a href="http://www.fileprixlux.org/" rel="nofollow">File Prix Lux</a>&nbsp;e alguns recentes pr&ecirc;mios do Minist&eacute;rio da Cultura prop&otilde;em quest&otilde;es pr&oacute;ximas. O Minc criou tamb&eacute;m o projeto&nbsp;<a href="http://www.culturadigital.br/xpta/" rel="nofollow">XPTA.Labs</a>, que se posiciona de maneira bastante espec&iacute;fica na quest&atilde;o experimental, e lan&ccedil;ou um edital de&nbsp;<a href="http://www.cultura.gov.br/site/2010/03/10/edital-cultura-digital-2010/" rel="nofollow">Esporos de Cultura Digital</a>, que tamb&eacute;m se prop&otilde;e a apoiar espa&ccedil;os de articula&ccedil;&atilde;o e produ&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Um pouco do meu p&eacute; atr&aacute;s em propor uma pol&iacute;tica centrada em laborat&oacute;rios parte do princ&iacute;pio de que a falta de infraestrutura &ndash; equipamentos e acessibilidade &ndash; n&atilde;o &eacute; mais o maior obst&aacute;culo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o. O coordenador de um famoso laborat&oacute;rio de m&iacute;dia europeu comentou comigo no ano passado que estava frente a um problema grave: o espa&ccedil;o e a infraestrutura de sua organiza&ccedil;&atilde;o triplicariam nos pr&oacute;ximos anos, mas o or&ccedil;amento para atividades deveria diminuir em 30%. Ele questionava a ret&oacute;rica de infraestrutura que havia usado para conquistar apoio institucional em seu contexto. O que acho que faz mais falta aqui no Brasil s&atilde;o os mecanismos adequados para a troca, exibi&ccedil;&atilde;o, forma&ccedil;&atilde;o de p&uacute;blico e &ndash; &eacute; claro &ndash;&nbsp;<i>sobreviv&ecirc;ncia</i>. Estamos no momento de propor esses mecanismos.</p> <p>Da&iacute; v&ecirc;m algumas perguntas que tenho repetido nas &uacute;ltimas semanas para algumas pessoas, e que quero fazer tamb&eacute;m a qualquer pessoa interessada no assunto:</p> <ul> <li>Faz sentido pensar em um projeto que tenha por foco apoiar e desenvolver a&ccedil;&otilde;es de cultura digital experimental? No que ele deveria consistir?</li> <li>Como ir&nbsp;<i>al&eacute;m do modelo de laborat&oacute;rio de m&iacute;dia</i>? Acesso &agrave; internet, equipamentos para produ&ccedil;&atilde;o e espa&ccedil;os de encontro estar&atilde;o cada vez mais dispon&iacute;veis. Se &eacute; poss&iacute;vel fazer cultura digital experimental em uma livraria que ofere&ccedil;a internet sem fio, no pr&oacute;prio quarto ou na garagem de casa, o que um espa&ccedil;o que se dedica a isso precisa ter para atrair as pessoas e fomentar a troca e a produ&ccedil;&atilde;o colaborativa?</li> <li>&Eacute; poss&iacute;vel construir uma conversa realmente colaborativa&nbsp;<i>entre laborat&oacute;rios</i>? Projetar em um cen&aacute;rio em que as diferentes institui&ccedil;&otilde;es e grupos envolvidos se proponham a, mais do que demandar recursos, tamb&eacute;m oferecer partes de sua estrutura, conhecimento aplicado e oportunidades de apoio para uma rede aberta de laborat&oacute;rios de cultura digital experimental. Mais do que resid&ecirc;ncias, promover&nbsp;<i>itiner&acirc;ncias e nomadismo comunicante</i>&nbsp;pode ser um bom caminho.</li> <li>Qual a necessidade que temos hoje em dia de infraestrutura? O Minc, por exemplo, est&aacute; caminhando no sentido de interligar seus espa&ccedil;os com fibra &oacute;tica &ndash; o que cria uma possibilidade de uso de banda largu&iacute;ssima para experimenta&ccedil;&atilde;o e projetos. O que &eacute; poss&iacute;vel propor em uma estrutura interconectada dessas?</li> </ul> brasil livro metareciclagem minc pós-digital redelabs Tue, 10 May 2011 14:56:07 +0000 felipefonseca 10712 at http://efeefe.no-ip.org Arte Hackeamento http://efeefe.no-ip.org/agregando/arte-hackeamento <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p> Daniel Hora defende essa semana sua dissertação de mestrado sobre <a href="http://danielhora.wordpress.com/2010/03/19/dissertacao-de-mestrado/" rel="nofollow">Arte Hackeamento</a>. Um dos focos da pesquisa é a rede <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e por tabela o Desvio. Já dei uma passada de olhos na <a href="http://danielhora.wordpress.com/2010/03/19/dissertacao-de-mestrado/" rel="nofollow">dissertação</a>, e pretendo ler nas próximas semanas. Enquanto isso, desejamos ao Daniel boa sorte na defesa!</p> academia brasil desvio gambiologia mestrado metareciclagem Mon, 22 Mar 2010 18:08:15 +0000 felipefonseca 7355 at http://efeefe.no-ip.org Arte Hackeamento http://efeefe.no-ip.org/agregando/arte-hackeamento-0 <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p> Daniel Hora defende essa semana sua dissertação de mestrado sobre <a href="http://danielhora.wordpress.com/2010/03/19/dissertacao-de-mestrado/" rel="nofollow">Arte Hackeamento</a>. Um dos focos da pesquisa é a rede <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> e por tabela o Desvio. Já dei uma passada de olhos na <a href="http://danielhora.wordpress.com/2010/03/19/dissertacao-de-mestrado/" rel="nofollow">dissertação</a>, e pretendo ler nas próximas semanas. Enquanto isso, desejamos ao Daniel boa sorte na defesa!</p> academia brasil desvio gambiologia mestrado metareciclagem Mon, 22 Mar 2010 18:08:15 +0000 felipefonseca 9532 at http://efeefe.no-ip.org Gambiarra - criatividade tática http://efeefe.no-ip.org/agregando/gambiarra-criatividade-t%C3%A1tica <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Por Felipe Fonseca e Hernani Dimantas</p> <blockquote><p>Mandamos esse texto para a publicação do <a href="http://paralelo.wikidot.com/" rel="nofollow">Paralelo</a>, evento que <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/paralelo" rel="nofollow">aconteceu</a> em março/abril de 2009 em São Paulo. Devem sair uma versão impressa e uma POD (print-on-demand) nos próximos meses.</p></blockquote> <p>A gambiarra aparece como a arte de fazer. A re-existência do faça-você-mesmo. Sem todo o ferramental, sem os argumentos apropriados, mas com o conhecimento acumulado pelas gerações. Fazer para modificar o mundo. Um contraponto ao empreendedor selvagem. Fazer para transformar aquilo que era inútil num movimento ascendente de criatividade. A inovação está presente no DNA pós-moderno, no pós-humano. Numa vida gasosa. Abrimos aqui parênteses para fazer uma crítica ao Bauman com suas diversas modernidades líquidas. O líquido se acomoda ao recipiente. Seja um copo, um vaso ou apenas a terra contra a qual o oceano se deixa existir. O gasoso flui no espaço, no tempo e no ser em existência. Não só líquida ou gasosa, a pós-modernidade é a multiplicidade de estados que se misturam, na confluência da Ipiranga com a São João, na co-existência de todos os níveis de desenvolvimento econômico e tecnológico. Uma gambiarra que remixa, modifica, transforma e se mistura. Traço comum da inventividade cotidiana, do improviso, da descoberta espontânea, da transformação de realidades a partir da multiplicidade de usos. O mais trivial dos objetos, lotado de usos potenciais: na solução de problemas, no ornamento improvisado, na reinvenção pura e simples. O potencial de desvio e reinterpretação em cada uso. A inovação tática, acontecendo no dia a dia, em toda parte.</p> <p>Gambiarra é um termo em português que no dicionário denota uma extensão elétrica, mas ali no mundo real adotou (naturalmente?) outro significado ao qual só podemos tentar aproximações: improviso, solução temporária, bricolage, desconstrução, precariedade. É tida como consequência de uma sociedade ainda não totalmente amadurecida: como não temos as estruturas apropriadas, as ferramentas adequadas, os profissionais especializados (ou o dinheiro para contratá-los), a gente improvisa. Desloca a finalidade desse e desse objeto, soluciona as coisas por algum tempo, e assim vai levando.<br /> Mas a gambiarra é muito mais do que isso. O ideal de sociedade hiper-especializada, com conhecimento compartimentado, guardado em gavetinhas e vendido em embalagens brilhantes, já deu sinais de esgotamento. A aceleração da aceleração do crescimento econômico já começou a vacilar (e nem vamos falar em crise, ok?). O modelo de desenvolvimento do século XX não fechou a conta: os países ricos não conseguiram integrar as populações de imigrantes, criaram uma sensação de estabilidade e prosperidade totalmente ilusória, transformaram toda produção cultural e toda solução de problemas em comércio. Em nome do pleno emprego e de uma sociedade totalmente funcional, as pessoas comuns perderam uma habilidade essencial: a de identificar problemas, analisar os recursos disponíveis e com eles criar soluções. Em vez de usar a criatividade para resolver problemas, as pessoas pegam o telefone e o cartão de crédito. Todos vítimas da lógica do SAC!<br /> Esse movimento embute a semente de sua própria reação. O faça-você-mesmo é a sequela dele. As novas gerações assumem a necessidade de ação. Não dá para ficar com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar. Há que se fazer a diferença. Mesmo nos países ricos e nos centros urbanos brasileiros, a repressão ao impulso inventivo cotidiano causa uma insatisfação que acaba sendo canalizada para atividades criativas. Inventores e inventoras em potencial buscam reconhecimento e troca em seus pares, e a gambiarra renasce. A entrada das novas tecnologias nos tem aberto alguns espaços. As pessoas estão cada vez mais construindo atalhos para a participação em rede. Grupos de afinidade se encontrando para organizar hacklabs, iniciativas faça-você-mesmo, software livre, robótica de baixo custo, hardware aberto e experimentos de diversas naturezas. Nesse sentido, a gambiarra, nosso traço tão brasileiro da gambiarra, não é atraso ou inadequação, mas sim um aviso e um apelo ao mundo: desenvolvam essa habilidade essencial, e a sensibilidade que ela exige em relação a objetos e usos. Não se alienem de sua criatividade! Não acreditem nas estruturas do mundo ocidental que querem transformar a criatividade (as "indústrias criativas" e todas as suas falácias) em nada mais que um setor da economia, restrito e regulamentado. Criatividade não se trata de submissão individual ao mercado "criativo" que tudo transforma em produto, mas do estímulo à capacidade de invenção em todas as áreas.<br /> A gambiarra ainda não virou produto. Precisamos resistir a isso. Nosso espírito antropofágico facilita, mas as tentação de uma sociedade plenamente consumista estão sempre na esquina (ali na frente do shopping center, pra ser exato). Curiosamente, não é a precarização das pontas que faz do mundo globalizado uma ameaça para a gambiarra. O perigo é justamente o outro lado: traz o espectro de um tipo burro de desenvolvimento para os quase-desenvolvidos. Não podemos acreditar demais no sonho civilizado de uma sociedade em que toda aplicação de conhecimento vira consumo, porque isso destrói o potencial de criação nas pontas que vai ser cada vez mais importante.<br /> Da mesma forma, é também fundamental questionar o uso de um referencial da gambiarra como mero instrumento de renovação estética, sem tratar desse aspecto importante de entender a criatividade como processo distribuído e transformador. Fica no ar a pergunta de Aracy Amaral citada em <a href="http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/julmonachesi/2005/rumos2" rel="nofollow">artigo</a> de Juliana Monachesi questionando a chamada "estética da gambiarra" na mostra Rumos Artes Visuais 2005-2006 – Paradoxos Brasil: "Seria uma circunstância necessária com que os artistas brasileiros se deparam para produzir ou trabalhar com o descarte tornou-se um maneirismo?”. A gambiarra não pode ser mero ornamento formal para ocupar galerias - para desenvolver toda sua potência precisa ser legitimada, perder a aura de atraso e envolver cada vez mais gente na perspectiva de criatividade tática. Essas são as bases da Gambiologia. Não pretendemos um elogio da precariedade, do que é abaixo do ideal, daquilo que está aquém. Não, estamos atuando e construindo um mundo em que toda condição é vista como abundância. Com o espectro da invenção latente no dia a dia, qualquer problema é pequeno. Basta exercitar o olhar.</p> brasil desvio gambiologia metareciclagem Wed, 14 Oct 2009 15:44:53 +0000 felipefonseca 6183 at http://efeefe.no-ip.org