efeefe - criatividade http://efeefe.no-ip.org/taxonomy/term/325/0 pt-br Janxs na área http://efeefe.no-ip.org/agregando/janxs-na-area <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><img align="right" alt="" src="http://mutgamb.org/sites/mutgamb.org/files/janxs_capa.png" />Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).</p> <p>Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.</p> <p>Saiba mais, baixe e navegue por essa edição <a href="http://mutgamb.org/MutSaz/2011/Janxs" rel="nofollow" rel="nofollow">aqui</a>. Se gostar, aproveite para dar alguma <a href="http://mutgamb.org/ajuda-financeira" rel="nofollow" rel="nofollow">ajuda</a> pro mutgamb.</p> var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'Janxs na área'; var flattr_dsc = '<p><em><img align="right" alt="" src="http://mutgamb.org/sites/mutgamb.org/files/janxs_capa.png" />Janxs</em> chegou para contar como foi o ver&atilde;o. Trouxe reflex&atilde;o sobre mudan&ccedil;a, contempla&ccedil;&atilde;o, experi&ecirc;ncias. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como &eacute; ver&atilde;o em terras tropicais, sempre tme um gringo na &aacute;rea).</p><p>Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedica&ccedil;&atilde;o e parceria.</p><p>Saiba mais, baixe e navegue por essa edi&ccedil;&atilde;o <a href="http://mutgamb.org/MutSaz/2011/Janxs" rel="nofollow">aqui</a>. Se gostar, aproveite para dar alguma <a href="http://mutgamb.org/ajuda-financeira" rel="nofollow">ajuda</a> pro mutgamb.</p>'; var flattr_tag = '2011,apocalipse,autonomia,bardos,calor,carnaval,celebração,chuvas,commons,copyleft,criatividade,cultura digital,dengue,ecad,estação,faunos,fertilidade,festa,janxs,mudança,mutsaz,propriedade intelectual,sazonal,transição,verão'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://mutgamb.org/blog/Janxs-na-area'; var flattr_lng = 'en_GB' 2011 apocalipse autonomia bardos calor carnaval celebração chuvas commons copyleft criatividade cultura digital dengue ecad estação faunos fertilidade festa janxs metareciclagem mudança mutirão mutsaz propriedade intelectual sazonal transição verão Wed, 23 Mar 2011 22:35:18 +0000 felipefonseca 10389 at http://efeefe.no-ip.org Tanda http://efeefe.no-ip.org/agregando/tanda <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p><img width="150" height="200" align="right" src="http://www.simple-mechanisms.com/files/gimgs/6_292195723521e734a0dcb.jpg" alt="Tanda foundation" />Geraldine Juarez, que eu <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/geraldine-juarez-freewear" rel="nofollow">conheci</a> ano passado durante o <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/futuresonic" rel="nofollow">Futuresonic</a>, não está mais em Nova Iorque mas continua envolvida com projetos bem interessantes.<br /> Um deles é a tanda foundation, uma rede de financiamento para projetos artísticos e experimentais baseada em uma ferramenta online, onde as pessoas podem enviar pedidos de bolsas projetos para os quais pedem apoio (em "cash" ou "fame").  Idealmente todxs doam, todxs enviam projetos, e votam 1s nos projetos de outrxs. Cada pedido de bolsa vale por três meses, e todo mês é dada uma bolsa em cash e em fama. Ela conta que o sistema está lento, mas está lá. Mais do que um modelo definitivo, a tanda parece uma boa referência ao propor uma maneira participativa e colaborativa para gestão de recursos. Mistura uma lógica de leilão (oferta vs. lances) com a idéia de decisão coletiva e distribuição de pontos limitados de karma que organiza sites como o <a href="http://slashdot.com" rel="nofollow">slashdot</a>. Eles também adotam a postura de ser uma organização "ilegal" sem fins lucrativos no sentido de que decidem não incorporar a rede em uma instituição legal, o que tem um pouco a ver com a maneira como a <a href="http://rede.metareciclagem.org" rel="nofollow">MetaReciclagem</a> evoluiu e se manteve,<br /> O rodapé do site incentiva a criação de projetos inspirados na idéia da tanda. Vou perguntar para ela se o sistema também é replicável.</p> arte livre criatividade desvio financiamento indústrias criativas metareciclagem Thu, 11 Jun 2009 21:08:43 +0000 felipefonseca 5814 at http://efeefe.no-ip.org Direto do Innovacamp http://efeefe.no-ip.org/agregando/direto-do-innovacamp <div class=fonte_feed> <em>Este post foi agregado por RSS. Link original:<br> <a href=></a></em></div> --- <p>Dani <a href="http://dacamat.com.br/drupal/content/innovacamp-em-bcn-reflex%C3%B5es" rel="nofollow">refletindo sobre o Innovacamp</a> em Barcelona:</p> <blockquote><p> <a href="http://innocampmediterranea.net" title="InnovaCamp Mediterranea - Citilab Cornella - Barcelona" rel="nofollow"><img border="0" align="right" src="http://innocampmediterranea.net/wp-content/uploads/2009/02/colorsinnova_021.gif" alt="InnovaCamp Mediterranea - Citilab Cornella - Barcelona" /> </a>Para dar uma situada, a proposta do InnovaCamp é, em uma linha, oferecer um espaço para compartilhar projetos que estão rolando sobre tecnologia. Ou, em outras palavras, para publicitar, angariar seguidores e se pans conseguir finaciamento. Alguns dos projetos que foram apresentados, como o <a href="http://es.citilab.eu/seniorlab" rel="nofollow">SeniorLab</a> e o <a href="http://ateneatech.com/" rel="nofollow">Atenea Tech</a>, estão "incubados" no próprio Citilab, ou seja, usam a infra do lugar como ponto de partida pra buscar a vida.<br /> Essa, na verdade, é a proposta mesmo dos "<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Living_lab" rel="nofollow">living labs</a>", que eu acho muito interessante, dentro do contexto de inclusão digital: não é só uma sala de informática onde as pessoas podem vir e aprender a usar o computador, mas como um grande espaço com diferentes tecnologias, banda larga, onde pessoas que tem projetos que envolvam o uso dessas tecnologias podem, efetivamente, fazer com que eles aconteçam. Empreendedorismo, comunidades e TICs no dia a dia. </p></blockquote> <blockquote><p>(...) Outro ponto que também foi marcante para mim foi: usar as tecnologias dentro, antes de usá-las fora. Acho que isso também é uma mudança de paradigma, e pra ser sincera, ainda estamos engatinhando nesse sentido: empresas que pregam o uso da tecnologia, pessoas que fazem discursos sobre como elas são relevantes e úteis, não as utilizam de fato em suas vidas. A rede não se realiza, não acontece. </p></blockquote> <p>Mais <a href="http://dacamat.com.br/drupal/content/innovacamp-em-bcn-reflex%C3%B5es" rel="nofollow">aqui</a>.</p> criatividade desvio inovação Thu, 04 Jun 2009 02:04:32 +0000 felipefonseca 5819 at http://efeefe.no-ip.org Construção da inovação http://efeefe.no-ip.org/blog/constru%C3%A7%C3%A3o-da-inova%C3%A7%C3%A3o <p>No Mais da FSP domingo passado, Peter Burke <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2405200912.htm" rel="nofollow">fala</a> (fechado pra assinantes, vacilo da f&ocirc;ia) sobre como a inova&ccedil;&atilde;o n&atilde;o se limita &agrave; figura do g&ecirc;nio isolado que tem um &iacute;mpeto de inspira&ccedil;&atilde;o:</p> <blockquote> <p>Mas o que exatamente &eacute; inova&ccedil;&atilde;o? Suspeito que a vis&atilde;o da era do romantismo sobre a inova&ccedil;&atilde;o continue a prevalecer ainda hoje.<br /> De acordo com ela, a inova&ccedil;&atilde;o &eacute; trabalho de um g&ecirc;nio solit&aacute;rio, muitas vezes um professor distra&iacute;do que carrega uma ideia brilhante na cabe&ccedil;a -aquilo que meu tio, um f&iacute;sico que trabalhava no setor industrial, costumava chamar de &quot;onda cerebral&quot;.</p> <p>(...)</p> <p>No entanto existe uma vis&atilde;o alternativa sobre a inova&ccedil;&atilde;o, da qual eu por acaso compartilho.<br /> De acordo com essa segunda vis&atilde;o, a inova&ccedil;&atilde;o &eacute; gradual em lugar de s&uacute;bita e coletiva em vez de individual.<br /> N&atilde;o existe uma oposi&ccedil;&atilde;o acentuada entre tradi&ccedil;&atilde;o e inova&ccedil;&atilde;o. &Eacute; poss&iacute;vel at&eacute; mesmo identificar tradi&ccedil;&otilde;es de inova&ccedil;&atilde;o, sustentadas ao longo de d&eacute;cadas, como no caso do Vale do Sil&iacute;cio, ou de s&eacute;culos, como nos campos da pintura e da escultura durante a Renascen&ccedil;a florentina.<br /> <br /> <b>Novos usos</b><br /> Por isso, em lugar da met&aacute;fora da &quot;onda cerebral&quot;, talvez fosse mais esclarecedor usar como met&aacute;fora a reciclagem, o reaproveitamento ou o uso improvisado de materiais.<br /> O caso da tecnologia serve como exemplo.<br /> Na metade do s&eacute;culo 15, Johannes Gutenberg inventou as m&aacute;quinas de impress&atilde;o. No entanto, prensas estavam em uso na produ&ccedil;&atilde;o de vinho havia muito tempo na Ren&acirc;nia natal de Gutenberg e em muitos outros lugares. Sua brilhante ideia n&atilde;o surgiu do nada; na verdade, representou uma adapta&ccedil;&atilde;o da prensa de vinho a uma nova fun&ccedil;&atilde;o.</p> <p>(...)</p> <p>Analogias e met&aacute;foras parecem desempenhar papel essencial no pensamento, da f&iacute;sica (vide a ideia de &quot;ondas&quot;, por exemplo) &agrave; antropologia, na qual culturas estrangeiras s&atilde;o muitas vezes comparadas a livros que precisam ser lidos.</p> </blockquote> <p>Met&aacute;foras, reciclagem, remix. Nada de novo, mas &eacute; mais um refor&ccedil;ando...</p> <!--break--> criatividade desvio inovação Wed, 27 May 2009 17:22:45 +0000 felipefonseca 4545 at http://efeefe.no-ip.org Processos criativos http://efeefe.no-ip.org/blog/processos-criativos <p>H&aacute; algumas semanas a revista &Eacute;poca publicou uma entrevista com o <a href="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG83610-9556-521,00-FACO+CAMPANHA+CONTRA+O+GOOGLE.html" rel="nofollow">Geert Lovink</a>. Ele fala algumas coisas que fazem sentido, mas tem uma frase que n&atilde;o desceu redondo:</p> <blockquote><span class="textoVermelho">&Eacute;POCA</span><strong> &ndash; Por que o senhor critica os defensores da liberdade de c&oacute;pia na rede?</strong><br /> <strong>Lovink &ndash;</strong> Acho que devemos fornecer meios para que a pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o da web ganhe dinheiro com ela, possa viver de seu trabalho e de sua cria&ccedil;&atilde;o. O problema &eacute; que o pessoal do software livre s&oacute; pensa em trocar livremente seus programas. Nunca imaginaram como profissionais criativos poder&atilde;o sobreviver quando nos movermos para uma economia baseada na internet.</blockquote> <p>Conversei com algumas pessoas e percebi que n&atilde;o fui o &uacute;nico que n&atilde;o gostou dessa frase, de alguma forma. At&eacute; faz algum sentido, mas n&atilde;o deixa de denotar uma falta de sensibilidade com o contexto: um coment&aacute;rio como esse publicado em algum ambiente onde haja familiaridade com o software livre, copyleft ou at&eacute; creative commons poderia cumprir bem a fun&ccedil;&atilde;o de cr&iacute;tica, mas numa revista como a &Eacute;poca (mesmo que ela n&atilde;o seja das piores no que se refere a tecnologias) pode ser um tiro pela culatra, matando debates antes de eles chegarem a nascer. Troquei uma id&eacute;ia por email com o Geert, falando da possibilidade de coexist&ecirc;ncia de v&aacute;rios modelos econ&ocirc;micos. Falei do tecnobrega no Par&aacute;, perguntei se ele assistiu ao <a href="http://www.goodcopybadcopy.net/" rel="nofollow">Good Copy Bad Copy</a>. Ele publicou a resposta no <a href="http://www.networkcultures.org/geert/2008/05/20/interview-for-epoca-brazilian-weekly-in-portuguese/" rel="nofollow">blog</a> dele. Traduzindo:</p> <blockquote>Eu entendo o argumento, mas vejo isso somente como uma solu&ccedil;&atilde;o de curto prazo. Depende da cultura de novas m&iacute;dias, a que n&oacute;s damos forma e representamos, bolar (to come up with) modelos sustent&aacute;veis a longo prazo para que provedores de conte&uacute;do possam viver do seu conte&uacute;do, se eles quiserem. O amadorismo deve ser uma escolha, n&atilde;o a op&ccedil;&atilde;o padr&atilde;o. As bandas n&atilde;o podem viver na estrada, e menos ainda escritores ou designers. J&aacute; &eacute; tempo de separar (unravel) as boas inten&ccedil;&otilde;es do software livre e de c&oacute;digo aberto das m&aacute;s conseq&uuml;&ecirc;ncias que o &quot;livre&quot; tem para produtores de conte&uacute;do independentes e come&ccedil;ar a imaginar, de uma forma coletiva, como fluxos alternativos de dinheiro podem ser facilitados. Voltar para as gravadoras e a ind&uacute;stria da m&iacute;dia mainstream n&atilde;o &eacute; uma op&ccedil;&atilde;o - mas o modelo do software livre e de c&oacute;digo aberto tamb&eacute;m n&atilde;o.<br /> </blockquote> <p>&Eacute; bom lembrar que ele foi um dos organizadores do <a href="http://networkcultures.org/wpmu/portal/projects/mycreativity/" rel="nofollow">My Creativity</a>, um evento em Amsterdam que juntou um monte de gente e produziu uma bem fundamentada vis&atilde;o cr&iacute;tica de todo o barulho sobre &quot;ind&uacute;strias criativas&quot;. Mas eu n&atilde;o consigo deixar de notar duas coisas nessa linha de argumenta&ccedil;&atilde;o: a primeira &eacute; uma confus&atilde;o entre o &quot;modelo do software livre&quot; e a mera distribui&ccedil;&atilde;o de conte&uacute;do; a segunda uma quest&atilde;o de refer&ecirc;ncia e contexto.<br /> Muitas pessoas j&aacute; explicaram isso melhor do que eu, mas n&atilde;o custa repetir mais uma vez: a grande transforma&ccedil;&atilde;o que o software livre traz para a produ&ccedil;&atilde;o de conhecimento <i>n&atilde;o &eacute;</i> somente a livre circula&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o compilada, mas a cria&ccedil;&atilde;o de ecossistemas complexos baseados em recursos abertos e livremente remix&aacute;veis. Mais do que s&oacute; &quot;trocar livremente os programas&quot;, eu posso ter acesso ao c&oacute;digo-fonte de qualquer software livre, e ainda tenho a liberdade de modific&aacute;-lo e redistribu&iacute;-lo. Na minha opini&atilde;o, em geral falta ousadia aos &quot;criativos&quot; para ir al&eacute;m da distribui&ccedil;&atilde;o livre e come&ccedil;ar a efetivamente abrir o processo criativo em rede. Ou seja, mais do que pensar em conte&uacute;do, agitar redes criativas. Isso j&aacute; acontece aqui e ali, mas ainda n&atilde;o existem muitos ambientes que partam dessa vis&atilde;o mais ampla. Lembro de ter acompanhado com interesse h&aacute; alguns anos conversas na lista do <a href="http://estudiolivre.org" rel="nofollow">estudiolivre</a> sobre publicar faixas abertas do <a href="http://www.google.com/url?sa=t&amp;ct=res&amp;cd=1&amp;url=http%3A%2F%2Fardour.org%2F&amp;ei=a6FFSLHwM42owQHn7sXGBw&amp;usg=AFQjCNGYOT_edMg2Ro1TNQ00C6Tfq27c7Q&amp;sig2=QLgpBZGQ4BaLpn4ZY7VXXQ" rel="nofollow">ardour</a> na rede, mas at&eacute; onde vi isso n&atilde;o andou muito (at&eacute; porque o tamanho dos arquivos ainda faz isso ser um pouco impratic&aacute;vel). <a href="http://organismo.art.br/blog" rel="nofollow">Glerm</a> &eacute; um cara que j&aacute; experimentou um pouco com a publica&ccedil;&atilde;o de soundfonts e mais de uma vez abriu um HD inteiro na rede pra quem quisesse baixar, mas ainda assim as barreiras pra compreender e interatuar sao bastante grandes. Se me perguntarem, eu acho que ainda d&aacute; pra brincar bastante nesse sentido. H&aacute; algumas semanas instalei aqui o <a href="http://www.celtx.com/" rel="nofollow">Celtx</a>, um software para edi&ccedil;&atilde;o de roteiros e storyboards que me permite abrir meus arquivos na rede para colaborar com outras pessoas. <a href="http://blogs.metareciclagem.org/stalker/" rel="nofollow">&Ccedil;talker</a> comentou comigo que o Celtx &eacute; meio careta e pode bitolar as pessoas com formatos j&aacute; conhecidos de roteiro, e eu concordo, mas n&atilde;o deixa de ser um passo no sentido de pensar em processos criativos coletivos, como maneira de escapar &agrave; j&aacute; batida imagem renascentista do criador isolado em seu est&uacute;dio/ateli&ecirc;. Sei que o pr&oacute;prio <a href="http://www.stallman.org/" rel="nofollow">Richard Stallman</a> costuma enfatizar que m&uacute;sica &eacute; diferente de software livre, mas eu gostaria de ver mais experimenta&ccedil;&atilde;o em entender a produ&ccedil;&atilde;o criativa como uma quest&atilde;o menos de circula&ccedil;&atilde;o conte&uacute;do do que como processo coletivo. Ainda sobre essa quest&atilde;o, &eacute; divertido ver o trecho de <a href="http://pirex.com.br/2008/03/17/e-possivel-produzir-cinema-como-se-produz-software-livre/" rel="nofollow">v&iacute;deo do L&eacute;o Germani</a> perguntando ao <a href="http://www.imdb.com/name/nm0299134/" rel="nofollow">Jorge Furtado</a> se existe a possibilidade de produzir cinema como se produz software livre: ele come&ccedil;a dizendo que n&atilde;o sabe, quase refutando, mas come&ccedil;a a ver paralelos entre as duas atividades. A entrevista n&atilde;o termina, mas a pergunta continua no ar.<br /> E a&iacute; vem a quest&atilde;o cultural. Eu entendo que na Europa haja toda essa expectativa de tentar entender como &eacute; que a criatividade, junto com a dissemina&ccedil;&atilde;o de tecnologias de produ&ccedil;&atilde;o criativa (tamb&eacute;m &eacute; bom lembrar que hoje em dia qualquer pessoa com um computador mediano tem virtualmente um est&uacute;dio de som ou uma ilha de edi&ccedil;&atilde;o de v&iacute;deo ao alcance das m&atilde;os), se encaixa no esquema geral das coisas. Eu entendo que se esteja tentando evitar que os criativos conectados tenham toda sua produ&ccedil;&atilde;o apropriada de maneira indesej&aacute;vel pelos intermedi&aacute;rios corporativos. A imagem do youtube e do myspace terceirizando a distribui&ccedil;&atilde;o de produ&ccedil;&atilde;o criativa mas ainda assim mantendo o grosso do lucro nas m&atilde;os dos mesmos capitalistas de sempre n&atilde;o deixa de me incomodar. Mas eu tenho visto (no <a href="http://wizards-of-os.org" rel="nofollow">Wizards of OS</a>, no <a href="http://picnicnetwork.org" rel="nofollow">Picnic</a>, no <a href="http://futuresonic.com" rel="nofollow">Futuresonic</a>) a conversa sobre &quot;como a gente vai ganhar dinheiro&quot; falar muito mais alto do que a conversa sobre &quot;o que a gente consegue fazer com isso tudo&quot;, e isso me incomoda. &Eacute; claro que no Brasil, onde &quot;criatividade&quot; s&oacute; d&aacute; dinheiro no mundo do jab&aacute; e na ind&uacute;stria da publicidade, onde nunca pareceu realmente vi&aacute;vel viver da pr&oacute;pria criatividade sem se vender para o mainstream e a galera j&aacute; t&aacute; acostumada a viver de bicos aqui e ali, &eacute; mais f&aacute;cil ignorar a quest&atilde;o de como se sustenta o mercado &quot;independente&quot;. Na verdade, nem sei se consigo acreditar na exist&ecirc;ncia de um &quot;mercado independente&quot; no Brasil. Existe o jab&aacute;, depois uma parte do mainstream que tem cara de independente, e um bando de gente que n&atilde;o ganha nada, e ponto. E a&iacute; vem outra quest&atilde;o: ser&aacute; que a gente vai continuar com o complexo de <a href="/textos/daslu-e-o-camelodromo" rel="nofollow">Daslu</a> e tentar copiar um modelo que j&aacute; n&atilde;o funciona na Europa, ou vamos ir mais a fundo e assumir nossa natureza um pouco mais <a href="http://efeefe.no-ip.org/blog/sistemas-de-aprendizado" rel="nofollow">aberta e colaborativa</a> pra propor modelos econ&ocirc;micos al&eacute;m da oposi&ccedil;&atilde;o &quot;distribuir de gra&ccedil;a&quot; x &quot;transformar em conte&uacute;do e cobrar pela distribui&ccedil;&atilde;o&quot;?</p> <p>&nbsp;</p> aliadxs amsterdam brasil bricolabs camelô camelódromo criatividade descentro estudiolivre europa indústrias criativas produção puxadinho Tue, 03 Jun 2008 18:25:04 +0000 felipefonseca 3153 at http://efeefe.no-ip.org