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ID

Há alguns meses descobri que minha cédula de identidade, emitida em Porto Alegre no ano de 1996, não é mais aceita para algumas finalidades. Ao pesquisar o assunto, fiquei sabendo que, vivendo no estado de SP, tenho que solicitar um novo registro geral (ou seja, ele não é tão geral assim, né?). Agendei no poupatempo de Caraguatatuba um horário para mim e já aproveitei para também fazer o documento para minha filha.

Ontem acordamos cedo e tomamos a estrada. Chegando lá, fizemos primeiro o procedimento para ela. Fomos bem atendidos, tudo muito rápido. Mas na minha vez, fiquei curioso com algumas perguntas que a simpática atendente me fez:

  • Há quanto tempo o senhor vive no estado?
  • Por que motivo mudou-se para cá?
  • Pretende permanecer no estado?

Acho que tinha mais uma ou duas questões do mesmo tipo, das quais não lembro exatamente. Eu tinha respostas bem consistentes para todas as perguntas, é claro. Mas fiquei pensando em duas coisas: o possível constrangimento que perguntas como essas podem causar em pessoas que não consigam responder; e também o que é feito com as respostas. Será que existem estatísticas de quantas pessoas se registram sem ter certeza se vão permanecer? E se a pessoa dá uma resposta contrária ao que a burocracia espera, o que acontece? Esse dado fica registrado em algum lugar?

Se soubesse antes, acho que teria inventado umas respostas melhores. "Nem sei há quanto tempo estou aqui, vim pra roubar emprego de vocês, fico até ser procurado".leia mais >>